PPGBP - Mestrado em Biologia Parasitária
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Navegando PPGBP - Mestrado em Biologia Parasitária por Autor "Aloise, Debora de Almeida"
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Dissertação MPOX: aspectos epidemiológicos no estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-25) Lopes, Ximenya Glauce da Cunha Freire; Fernandes, José Veríssimo; Araújo, Joselio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0002-5169-6496; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; http://lattes.cnpq.br/2920818609746057; Aloise, Debora de Almeida; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de MedeirosVaríola dos macacos ou monkeypox é uma zoonose de etiologia viral, causada pelo Monkeypox virus (MPXV), classificado na família Poxviridae, gênero Orthopoxvirus cujo reservatório natural ainda não foi identificado. Em 2022, o MPXV dispersou-se por diversos países do mundo, acometendo milhares de pessoas. A Organização Mundial da Saúde decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e recomendou o nome mpox em substituição à varíola dos macacos (monkeypox). No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado em junho 2022. No mês seguinte, a mpox foi confirmada no Rio Grande do Norte (RN). Este estudo visa analisar aspectos epidemiológicos da mpox. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com base em dados secundários obtidos a partir da plataforma REDCap e do e-SUS Sinan da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN, referentes ao período de 2022 a 2024. Foram incluídos 140 casos confirmados laboratorialmente pelo método MPX PCR. A análise das fichas de notificação revelou o seguinte perfil epidemiológico: maior incidência em agosto de 2022 (35,0%; n=49); afetando brasileiros na faixa etária de 30 a 39 anos (33,6%; n=47); sexo masculino (86,4%; n=121); homem cisgênero (72,1%; n=101); homossexual (45,0%; n=63); cor parda (44,3%; n=62); com ensino superior completo (36,4%; n=51); residente na capital (68,6%; n=96); sem imunossupressão (75,7%; n=106); sem HIV (65,7%; n=92); que teve relações sexuais com homens (54,3%; n=76). A forma de transmissão não foi identificada (42,1%; n=59). Os sinais e sintomas mais frequentes foram: erupção cutânea (86,4%; n=121), astenia (83,6%; n=117), febre (61,4%; n=86), cefaleia (49,3%; n=69), mialgia (35,7%; n=50), lesão genital (31,4%; n=44) e dor de garganta (30,7%; n=43). A maioria não necessitou de hospitalização (95,7%; n=134), nem de tratamento antiviral (70,0%; n=98) e não houve registro de óbito (0,0%; n=0). Identificou-se como possíveis fatores de risco: sexo masculino, adulto jovem, com alta escolaridade, e como possíveis grupos de risco indivíduos jovens do sexo masculino, que fazem sexo com homens. Resultados deste trabalho assemelham a outros estudos e podem auxiliar na implementação de políticas mais eficazes de prevenção e diagnóstico precoce da doença, reduzindo o seu impacto na população.