PPGPSICO - Doutorado em Psicobiologia
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Navegando PPGPSICO - Doutorado em Psicobiologia por Autor "Alvino, Antonia Líria Feitosa Nogueira"
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Tese Caracterização do ciclo sono e vigília, ritmo repouso e atividade, estados de humor e fadiga de enfermeiros do SAMU(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-10) Alvino, Antonia Líria Feitosa Nogueira; Araújo, John Fontenele; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; http://lattes.cnpq.br/0269545212507035; Gonçalves, Fabiana Barbosa; http://lattes.cnpq.br/4700333095317472; Souza, Jane Carla de; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; Guzen, Fausto Pierdona; http://lattes.cnpq.br/7939889120780625; Ceolim, Maria Filomena; http://lattes.cnpq.br/9662462590683259O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o Ciclo Sono e Vigília (CSV) e os estados de humor e fadiga e verificar se essas variáveis apresentavam diferenças conforme o tipo e o tempo de exposição ao trabalho por turnos, em enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da Grande Natal. Participaram quarenta e sete voluntários, que trabalhavam em turnos fixos e alternantes, entre cinco e mais de 12 anos na atividade. O CSV foi avaliado de forma subjetiva pelo MEQ – HO, pela Escala de Sonolência de Epworth e pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), e de forma objetiva pela actigrafia e polissonografia. Os estados de humor e fadiga foram avaliados pelos questionários de Beck Depressão e Ansiedade e questionário de Fadiga de Chalder, respectivamente. A maioria dos participantes tinha entre 31 e 40 anos (53,2%) e possuía especialização (74,5%). Como resultados, em relação ao CSV, os enfermeiros apresentaram tendência ao cronotipo intermediário (média de 56 ± 9,3), sonolência diurna excessiva (média de 10,4 ± 5,6), qualidade de sono ruim (média de 6,5 ± 2,5), ritmo fragmentado [média de Intraday Variability (IV) 0,8 ± 0,2], baixa sincronização com o claro e escuro do dia [média de Interday Stability (IS) 0,3 ± 0,1], baixa eficiência do sono (média de 49,2 ± 23,3) e alto número de despertares (média de 18,8 ± 8,3). Sobre a caracterização do sono, os trabalhadores dos turnos fixos apresentaram sono mais alongado em N3, em comparação com os dos turnos alternantes (média de 60,1 ± 21,7; p = 0.02). Sobre a caracterização dos estados de humor e fadiga observou-se que os participantes se encontravam severamente fadigados (média de 8,8 ± 7,1), com algum grau de depressão (média de 8 ± 5,1) e ansiedade (média de 6,4 ± 5,2) e apresentavam médias de fadiga mais altas nos turnos alternantes (média de 10,5 ± 7,22; p = 0.02). Concluiu-se que os altos valores de IV e baixos de IS não se relacionam com os escores de fadiga, que as medidas de sono não são preditoras de fadiga e que não há relação entre o índice de fragmentação do sono e os escores de fadiga. Entretanto, (i) há relação entre os valores de M10 (diretamente) e L5 (inversamente) e os escores de fadiga, sendo que apenas M10 influencia a variável fadiga de Chalder (𝛽1 = −0,0004 ; p = 0,003); (ii) há uma relação entre duração do sono em N2 e N3 (diretamente) e os escores de fadiga; (iii) N2 e N3 influenciam a variável fadiga de Chalder (N2: 𝛽 = −0,073 ; p = 0,022 e N3: 𝛽 = 0,105 ; p = 0,0005); (iv) há uma relação direta entre os valores de sonolência, qualidade do sono e os escores de fadiga; (v) apenas a qualidade do sono tem efeito significativo na fadiga (𝛽1 = 0,139 ; p = 0,001) e; (vi) que os estados de humor e fadiga variam a depender do tipo e do tempo de trabalho por turnos.