PPGASFAR - Mestrado em Assistência Farmacêutica em Rede
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Dissertação Interações medicamentosas em Terapia Intensiva Neonatal e suas relações com desfechos clínicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-22) Marques, Daniel Paiva; Martins, Rand Randall; Lima, Waldenice de Alencar Morais; http://lattes.cnpq.br/2575667613995470; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; http://lattes.cnpq.br/2823961499295988; Moreira, Francisca Sueli Monte; Oliveira, Yonara Monique da CostaIntrodução: Neonatos sob terapia intensiva são suscetíveis à ocorrência de eventos adversos devido a imaturidade fisiológica, gravidade dos casos e administração de múltiplos medicamentos, elevando o risco de interações medicamentosas (IM). Diferente da UTI adulta, IM em neonatologia não são bem caracterizadas, sobretudo em relação à relevância clínica e desfechos. Muitas dessas IM, inclusive, são inevitáveis e a ausência de dados dificulta a avaliação do seu risco-benefício. Objetivo: Investigar a ocorrência de interações medicamentosas em neonatos sob terapia intensiva e suas relações com desfechos clínicos. Metodologia: Coorte prospectiva realizada entre março de 2023 e março de 2024, contando com 365 pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) e em uso de pelo menos um medicamento, onde os neonatos foram avaliados diariamente quanto à ocorrência de IM. Parâmetros clínico-laboratoriais e farmacoterapêuticos foram avaliados. A influência da ocorrência de IM nos neonatos foi correlacionada aos principais desfechos clínicos (óbito, tempo de tratamento e variação de peso) através de modelagem uni e multivariada (logística e linear de efeitos mistos). Resultados: Cerca de 69,9% (255 pacientes) apresentaram 1 ou mais interações durante a internação, com maior destaque para interações envolvendo falha terapêutica (58,6%), potenciais arritmogênicas (27,4%), nefrotóxicas (18,3%) e que podem causar depressão do Sistema Nervoso Central (16,8%), onde a incidência do grupo de interações relacionadas à arritmia e à depressão do SNC tendem a decair ao longo dos dias (respectivamente β= -0,106;p<0,01 e β= -0,088; p<0,01). Por outro lado as IM associadas à nefrotoxicidade se elevam durante a internação (β= 0,097; p<0,01). As IM potencialmente relacionados à arritmia elevaram a frequência cardíaca em 5,9% (p<0,001), aquelas associadas à nefrotoxicidade diminuíram em 44% os valores de filtração glomerular (p<0,001) e aqueles associados à depressão do sistema nervoso, diminuíram em 6% a frequência cardíaca (p<0,001). Conclusão: As IM foram significativamente associadas a arritmias, nefrotoxicidade e depressão do sistema nervoso central, impactando negativamente parâmetros clínicos críticos. Embora o risco de arritmias e depressão do sistema nervoso central diminua com o tempo de internação, o risco de nefrotoxicidade aumenta. Esses achados enfatizam a importância do monitoramento cuidadoso e da gestão das IM para melhorar os desfechos clínicos em neonatos.