Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

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Análise comparativa do desempenho econômico e financeiro das empresas brasileiras do setor de utilidade pública
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-28) Sousa, José Matheus Barbosa de; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; http://lattes.cnpq.br/1050792939510119; Oliveira, Atelmo Ferreira de; https://orcid.org/0000-0001-8861-0724; http://lattes.cnpq.br/5033606012933010; Baggio, Daniel Knebel
O presente trabalho objetiva identificar quais são os componentes relevantes para análise do desempenho econômico e financeiro do Setor de Utilidade Pública Brasileiro e suas respectivas similaridades em relação aos resultados observados entre os serviços de Energia, Gás, Água e Esgotos, discutindo aspectos sobre a importância da análise comparativa e os ideais da Teoria Institucional de que empresas que operam em condições semelhantes apresentam desempenhos semelhantes. Para tanto, dentro dessa perspectiva, a pesquisa possui caráter quantitativo e descritivo. Portanto, foram analisados, no período de 2010 a 2021, 15 índices econômicos e financeiros calculados com o uso dos dados coletados manualmente e disponíveis nas Demonstrações Financeiras divulgadas por estas organizações. Fez-se uso da Análise Fatorial para identificação dos componentes do desempenho econômico e financeiro e testes de médias para as hipóteses propostas. O resultado da Análise Fatorial Exploratória, com 8 índices, foi a extração de 3 fatores os quais explicam 78,84% da variância dos dados originais, sendo o Fator 01 intitulado de Endividamento, o Fator 02, Liquidez e o Fator 03, Lucratividade. As evidências encontradas mostram que, dentro do Setor de Utilidade Pública Brasileiro, os componentes do desempenho econômico e financeiro, Endividamento (Fator 01), Liquidez (Fator 02) e Lucratividade (Fator 03), apresentam-se estatisticamente diferentes em função do tipo de serviço que prestam, e que as empresas prestadoras do serviço de Energia não possuem melhor resultado se analisadas de forma ampla. Quanto à comparação entre as empresas de capital aberto ou fechado, os componentes do desempenho apresentaram-se diferentes em função do serviço que prestam, dando destaque às empresas de Energia de capital aberto que apresentaram melhores resultados em todos os componentes em relação às demais empresas prestadoras de serviços de Gás e Água e Esgotos. Foi possível identificar também diferença de desempenho entre as empresas com gestão privada ou pública, dando ênfase à influência que as subvenções podem causar no desempenho das empresas públicas, principalmente nas de Gás, Água e Esgotos. Os achados corroboram estudos anteriores e endossam a discussão de que se devem considerar as características específicas das organizações em suas análises de desempenho. Além disso, o estudo contribui para a fomentação e o debate de políticas públicas que busquem o melhoramento dos serviços prestados por esse setor, com base nos fatores de influência de seu desempenho, somado ao entendimento de que a manutenção da qualidade nesses serviços é essencial para a sociedade como um todo.
Análise da eficiência do gasto público em ações e serviços de saúde nas capitais brasileiras
(2018-04-12) Silva, Francisco Felipe da; Gomes, Anailson Márcio; ; ; Barbosa, Alexandro; ; Lucena, Wenner Glaucio Lopes;
Considerando os óbices para a otimização do gasto público em saúde e a obtenção de um padrão único de desempenho que atenda às diferentes realidades socioeconômicas da população, esta pesquisa objetivou identificar quais fatores estão associados com a eficiência econômica das capitais brasileiras na alocação do gasto com ações e serviços públicos de saúde, no período de 2006 a 2015. Para tanto, o primeiro estágio da pesquisa utilizou a Análise Envoltória de Dados, com retornos variáveis de escala e orientação para outputs, para identificar as capitais eficientes no período, as variações de produtividade e o conjunto de referência para as capitais ineficientes (benchmarks). O segundo estágio da pesquisa utilizou a análise de regressão por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), com dados em painel e efeitos aleatórios, para encontrar os seus determinantes. Foi utilizada como variável dependente os escores de eficiência calculados no primeiro estágio, e como variáveis explicativas, fatores exógenos sobre os quais os gestores não possuem controle em curto prazo. Os resultados da pesquisa revelam que dez capitais foram eficientes em todos os períodos analisados (Salvador, Rio de Janeiro, Rio Branco, Recife, Porto Alegre, Manaus, João Pessoa, Fortaleza, Boa Vista e Belo Horizonte), e apenas duas capitais foram eficientes em apenas um ano (Vitória e Campo Grande). As capitais que tiveram os melhores escores de eficiência foram aquelas que tiveram os menores gastos per capita. 57% das indicações para o conjunto de benchmarks ficaram concentradas em cinco capitais das regiões Norte (Rio Branco) e Nordeste (João Pessoa, Recife, Salvador e Fortaleza) do país. Quanto aos fatores determinantes dos níveis de eficiência, três variáveis apresentaram-se significantes: o Produto Interno Bruto per capita, a taxa de urbanização e o percentual da população beneficiada com o abastecimento de água potável. Portanto, conclui-se que o desempenho médio das capitais é considerado satisfatório, embora a variação de produtividade no período tenha sido insuficiente para maioria delas. Neste sentido, há um longo caminho a seguir pelo conjunto das capitais brasileiras para alcançar a máxima eficiência, obter maior produtividade e proporcionar maiores níveis bem-estar social. Isto passa por maiores investimentos distribuição de renda, abastecimento de água potável e urbanização.
A Associação entre a ética corporativa e a eficiência econômico-financeira: análise em companhias brasileiras listadas na B3
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-19) Gonçalves, Aline Dayane Leonêz; Lucena, Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira; Mota, Renato Henrique Gurgel; ; http://lattes.cnpq.br/6602112968915730; ; http://lattes.cnpq.br/4055324644123917; ; http://lattes.cnpq.br/2931760663364806; Barbosa, Alexandro; ; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; Mazzer, Lilian Perobon; ; http://lattes.cnpq.br/2978947243034361
O objetivo do presente estudo é identificar a associação entre a ética corporativa e a eficiência econômico-financeira das empresas. Assim, com base nas Teorias da Sinalização, dos Stakeholders e da Agência, é possível inferir que a implantação e a divulgação de códigos de ética com qualidade, além de ser utilizado como mecanismo de controle de riscos, tem fundamental importância para apresentar maior credibilidade para o mercado, podendo, assim, influenciar nos resultados financeiros e econômicos das entidades. Para analisar se a implantação de um código de ética de qualidade pode de fato influenciar nos resultados econômico-financeiros, analisou-se a amostra de 201 empresas brasileiras não-financeiras listadas na Bolsa de Valores do Brasil (Brasil, Bolsa, Balcão - B3). Primeiramente, verificouse a qualidade dos códigos de ética divulgados pelas empresas em 2018 com base em um modelo de pontuação numérica, resultante da soma da quantidade de critérios atendidos preestabelecidos por órgãos reguladores. Em seguida, identificou-se o escore de eficiência econômico-financeira, utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA) e informações coletadas dos relatórios financeiros, do período de 2015 a 2019, divulgados pelas empresas em estudo, sendo considerados como Inputs - Despesas Operacionais, Capital de Terceiros e Capital Próprio - e como Outputs - Vendas Líquidas e Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais. Por fim, fez-se a relação entre o indicador da qualidade do código de ética com o escore de eficiência econômico-financeira através da Análise de Correspondência (ANACOR). Desse modo, pode-se concluir que, em média, as empresas apresentaram indicador de qualidade (QCE) moderado, com 42,78% apresentando indicador de qualidade satisfatória. Já em relação à eficiência econômico-financeira, apenas 15,92% das empresas foram eficientes nos períodos analisados e 52,24% apresentaram escores (SE) baixos. Contudo, ao analisar a associação entre as duas variáveis (QCE e SE), não foi possível afirmar que há relação positiva entre as variáveis observadas. Assim, não foi possível validar a afirmação teórica de que a qualidade do código de ética influencia positivamente nos resultados econômico-financeiros das empresas.
Características empresariais e a conformidade do relato integrado no Brasil em relação às diretrizes divulgadas pelo IIRC
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-13) Oliveira, Sabrina Paulino de; Barbosa, Alexandro; Freitas Neto, Raimundo Marciano de; Santos, Ticiane Lima dos
O ambiente empresarial tem se tornado cada vez mais competitivo, complexo e exigente, levando à necessidade de relatórios integrados que demonstrem realidades não apenas financeiras, mas também sociais e ambientais. O Relato Integrado (RI) vem suprir essa necessidade que o mercado busca, sintetizando todas essas informações e auxiliando na melhor tomada de decisões de seus stakeholders. Apesar da crescente adesão das empresas à adoção do RI, observa-se uma incipiência de estudos nacionais que identifiquem a conformidade desses demonstrativos e sua consonância com o framework do International Integrated Reporting Council (IIRC), bem como quais características empresariais podem influenciar na conformidade desse indicador. Assim, o objetivo geral deste estudo é investigar a relevância de certas características empresariais para o nível de conformidade do relato integrado no Brasil, em relação às diretrizes divulgadas pelo IIRC. A população alvo desta pesquisa é composta por empresas listadas na [B³] - Brasil, Bolsa, Balcão -, com ações negociadas no mercado acionário brasileiro em 31/12/2021, além de empresas estatais (estaduais e federais) brasileiras. A exclusão do setor financeiro e de seguradoras deve-se às suas atividades operacionais e patrimoniais distintas das demais. A amostra abrange dados de 448 empresas, totalizando 1.673 observações. Tais dados foram coletados na base Refinitiv Eikon, formulário de referência, demonstrativos financeiros e não financeiros disponíveis nos sites institucionais das empresas. A análise cobriu o período de 2018 a 2021, justificado pela normatização e obrigatoriedade de divulgação do RI das empresas estatais conforme a Lei Nº 13.303/2016, que estabeleceu o prazo de 24 meses para adaptações necessárias à adequação para divulgação do RI, além do incentivo do mercado para que as empresas privadas adotassem a divulgação do relato integrado. Para as análises, utilizou-se a metodologia da regressão dos mínimos quadrados ordinários, aplicada aos dados em painel desbalanceado. Quanto aos resultados dos modelos econométricos, com relação ao modelo 4 (empresas da [B³] com conformidade maior que 0), foi encontrado resultado significativo para a variável Tamanho da Empresa (FSIZE). Já no modelo 6 (empresas estatais com conformidade maior que 0), foram encontrados resultados significativos para as variáveis Tamanho do Conselho (BSIZE), Capacidade Financeira (FCF) e Idade (AGE).
Ciclos políticos e eficiência dinâmica com estrutura em rede dos prestadores de serviços de resíduos sólidos urbanos no Brasil
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-23) Gonçalves, Tadeu Júnior de Castro; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; https://orcid.org/0000-0002-2888-1773; http://lattes.cnpq.br/6537702395167382; Lima, Severino Cesário de; https://orcid.org/0000-0002-6034-4409; http://lattes.cnpq.br/3365532108455925; Simões, Pedro Tiago Francisco
Este estudo, à luz da teoria dos ciclos políticos, teve por objetivo analisar os efeitos dos ciclos políticos na eficiência da estrutura geral, operacional e econômica dos operadores do setor resíduos sólidos urbanos brasileiros, compreendendo período de 2012 a 2019. Assim, a análise foi dividida em dois estágios. O primeiro estágio consiste no uso do Modelo DEA Dinâmico com estrutura em Rede, que permitiu estruturar e calcular indicadores de eficiência, subdividindo-se em duas divisões: operacional e econômica. O segundo estágio, transporta escores de eficiência como variáveis dependentes e analisa os efeitos de ciclos políticos e outras variáveis (ideologia partidária, PIB per capita, densidade, transferências, capital político e macrorregiões) na eficiência dos operadores por meio de três modelos econométricos. Com amostra de 218 operadores, os resultados indicam escore médio de eficiência geral de 60,57%, sinalizando ineficiência do setor. Ainda, os Índices de Malmquist indicam estagnação de produtividade em todo período, prejudicando metas e objetivos de formuladores de políticas públicas. Verifica-se influência negativa de ciclos políticos nos escores de eficiência dos três modelos propostos, demonstrando que a teoria dos ciclos políticos se encontra presente e relevante nas discussões do setor. As variáveis PIB per capita, densidade, transferências, capital político e macrorregião, apresentaram significância estatística em pelo menos um dos modelos, diferentemente de ideologia partidária. Este estudo torna-se relevante, pois, pode auxiliar na definição de políticas eficazes, principalmente de países em desenvolvimento. Atende originalidade por construir análise com características específicas para o Brasil, além de não ser encontrada pesquisas semelhantes após revisão sistemática.
Dinâmica de valor: o efeito da estrutura de capital e da política de dividendos no setor de Utilities em mercados emergentes
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-27) Silva, Matheus Souza; Tavares, Adilson de Lima; https://orcid.org/0000-0002-7800-9473; http://lattes.cnpq.br/0428428556686066; Barbosa, Alexandro; Lima, Lauro Vinício de Almeida
Este estudo explora a influência da estrutura de capital e da política de dividendos no valor de mercado de empresas do setor de Utilities em países emergentes, com foco nos BRICS, entre 2018 e 2023. A pesquisa procura suprir lacunas na literatura financeira, que geralmente se concentra em mercados desenvolvidos, mais estáveis e previsíveis. Em contraste, os mercados emergentes enfrentam desafios como alta volatilidade, governança frágil e dependência de capitais externos, aspectos que podem impactar a efetividade das estratégias financeiras tradicionais. A amostra é composta por 266 empresas, com dados obtidos através da plataforma Eikon Refinitiv, complementados por relatórios anuais e registros de bolsas de valores. A metodologia inclui uma abordagem quantitativa, descritiva e explicativa, com modelagem econométrica para analisar a relação entre alavancagem financeira, política de dividendos e valor de mercado. O estudo também considera o impacto de variáveis macroeconômicas regionais, como inflação e o PIB, e segue uma abordagem hipotético-dedutiva. A estrutura de capital e a política de dividendos são vistas como fatores cruciais para o valor de mercado, especialmente em cenários mais arriscados típicos dos mercados emergentes. O período analisado inclui eventos econômicos significativos que permitem avaliar a resiliência das empresas nesses contextos frente a choques externos. Os resultados indicam que a alavancagem financeira impacta positivamente o valor de mercado, enquanto a política de dividendos apresenta efeito negativo, sugerindo que investidores associam altos dividendos a menor crescimento futuro. A interação entre essas variáveis mostrou-se complexa, exigindo análise criteriosa, especialmente em setores regulados. Além disso, a inflação revelou-se um fator relevante, ampliando a percepção de risco. O estudo contribui para a compreensão dos efeitos da estrutura de capital e da política de dividendos em mercados emergentes, oferecendo subsídios para acadêmicos e gestores desenvolverem estratégias financeiras mais adaptáveis a ambientes voláteis e incertos.
Efeitos da capacidade gerencial dos gestores na condição financeira dos grandes municípios brasileiros
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-14) Sales Filho, Marcos Aurélio; Lima, Severino Cesário de; https://orcid.org/0000-0002-6034-4409; http://lattes.cnpq.br/3365532108455925; http://lattes.cnpq.br/6168989745798944; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; Diniz, Josedilton Alves
Embora existam argumentos teóricos sobre os benefícios dos fatores organizacionais na condição financeira, há poucos estudos sobre como esses fatores afetam as finanças dos governos municipais e estaduais no Brasil. Este estudo teve como objetivo verificar a influência da capacidade gerencial dos gestores na condição financeira dos grandes municípios brasileiros. A fundamentação teórica está pautada na teoria do capital humano e na teoria da condição financeira, além do suporte de estudos empíricos. Baseado no corpo teórico, foram elaboradas hipóteses de que a escolaridade e a experiência dos prefeitos, a escolaridade dos diretores de administração e finanças, e dos servidores públicos podem influenciar positivamente a condição financeira dos governos locais. Para mensurar a condição financeira foram escolhidos indicadores propostos pelo estudo de Vieira (2019). A partir desses indicadores utilizou-se análise fatorial por componentes principais com base nos estudos de Rusca et al., (2015) e Bunce e Goldberg (1979). Para medir a capacidade gerencial dos gestores foram utilizadas como proxies a escolaridade e experiência. O estudo abrangeu os 100 maiores municípios brasileiros em termos de PIB, no período de 2009 a 2019. Para testar as hipóteses propostas utilizou-se a técnica de regressão por mínimos quadrados generalizados (GLS). Os resultados revelaram que a escolaridade e a experiência do prefeito relacionada à gestão pública contribui para a melhoria da condição financeira. Com relação a escolaridade dos diretores de administração e finanças, constatou-se que a qualificação profissional exerce influência positiva na condição financeira. Por fim, a respeito da escolaridade dos servidores públicos, apurou-se efeito positivo na condição financeira, revelando a importância do nível educacional de toda administração pública na gestão financeira governamental. Os resultados da pesquisa corroboram com a literatura do capital humano relacionada à condição financeira dos governos, servindo como instrumento de apoio à gestão das finanças públicas.
Efeitos da solvência orçamentária na eficiência técnica dos serviços de saúde e educação dos grandes municípios brasileiros
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-21) Silva, Levy Ruanderson Ferreira da; Lima, Severino Cesário de; Vieira, Luis Manuel Esteves da Rocha; https://orcid.org/0000-0001-7850-7838; http://lattes.cnpq.br/6524384879855273; https://orcid.org/0000-0002-6034-4409; http://lattes.cnpq.br/3365532108455925; https://orcid.org/0000-0001-8891-9270; http://lattes.cnpq.br/5620955555909243; Barbosa, Alexandro; Diniz, Josedilton Alves
A ideia de que os bens e serviços públicos sejam fornecidos de forma descentralizada, com a intenção de garantir que as demandas sociais particulares de cada localidade sejam atendidas, é defendida por diversos estudiosos. Diante das provocações de Zafra-Gómez (2010), os dilemas decorrentes de externalidades, desequilíbrios fiscais e outros fatores demonstram que as capacidades administrativas e financeiras podem refletir a qualidade e eficiência na concretização dos bens e serviços estabelecidos pelos governos locais. Diante disso, está dissertação teve como objetivo investigar os efeitos da solvência orçamentária na eficiência dinâmica dos serviços de saúde e educação ofertados pelos grandes municípios brasileiros. A fundamentação teórica para esta dissertação teve como base a Teoria da Condição Financeira como ancoragem principal e, subsidiariamente, a Teoria do Federalismo Fiscal. A amostra é composta pelos 250 maiores municípios brasileiros medidos por meio da população estratificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, com período de análise entre 2011 e 2019. Por meio do DEA dinâmico com estrutura em rede (SBM Dynamic Network DEA), foram extraídos os scores de eficiência geral e dos setores de saúde e educação. No segundo estágio da pesquisa, por meio do método de Equações de Estimações Generalizadas (Generalized Estimating Equations), investigou-se a relação existente entre a solvência orçamentária, medida pelo indicador da cobertura de custeio, e a eficiência dos serviços de saúde e educação. Os resultados apontaram para a relação significante e positiva entre a solvência orçamentária e a eficiência dos serviços de saúde e educação, revelando que a eficiência desses serviços pelos grandes municípios brasileiros depende da qualidade da solvência orçamentária do governo. Por fim, observou-se que as variáveis dívida per capita, PIB per capita, densidade demográfica e porte do município também exercem influência na eficiência dos serviços públicos de saúde e educação.
Fatores associados à divulgação voluntária do relato integrado
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-10) Fernandes, Ruhama Bezerra; Barbosa, Alexandro; ; ; Tavares, Adilson de Lima; ; Freitas Neto, Raimundo Marciano de;
A evolução do mundo dos negócios levou a demandas crescentes por informações, além das encontradas nos relatórios financeiros tradicionais. Isso se traduziu no aumento acentuado de empresas que começaram a adotar relatórios emergentes, como o Relato Integrado (RI). Assim, o objetivo geral do estudo é investigar os fatores associados à divulgação voluntária do Relato Integrado no Brasil, durante o período de 2016 a 2018 das empresas listadas na [B]³ - Brasil, Bolsa, Balcão. Nesse sentido, os dados foram coletados, por meio dos formulários de referência, demonstrações financeiras padronizadas arquivadas no site da CVM e da plataforma de dados Bloomberg®. Foram excluídas do estudo as companhias do setor financeiro, por causa das características específicas, como a alta alavancagem e as normas contábeis diferenciadas; e, as empresas estatais, em decorrência da Lei n. 13.303/2016, que passou a exigir a divulgação anual do relatório integrado ou de sustentabilidade pelas empresas estatais brasileiras. Logo, a análise da amostra de 227 empresas, utilizando a metodologia da regressão logística multinomial (Y=2 para empresas que divulgam segundo o Relato Integrado; Y=1 para empresas com relatórios com práticas similares ao RI e Y=0 empresas sem relatórios não financeiros), aplicada aos dados sob estrutura pooled, testando a validade das hipóteses das teorias da agência e sinalização, revela o impacto positivo do tamanho da firma e do conselho de administração, da rentabilidade e do nível de participação de conselheiros independentes e de mulheres na implementação do RI no Brasil pelas empresas de capital aberto. Pode-se afirmar que do ponto de vista prático, os resultados deste estudo auxiliam às empresas a apreenderem em que condições o RI será mais esperado e, assim, atentar-se a aspectos da sua rentabilidade, tamanho e principalmente características do seu conselho de administração que se mostraram relevantes nesse propósito.
Fatores financeiros determinantes do stress fiscal dos estados brasileiros
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-15) Donato, Igor Thierry Silva; Lima, Severino Cesário de; ; http://lattes.cnpq.br/3365532108455925; ; http://lattes.cnpq.br/3627581587577397; Barbosa, Alexandro; ; Diniz, Josedilton Alves;
Segundo Trussel e Patrick (2018), na literatura sobre stress fiscal há três questões metodológicas: definir a existência de dificuldades financeiras, identificar suas causas e prever a probabilidade de ocorrência. Desta forma, é de fundamental importância estudos que desenvolvam modelos explicativos e preditivos do stress fiscal. Nos últimos anos, observou-se que alguns estados passaram por problemas em suas finanças públicas, como por exemplo, falta de pagamento aos servidores efetivos, aposentados, fornecedores e credores de dívidas. Estes fatos foram responsáveis pela má condição financeira dos estados ao ponto de alguns declararem situação de calamidade financeira ou stress fiscal. Diante disso, a originalidade deste estudo centra-se, em especial, na introdução de inovações na forma de definir a existência de stress fiscal para, em seguida, identificar as suas causas a partir de fatores financeiros e, finalmente, prever a probabilidade de ocorrência. O estudo analisou dados dos 26 estados brasileiros e do Distrito federal nos períodos de 2016 a 2019, utilizando-se da técnica de regressão logística com dados em painel em um modelo econométrico do tipo pooled com a inclusão de clusters. A variável dependente do modelo, representativa do stress fiscal, é uma variável binária para demonstrar a presença ou não do evento de stress fiscal dos estados, construída a partir de análise de conteúdo de informações autodeclaradas nos decretos e leis de calamidade financeira, nos relatórios da Secretária do Tesouro Nacional (STN), nos relatórios financeiros anuais e nos orçamentos. As variáveis independentes do estudo são representadas por indicadores das solvências financeiras de caixa, orçamentária e de longo prazo. Os resultados encontrados demonstram que os fatores financeiros do exercício atual e do exercício anterior, representados pelos restos a pagar, pela dívida de longo prazo e pelo gasto com pessoal, provocam stress fiscal nos estados brasileiros. Por outro lado, fatores de receitas tributárias e receitas de transferências do Fundo de Participação dos Estados-FPE do exercício atual reduzem o stress fiscal dos estados brasileiros. Os resultados encontrados nesta pesquisa são corroborados por estudos já incorporados à literatura, como por exemplo, os trabalhos de Shamsub e Akoto (2004), Trussel e Patrick (2009), Gregori e Marattin (2015), Gorina et al. (2018) e Dantas Jr. et al. (2019).
Indicadores de criminalidade relacionados ao gasto com segurança pública nos estados brasileiros
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-26) Silva, Pablo Eduardo Nikolais Teixeira Bonifácio da; Barbosa, Alexandro; ; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; ; http://lattes.cnpq.br/3957596662972958; Lima, Severino Cesário de; ; http://lattes.cnpq.br/3365532108455925; Nascimento, Roberto Sérgio do; ; http://lattes.cnpq.br/1325557671064860
Os gastos em segurança pública nos estados brasileiros são elevados, porém a criminalidade tem crescido nas últimas décadas, diante disto questiona-se quais fatores sócio-econômicos estão relacionados a esse fenômeno. Assim, o objetivo geral do estudo é investigar os indicadores de criminalidade relacionados ao gasto com segurança pública nos estados brasileiros durante o período de 2010 a 2018. Nesse sentido, os dados foram coletados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública (ABSP), Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a amostra sendo composta pela própria população. Quanto a fundamentação teórica utilizou-se a teoria do gasto e teoria do crime para sustentar e relacionar as variáveis do modelo compostas por homicídios, latrocínios, estupros, roubo de veículos, armas apreendidas, tráfico de entorpecentes, receita realizada e densidade demográfica. A análise dos dados foi realizada com o uso da técnica de regressão com dados em painel com efeitos aleatórios com o intuito verificar se os índices de criminalidade estão relacionados com o gasto com segurança pública. Os resultados revelaram que os indicadores de criminalidade estão positivamente relacionados de forma significativa com a despesa com segurança pública, com exceção dos crimes violentos letais intencionais. Ademais, os resultados revelaram que as regiões geográficas não são estatisticamente significantes para determinar os gastos com segurança pública. O estudo revelou que os índices de criminalidade no Brasil são alarmantes, tornando-se necessário o aprimoramento de políticas públicas para melhorar a qualidade dos gastos em segurança pública.
Índice de sustentabilidade empresarial e performance financeira das utilities no Brasil
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Sena, Wiviane Maria Leite de; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; http://lattes.cnpq.br/4666400141203779; Vieira, Luis Manuel Esteves da Rocha; Simões, Pedro Tiago Francisco
A sustentabilidade corporativa está em uma crescente aceitação, sendo vista não apenas como escolha ética, mas como estratégia inteligente para empresas que buscam operar de maneira eficiente. Nesse contexto, as empresas desempenham o papel de agentes sociais, pois têm a responsabilidade de atender seus principais stakeholders e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região onde estão inseridas. As demonstrações financeiras são fontes de dados que permitem os formuladores de políticas financeiras avaliarem cenários econômicos na tomada de decisões. Diante disso, o presente estudo tem o objetivo de analisar relação entre o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e os indicadores econômico-financeiros das utilities listadas na Bolsa de Valores, utilizando dados extraídos das demonstrações financeiras das empresas. A metodologia escolhida foi a análise de dados em painel, empregando modelos de regressão para a avaliar a relação entre indicadores financeiros e a participação na carteira do ISE B3. A amostra inclui 39 empresas dos setores de água e saneamento, energia elétrica e gás natural, no período de 2010 a 2023. Os resultados demonstraram uma relação estatisticamente significativa entre a rentabilidade e inclusão no índice, de modo que os achados não rejeitam a hipótese 1, mas rejeita a hipótese 2, indicando que uma maior liquidez não repercute na adesão à carteira do ISE B3.
Novo relatório do Auditor independente analise da comunicação dos principais assuntos de auditoria
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-20) Câmara, Ivana Cristina Faustino; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; http://lattes.cnpq.br/5231186231775849; Firmino, José Emerson; Nascimento, Roberto Sérgio do
Considerando a relevância da execução da Auditoria e das iniciativas que contribuíram para tornar a divulgação da sua prática mais informativa, o Novo Relatório do Auditor Independente (NRA) incluiu em sua estrutura a divulgação de informações relevantes, como a comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria (PAAs). Nesse sentido, a presente pesquisa buscou investigar os PAAs reportados para as concessionárias brasileiras dos serviços de águas e esgotos, energia elétrica e gás natural, além das respectivas correspondências entre as opiniões emitidas e os serviços prestados por estas concessionárias e a envergadura da empresa de auditoria envolvida. Realizou-se, portanto, uma pesquisa de abordagem qualiquantitativa, descritiva e documental no contexto da Auditoria Independente das organizações concessionárias de serviços de utilidade pública. Com auxílio da linguagem de programação Phyton, foram analisados os relatórios divulgados entre o período de 2016 a 2021, de 168 concessionárias, totalizando 888 Relatórios do Auditor Independente, dos quais 245 reportados para as concessionárias de água e esgoto; 543 para energia elétrica; e 100 para gás natural. Através da análise de conteúdo, foram identificados os PAAs comunicados com maior frequência pelos auditores, constatando que os aspectos relacionados aos ativos de concessão, reconhecimento de receita e provisão para contingências são os conteúdos mais reportados nessa seção do relatório. Foi identificado também, que desde o início da aplicação do NRA, a cada ano a quantidade de conteúdos considerados PAAs foi reduzida, de modo que ao longo da pesquisa foram analisados 1212 principais assuntos de auditoria. Para investigar a associação dos tipos de opiniões - sem ressalva, com ressalva, negativa de opinião ou abstenção de opinião - com os serviços concessionários e a reputação da empresa de auditoria, foi realizada análise de correspondência, por meio da qual foi identificada associação estatística entre a opinião não modificada e os relatórios emitidos por organizações Big Four, além de constatar que o setor de utilidade pública de energia elétrica tende a ter mais pareceres não modificados, em relação aos serviços de água e esgoto e gás natural. A partir dos métodos utilizados e dos resultados encontrados, a pesquisa contribuiu para o avanço do estudo acerca das mudanças no Relatório do Auditor Independente, além de apresentar um panorama da sua aplicação no âmbito das concessionárias de monopólios naturais. Torna-se distinto o presente estudo pelos achados compreenderem período de seis anos de aplicação das mudanças normativas, além de apresentar aspectos ainda não investigados relativos não apenas ao setor analisado, mas também à comparação entre as características organizacionais e os tipos de Relatórios do Auditor Independente.
Qualidade da informação contábil e desempenho environmental, social and governance (ESG) em setores de utilities da América Latina
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-28) Medeiros, Felipe Anderson Smith de; Barbosa, Alexandro; https://orcid.org/0000-0001-8572-0637; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; http://lattes.cnpq.br/3653369181800142; Freitas Neto, Raimundo Marciano de; http://lattes.cnpq.br/8096228816976057; Santos, Ticiane Lima dos
Este estudo tem como objetivo investigar as relações relevantes entre o desempenho ESG e a Qualidade da Informação Contábil (QIC) de empresas listadas em bolsas de valores locais da América Latina. Para isso, foram coletados dados referentes à presença de medidas de desempenho e transparência ESG no banco de dados da Refinitiv®. As informações necessárias para estimar o gerenciamento de resultados, conservadorismo e relevância da informação contábil como proxies da QIC foram coletadas na base de dados Refinitiv®. Os modelos utilizados para mensurar as proxies da QIC foram: Jones Modificado (DECHOW; SLOAN; SWEENEY, 1995) para o gerenciamento de resultados, por meio de regressão para dados em painel com efeitos aleatórios; Barth, Landsman e Lang (2008) para a Relevância da Informação Contábil com efeitos aleatórios, com a estimação para dados em painel, e Banker et al. (2016) para o conservadorismo com a estimação da regressão em painel com estimador pooled. Como diferencial do presente estudo, tem-se o foco em países em desenvolvimento da América Latina do setor de utilities, este que é um setor regulado, sensível às questões de sustentabilidade e que possui indústrias monopolistas. Com base nos resultados, foi possível verificar uma relação significativa entre o desempenho e a transparência ESG e a QIC por meio da Relevância da Informação Contábil, as demais métricas, Gerenciamento de Resultados e Conservadorismo não apresentaram relação estatística significante.
The weight of financial instruments risk disclosure on Brazilian Banks
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-28) Costa Neto, Arlindo Menezes da; Oliveira, Atelmo Ferreira de; ; http://lattes.cnpq.br/5033606012933010; ; http://lattes.cnpq.br/2667949398304488; Barbosa, Alexandro; ; http://lattes.cnpq.br/5747730761816822; Silva, Aline Moura Costa da; ; http://lattes.cnpq.br/6950832161301003
Este trabalho tem como objetivo estudar a relevância da informação contábil, value relevance, das empresas, do setor bancário, listadas na Bolsa de Mercados Brasileira, B3. A delimitação do estudo pela escolha do grupo a ser estudado se deu pelo entendimento que os Bancos devem ser as instituições com maior concentração de instrumentos financeiros, levando, portanto, à maior sujeição natural aos riscos inerentes à publicação de informações relativas a tais instrumentos. A amostra do estudo se trata das empresas do segmento financeiro, bancos, resultando 24 empresas, durante o período de 2017 à 2019. O estudo foi realizado utilizando o índice de mensuração de disclosure de risco elaborado com base no disposto no trabalho de Thai e Birt (2019), elaborado com base nos critérios de informatividade de risco do uso de instrumentos financeiros dispostos na normatização atual, o texto do Pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 40, CPC 40, Instrumentos Financeiros: Evidenciação, harmonização brasileira do International Financial Reporting Standards, IFRS, 7, a fim de determinar a aderência das empresas com o determinado no texto regulatório, com base nas suas respectivas divulgações de informações pertinentes ao risco do uso de instrumentos financeiros, enquanto que o modelo modificado de Ohlson (1995) foi escolhido para permitir a mensuração de como o mercado lida com informações contábeis. Como resultado de tal estudo, pode-se observar que, para o período e amostra estudada, o modelo de Disclosure adotado não consegue servir como fator explicativo do preço das empresas financeiras estudadas, indicando possíveis estudos futuros sobre o tema.

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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis por Autor "Barbosa, Alexandro"