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Tese O Aleph e seus duplos: mimesis e auto-reflexividade na obra de Jorge Luis Borges(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-06-02) Torres, José Wanderson Lima; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; ; http://lattes.cnpq.br/6911164626958585; Brandão, Saulo Cunha de Serpa; ; http://lattes.cnpq.br/3857487715990801; Oliveira, Andrey Pereira de; ; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; Araújo, Rosanne Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/7328556088478313; Araújo, Wellington Medeiros de; ; http://lattes.cnpq.br/7350119219749929Este estudo aborda a prosa de ficção de Jorge Luis Borges sob a ótica da mímesis e da auto-reflexividade. Parte-se da hipótese de que o Aleph é o símbolo central do universo ficcional de Borges, e que sua retomada e reescrita ao longo de toda a obra borgeana vincula-se a uma reflexão sobre as possibilidades e os limites da mímesis. Divide-se o trabalho em três partes, cada uma contendo dois capítulos. A primeira parte Revisão bibliográfica e fundamentos conceituais da pesquisa discute a fortuna crítica do autor (Capítulo 1) e os conceitos que dão sustentação à pesquisa (Capítulo 2). A segunda parte Sobre o projeto estético de Jorge Luis Borges delineia o projeto literário defendido por Borges: sua concepção de literatura e suas matrizes ideológicas (capítulo 3); seu antipsicologismo e sua nostalgia do epos (capítulo 4). A terceira e última parte intitula-se O Aleph e seus duplos; no capítulo 5, analisa-se o conto El Aleph , considerando sua centralidade na obra borgeana e como nele se elabora uma reflexão sobre a mímesis; no capítulo 6, sob a mesma perspectiva, analisam-se quatro contos de diferentes obras do autor Funes el memorioso ; El Libro de Arena ; El evangelio según Marcos e Del rigor en la ciencia . Constata-se que a literatura de Borges, autoconsciente de seus processos, como o demonstram seu senso paródico e sua procedência livresca, exaspera a crise mimética da linguagem e tensiona os liames que unem ficção e realidade, porém não sucumbe à perspectiva niilista de fechamento da literatura ao mundoTese Análise textual das representações discursivas no discurso político brasileiro: o discurso da primeira posse da presidenta Dilma Rousseff (1°/01/2011)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-08) Oliveira, Anahy Samara Zamblano de; Passeggi, Luis Álvaro Sgadari; ; http://lattes.cnpq.br/4021473858264190; ; http://lattes.cnpq.br/0519774041993678; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://lattes.cnpq.br/7649931632253545; Galvão, Marise Adriana Mamede; ; http://lattes.cnpq.br/1829337364208280; Sousa, Gilton Sampaio de; ; Queiroz, Maria Eliete de; ; http://lattes.cnpq.br/3521788341452076Esta pesquisa descreve a representação discursiva que a presidenta Dilma Rousseff faz de si mesma no seu discurso de posse, em 1°/01/2011. Situamos nosso trabalho no campo da linguística de texto e, mais especificamente, na Análise Textual dos Discursos (ATD) (ADAM, 2011 [2008a]), a qual pode ser caracterizada como “uma teoria da produção co(n)textual de sentido que deve fundar-se na análise de textos concretos”. Ela nos fornece a noção, teórica e analítica, de representação discursiva, direcionada para o estudo da dimensão semântica do texto. Baseamo-nos, ainda, em trabalhos recentes sobre as representações discursivas, realizados no âmbito das pesquisas brasileiras sobre a ATD (RODRIGUES; PASSEGGI; SILVA NETO, 2010, 2012; RAMOS, 2011; OLIVEIRA, 2013; QUEIROZ, 2013; ZAMBLANO-OLIVEIRA, PASSEGGI, 2013). As principais operações semânticas de construção da representação discursiva que utilizamos em nosso trabalho são a Referenciação e a Predicação. O enfoque metodológico é, ao mesmo tempo, qualitativo e quantitativo, priorizando levantamentos completos das formas linguísticas, assim como descrições detalhadas dos seus valores semânticos e textuais. Os resultados da pesquisa são de três ordens: metodológica, teórica e descritivo-interpretativa. Do ponto de vista metodológico, propomos uma abordagem que designamos como “marcação textual” (ou “mapeamento textual”), que permite marcar (etiquetar) os valores semânticos das formas linguísticas, identificando-as no fluxo textual, isto é, na dimensão sequencial-composicional do texto. Do ponto de vista teórico, introduzimos a noção de “domínios da representação discursiva”, que organiza e articula os diferentes elementos que compõem a representação discursiva da presidenta. Quanto aos resultados descritivo-interpretativos do discurso de posse, eles indicam que a representação discursiva da presidenta é configurada por meio de diferentes domínios conceituais, explicitados pelas referenciações e predicações, com destaque para as designações e ações e para os estados de mulher e de presidenta, que remetem, respectivamente, aos domínios de gênero e ao papel político-institucional. A presidenta se representa, explícita e enfaticamente, como agente responsável pelas ações expressas pelas predicações verbais (verbos de ação), consciente da importância do seu papel político e social como governante do Brasil. As predicações nominais e verbo-nominais explicitam – ou indicam com bastante clareza – uma representação discursiva que abrange os domínios conceituais político, moral, ético, comportamental e emocional (forte, receptiva, desbravadora, consolidadora, incansável, humilde, comprometida, democrata, vitoriosa e corajosa). O discurso de posse explicita, portanto, designações positivas da presidenta, que se situam num tempo presente e prospectivo – com perspectivas de futuro –, como líder do Brasil, com ativa participação na ação de transformar o país, mas também levando em consideração uma história de vida, uma biografia de lutas. Assim, além da descrição empírica e da interpretação desse discurso específico, que contribui para o estudo da análise textual das representações discursivas no discurso político brasileiro contemporâneo, nosso trabalho levanta questões metodológicas e teóricas, assinalando, ainda, a necessidade de uma maior especificação e detalhamento das operações de Referenciação e Predicação.Dissertação O Arbusto dos Anjos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-12-21) Santos, Iara Maria Carvalho Medeiros dos; Santos, Derivaldo dos; ; http://lattes.cnpq.br/8615666365895204; ; http://lattes.cnpq.br/5126306928769435; Bezerra, Rosilda Alves; ; http://lattes.cnpq.br/6401249635890403; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7A presente dissertação de mestrado, intitulada O ARBUSTO DOS ANJOS, apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem, do CCHLA/UFRN, para obtenção do título de Mestra em Estudos da Linguagem, objetiva realizar uma leitura da obra anjosiana Eu (1912), de modo a identificar, no teor dialético de seus versos, uma atitude crítica do poeta frente à realidade instituída, assumindo, para tanto, dimensões utópicas que o fazem vislumbrar outras possibilidades de existência. Como fundamentação teórica, apóia-se em Nietzsche, em cujos textos de A Vontade de Poder (1884-1888) toma de empréstimo uma concepção de niilismo díspar do fatalismo e da resignação, porque voltada para uma negação das verdades instituídas; também baseia-se no pensamento de Benjamin, em suas Teses sobre o conceito de história (1940), de onde é possível enxergar, no desvio revolucionário pelo passado, uma oportunidade de construir um futuro diferente do agora. O estudo analisa alguns poemas de Augusto dos Anjos, tomando-os como realidade criadora que mantém pontos de contato com a realidade imediata do poeta. Apoiando-se no método de análise de Antonio Candido (2004), esta dissertação privilegia o estudo de cinco sonetos constituintes do Eu, a saber: O Lázaro da Pátria , Ricordanza della mia Gioventú , A Árvore da Serra , Debaixo do Tamarindo e Vozes da Morte . Identifica na sua abordagem lírica rasgadora de normas e aglutinadora de sonhos, o fundamento paradoxal que sustenta o niilismo utópico de Augusto dos Anjos, no qual protagoniza a voz dos oprimidos, digna de ser recordada no espaço sempre emblemático do texto literárioTese Areia sob os pés da alma: uma leitura da vida e obra de Oswaldo Lamartine de Faria(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-23) Castro, Marize Lima de; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://lattes.cnpq.br/7649931632253545; ; http://lattes.cnpq.br/7971108246672017; Galvão, Dácio Tavares Freitas; ; Rangel, Edna Maria; ; http://lattes.cnpq.br/1736809137051573; Morais, Maria Arisnete Câmara de; ; http://lattes.cnpq.br/4223328278394193; Flores, Maria da Conceição Crisóstomo de Medeiros Gonçalves Matos;Esta pesquisa acompanhou o processo de construção de Oswaldo Lamartine de Faria como intelectual, objetivando constatar que sob a égide do sertão do Nordeste brasileiro ergueu-se a obra oswaldiana. Acompanhou o surgimento do pesquisador, observando como ele descobre a sua missão de estudar o sertão do Seridó e como sua relação com Luís da Câmara Cascudo foi primordial, pois mesmo sendo um observador nato, Oswaldo Lamartine iniciou sua construção como pesquisador a partir do incentivo de Cascudo. Na primeira parte desta pesquisa, no primeiro capítulo, nominado de Porteiras ao tempo, configura-se o país à época da seca de 1919, ano de nascimento de Lamartine. Nesse capítulo, foi mostrada a infância do menino Oswaldo e seus primeiros encontros com Câmara Cascudo; seu exílio urbano no Rio de Janeiro; os livros escritos pelo ainda jovem Oswaldo; os livros que vieram depois e o seu definitivo retorno ao Rio Grande do Norte. Nos capítulos seguintes: Areia sob os pés da alma e Imagens de um nobre do sertão, apresenta-se uma síntese dos livros do escritor, é realizada a narração da sua entrada no cânone da cultura potiguar e ganha destaque a sua entrevista para o documentário “Oswaldo Lamartine: um príncipe do sertão”, ressaltando sua tentativa (através de sua escrita) de salvar da morte a própria existência. Na segunda parte, no capítulo Versal, negrito, entrelinhas, são apresentadas leituras de textos dedicados a Oswaldo Lamartine, a exemplo dos textos de autoria de Zila Mamede, Maria Lúcia Dal Farra e Paulo de Tarso Correia de Melo. No capítulo que se segue, batizado de Cinzas vivas e mornas, ganha relevo a correspondência de Lamartine com Luís da Câmara Cascudo e dos vestígios inimagináveis da amizade entre esses dois pesquisadores. As cartas de Cascudo são lidas através do livro De Cascudo para Oswaldo. Elas são um testemunho vigoroso da permanente conexão de Oswaldo Lamartine com o Rio Grande do Norte. E, finalizando, no capítulo Terçar, tatuar, imprimir é feita a leitura da coletânea Sertões do Seridó, na qual estão compilados cinco livros do escritor. Através da leitura de cada um, percebe-se como a observação da realidade foi essencial para o escritor construir sua obra. Esta é uma das primeiras pesquisas que se realiza na Universidade Federal do Rio Grande do Norte sobre Oswaldo Lamartine de Faria e as suas principais referências teóricas são reflexões dos autores Jacques Le Goff (2003), Lejeune (1994; 2008), Maurice Blanchot (1987; 2005), Alfredo Bosi (1987) e Gaston Bachelard (s/d).Livro Arquivos de correspondências: carta e vida literária de escritores do Rio Grande do Norte(Editora da UFRN, 2017-06-14) Araújo, Humberto Hermenegildo de; Ferreira, José LuizEste livro reúne capítulos de autoria de pesquisadores de quatro universidades distintas, com estudos que resultam do projeto de pesquisa Arquivos de correspondências: carta e vida literária de escritores do Rio Grande do Norte (contemplado no Edital Universal – MCT/CNPq – nº 14/2010). O projeto caracterizou-se como um estudo circunstanciado de correspondências de escritores potiguares, compreendendo cartas trocadas entre o final do século XIX e todo o período do século XX, com o objetivo de compreender o modo como temas e tensões dominantes na literatura brasileira caracterizam situações nas quais as tradições regionais interagem no processo de construção do sistema literário nacional. [Trecho retirado da apresentação da obra, escrito pelos organizadores]Tese O aspecto polifônico d os Lusíadas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-12-10) Pereira, Fernando Alves; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779039H0; Oliveira, Andrey Pereira de; ; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; Santos, Derivaldo dos; ; http://lattes.cnpq.br/8615666365895204; Ferreira, José Luiz;Estudo sobre o aspecto polifônico d Os Lusíadas. Poema épico escrito em Língua Portuguesa por Luís de Camões, cujo tema central é a aventura da viagem de Vasco da Gama no descobrimento de novas rotas marítimas para as Índias, narrando, secundariamente, as batalhas históricas travadas no percurso da formação e consolidação do Império Português. O objeto do estudo são os diversos discursos que compõem a narração do poema, examinando a possível relação de influência estética entre a poesia épica camoniana e a prosa romanesca que se desenvolve na modernidade, a partir de D. Quixote, consagrando-se nos romances polifônicos de Dostoiévski. O estudo enfoca a singularidade de Camões na elaboração de uma narrativa estruturalmente épica, mas que ao mesmo tempo engloba vários discursos desviantes (excursos). Discursos esses que revelam a multiplanaridade e a plurivocalização (características da prosa romanesca) sem, contudo, prejudicar o encadeamento lógico-formal da epopeia, resultando no acabamento monológico canônico do gênero épico. Este aspecto caracteriza Os Lusíadas como uma obra monológica, conforme o cânone de então, mas que deixa transparecer traços de dialogismo e de plurilinguismo essenciais ao fenômeno polifônico. Outro aspecto relevante da poética camoniana, ressaltado no presente estudo, é o procedimento relativo à expressividade das personagens. As personagens-narradoras do poema são, na maioria, criações discursivas ou retóricas, as quais assumem, no discurso, características humanas ou mitológicas. Artifício que permite ao poeta apresentar uma visão multifacetária dos fatos narrados. A análise dos discursos apoia-se inteiramente na teoria polifônica de Mikhail Bakhtin, citando, acessoriamente, pontos de vista de outros teóricos, à medida que se julgam compatíveis com a teoria adotadaDissertação A brasilidade... nordestina em Catimbó, de Ascenso Ferreira e no livro de Poemas, de Jorge Fernandes(2017-07-31) Medeiros, Liana Dantas de; Ferreira, José Luiz; ; ; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; Oliveira, Izabel Cristina da Costa Bezerra;O presente estudo trata do tema da brasilidade sob a tradição da ruptura (Octávio Paz) no Modernismo da década de 1920 e como foi traduzido no livro de poemas Catimbó, de Ascenso Ferreira (1927) considerado por Mário de Andrade (1928) a contribuição mais original ao modernismo brasileiro daquele decênio. A referida obra é ambientada na década de 20 do século passado, momento em que as diretrizes conceptuais do modernismo e do regionalismo encontram terreno propício para a criação da moderna poesia brasileira numa conjunção de elementos em que estão presentes os vários componentes da cultura nacional, dando destaque para aqueles que representam o universo da brasilidade, tradição, nacionalismo e cultura popular. Nesse sentido, a produção literária de Ascenso Ferreira encontra na cultura popular, na oralidade e na tradição os traços que compõem essa poesia limitando-se com a música, cuja sonoridade remete aos batuques dos maracatus de origem afrobrasileira sincretizados aos elementos ameríndios e cristãos. Temas que remetem as expressões da cultura local, como também ao universalismo dos sentimentos e dores humanas entremeados pelas vozes da coletividade. Para Azevedo (1984), o poeta Ascenso Ferreira criou a “brasilidade... nordestina”. Sendo assim, o estudo tem como aporte teórico os trabalhos desenvolvidos por Cândido (1995), Azevedo (1984), Araújo (1995), Andrade (1974), Perrone-Moisés (2007) e Ferreira (2008), cujas análises servem para o entendimento da emblemática década de 1920, alicerce das mudanças que se sucedem no cenário cultural brasileiro nas décadas seguintes. Busca-se, ainda, uma intersecção entre a poesia do pernambucano com o Livro de Poemas, de Jorge Fernandes (1927), ambos voltados para a questão da brasilidade e do nacionalismo literário.Dissertação Os Brutos: tradição literária e a memória cultural do Seridó(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-12-20) Silva, Vilma Nunes da; Fávero, Afonso Henrique; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784112H6; ; Duarte, Constância Lima; ; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7Partindo do princípio de que a força centralizadora do discurso do narrador sob o universo romanesco encontra-se regido por nuanças sócio-ideológicas que fazem parte do mundo psicológico do autor, procede-se uma leitura crítica de Os Brutos (1938), romance de estréia do escritor José Bezerra Gomes. O trabalho mencionado visa a tecer algumas considerações em torno do ponto de vista do narrador, enfocando a encenação do EU no cenário artístico-literário e sua interferência no modo de narração da citada obra. O procedimento metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica, e como aporte teórico recorreu-se à crítica especializada que trata da temática em questão. Ao final percebeu-se que o discurso do narrador possui um caráter ambivalente, o qual permite que o interlocutor presente não assuma uma perspectiva fixa diante do que narraTese Caetano Veloso e o lugar mestiço da canção(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-11-28) Morais Neto, João Batista de; Sousa, Ilza Matias de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785761A3; ; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; Lino, Joselita Bezerra da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/4048330649545791; Gondim Filho, Raimundo Leontino Leite; ; http://lattes.cnpq.br/9732825376645502; Ribeiro Neto, Amador; ; http://lattes.cnpq.br/9410182642792577Este trabalho procura mostrar como a figura intelectual de Caetano Veloso é importante no cenário da cultura brasileira, apresentando uma análise de algumas canções de sua produção musical, desde o momento heróico do Tropicalismo até composições mais recentes. Também busca chamar a atenção para o que o cancionista reflete em seus ensaios a respeito de temas imprescindíveis à interpretação do Brasil, no que diz respeito à constituição de sua identidade cultural. O pensamento mestiço de Caetano Veloso é investigado em seu projeto de canções, a fim de evidenciar sua intervenção no mundo da cultura, possibilitando uma discussão que reflete as relações significativas entre literatura e música, além de propiciar um diálogo evidente com outros discursos estéticosDissertação Câmara Cascudo e a Argentina intelectual: um joio na seara latino-americana(2016-07-29) Medeiros, Joatan David Ferreira de; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; ; http://lattes.cnpq.br/4239950419780063; Santos, Derivaldo dos; ; http://lattes.cnpq.br/8615666365895204; Araújo, Wellington Medeiros de; ; http://lattes.cnpq.br/7350119219749929O presente estudo lança luz sobre os movimentos de integração cultural na América Latina a partir de sociabilidades cultivadas por Luís da Câmara Cascudo nos anos de 1920 que endossaram o intercâmbio intelectual e literário entre Brasil e Argentina. Valendo-se de ensaios publicados pelo escritor potiguar que tratam do universo literário platino e de sua correspondência com intelectuais do porte de Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Braulio Sánchez-Sáez e Luis Emilio Soto, esta pesquisa pretende identificar e analisar as contribuições dadas por Câmara Cascudo à formação de uma rede que conectou escritores dos dois países num projeto de valorização da literatura latino-americana. Os diálogos estabelecidos com esses autores expressavam esforços de aproximação e de intercâmbio de ideias, sentimentos, conhecimentos e valores que, na obra de Cascudo, foram ressaltados no seu exercício de leitura, crítica literária, traduções, correspondências e produção ensaística.Dissertação Canto de muro: a construção de um mundo de papel(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-07-30) Melo, Mirlene Coutinho de; Rangel, Edna Maria; ; http://lattes.cnpq.br/1736809137051573; ; http://lattes.cnpq.br/3606869669451740; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://lattes.cnpq.br/7649931632253545; Costa, Maria Suely da; ; http://lattes.cnpq.br/1891779191833711O corpus desta pesquisa é a obra Canto de Muro (1959), do escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo. Trata-se de um romance de costumes que apresenta, em sua temática e estrutura composicional, nitidez científica associada à poeticidade. A obra é a narração da vida, das aventuras e da morte de animais que vivem no quintal de uma chácara urbana, no Tirol, lugar que Cascudo investiga as atitudes e os comportamentos diários dos bichos sob a ótica naturalista (científico), social (cotidiano) e poética (linguagem). Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo compreender e analisar a presença da intertextualidade para a construção da narrativa cascudiana, em que evidenciamos a existência de outros textos tanto de estudos divulgados da História Natural, quanto da cultura popular, que contribuem para a formação do texto literário e para a cultura e a memória coletiva. Sendo assim, a fim de embasar a nossa reflexão sobre a intertextualidade, estamos fundamentados nas teorias dos seguintes estudiosos: Compagnon (1996) e Kristeva (2005), que nos subsidiam acerca da presença de epígrafes, de citações e de notas de rodapé. Além disso, refletimos sobre a tradição popular que caracterizam as personagens animalescas e percebemos como a memória faz parte da obra. Para isso, contemplamos as principais contribuições teóricas de Bornheim (1987), Candido (2000, 2004), Brandão (2008) e Bosi (2006) que discutem com propriedade essas reflexões. Logo, a nossa pesquisa também compreende uma análise das personagens, no tocante às atitudes e às vidas que habitam e visitam o cotidiano no canto do muro, e a figura do narrador pesquisador.Dissertação Coadunação entre cartas e poemas de Drummond e Zila em meio à temática da terra: uma abordagem do texto literário no Ensino Fundamental II(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-20) Cardoso, Daniel César; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://lattes.cnpq.br/7649931632253545; ; http://lattes.cnpq.br/9145544808265667; Ferreira, José Luiz; ; Alves, Alexandre Bezerra; ; http://lattes.cnpq.br/9866296900410648Relato e análise do processo de construção e aplicação de uma Unidade Temática numa turma de 7º Ano do Ensino Fundamental II nas aulas de Português, com a consequente elaboração de um CD como produto final, destinado à leitura de professores. A Unidade Temática constou de aulas sobre correspondências de escritores e intelectuais como fontes importantes de informação/conhecimento, ou até mesmo partes constituintes de suas obras. A partir dessa concepção, vislumbrou-se a possibilidade de utilizar um conjunto de cinco missivas que tratavam de O Arado, a mais consagrada obra memediana, publicadas no livro intitulado Cartas de Drummond a Zila Mamede (1999), como elemento motivador para o estudo de poemas de Zila Mamede e Carlos Drummond de Andrade, vinculados à temática da terra. O presente estudo configura-se como uma tentativa de devolver ao texto literário o seu lugar de direito nas aulas de língua materna, isto é, que ele seja, desde os anos iniciais, lido, analisado e compreendido com todas as peculiaridades próprias dos textos de literatura, suas relações contextuais e intertextuais. Como fundamentação teórico-metodológica, tomou-se como ponto de partida as discussões de Cosson (2006; 2010) e Cereja (2005), além das orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Língua Portuguesa, bem como critérios de análise e interpretação do texto literário disponíveis na bibliografia das áreas de Teoria Literária e Literatura Comparada.Tese Coerção e ruptura estilísticas na poesia potiguar: a construção do ethos inventivo do poeta Jorge Fernandes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-04-01) Palhano, João Maria Paiva; Oliveira, Maria Bernadete Fernandes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793534Y1; ; http://lattes.cnpq.br/5179045269982593; Cunha, Dóris de Arruda Carneiro da; ; http://lattes.cnpq.br/0061348175883853; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; Alves, Maria da Penha Casado; ; http://lattes.cnpq.br/7377731555637172No cenário poético norte-rio-grandense, a publicação do Livro de Poemas de Jorge Fernandes, em 1927, assinala, no imaginário da comunidade potiguar leitora, produtora e crítica de poesia, o início da circulação social de um ethos inventivo vinculado ao poeta Jorge Fernandes de Oliveira (1887-1953). Tomando como referência o evento aludido, a pesquisa investiga a construção desse ethos a partir do contraponto entre as escolhas estilísticas individuais do poeta e as escolhas estilísticas dominantes na produção lírica local dos anos 20 do século XX. O corpus constitui-se de textos poéticos (tanto do poeta em foco quanto de outros poetas tidos, à época, como ícones da poesia norte-rio-grandense) e de textos representativos da crítica literária local (tanto produzidos nos anos 20 quanto em outras décadas do século passado). A sustentação da análise ancora-se na teoria enunciativa de Mikhail Bakhtin (sobretudo no que se refere a estilo) e na teoria enunciativa de Dominique Maingueneau (sobretudo no que se refere a ethos). Nesse percurso investigativo, a pesquisa delineia um inventário das escolhas estilísticas individuais dominantes de Jorge Fernandes de Oliveira e os motivos de essas escolhas sinalizarem o ethos inventivo associado ao poeta.Tese A configuração do neorregionalismo literário brasileiro(2016-07-25) Brito, Herasmo Braga de Oliveira; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; ; Santos, Derivaldo dos; ; Ferreira, José Luiz; ; Oliveira, Izabel Cristina da Costa Bezerra; ; Araújo, Wellington Medeiros de;Este estudo tem como objetivo analisar a configuração literária do neorregionalismo brasileiro, em observância de alguns dos elementos para base da categorização a autonomia feminina nas obras e a predominância não mais do espaço rural, mas sim urbano. Destaca-se que a maior parte desses romances neorregionalistas segue a tônica da escrita como fator de resistência e memória dos aspectos regionais no tocante a sua valorização. Utiliza-se para estudos da caracterização do Neorregionalismo Brasileiro as obras Beira Rio, Beira Vida; A Filha do Meio-Quilo; Pacamão de Assis Brasil - Sombra Severa de Raimundo Carrero - Dois Irmãos e Cinzas do Norte de Milton Hatoum - Coivara da Memória de Francisco Dantas, Galiléia de Ronaldo Correia de Brito. Pretende-se analisar como o regionalismo surgiu e se desenvolveu em conflito com a modernização; como o Neorregionalismo se constitui um fenômeno urbano; como as personagens femininas no Neorregionalismo se vestem de autonomia ao contrário das obras anteriores; como a escrita memorialista atua como fator de resistência na valorização da cultura regional. A presente pesquisa caracteriza-se, essencialmente, como bibliográfica. Utilizando-se como base os seguintes autores: Araújo (2010), Bachelard (1993), Bakhtin (2011), Bueno (2006), Candido (2000, 2006), Chiappini (2014), Williams (1989). Buscou-se, primeiro, a fundamentação necessária para caracterizar essa nova tendência literária brasileira. Em seguida, a análise da autonomia feminina para configuração do Neorregionalismo Brasileiro. Na terceira parte, abordamos o espaço como elemento não só de composição de análise para a comprovação do neorregionalismo, mas, principalmente, como agente de relevante contribuição para o desenvolvimento das experiências dos personagens, em especial as femininas. E por último, os estudos sobre a memória neorregionalista como instrumento de resistência à crescente globalização da cultura com sua homogeneização.Dissertação Da poesia ao poema: uma leitura do poema-Processo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-02-28) Galvão, Dácio Tavares de Freitas; Araújo, Humberto Hermenegildo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; Silva, Marcos Antonio da; http://lattes.cnpq.br/8590672637571334; Lino, Joselita Bezerra da Silva; http://lattes.cnpq.br/4048330649545791Caracterização do Poema-Processo na sua trajetória entre os anos de 1967 e 1972, com vistas a uma leitura da sua inserção no movimento das vanguardas da segunda metade do século XX no Brasil. Verifica-se o modo como o movimento do Poema-Processo se formou enquanto desdobramento da arte concreta, assim como as suas adequações à conjuntura do seu surgimento no Brasil, procedendo-se a uma comparação entre a prática do poema e as propostas dos manifestos lançados. A análise de poemas selecionados demonstra a co-relação dos mesmos com os trabalhos visuais encetados pelas vanguardas históricas, assim como as respostas da prática poética à teoria desenvolvida pelos principais representantes, com destaque para Wlademir Dias-Pino, Álvaro de Sá e Moacy Cirne. A produção poética e cultural de Moacy Cirne é abordada observando-se sua prática em três pontos fundamentais: a produção poética, a crítica literária enfatizando a literatura local e o texto do Poema-Processo, e a pesquisa em torno da linguagem dos quadrinhosDissertação Das margens do espelho: um estudo dos reflexos da morte em primeiras estórias, de João Guimarães Rosa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-08) Moreira, Smally Galvão; Barbosa, Márcio Venício; ; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; ; http://lattes.cnpq.br/0786043922740275; Gondim Filho, Raimundo Leontino Leite; ; http://lattes.cnpq.br/9732825376645502; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7O presente trabalho divide-se em três capítulos, que constituem a seguinte estrutura: no primeiro capítulo, analisamos a figura da morte e suas características no contexto da obra de Guimarães Rosa, dentro de uma tipologia específica, determinando como essa figura surge através de imposição , ausência , memória e ritual . Com isso, pretendemos abranger todas as possibilidades que esse aspecto denota. No segundo capítulo, observamos a incidência do espelho como elemento de análise de nosso estudo, caracterizando como uma condição estilística pode se tornar uma chave de leitura, necessária à interpretação do livro Primeiras Estórias . A caracterização do espelho como elemento de análise possui uma fundamentação teórica que se descortina ao longo de outras obras literárias que têm por base o mesmo objeto. Ao estabelecer os pontos em que tais obras se aproximam das teorias da especularidade, pretendemos justificar seu uso sob nossa perspectivaDissertação O discurso autobiográfico nos relatos de viagem de Nísia Floresta(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-11-07) Chacon, Alyanne de Freitas; Barbosa, Márcio Venício; ; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; ; http://lattes.cnpq.br/4404672262124284; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; Duarte, Constância Lima;Em pleno século XIX, Nísia Floresta Brasileira Augusta escreveu sobre duas viagens empreendidas pela Europa. Alguns anos depois, essa norte-rio-grandense trouxe ao conhecimento do público seus relatos de viagem: Itinéraire d un Voyage en Allemagne (1857) e Trois ans en Italie, Suivis d un Voyage en Grèce (1864/1872). Apesar das particularidades que envolvem cada um desses relatos, um aspecto está fortemente presente neles: as marcas autobiográficas. O nosso trabalho tem como principal objetivo investigar como se manifesta esse discurso autobiográfico. A partir da Análise do Discurso, levantamos alguns posicionamentos acerca de algumas obras literárias, como o fato de, certas vezes, elas conterem mais de um gênero. O que acontece nos relatos de viagem de Nísia Floresta é semelhante, pois além de narrarem a passagem de Nísia por esses lugares, podemos encontrar características pertencentes à escritura fragmentária, autobiográfica e ao epistolar. Diante dos pressupostos apontados por Philippe Lejeune, pudemos confirmar que essas narrativas de Nísia fazem parte da escritura autobiográfica. Sob a ótica de algumas teorias, percorremos pontos interessantes que envolvem essas narrativas e, com isso, viajamos juntamente com Nísia Floresta pela Alemanha e posteriormente, pela Itália e Grécia, conhecendo, assim, não apenas um pouco mais sobre esses lugares, como também muitas confidências sobre essa escritora potiguar, que abriu seu coração ao públicoTese A dobra, o grampo e a cola: percursos editoriais das revistas Preá; Nós, do RN…; Papangu; Revista Grande Ponto e Brouhaha: vozes na cultura potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-23) Torres Neto, José Correia; Barbosa, Tatyana Mabel Nobre; http://lattes.cnpq.br/6982452047842223; http://lattes.cnpq.br/1366100300315993; Henrique, Ana Lucia Sarmento; Pinto, Ana Lúcia Guedes; Muniz, Cellina Rodrigues; Araújo, Humberto Hermenegildo de; Cavalcante, Ilane Ferreira; Rego, Maria Carmem Freire Diogenes; http://lattes.cnpq.br/9793207619191846A primeira edição da revista Echo Miguelino surgiu em 11 de julho de 1874, 42 anos após o primeiro jornal publicado no Rio Grande do Norte, O Natalense. Após 148 anos da edição da primeira revista produzida no Rio Grande do Norte, o periodismo de revista permanece atuante como um dos principais suportes de mídia, apesar das dificuldades econômicas enfrentadas pelas editoras e editorias. O caderno de oito páginas que constituía a Echo Miguelino estabeleceu o lugar determinado ao periodismo de revista no estado e oportunizou a existência de mais de 263 publicações nesses quase dois séculos e meio. A dobra, o grampo e a cola: percursos editoriais das revistas Preá; Nós, do RN…; Papangu; Revista Grande Ponto e Brouhaha: vozes na cultura potiguar remete a um recorte de cinco objetos editoriais, no suporte impresso produzidos no Rio Grande do Norte, entre as 263 revistas inventariadas. A pesquisa apresenta o contexto histórico e editorial de cada uma delas, descreve os aspectos de suas editorias e fomento e analisa a estrutura editorial, refletindo acerca das mudanças do perfil de suas edições durante os seus respectivos períodos de circulação. No momento final da pesquisa, é observado o destino de cada um dos cinco periódicos como um produto da mídia impressa, como um Corpus que possui falas e silêncios, gestos e palavras, ações e reações, cores e partidos, empatias e aversões, movimentos e inércias, vidas e mortes, percursos e retrocessos.Dissertação A doença de criar passarinhos: a lírica humanizadora de João Cabral de Melo Neto(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-11-19) Pinheiro, Carlos André; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; ; http://lattes.cnpq.br/4160902677924254; Alves, José Helder Pinheiro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794120A3; Fávero, Afonso Henrique; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784112H6João Cabral de Melo Neto sempre se mostrou avesso aos versos sentimentais e prolixos oriundos da tradição romântica. Por isso mesmo, grande parte de sua obra é caracterizada por um discurso objetivo, de orientação concretista e rigorosamente elaborado aspectos que lhe renderam o título de engenheiro da linguagem. Na verdade, o próprio poeta alimentava a fama de ser um homem frio e racionalista. A fortuna crítica tem analisado com tamanha freqüência a matéria lógica e o acabamento formal presentes na obra de Cabral de Melo, que o leitor pode ser induzido a identificá-la como mero verbalismo formal ou como uma poesia desprovida da vivência humana. Nesse sentido, examinamos neste trabalho os momentos em que o sentimento humano figura como matéria preponderante para a elaboração estética; com isso mostramos que a presença contumaz dos objetos concretos e a linguagem objetiva não anula a emoção que o sujeito sente ao descrever as cenas que compõem os poemas. A pesquisa é orientada pela premissa de que o poeta mantém uma postura nitidamente humanizadora ao bordar a experiência cultural e a experiência da vida sertaneja. As unidades temáticas que compõem o trabalho, portanto, mostram a representação do Nordeste brasileiro na obra de João Cabral ao mesmo tempo em que avalia o sentimento compassivo que o poeta nutre pela memória cultural de sua terra. Dentre os aspectos que compõem a sua lírica humanizadora, destacamos a recorrência da personificação para abordar algumas paisagens nordestinas o poeta não deseja fazer mera descrição topográfica da região porque esses lugares têm um valor sentimental para ele; a representação dos desejos e dos instintos humanos também é alcançada graças ao tom erótico com que o poeta descreve parte de sua região; depois, ele se mostra extremamente encantado e envolvido com alguns elementos culturais de sua terra, como a rede, a literatura oral e a música regional; a preocupação com a classe social explorada e a denúncia das más condições de vida no sertão também são índices que atestam a humanidade na obra do autor; por fim, a recordação de cenas da infância e a nostalgia de tempos remotos surgem como uma possibilidade que pode auxiliar na formação humana dos indivíduosTese A dupla poética do silêncio: uma análise de Fogo morto e Cartilha do silêncio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-11-23) Oliveira, Izabel Cristina da Costa Bezerra; Araújo, Humberto Hermenegildo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; http://lattes.cnpq.br/5488651272402673; Oliveira, Andrey Pereira de; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; Santos, Derivaldo dos; http://lattes.cnpq.br/8615666365895204; Fávero, Afonso Henrique; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784112H6; Costa, Maria Suely da; http://lattes.cnpq.br/1891779191833711Esta pesquisa apresenta uma leitura sobre a poética do silêncio no perfil e nas ações das personagens de Fogo morto, do romancista paraibano José Lins do Rego e Cartilha do silêncio, do escritor sergipano Francisco José Costa Dantas. Como ponto de partida, pretende-se demonstrar, por meio de análise, como a tradicional questão do patriarcalismo instalado no meio rural do Nordeste brasileiro vive o seu momento de ascensão e decadência em espaços sociais distintos nas narrativas. Investiga-se como o homem vive as tensões ocasionadas pelas mudanças sócio-políticas que vão paulatinamente sendo implantadas em seu meio devido ao processo de transição da vida tradicional para a vida moderna. Nessa perspectiva, esta leitura promove uma reflexão crítica sobre o espaço social dos engenhos e fazendas no momento de sua ascensão e decadência, bem como as várias relações do universo feminino com o masculino. As análises indicam que todas as mudanças ocorridas tanto no espaço social quanto familiar descortinam um mundo de variantes silenciosas e o presente estudo toma como fundamentação teórica o conceito de silêncio construído a partir das reflexões de Eni Puccinelli Orlandi (2002), Lourival Barros de Holanda (1990), Luiz Costa Lima (1974) e Marisa Simons (1999).