Morais, Célia Márcia Medeiros deGomes, Marilia Bezerra2025-07-152025-07-152025-06-26GOMES, Marília Bezerra. Promoção da sociobiodiversidade na alimentação escolar: aceitabilidade de preparações em comunidade quilombola. Orientadora: Célia Márcia Medeiros de Morais. 2025. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2025.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/64375O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aceitabilidade de preparações contendo alimentos da sociobiodiversidade, no contexto da alimentação escolar em duas instituições de ensino em uma comunidade quilombola, situada no interior do Rio Grande do Norte. As preparações foram desenvolvidas no Laboratório de Tecnologia de Alimentos do Departamento de Nutrição/UFRN, conforme fichas técnicas de preparo elaboradas por meio do Plan PNAE, ferramenta de planejamento de cardápio disponibilizada pelo FNDE (Brasil, 2024c). O universo amostral do teste de aceitabilidade constituiu-se de 249 discentes, sendo tumas do Ensino Fundamental I (N=64) e II (N=185), de duas escolas localizadas em área quilombola do município de Ceará Mirim-RN. A escala hedônica facial foi utilizada para o ensino fundamental I, sendo a escala hedônica verbal, para o ensino fundamental II. Os discentes do 1º, 2º e 3º ano do turno matutino avaliaram as preparações caldo de feijão e a tapioca de engenho; os alunos do 4º e 5º ano do turno vespertino avaliaram as preparações cuscuz temperado e bolo de acerola; os alunos do Fundamental II analisaram os bolos de abóbora, de milho e de milho preto. Os resultados indicaram alta aceitabilidade das preparações tapioca de engenho (91,4%), cuscuz temperado (96,5%) e bolo de abóbora (91,6%). As demais preparações, caldo de feijão (57,1%) bolo de milho (57,1%) e o bolo de milho preto (64,8%), não atingiram os critérios mínimos estabelecidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual estabelece que uma preparação é considerada aceita pelos escolares quando o percentual de aceitação atinge, no mínimo, 85% na escala hedônica, nas expressões “Gostei” e “Adorei”. Recomenda-se adaptação das receitas, tendo em vista a percepção sensorial observada, para aplicação de novo teste de aceitabilidade, em um intervalo mínimo de dois meses, como recomenda o PNAE. Este estudo destaca a importância da inserção e da valorização de alimentos da sociobiodiversidade no ambiente escolar, de modo a promover a prática de hábitos alimentares saudáveis, respeitando os aspectos culturais e locais. Considera-se que a inclusão desses alimentos no cardápio escolar pode contribuir para a valorização cultural, segurança alimentar e fortalecimento da agricultura familiar em comunidades tradicionais. Assim, dadas às limitações relacionadas ao tempo e frequência de execução dos testes, recomenda-se a continuidade do trabalho, associado ao desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, além de orientar o planejamento de estratégias locais que favoreçam a inclusão gradual de ingredientes da sociobiodiversidade na alimentação escolar.pt-BRAttribution 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/SociobiodiversidadeAlimentação escolar.Comunidade quilombola.Teste de aceitabilidade.Promoção da sociobiodiversidade na alimentação escolar: aceitabilidade de preparações em comunidade quilombola.bachelorThesisCIENCIAS DA SAUDE