Navegando por Autor "Azevedo, Daniela Vasconcelos de"
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Dissertação Evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos: uma análise da coorte brasileira do estudo MAL-ED(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-17) Andrade, Eva Débora de Oliveira; Maciel, Bruna Leal Lima; http://lattes.cnpq.br/5790541670952158; http://lattes.cnpq.br/6480869951002815; Azevedo, Daniela Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/0020990380987548; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297As práticas alimentares nos primeiros dois anos de vida impactam no estado nutricional e de saúde infantis, influenciando o crescimento e desenvolvimento. Poucos estudos avaliaram essas práticas de maneira prospectiva, considerando também características dos alimentos utilizados, como o seu nível de processamento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos, considerando indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o nível de processamento dos alimentos consumidos. Este estudo é parte de uma coorte de nascimento multicêntrica (MAL-ED). Para este trabalho, foram avaliadas as crianças da coorte brasileira aos 9 (n=193), 15 (n=182) e 24 meses (n=164). As práticas alimentares foram analisadas a partir de recordatórios 24h, utilizando os indicadores propostos pela OMS. Os alimentos consumidos foram avaliados conforme o nível de processamento. Foram construídos modelos de regressão logística para determinar variáveis sócio-econômicas e práticas alimentares associadas com o consumo de alimentos ultraprocessados aos 9, 15 e 24 meses de idade. Observouse que o número de crianças amamentadas diminuiu ao longo do tempo, de 77,6% aos 9 meses para 55,0% aos 15 meses e 45,1% aos 24 meses. A frequência mínima de refeições ao dia foi atingida por 88,6% das crianças aos 9 meses, 99,5% aos 15 meses e 97% aos 24 meses. Embora a diversidade dietética não tenha aumentado significativamente durante o período de estudo, a dieta mínima aceitável aumentou significativamente para 76,1% aos 24 meses (p <0,0005). Observou-se também altas porcentagens de crianças consumindo bebidas adoçadas, sendo de 100% aos 15 e 24 meses, foi visto também um aumento significativo do número de crianças que consumiam alimentos sentinelas, 5,7 % aos 9 meses, 9,9% aos 15 meses e 18,9% aos 24 meses (Qui-quadrado, p < 0,0005). Houve aumento significativo também do indicador de zero consumo de vegetais e frutas, sendo de 14% aos 9 meses, 17,6% aos 15 meses e 30,5% aos 24 meses (Qui-quadrado, p < 0,0005). A quantidade e frequência de consumo dos alimentos in natura reduziu dos 9 aos 24 meses de idade (p < 0,0005); enquanto a quantidade e frequência de consumo de alimentos ultraprocessados aumentou (p < 0,0005) durante o período estudado. As regressões logísticas demonstraram que, aos 9 meses, as crianças que eram amamentadas apresentaram menor chance de elevado consumo de alimentos ultraprocessados (OR = 0,42; IC 95% = 0,19 – 0,95) e as crianças que atingiam a dieta mínima aceitável apresentaram maior chance para esse consumo elevado (OR = 4,74; IC 95% = 1,50 – 14,94). Conclui-se que a redução amamentação, alto consumo de bebidas açucaradas, aumento do consumo de alimentos sentinelas e aumento do percentual de crianças que não consumiram vegetais e frutas, somado ao a redução no consumo dos alimentos in natura e aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, demonstram uma redução da qualidade das práticas alimentares ao longo dos primeiros dois anos de vida. A amamentação demonstrou-se como um importante fator de proteção contra um maior consumo de alimentos ultraprocessados.Tese A experiência da pré-eclâmpsia vivenciada por gestantes e profissionais de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-10-06) Azevedo, Daniela Vasconcelos de; ; http://lattes.cnpq.br/7207146627442417; ; http://lattes.cnpq.br/0020990380987548; Moreira, Simone da Nóbrega Tomáz; ; http://lattes.cnpq.br/3642294168997314; Maia, Eulália Maria Chaves; ; http://lattes.cnpq.br/2021670670663453; Pereira, Maria Lúcia Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/1204949768401883; Pinheiro, Patrícia Neyva da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/3311923741926368O presente estudo objetivou compreender as percepções de gestantes e profissionais de saúde sobre a pré-eclâmpsia e a relação entre profissional e paciente. Optou-se por abordagem qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas, observação participante e Teste de Associação Livre de Palavras (TALP). Os dados foram coletados entre fevereiro e junho de 2007, na Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC), Natal-RN, com 61 gestantes e 87 profissionais, dos quais 20 de cada grupo participaram das entrevistas. Utilizou-se uma perspectiva interpretativa e compreensiva aproximada à hermenêutica de Gadamer, com a construção de temas e categorias empíricas. As gestantes revelaram medo da pré-eclâmpsia e suas conseqüências e mostraram que sabiam pouco a respeito do tema e que gostariam de saber mais. As mudanças ocorridas, decorrentes, da doença foram mais de ordem emocional, do que relacionada à adoção de estilo de vida saudável. Observou-se despreparo das unidades básicas em atender e encaminhar as gestantes com pré-eclâmpsia para unidade de referência. Os profissionais conheciam características da clientela, sabiam do medo que sentiam e do pouco conhecimento sobre a doença, porém não as envolviam no tratamento. Na relação entre profissional e paciente observou-se ausência de diálogo sobre a doença e inabilidade, por parte dos primeiros em lidar com questões emocionais. Há necessidade de um novo olhar para a assistência à pré-eclâmpsia priorizando a construção coletiva de estratégias de abordagem e intervenção que inclua aspectos subjetivos, numa perspectiva hermenêutica da saúdeDissertação Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde materno-infantil: revisão sistemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-31) Oliveira, Priscila Gomes de; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0000-0002-4557-7861; http://lattes.cnpq.br/9327337361160225; Azevedo, Daniela Vasconcelos de; Levy, Renata BertazziO consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) tem impactado negativamente na qualidade da dieta, no aumento de riscos de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao excesso de peso na população adulta. Apesar disso, ainda há poucas evidências que estudem o impacto desse consumo na saúde materno-infantil. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da literatura, a influência do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde de gestantes, mulheres lactantes e crianças. Foi realizada uma revisão sistemática registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021236633), seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metanalysis (PRISMA), nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, Scielo e diretório da CAPES. Os critérios de elegibilidade adotados foram: a) apresentar o consumo alimentar pela classificação NOVA, b) serem estudos observacionais desenvolvidos com a população de gestantes, mulheres lactantes ou lactentes/crianças; e c) análise de desfecho de saúde (nutricional e doenças) associados ao consumo de AUP. Todos os dados foram analisados e extraídos para uma planilha estruturada por duas revisoras independentes. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com a Escala de Newcastle-Otawa (Rob 2). As buscas recuperaram 8.294 estudos e 24 contemplaram os critérios de elegibilidade. A maioria dos estudos incluídos era coorte (n=14, 58,3%), tinha gestantes como população (n=13, 54,2%) e apenas dois estudos avaliaram o consumo de AUP em neonatos e mulheres lactantes. Panoramicamente, observou-se que a maior participação de AUP na dieta das populações estudadas tem sido associada a diferentes desfechos materno-infantis, como aumento do ganho de peso e medidas de adiposidade, prejuízos no crescimento intrauterino, menor desenvolvimento cognitivo, efeitos na saciedade, maior desmame precoce, pior qualidade da dieta, alterações metabólicas (elevados níveis glicêmicos e PCR), asma, cáries, sintomas de depressão, provável inadequação na composição do leite materno e presença de substâncias tóxicas originadas da embalagem. Apenas dois dos estudos incluídos não apresentaram alta qualidade metodológica. Apesar da literatura limitada sobre o consumo de AUP e seus desfechos na saúde da população materno-infantil, o maior consumo de AUP impactou negativamente os indicadores de nutrição e desenvolvimento de doenças em todos as fases da vida estudadas. Considerando a expressiva participação desses alimentos na dieta, outros estudos devem ser realizados para investigar o impacto do consumo de AUP em diferentes indicadores de saúde, principalmente na fase da lactação, pois foi a que apresentou uma maior lacuna de conhecimento.Artigo Percepções e sentimentos de gestantes e puérperas sobre a pré-eclâmpsia(2009) Azevedo, Daniela Vasconcelos de; Araújo, Ana Cristina Pinheiro Fernandes de; Costa, Íris do Céu Clara; Medeiros Júnior, AntônioObjetivo Compreender como gestantes e puérperas com pré-eclâmpsia, percebiam e vivenciavam a pré-eclâmpsia. Material e métodos Entrevistas e observação foram realizadas entre fevereiro e junho de 2007, no ambulatório e internamento de uma maternidade pública no Nordeste do Brasil, com 20 mulheres que apresentaram pré-eclâmpsia. A análise foi baseada na hermenêutica de Gadamer, com a construção de categorias temáticas. Resultados As mulheres percebiam a gravidade e alguns riscos aos quais estavam expostas, porém conheciam pouco acerca da pré-eclâmpsia e suas conseqüências e pouca informação foi repassada pelos profissionais de saúde que as acompanhavam. O sentimento mais presente entre elas foi o medo de morrer, de perder o bebê e o medo por não conhecer a doença. Conclusões A percepção da gravidade desta doença somada a pouca informação recebida durante o tratamento intensificou o medo destas mulheres. A adoção, por parte dos profissionais de saúde, de uma maior humanização do pré-natal de alto risco, em especial em relação à pré-eclâmpsia possibilitaria uma abordagem que considerasse a dimensão emocional das gestantes e puérperas durante as consultas