Navegando por Autor "Alves Filho, Francisco das Chagas França"
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TCC À sombra de contrastes: cronotopo na poesia de Augusto dos Anjos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-07) Alves Filho, Francisco das Chagas França; https://orcid.org/0000-0002-7001-8578; http://lattes.cnpq.br/8615666365895204; http://lattes.cnpq.br/3980925104516470; Oliveira, Andrey Pereira de; https://orcid.org/0000-0002-7086-0511; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; Marcolino, Francisco Fábio Vieira; http://lattes.cnpq.br/1149178004899236Este trabalho objetiva analisar os poemas “Contrastes” e “Debaixo do tamarindo”, do poeta paraibano Augusto dos Anjos, partes integrantes do seu livro Eu e outras poesias, tendo como categoria analítica o espaço e as figurações cronotópicas, examinando as suas implicações subjetivas e psicológicas no eu-lírico. Para situar o poeta dentro do sistema literário brasileiro e comentar a recepção crítica de sua obra, fez-se uso das proposições de BOSI (1967, 2021), GULLAR (1976, 1995), MENEZES (1912), CANDIDO (1989), ALMEIDA (1970). No que se refere à abordagem metodológica, adotamos a pesquisa de natureza qualitativa e bibliográfica, por se tratar de leitura e análise de estudos sobre o tema, incluindo livros e artigos publicados na área da pesquisa. O trabalho constituiu-se basicamente de três etapas: na primeira, realizamos um estudo do contexto histórico e cultural em que o poeta produziu a sua obra, seguido de uma consulta à parte de sua fortuna crítica; na segunda, procedemos à leitura e discussão dos textos que embasaram a pesquisa; e a terceira consistiu na análise e interpretação dos poemas, objeto de nosso trabalho. Como aporte teórico, o trabalho tomou como embasamento os estudos topoanalíticos à luz do pensamento de BACHELARD (1979) e BORGES FILHO (2008). No que concerne às proposições específicas acerca do cronotopo, também fundamental à análise dos poemas, tomamos como base teórica a sistematização sobre cronotopo, segundo BAKHTIN (1998), BEMONG e BORGHART (2015), BORGES FILHO (2011). A análise constatou que os espaços são partes integrantes dos poemas e têm implicações diretas ao sujeito lírico, uma vez que este se mantém integrado ao espaço que abarca a sua multiplicidade. Nessa direção, foi possível perceber, nos poemas analisados, a presença de um eu-lírico carregado de contradições como interpretação da condição humana e a presença de um sujeito movido pela tensão entre a experiência da infância e da vida adulta.