Navegando por Autor "Araújo, Denilson da Silva"
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TCC Análise da eficiência e eficácia da política de incentivos fiscais realizados em cinco estados do nordeste(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Souza, Mario Sergio Silva de; Pereira, William Eufrásio Nunes; https://orcid.org/0000-0002-2870-4742; http://lattes.cnpq.br/4829543404728309; http://lattes.cnpq.br/8891705525863207; Araújo, Denilson da Silva; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280Com o propósito de analisar a ocorrência de eficiência e eficácia que os estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, alcançaram ao adotarem os regimes de incentivos fiscais e, que conforme o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assume destaque econômico na região Nordeste do Brasil, é neste sentido que estes entes subnacionais no início da década de 1990 iniciaram com a prática da política de incentivos fiscais. É com este pressuposto que serão realizadas as análises para auferir o alcance dos programas de estímulo de desenvolvimento que cada Estado programou no que concerne a sua premissa da política de incentivos, que vem visando estimular o investimento, crescimento, e geração de empregos, promovendo o seu desenvolvimento social e econômico, com o interesse de atrair empresas para os seus estados, fez com que estes ensejassem na chamada guerra Fiscal. Assim, na expectativa de alcançar a melhor resposta possível, ao que se idealizou esta Política, que era a industrialização, desenvolvimento regional, e a desconcentração espacial de seus parques industriais.TCC Capitalismo de guerra; uma análise da construção da hegemonia estadunidense(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-20) Pereira Júnior, Jânio José; Araújo, Denilson da Silva; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; https://lattes.cnpq.br/6105334083392551; Pereira, William Eufrásio Nunes; https://orcid.org/0000-0002-2870-4742; http://lattes.cnpq.br/4829543404728309O presente trabalho analisa a trajetória histórica dos Estados Unidos em sua ascensão à hegemonia global, utilizando o conceito de "capitalismo de guerra" para compreender como os conflitos armados e a relação entre Estado e o capital privado foram determinantes nesse processo. A pesquisa destaca que, desde as 13 Colônias, os EUA apresentaram características singulares no contexto colonial, como a colonização baseada na pequena propriedade, um sistema financeiro embrionário e a rápida integração econômica, fatores que facilitaram a transição para um modelo nacional após a independência em 1776. A Guerra da Independência e a subsequente expansão territorial, marcada pela Doutrina Monroe e pela "Marcha para o Oeste", consolidaram as bases de infraestrutura e produção que impulsionaram o crescimento econômico. O estudo também explora o impacto transformador das guerras na evolução econômica e política do país. A Guerra Civil foi crucial para definir o modelo de desenvolvimento nacional, substituindo a economia agrária escravista por um capitalismo industrial e financeiro moderno, além de consolidar a infraestrutura ferroviária como motor do crescimento. No século XX, os conflitos globais desempenharam papel ainda mais central: a Primeira Guerra Mundial projetou os Estados Unidos como principal credor internacional e fornecedor de recursos bélicos, enquanto a Segunda Guerra Mundial marcou o momento definitivo de liderança global do mundo capitalista, com a disseminação da industrialização massiva, a mobilização estatal e a criação de instituições internacionais como o FMI e o Banco Mundial. Além disso, o trabalho analisa a Guerra Fria como o ápice do confronto ideológico entre os blocos capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e socialista, liderado pela União Soviética. Nesse período, os EUA intensificaram sua "máquina de guerra" e consolidaram sua hegemonia por meio de uma combinação de poder militar, econômico e cultural, utilizando estratégias como o Plano Marshall e a Doutrina Truman para conter a expansão do socialismo e afirmar sua liderança no mundo ocidental. A corrida armamentista e os investimentos maciços em tecnologia, sobretudo nas áreas militar e espacial, também demonstraram como o capitalismo de guerra permaneceu central na dinâmica de poder global. Por fim, o texto conclui que o capitalismo de guerra foi um dos principais motores do desenvolvimento norte-americano, transformando períodos de crise e conflito em oportunidades para inovação, crescimento econômico e expansão geopolítica. Assim, os EUA emergiram como uma potência hegemônica não apenas pela força militar, mas pela combinação estratégica de políticas econômicas, avanços tecnológicos e uma interação eficaz entre o Estado e o capital privado. Sendo assim, este estudo fornece uma análise extensiva sobre os fatores históricos, econômicos e políticos que sustentaram o modelo americano de hegemonia, permitindo reflexões sobre o papel dos conflitos no desenvolvimento econômico e a consolidação de uma ordem global liderada pelos Estados Unidos.Dissertação Cidades médias, interações espaciais e desenvolvimento regional: um olhar para o estado do Ceará(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-23) Nascimento, Carlos Eduardo Pereira do; Pereira, William Eufrásio Nunes; ; ; http://lattes.cnpq.br/5854318195726963; Araújo, Denilson da Silva; ; Lima Júnior, Francisco do Ó de;O presente trabalho tem como objetivo geral analisar as cidades médias cearenses enquanto agentes fundamentais no processo de promoção do desenvolvimento regional em suas áreas de influência numa perspectiva multiescalar. A metodologia tem base bibliográfica, fazendo uso dos métodos exploratório e descritivo com análise quali-quantitativa. O período de análise compreende as duas décadas do século XXI. O lócus de pesquisa é o estado do Ceará. A classificação e o critério estabelecidos para definir as cidades médias compreendem aquelas que possuem entre 75.000 e 500.000 habitantes. Destarte, foram definidas 11 cidades, a saber: Canindé, Crateús, Crato, Iguatu, Itapipoca, Juazeiro do Norte, Quixadá, Quixeramobim, Russas, Sobral e Tianguá. Conclui-se, portanto, que as cidades médias analisadas têm mecanismos para promover a regionalização do desenvolvimento, sendo pontos estratégicos e, no caso de algumas delas, já consolidados enquanto espaços de promoção às políticas de desenvolvimento regional, cada qual com suas dimensões espaciais. Além disso, algumas pesquisas que antecedem o REGIC 2007 (2008) já atestavam que algumas dessas cidades poderiam ser caracterizadas como cidades médias.Dissertação Convergência ou divergência no desenvolvimento? um estudo multidimensional para o Sudeste e o Nordeste do Brasil, 1990-2010(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-02) Assis, Renato Silva de; ; http://lattes.cnpq.br/5488987920242750; ; http://lattes.cnpq.br/8946786984710058; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; Netto Junior, José Luis da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/7819098680847991A análise de alguns aspectos do desenvolvimento no Brasil nas últimas três décadas evidencia que houve uma melhoria em uma série de indicadores isolados tanto no Sudeste região mais rica - como no Nordeste - região mais pobre. A partir de uma base de dados de vinte variáveis, o objetivo principal do estudo foi verificar se há indícios de convergência ou divergência em cinco dimensões do desenvolvimento entre as duas regiões no período de 1990 a 2010. Visando identificar os estados mais similares e mais diferentes entre si, bem como verificar alterações na composição dos grupos de baixo desenvolvimento e de alto desenvolvimento no período abordado, foi empregado a Análise de Agrupamentos (Cluster Analysis). Adicionalmente, para testar a igualdade das distâncias entre os estados ao longo do tempo, foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Este último tornou possível verificar se a distância entre os estados das duas regiões vem aumentando ou diminuindo, apresentando indícios de divergência ou convergência. Os resultados da análise de Cluster sugerem que há indícios de convergência dentro do cluster do Nordeste, porém, a distância entre as duas regiões não foi alterada. Os resultados do teste de Wilcoxon sugerem que não houve mudanças estatisticamente significativas na distância entre os estados. Dentro das duas regiões os padrões de desenvolvimento se tornaram mais homogêneos, porém, as duas regiões continuam muito distantesTCC Emprego e remuneração nos estabelecimentos do Rio Grande do Norte entre 2002 e 2017(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-11-24) Freire, Yuri Matheus Cardozo; Trovão, Cassiano José Bezerra Marques; Trovão, Cassiano José Bezerra Marques; Silva, Marconi Gomes da; Araújo, Denilson da SilvaEste trabalho, tem como objetivo analisar a evolução da situação econômica do estado do Rio Grande do Norte, no período de 2002 a 2017, analisando a evolução no numero de vínculos ativos, a quantidade de estabelecimentos existentes e a remuneração média de cada região, separando esses pontos por mesorregião, setor de atividade e tamanho da organização.Dissertação Esforços governamentais locais para o desenvolvimento: desenhos, tendências e limites dos Fundos de Desenvolvimento Industrial nos estados do Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará (1985-2010)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-06) Matos, Carolina de Fátima Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/6400391921751194; ; http://lattes.cnpq.br/8709542350797075; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; Mendonça, Ana Rosa Ribeiro de; ; http://lattes.cnpq.br/2245694745135834O presente trabalho buscou analisar os principais esforços governamentais para a promoção do desenvolvimento econômico na região Nordeste, de 1985 a 2010, sob a visão de que o crescimento é fundamental para impulsionar o processo e que a industrialização permite padrões de crescimento mais significativos. A análise se deu no contexto em que os governos estaduais reagem ao abandono da linha desenvolvimentista da esfera federal, na década de 1980, incorporando ações características do chamado desenvolvimento regional endógeno e dotando os agentes locais de maior responsabilidade no processo de desenvolvimento. Justifica a necessidade da análise o seguinte cenário: os governos estaduais do nordeste brasileiro utilizam parte relevante de seus recursos para financiar a instalação e ampliação de empresas via incentivos fiscais, com vistas à geração de renda e emprego, na espera de um aumento no produto e de uma mudança positiva no dinamismo econômico. Além disso, põe-se em questão o fato de tais políticas receberem tamanha importância das administrações estaduais para o objetivo de lograr o desenvolvimento regional. Coube apurar, portanto, o conteúdo das ações eleitas pelos governos estaduais para analisar o alcance dessas políticas tanto no padrão de crescimento, na transformação do setor industrial e no desenvolvimento da região em atenção às mudanças nas estruturas produtivas estaduais. Devido às limitações quanto à disponibilidade de dados e ao tempo para realizar a pesquisa, foram eleitos três estados para o estudo: Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará. O trabalho considerou que, apesar da contribuição das políticas analisadas ao crescimento econômico, os estados subnacionais são incapazes de suprir a ausência de agências de desenvolvimento estruturadas no âmbito federal.TCC Estruturação dos preços e comercialização da gasolina comum para o consumidor final no Rio Grande do Norte em 2021(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-19) Sousa, André Galdino da Silva Pereira de; Pereira, William Eufrásio Nunes; Pereira, William Eufrásio Nunes; Araújo, Denilson da SilvaEste trabalho tem como objetivo analisar como aconteceu a precificação da Gasolina Comum no RN em 2021, qual seu volume de vendas nesse período e quais rebatimentos econômicos surgiram com o aumento dos preços dos combustíveis. A nova política de preços de combustíveis da Petrobras inseridas em 2016, durante o governo Michel Temer (2016-2018), ganhou grande notoriedade durante a pandemia do SAR-COV2 entre 2020-2021, o (PPI) Preço de Paridade Internacional determinaram os aumentos e reduções dos preços dos combustíveis no Brasil, diversos são os fatores que ditam o preço, o petróleo por ser uma commodities tem uma variação de preço de acordo com a demanda, câmbio e custos de importação. O barril do petróleo no mercado internacional se tornou motivo de preocupação entre os brasileiros, a cada aumento dos combustíveis que é repassado ao consumidor final, outros produtos sofreram aumentos em efeito cascata. Segundo a (ANTT) Agência Nacional de Transportes Terrestres, o sistema modal rodoviário é responsável por mais de 60% do transporte de cargas no Brasil e foi atingido com esses reajustes, pois houve uma mudança dinâmica no preço do frete e encareceram seus produtos transportados, esses novos custos foram repassados aos consumidores. Levantamento realizado pelo site poder360 mostrou que a Petrobras em 2021 reajustou o preço da gasolina 16 vezes (sendo 5 reduções), acumulando uma alta de 68,63% no ano, nesse mesmo período de acordo com a (ANP) Agência Nacional do Petróleo o Brasil vendeu 39,3 milhões de m³ de gasolina comum, com o aumento dos preços dos combustíveis os acionistas tendem a lucrar mais, o objetivo da Petrobras é distribuir e gerar valor aos seus acionistas.Dissertação Eugenio Gudin versus Roberto Simonsen: desenvolvimentismo, neoliberalismo e a construção do Brasil durante o Século XX (1940-70)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-03-04) Tolentino Neto, Leovigildo Melgaço; Pereira, William Eufrasio Nunes; ; http://lattes.cnpq.br/4829543404728309; ; http://lattes.cnpq.br/5986046909588528; Silva, Angelo Magalhães; ; http://lattes.cnpq.br/5105554142306869; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280O debate sobre industrialização está arraigado a uma clássica polêmica dentro da economia, que ganhou fôlego ao longo do século XX: planejamento e intervencionismo, de um lado, versus livre mercado do outro. Essa pesquisa busca reacender o debate sobre industrialização tomando como foco a clássica discussão acerca do planejamento econômico, ocorrida na década de 1940, durante o governo Vargas, entre Eugenio Gudin e Roberto Simonsen. O objetivo é expor como o pensamento expostos pelos autores foram cruciais na construção do desenvolvimento econômico do Brasil entre as décadas de 1940-1970. A pesquisa utilizou método histórico-relativista para analisar criticamente o texto original do debate, por conta do contexto latino-americano sob o qual se o mesmo se desencadeou. A análise relativista preconiza uma investigação de natureza extensa, isto é, inclinada ao contexto histórico e social sob os quais ocorrem a concepção de ideias. Os relativistas são pesquisadores que nutrem interesses nas relações da história do pensamento econômico com o arcabouço intelectual do autor em questão; contrariamente aos ortodoxos schumpeterianos, são pesquisadores que nutrem interesses nas relações da história do pensamento econômico com o arcabouço intelectual do autor em questão. Os resultados da investigação realizada mostram que as ideias defendidas por Simonsen foram as molas propulsoras do desenvolvimento do Brasil ao longo do período estudado, dando base para a edificação dos principais planos de desenvolvimento da economia nacional: Plano de Metas, Plano de Aceleração Econômica do Governo (PAEG), I Plano Nacional de Desenvolvimento, II Plano Nacional de Desenvolvimento, além da criação do Banco Nacional de Desenvolvimento econômico (BNDE).Dissertação A evolução do emprego formal industrial nas cidades médias do estado do Ceará (Juazeiro do Norte, Crato e Sobral) no período de 1990 a 2010(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-04-24) Barbosa, Maria Nivania Feitosa; ; ; http://lattes.cnpq.br/9313365076155776; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; Morais, José Micaelso Lacerda;O presente trabalho constitui-se em uma abordagem sobre a evolução do emprego formal industrial nas cidades médias do estado do Ceará no período de 1990 a 2010, posto que esse período foi marcado por importantes mudanças. Ressalta-se que com o propósito de alcançar tal intuito, foi realizado um levantamento da literatura relevante sobre a temática, bem como a utilização de estatísticas da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), publicada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A questão central a ser considerada neste estudo é saber como evoluiu o emprego formal da indústria nas cidades médias (Juazeiro do Norte, Crato e Sobral) do estado do Ceará. O pressuposto que norteia este trabalho é que as políticas econômicas dos anos de 1990 e 2000 estimularam a relocalização com implicações importantes no emprego industrial formal nessas cidades. No que concerne aos resultados obtidos na pesquisa, constatou-se que o setor industrial dessas cidades, apresentou considerável dinamismo no que refere-se à expansão dos estabelecimentos. Quando se observa em termos percentuais as cidades médias (345,5%) tiveram o maior crescimento do número de estabelecimentos na década de 1990 com taxas mais elevadas que a região Nordeste (285,9%) e o Brasil (167,5%). O destaque foi para a cidade de Juazeiro do Norte, com maior concentração de micro e pequenas empresas calçadistas do estado. No que concerne a quantidade de empregos formais criados nas cidades médias, o mesmo passou de 6.596, em 1990, para 41.660 mil empregos formais em 2010, apresentando uma taxa de crescimento de 532%. O setor que mais contribuiu para geração de emprego foi o calçadista. Ainda, quanto o nível de salarial, a década de 1990 registrou os menores níveis. Nos anos 2000, houve ganhos em todas as cidades. Entretanto, não foi suficiente para evitar que ao final do período estudado as CMs-Ceará apresentassem níveis salariais relativamente baixosDissertação Formação e desenvolvimento da indústria de confecções em Santa Cruz do Capibaribe(2019-07-26) Melo, José Wilker Farias de; Pereira, William Eufrasio Nunes; ; ; Silva, Ângelo Magalhães; ; Araújo, Denilson da Silva;A presente dissertação aborda o processo de formação da estrutura produtiva de confecção de artigos do vestuário no município de Santa Cruz do Capibaribe. O trabalho busca descrever a formação de sua organização produtiva, que teve como precedentes as estruturas produtivas da cana de açúcar, da pecuária e do algodão, cujo desdobramentos constituíram os fundamentos para a cultura produtiva do setor de confecções na região. Aborda também o encadeamento de acontecimentos que permitiram prosperar a industrial de confecções em Santa Cruz do Capibaribe, associando seu desenvolvimento ao desenrolar do processo de industrialização ocorrido no Brasil a partir de 1930, apoiado em uma série de ações que promoveriam a formação de uma indústria nacional, dando as bases para o chamado “Desenvolvimentismo”. Desta maneira, o estado tornar-se-ia um importante promotor de um esforço orientado para favorecer a industrialização, cominando, inicialmente, em um processo concentrado na região Sudeste do país. Neste contexto, nascem as políticas de desenvolvimento regionais, como esforço de desconcentração produtiva e disseminação do crescimento industrial do país para outras regiões, como o Nordeste, fundamentado, principalmente, nos estímulos promovidos a partir da criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, que resultaram em medidas de apoio a investimentos públicos e privados em algumas áreas. Condições essas que colaborariam decisivamente para consolidação e expansão da estrutura produtiva de artigos de confecções no Agreste de Pernambuco, com políticas de apoio aos produtores na concessão de financiamentos vantajosos para aquisição de máquinas e equipamentos, além da elevação dos níveis de renda da população trabalhadora nordestina. Criando, assim, um mercado consumidor mais pujante e capaz de absolver a produção dos artigos de moda de Santa Cruz do Capibaribe, que hoje é um dos maiores centros produtores de artigos de confecções do Brasil, e apesar dos elevados índices de informalidade de sua estrutura produtiva, em 2017, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais, o emprego gerado no setor de indústria de confecções representava 22,23% do emprego gerado no setor para o estado de Pernambuco, 4,39% para a região Nordeste e 0,77% em relação ao Brasil, quanto ao número de estabelecimento do setor, representava 21,23%, 6,44% e 0,99%. Apesar disso, a maior parte dos salários das indústrias formais do setor, giravam em torno de 1,01 e 1,51 salários mínimos, 85,38% do total. Ademais, lá está localizado um dos maiores centros atacadistas de confecções do país, o Moda Center Santa Cruz.TCC Gasto público nos poderes Executivo e Legislativo municipais: um estudo do grau de eficiência dos poderes executivo e legislativo nos municípios do Rio Grande do Norte 2000 a 2012(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-12) Santos, Ramiro Fernandes dos; Matos Filho, João; Araújo, Denilson da SilvaEsta pesquisa se propôs a analisar a eficiência do gasto público municipal nos municípios do Rio Grande do Norte. Buscamos desenvolver um índice que medisse a proporção de recursos públicos que são destinados ao sustento da estrutura administrativa, legislativo e executivo, afim de observar se os municípios com população muito reduzida são menos eficientes que os municípios maiores. Nosso estudo abrangeu o estado do RN nos anos de 2000 a 2012, e os resultados apontaram que não é possível afirmar que os municípios menores são sempre menos eficientes, ainda que a capital Natal tenha sempre índices menores que o restante dos municípios. Também ficou indicada a tendência de concentração populacional nos maiores municípios que parece estar ligada ao maior dinamismo econômico e uma perda populacional significativa dos municípios com menos de 10 mil habitantes que continuam sendo polos de expulsão populacional por baixo dinamismo econômico. Propomos a realização deste estudo com uma amplitude regional para observar mais municípios acima de 100 mil habitantes, o RN só possui 3. Além de alguns ajustes na legislação que trata da questão fiscal.TCC Infraestrutura, integração territorial e desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte (2000 - 2015)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-06) Lopes, Kaline Stephania Costa; Araújo, Denilson da Silva; Araújo, Denilson da Silva; Pereira, William Eufrásio NunesO presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de integração dos mercados via infraestrutura, no Brasil e especificadamente no Rio Grande do Norte, no período compreendido entre o ano de 2000 a 2015. Posteriormente, buscou-se analisar os investimentos do setor público em infraestrutura, sobretudo os provenientes do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), entre os anos de 2007 a 2015, bem como os impactos causados através desse investimento sobre o crescimento e o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Com base na literatura utilizada para fundamentar o corrente trabalho e, utilizando-se o método analítico dedutivo/indutivo, chegou-se à conclusão de que a infraestrutura está ligada diretamente ao desenvolvimento de uma dada sociedade dado o fato de que a mesma está relacionada ao estoque de capital físico que, notadamente, tem baixa mobilidade, altos custos irreversíveis e elevada relação de capital produto. Observou-se que os investimentos feitos no setor de infraestrutura visam eliminar ou amenizar os custos dos transportes de todo o gênero. Observou-se também que a infraestrutura facilita o escoamento das mercadorias, o aumento da produtividade e a diminuição dos custos, tornando os territórios atraentes aos investimentos produtivos. Do ponto de vista específico, buscou-se analisar quais as deficiências existentes na infraestrutura no estado do Rio Grande do Norte que gera atraso para o seu crescimento e desenvolvimento e como elas podem ser resolvidas. Concluiu-se que houve investimentos no setor de infraestrutura logística no estado, porém não houve uma integração completa entre os modais e nem alteração na cadeia produtiva local, dificultando, portanto, o seu crescimento e desenvolvimento.Dissertação Moeda e centro-periferia no dólar flexível: o real brasileiro na posição de moeda periférica (2000-2017)(2018-07-27) Nascimento, Júlio César; Pereira, William Eufrasio Nunes; ; ; Araújo, Denilson da Silva; ; Schmidt Filho, Ricardo;O trabalho parte da tradição estruturalista latino-americana clássica, particularmente, na relação centro-periferia baseada no progresso técnico. Desta forma, essa teoria deixa uma lacuna para analisar essa relação com base na dimensão monetária internacional. Com as alterações ocorridas no Sistema Monetário Internacional com a quebra do regime de Bretton Woods em 1960/1970 há uma discussão sobre a relevância do SMI atual para uma abordagem a relação centro-periferia. No atual regime monetário internacional denominado de Dólar Flexível apresenta-se como uma dimensão especial para analisar a relação centro-periferia a partir da hierarquia de moedas. Essa hierarquia é baseada pela liquidez das moedas em âmbito internacional e se estrutura a partir do dólar no núcleo do sistema, seguida pelo o euro, entre outras moedas centrais e na base desse sistema estão as moedas periféricas. Essa hierarquia apresenta-se como problemática para os países de moedas periféricas, particularmente, quanto às vulnerabilidades, tais como: tendência de instabilidades na taxa de câmbio e taxa de juros, tendência especulativa e de aumento das reservas internacionais. Enquanto problematização têm-se: a posição internacional de moeda periférica do Brasil impacta em problemas para o país? A hipótese utilizada para o desenvolvimento do trabalho é que a posição de moeda periférica do real brasileira impacta em problemas macroeconômicos. Desta forma, o objetivo geral da pesquisa é analisar os potenciais problemas para o Brasil pela sua posição de moeda periférica em âmbito mundial no período 2000-2017. A metodologia utilizada para o trabalho é bibliográfica, descritiva e explicativa de natureza quali-quantitativa com base de dados do Banco Central do Brasil. Conclui-se que, o Brasil durante o período de análise teve tendência de instabilidades intensas na taxa de câmbio e taxa de juros básica (SELIC), aumento das reservas internacionais principalmente pela via da conta financeira e uma tendência de aumento nas aplicações do investimento em carteira, na qual, de acordo com a teoria restringe a autonomia de políticas econômicas.Dissertação Mudanças no processo produtivo capitalista e a dinâmica do setor de serviços: repercussões nas cidades médias cearenses no período de 1990 a 2010(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-29) Castro, Marília de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/4829543404728309; ; http://lattes.cnpq.br/0242854232414418; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; Lima Júnior, Francisco do Ó de; ; http://lattes.cnpq.br/0923647677816521A atual fase do desenvolvimento capitalista induz cada vez mais o processo de urbanização que tem sua articulação estimulada pela expansão dos centros médios urbanos. Seu crescimento não está vinculado a uma área específica, mas segue uma lógica abrangente atrelada às tendências da sociedade capitalista contemporânea e suas espacializações. Em face das substanciais mudanças no processo produtivo capitalista, a divisão social do trabalho nas cidades médias não metropolitanas cearenses passa a ter novos enfoques acerca de sua natureza. Dado o fato que o setor de serviços é responsável por grande parte do emprego gerado revela sua importância significativa na dinâmica econômica dessas cidades. Nesse contexto, sua importância, tamanho e produtividade passaram por reformulações quanto ao seu papel no sistema capitalista de produção. A predominância das atividades terciárias que engloba o setor de serviços e comércio nas cidades médias e suas relações com o processo de acumulação do capital deve ser compreendida frente ao aumento da velocidade das transformações tecnológicas e das novas demandas por “funções-serviços”, como assistência técnica, P&D, entre outras. A intenção desse trabalho é verificar qual é o papel do setor de serviços na dinâmica econômica das cidades médias não metropolitanas cearenses no período de 1990 a 2010. Será ressaltado os elementos responsáveis pelas mudanças da estrutura produtiva, apresentando a realidade da dinâmica produtiva do estado, a partir de indicadores setoriais e sua influência na definição de políticas de desenvolvimento regional e urbano. Além disso, será analisado se o setor de serviços é capaz de dinamizar a economia estadual. O recorte temporal escolhido (1990 a 2010) é marcado por grandes transformações como o abandono das políticas desenvolvimentistas em âmbito nacional. Para alcançar os objetivos propostos, a metodologia utilizada seguiu o método dedutivo-histórico a partir de duas linhas de ação: a primeira teve um caráter exclusivamente teórico descritivo, concentrando esforços na pesquisa das literaturas ligadas ao papel do setor de serviços num contexto de reestruturação produtiva, financeirização e globalização neoliberal. A outra linha referiu-se à fase de interpretação de uma base de informações estatísticas de caráter secundário, coletados em bancos de dados de organismos oficiais. O crescimento do setor de serviços e o seu papel complementar nas gradativas etapas de formação e organização do sistema urbano cearense possuem uma ligação intrínseca com o fato urbano, bem como a característica estrutural de atividade induzida e não indutora desse movimento. Reconhece o importante papel exercido pelo setor de serviços, notadamente o poder de diversificação conduzida pelo segmento comércio, no processo de desenvolvimento das cidades médias não metropolitanas cearenses, expressa pela ótica da produção e do emprego.TCC O capitalismo periférico como locus de reflexão e ação: do desenvolvimentismo ao neoliberalismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-03) Almeida, Julliane Michelle Freire de; Silva, Marconi Gomes da; Silva, Marconi Gomes da; Araújo, Denilson da SilvaO presente estudo tem como propósito a análise da periferia capitalista sob a perspectiva da reflexão teórica e da ação política com vistas ao desenvolvimento. Para tanto, privilegiou o estudo da abordagem cepalina e da teoria da dependência em dois períodos históricos: o primeiro, compreendendo do imediato Pós-Segunda Guerra até o declínio do acordo de Bretton Woods e o segundo, o que se seguiu a este momento, mas, especialmente a década de 1990. O estudo foi desenvolvido, valendo-se do método de análise baseado na perspectiva materialista da história. Desse modo, resgata-se a emergência dessas teorias, a partir da realidade material que está na base do seu surgimento. Ao se colocar em foco o período desenvolvimentista como objeto de reflexão teórica, destacam-se os elementos básicos da teoria do subdesenvolvimento, a construção teórica cepalina e as duas abordagens da teoria da dependência: a marxista – secundada no debate intelectual – e a de Cardoso e Faletto – que assumiu uma espécie de “pensamento único” sobre a dependência. Quando se põe em relevo o período pós-desenvolvimentista, são evidenciadas as mudanças no plano das ideias das abordagens cepalina e da dependência, bem como o “novo” modelo de desenvolvimento que emergiu como produto das “novas” ideias: o Modelo Liberal Periférico. A pesquisa adota duas hipóteses centrais: 1) no período desenvolvimentista, a Cepal desempenhou um papel ímpar distanciando-se do papel de uma instituição integrante da estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, no período de vigência do neoliberalismo, passou a se comportar como real integrante da estrutura da ONU; 2) a teoria da dependência prendeu-se às determinações estruturais do capitalismo. Por isso, aceitou que, a partir de dado momento do período desenvolvimentista, o ingresso do investimento estrangeiro direto com o respaldo de ditaduras militares constituiu-se a via única para o desenvolvimento periférico, enquanto no período neoliberal, defendeu que o que fora estabelecido no Consenso de Washington seria a possibilidade única de desenvolvimento para os países periféricos. A título de consideração final, é possível afirmar que o desenvolvimento da pesquisa permitiu aumentar o grau de confiança nas hipóteses norteadoras do estudo.TCC A ordem econômica nas Constituições Brasileiras do período desenvolvimentista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-20) Lopes, Gabriel Fraifer Palhano; Silva, Marconi Gomes da; Silva, Marconi Gomes da; Araújo, Denilson da SilvaO presente trabalho se propõe a analisar a ordem econômica nas Constituições brasileiras do período desenvolvimentista e verificar se os capítulos constitucionais serviram de guia para as ações do Estado brasileiro durante o período que vai de 1934 a 1979. Para isso, foi realizada revisão de parte da literatura relevante sobre a temática, de modo a observar os fenômenos políticos e econômicos que se desenrolaram ao longo do período, bem como o comportamento do Estado Brasileiro frente a esses fenômenos. O estudo do pensamento econômico ao longo do período desenvolvimentista ajuda a compreender as medidas e deveres que caberiam ao Estado de acordo com a ordem econômica, tanto com relação à industrialização, à exploração de riquezas naturais, à legislação trabalhista e vários outros temas relevantes. O período desenvolvimentista foi marcado por mudanças na estrutura produtiva do país. Todavia, houve momentos em que a industrialização ocorreu concomitantemente a restrições de liberdades, achatamento salarial e concentração de renda. Além disso, é necessário observar as rupturas políticas que ocorreram e como elas fizeram com que novas normas entrassem em vigor através de uma nova Constituição, que por sua vez, exibe as influências do momento político, seja ditatorial ou democrático. Enfim, tem-se clareza de que as Cartas constitucionais constituíram guia, mas que a atuação de distintos condicionantes foi decisiva para imprimir ao desenvolvimento nacional a sua efetiva trajetória.Dissertação Políticas de desenvolvimento regional na região metropolitana do Cariri-CE nas duas primeiras décadas do século XXI(2019-07-29) Silva, Claudiano Mariano da; Araújo, Juliana Bacelar de; ; ; Araújo, Denilson da Silva; ; Lima Júnior, Francisco do Ó de;Esta dissertação tem o objetivo de analisar as mudanças espaciais na estrutura produtiva e no mercado de trabalho na Região Metropolitana do Cariri – RM Cariri, face aos impactos da retomada da atividade econômica na economia brasileira nas primeiras décadas do século XXI e o conjunto de políticas de recorte setorial e social (políticas implícitas de desenvolvimento regional). A definição dessa região para estudo de caso justifica-se, por intermédio do processo de integração da estrutura produtiva vivenciado no país, onde a região Nordeste passou a acompanhar o movimento da dinâmica econômica brasileira. Partiu-se das hipóteses de que a conjuntura delineada pós 2004 promoveu mudanças na RM Cariri e nos municípios que a compõe; houve desconcentração econômica em relação ao triângulo CRAJUBAR (Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha). Para o alcance dos objetivos propostos, o período em análise foi subdividido de acordo com as mudanças ocorridas na dinâmica econômica e nas transformações do contexto macroestrutural, sendo respectivamente os movimentos compreendidos nos intervalos de: 2004-2010, marcado pelo crescimento econômico com inclusão social, representado por altas taxas de crescimento do emprego formal, redução da taxa de desemprego e políticas de ampliação da renda média; 2010-2014, momento de inflexão do desempenho econômico caracterizado pela desaceleração da atividade econômica, e que desencadeou, no fim do ciclo, em uma crise econômica no intervalo de 2014-2016. O presente trabalho baseou-se nos métodos descritivo e explicativos, utilizando dados secundários de órgãos oficiais (IBGE, IPEADATA, IPECE, Antigo Ministério do Trabalho, SEFAZ-CE, BACEN, BNDES, BNB, Ministério da Cidadania e Previdência Social). Conclui-se que, no início do século XXI, foi possível observar, na RM Cariri e nos seus municípios, um aumento nas taxas de urbanização e perda de peso da população rural e nas taxas de incremento das áreas rurais. Entre os setores produtivos, expande a participação na composição do valor adicionado dos serviços enquanto a agropecuária reduz sua contribuição, mostrando o peso das políticas setoriais e sociais para a região. Percebe-se também ao longo do tempo avanços no crescimento médio anual da quantidade de empresas dos setores da indústria, comércio e serviços, mas com desempenhos diferentes sobre o mercado de trabalho que passou a ser dinamizado pela expansão sobretudo do setor terciário e da construção civil. Por fim, ressalta-se a importância das políticas de desenvolvimento regional implícitas para a evolução dos indicadores socioeconômicos, sobretudo nos períodos de desaceleração da atividade econômica e crise, mas com manutenção da importância relativa dos três principais municípios da região – Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A crise de 2014 -2016 gerou uma importante retração de algumas dessas políticas na região, com destaque para os financiamentos do BNDES e políticas explicitas via FNE que desde o ano de 2010 passaram a perder espaço no montante dos recursos repassados.Dissertação Reconfigurações industriais das regiões metropolitanas do Nordeste: uma análise a partir do emprego formal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-18) Brandão, Danilo Duarte; ; ; http://lattes.cnpq.br/4850921828236523; Oliveira, Alunilda Janúncio de; ; http://lattes.cnpq.br/1194517192582177; Araújo, Denilson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280O desenvolvimento industrial vivenciado pelo Brasil, a partir da década de 1950, alterou a concentração populacional no território nacional. O processo de desenvolvimento da indústria nacional, concentrado em núcleos urbanos, aglomerou parcela crescente da população brasileira. A região Sudeste durante a primeira etapa da industrialização orientada pelo Estado, com a implantação do Plano de Metas, capitaneou os principais projetos industriais implantados no período e tornou-se o principal polo industrial do país. Na década de 1960 a 1980 a atuação do Estado esteve marcada por inúmeros projetos de desenvolvimento regional, amenizando a concentração industrial brasileira e redirecionando investimento para a região Nordeste. O segundo Plano Nacional de Desenvolvimento implantado na década de 1970 levou investimentos importantes ao Nordeste. Este período marcou o amplo crescimento urbano e a institucionalização das primeiras regiões metropolitanas no Brasil. A mudança desse processo de desenvolvimento sofre alterações com a crise fiscal e financeira do Estado na década de 1980 e 1990 e o corte de gastos direcionado ao desenvolvimento nacional, reorientando a economia para políticas liberais de abertura econômica e redução da atuação do Estado na economia. A política industrial ficou relegada aos planos de desenvolvimento local a partir da década de 1990 cabendo às unidades federativas a ampla utilização de incentivos fiscais, a chamada guerra fiscal , para a continuação do processo industrializante. Neste contexto da economia nacional, o trabalho busca analisar a configuração industrial nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e Salvador entre 1995 e 2010. Embora as regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e Salvador sejam as principais aglomerações urbanas do Nordeste, responsáveis pelo avanço do desenvolvimento industrial, ocorreram reconfigurações entre 1995 e 2010 alterando o nível de especialização industrial construído pela divisão regional do trabalho nessas regiões. O trabalho realizar-se-á através do método descritivo com análise de revisão bibliográfica acerca do desenvolvimento regional e urbano. Constituirá como método quantitativo a análise de dados secundários do emprego formal da Relação Anual de Informação Social (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Através dos dados RAIS/MTE analisa-se o índice de especialização industrial, utilizando o Quociente Locacional (QL). Desta forma, assume-se como parâmetro de análiseo QL > 1, quando a região apresenta-se especializada em determinado setor ou QL < 1, quando a região não apresenta especialização industrial no setor analisado. A conclusão do trabalho indica que houve nestas regiões metropolitanas uma manutenção do mesmo viés concentrador. As políticas fiscais, dos estados, não logrou êxito em diversificar a estrutura produtiva local e da própria região Nordeste. Este resultado evidencia-se, pela necessidade e dependência de investimentos do Estado na região para promover o desenvolvimento. As políticas industriais dos últimos anos foram positivas para responder aos objetivos de geração de emprego, mas precisa haver políticas específicas para uma melhor diversificação produtiva, além de integrar a economia do Nordeste setorial e regionalmenteLivro Recortes analíticos sobre o desenvolvimento, estado e economia do RN(Editora da UFRN, 2017-07-10) Pereira, William Eufrásio Nunes; Silva, Marconi Gomes da; Araújo, Denilson da SilvaAs análises que substanciam o presente compêndio são resultados de pesquisas e de longas e férteis discussões entre pesquisadores do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, notadamente do Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade (GEPETIS), dos alunos da Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico e Regional (UFRN), dos alunos da graduação do Curso de Ciências Econômicas (UFRN), bem como colaboradores da Universidade Regional do Cariri, Faculdade Vale do Salgado e Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Os textos aqui reunidos têm como temática central o desenvolvimento econômico em suas diferentes escalas: setoriais e territoriais. Seus autores, tributários de construtos teóricos heterodoxos, marcam, por meio de uma análise crítica e de uma escrita cientificamente consistente, um decisivo compromisso com a coleta e a análise dos dados, evitando assim a dissimetria, muitas vezes encontradas na literatura regional, entre os dados e a teoria. De uma forma mais geral, os textos analisam o “estado da arte” da dinâmica econômica potiguar, isto é, como encontra-se a economia do estado setorialmente, qual é a verdadeira estrutura industrial potiguar, qual a abrangência da influência dos governos municipais sobre o crescimento e o desenvolvimento econômico do estado do Rio Grande do Norte e que culturas agropecuárias, unidades industrias e tipos de serviços lhes deram forma econômica, social e política em diferentes períodos históricos. Com esses propósitos, pode-se afirmar que os textos que conformam o livro em tela, mais do que simples análises acadêmicas, isoladas de possibilidades e de efetividade como política econômica, podem ser sacados para integrarem um mecanismo mais complexo de intervenção econômica a partir da capacidade de auxiliar ou mesmo serem utilizados na íntegra como instrumentos de políticas públicas para os macrosetores econômicos bem como para setores específicos da agropecuária, da indústria e dos serviços privados (mercado) e públicos em suas diferentes esferas. Destarte, o conteúdo de um livro só pode se tornar universal quando pode ser utilizado para fazer transformações qualitativas e quantitativas não apenas na economia de um país, região ou estado, mas nas vidas de suas populações. Por todos esses atributos próprios da Ciência Econômica, o conteúdo do presente livro pode e deve ser utilizado por todos os cientistas sociais e por todos aqueles que desejam compreender e interver na economia do Rio Grande do Norte. Ângelo Magalhães SilvaDissertação A transformação da configuração espacial do Rio de Janeiro desde sua fundação até sua fase industrial: implicações socioeconômicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-29) Azevedo, Luiz Vinícius de; Pereira, William Eufrásio Nunes; Araújo, Denilson da Silva; http://lattes.cnpq.br/5982551597921280; https://orcid.org/0000-0002-2870-4742; http://lattes.cnpq.br/4829543404728309; http://lattes.cnpq.br/3601339160606482; Morais, Ana Cristina dos Santos; Silva, Ângelo Magalhães; Silva, Marconi Gomes daPensar as problemáticas em torno do espaço geográfico, seus fluxos e configurações implicam num esforço para compreensão da dinâmica presente na estrutura social, abrangendo questões de diferentes instâncias. A presente dissertação tem como objetivo a caracterização do processo de transformação espacial do Rio de Janeiro, sobretudo de sua capital, desde seu processo de formação até seu período industrial. Na análise deste objeto, realiza-se um levantamento em torno do conceito de espaço presente nos debates de teoria econômica, visando ampliar as lentes analíticas para discussões que se aproximem da totalidade das relações sociais, imbricadas por controvérsias, disputas e grupos sociais de interesses diversos, que sobrepõem ao espaço toda a sua complexidade. Nesse sentido, o estudo se sustenta na visão metodológica de Milton Santos (2020), onde o espaço adquire caráter estrutural e sistêmico, uma vez que abrange objetos geográficos (naturais e artificiais) distribuídos sobre o território, formando a configuração espacial. Parte-se dos conceitos e relacionamentos entre processos, função e forma. Observa-se que a formação do espaço urbano fluminense esteve inserida dentro da lógica mercantilista, na qual questões relacionadas à logística de transporte e rotas comerciais, sobretudo marítimas, interferiram na localidade e no padrão de ocupação do território, mas condicionadas por processos característicos da fase de acumulação de capital, na qual a formação do capitalismo nas economias centrais demandou, onde processo de circulação apresentava maior importância, evidenciando implicações sociais - de classe e raça -, políticas, econômicas e ideológicaculturais para que a dinâmica espacial se consolide, materializando uma cidade agráriomercantil. Quando o padrão de acumulação de capital se modifica, consolida-se um novo padrão de configuração espacial, no qual evidenciou relações sociais de subordinação, construídas no período colonial, e garantiu as condições para a reprodução do capital industrial, permitindo que as fábricas assumissem papel ativo na coordenação da espacialidade carioca. Ademais, as ações estatais caracterizam todo o período analisado, seja como agente principal da reorganização espacial, seja no sentido de dar suporte para o capital, ao regular o relacionamento entre capital e trabalho, os melhoramentos de infraestrutura urbana e a distribuição dos rendimentos na economia. Tais elementos evidenciaram as controvérsias das relações sociais, que se delinearam o âmbito do mercado de trabalho, condições de moradia e as condições de sociabilidade de grupos sociais, de modo a se expressarem espacialmente, seja através dos quilombos, seja através das favelas. Em suma, conclui-se que os relacionamentos entre os elementos espaciais consolidaram um padrão urbano que estigmatizou, marginalizou e subordinou grupos sociais, produzindo problemáticas existentes em torno das favelas.