Programa de Pós-Graduação em História - CERES
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Navegando Programa de Pós-Graduação em História - CERES por Autor "Alencar, Manoel Carlos Fonseca de"
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Dissertação "O Retratista de miragens" e sua escrita pela ficção: ensaios de miragens áridas nas paisagens e presenças do Sertão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Costa, Prentice Geovanni da Silva; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; https://orcid.org/0000-0003-0335-3496; http://lattes.cnpq.br/7838535725419737; Santos, Evandro dos; https://orcid.org/0000-0003-2844-4810; http://lattes.cnpq.br/7531766582443713; Alencar, Manoel Carlos Fonseca deAtravés da relação História, literatura e sertões, este trabalho investiga como a escrita ficcional de Ariano Suassuna, escritor paraibano, concebe um sertão árido, sensível, e melancólico, no espaço da caatinga da sua obra prima, a fonte literária O Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971). Para realizar isso, utiliza do caminho da visualidade literária, ou seja, analisa como os modos de ver, de construir paisagens e miragens, se convertem em estados de presença e estruturas que habitam uma experiência de sertão. Experiencia de dor, sofrimento e morte, mas também, de resistência e combate, pois se nega ao esquecimento da eternidade. Metodologicamente, no primeiro momento, articula questões epistemológicas que fundamentem o uso de uma subjetividade sensível na produção da escrita da história. Para isso, reflete sobre o “Texto-Pesquisa”, proposto por Ivan Jablonka, junto a reflexões realizadas pelo professor Durval Muniz de Albuquerque Júnior. Para finalizar esse momento, situa o leitor pelo universo – organizado por folhetos e elementos de uma peça musical – d’A Pedra do Reino. O segundo momento vai explorar os mais diversos conceitos de como a paisagem pode ser pensada. Jacques Rancière e Jean-Marc Besse, respectivamente, por meio de suas metáforas, da janela e da porta, permitem apresentar aqui um sertão permeado pelo sangue e pela vingança, sem esquecer da sutileza do olhar magoado e do sabor do gosto ferido daquele mundo. O terceiro momento, por sua vez, aplica a filosofia da “Produção de Presença” e o conceito de “Stimmung”, ambos propostos por Hans Ulrich Gumbrecht, para pensar novos caminhos a respeito do sentir e do experienciar sertões nos dias de hoje a partir de obras literárias. Por fim, conclui, a partir desses momentos de raciocínio histórico, que a ficção histórico-literária, tendo como elemento aglutinador, o sertão árido da Pedra do Reino, promove aberturas sensíveis de pensamento, não só, almejando uma experiência estética, mas também, uma alternativa de se fazer história de uma maneira que cative e concretize a vida.