ICe - Trabalhos apresentados em eventos
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/1/6193
Repositório da produção científica do Instituto do Cérebro - ICe, da UFRN, Unidade Acadêmica Especializada em neurociências.
Navegar
Navegando ICe - Trabalhos apresentados em eventos por Autor "Copelli, Mauro"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Artigo Um estudo da evolução da mente e das psicopatologias através da análise de grafos da literatura(2014-09) Pinheiro, Sylvia; Mota, Natália; Copelli, Mauro; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesIntrodução Para melhor compreender pacientes com psicopatologias, Mota e colaboradores (2012, 2014) investigaram atributos de grafos de entrevistas obtidas de pacientes com esquizofrenia, com transtorno bipolar tipo I e em controles não psicóticos O estudo aponta a possibilidade de um estudo psiquiátrico quantitativo, e mostra diferenças significativas entre indivíduos bipolares e esquizofrênicos em pelo menos 10 atributos de grafos. Em uma análise de classificadores, os atributos permitiram uma diferenciação com alta sensibilidade e especificidade. Também realizando análise de texto, porém numa vertente semântica, Diuk e colaboradores (2012) aplicaram a ferramenta LSA (Latent Semantic Analysis) para estimar a presença do conceito de “introspecção” durante uma janela da história do desenvolvimento humano. Este trabalho, baseado nas ideias de Julian Jaynes (1976), encontrou na transição da tradição popular oral para a escrita durante a chamada Era Axial, (período 800 a.C. a 200 a.C.) um aumento dos níveis de introspecção. O estudo utilizou textos antigos das culturas grecoromana e judaicocristã, além de textos da atualidade. Os resultados corroboram a teoria de Jaynes sobre o aparecimento recente da consciência humana atual, através da ruptura do modo de funcionamento mental conhecido como “bicameral”. Este é caracterizado pela ausência de introspecção e constante intervenção de “vozes”, comportamento que é similar ao de indivíduos psicóticos. Objetivos Inspirandose nestas ideias, nosso estudo busca aplicar análise de grafos à literatura, em duas vertentes: 1) análise dos textos de escritores historicamente diagnosticados como psicóticos na literatura moderna e contemporânea; 2) análise dos textos da Era Axial. Métodos Para isto, obtivemos a versão digital das obras literárias no domínio púbico da internet, (em sítios como o Projeto Gutenberg e MIT Classics) e os adequamos para a versão de texto. Utilizamos o software Speechgraphs, que calcula atributos diversos baseandose na teoria dos grafos e posteriormente, pretendemos construir classificadores através do software Weka. Resultados e Conclusões Na primeira vertente de estudo, encontramos diferenças significativas entre os indivíduos esquizofrênicos e os controles, no atributo de grafo Arestas (12,76, p=0,0167**, N=34 autores), para janelas de 100 palavras, e em dois atributos (Arestas: 12,65; p= 0,0216* LSC: 10,39, p=0,0546*, N=34 autores) para janelas de 30 palavras , mostrando consistência com os estudos anteriores de Mota et al (2012, 2014). Na segunda linha, encontramos diferenças em quase todos os atributos de grafo quando comparamos o Antigo Testamento ao Novo Testamento e às Confissões de Santo Agostinho, todos textos da tradição judaicocristã. Com o desenvolvimento desta pesquisa com mais autores contemporâneos e a inclusão de textos da tradição grecoromana, esperamos aprofundar o teste de nossas hipóteses sobre padrões já encontrados para indivíduos com psicopatologias, e também encontrar novas evidências do padrão de comportamento bicameral.Artigo The graph properties of psychotic speech differ between early and late onset, but not between acute and chronic psychosis.(2014-09) Mota, Natália Bezerra; Copelli, Mauro; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesIntrodução Speech structure measured by graph analysis can help clinicians to quantify speech symptoms, and characterize the psychopathology of psychosis. One important feature observed by psychiatrists are the different aspects of early and late onset psychosis with regard to cognitive symptoms. Since larger cognitive deficits are expected in the population with early onset psychosis, early diagnosis is important to guide interventions able to mitigate a more severe evolution of the disease. Objetivos The aim of the present study is to identify the influence on different types of psychosis (schizophrenia or bipolar disorder) of different types of onset (early onset: psychosis before age 18, late onset: after age 18) and different disease durations (during first episode psychosis or chronic psychosis, after two years of disease). Métodos We interviewed 52 psychotic subjects, applying psychometric scales and asking for dream reports. Then we transcribed those reports, represented as wordgraphs (each word was represented as a node, and the temporal link between consecutive words was represented as an edge) and quantified 14 speech graph attributes (SGAs) after controlling for differences in word count. Resultados e Conclusões We performed a threeway ANOVA to predict the influence of age of onset (early or late), duration of disease (first episode psychosis or chronic) and diagnosis (schizophrenia and bipolar disorder), considering 3 different types of interaction (onset x duration, onset x diagnosis, duration x diagnosis), and correcting for 3 comparisons (α=0.0167). Diagnosis is related with differences in edges (p=0.0001), LCC (p=0.0002), LSC (p=0.0001), and ATD (p=0.0046); onset is related with differences in L1 (p=0.0091) and the interaction of diagnosis and onset is related to differences in ATD (p=0.0155). We also found a positive correlation between selfloops and age of onset (RHO=0.3992, p=0.0034), but no correlation was detected between standard psychometric measures and duration of disease or age of onset. The late onset group showed more selfloops than the early onset group (p=0.0308), and the late onset schizophrenia group showed a smaller ATD than the early onset schizophrenia group (p=0.0489). Conclusion: Selfloops measured on graphs of dream reports are better correlated with age of onset than standard psychometric measures, characterizing differences between early and late onset psychotic groups. We also found that early onset schizophrenia, but not bipolar psychosis, shows higher ATD than late onset schizophrenia. We did not find correlations between SGAs and duration of disease, or interactions between duration and onset or diagnosis to explain SGAs differences, pointing to the conclusion that SGAs must be a trace, more than a stage metric of psychotic speech.