Navegando por Autor "Bagni, Úrsula Viana"
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TCC Anemia ferropriva em mulheres privadas de liberdade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-09-03) Lima, Leilyana Cristian Bezerra de; Bagni, Úrsula Viana; Pequeno, Nila Patrícia Freire; Lima, Marcos Felipe Silva deO aumento da população carcerária, em destaque a população feminina, gera um alerta quanto a situação de saúde dessas pessoas, que, devido as condições precárias de confinamento, estão em situação de vulnerabilidade em relação a várias doenças. A importância dessa temática centraliza-se na investigação de um problema de saúde pública ainda não discutido em um grupo socialmente excluído no país. Assim, esse estudo tem como objetivo determinar a prevalência de anemia ferropriva em presidiárias de um Complexo Penal feminino do município de Natal, Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo, desenvolvido com a totalidade das mulheres reclusas em regime fechado, 89 detentas, com idade entre 19 e 62 anos. A anemia foi diagnosticada pela dosagem de hemoglobina abaixo de 12g/dL. Como resultando observou-se uma média de idade de 31,1 anos ± 8,9 anos (desvio padrão – DP) e 4,5% de prevalência de anemia, considerada confiável. Essa prevalência ainda sim traz à luz um alerta quanto as condições de saúde dessa população, cujo ambiente de confinamento é determinante no processo de adoecimento capaz de alterar a situação atual.TCC Avaliação do estado nutricional e composição corporal de pessoas com deficiência visual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-11-16) Silva, Alana Monteiro Bispo da; Bagni, Úrsula Viana; Pequeno, Nila Patrícia Freire; Bezerra, Danielle SoaresIntrodução: A avaliação do estado nutricional é importante para subsidiar ações de alimentação e nutrição e determinar riscos de patologias relacionadas à composição corporal, particularmente em pessoas com deficiência visual, que estão predispostas ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) pela má alimentação.Nesse contexto, o presente estudo investigou o estado nutricional e a composição corporal de pessoas com deficiência visual. Metodologia: Trata-se de uma investigação do tipo transversal, observacional desenvolvida com 98 pessoas, entre 17 e 71 anos de idade, de ambos os sexos, com diferentes graus de deficiência visual. Por meio de entrevista, investigou-se aspectos socioeconômicos, demográficos, de saúde e estilo de vida dos participantes. Foram coletadas também medidas antropométricas (peso, estatura, perímetros da cintura e do pescoço, dobras cutâneas tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca) a fim de avaliar a composição corporal, estado nutricional e o risco para DCNT. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote estatístico SPSS versão 20.0, empregando-se o teste do Qui-Quadrado. Resultados: Dentre os avaliados 58,8% tinha excesso de peso (44,3% com sobrepeso e 14,4% com obesidade) e 80,5% possuía excesso de gordura corporal. Verificou-se também que 44,9% possuía risco para complicações metabólicas associadas à obesidade central em virtude do elevado perímetro da cintura, 36,7% tinha risco para resistência à insulina e síndrome metabólica decorrente do perímetro do pescoço aumentado. O grau de deficiência visual e tempo de deficiência não se associaram ao estado nutricional e à composição corporal. Conclusão: Neste estudo, pessoas com deficiência visual apresentaram elevada prevalência de sobrepeso e obesidade, de excesso de gordura corporal, além de risco para DCNT, revelando que são necessárias ações tanto de prevenção quanto de intervenção nutricional, para controle dos problemas de saúde relacionados à nutrição nesse grupo.Tese Déficit estatural infantil em beneficiários do programa bolsa família: análise dos determinantes sociais e da evolução da desigualdade no Brasil(2018-03-02) Garcia, Ligia Rejane Siqueira; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; ; Ferreira, Maria Angela Fernandes; ; Moreira, Rafael da Silveira; ; Vianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo; ; Bagni, Úrsula Viana;Este trabalho teve o objetivo de analisar as desigualdades sociais e a associação entre condições de vida e a baixa estatura infantil em beneficiários de um programa de transferência de renda brasileiro. Trata-se de estudo desenvolvido a partir de três desenhos diferentes, que se utilizaram de dados secundários disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Atlas de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Considerou-se como variável dependente o déficit estatural infantil nos beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF), as variáveis independentes estavam relacionadas às condições de vida e oferta de serviços de saúde nos 5570 municípios brasileiros. Foram utilizados indicadores relacionados às condições educacionais, socioeconômicas, sanitárias e de desenvolvimento municipal, referentes aos anos de 2009 a 2012. Para a análise dos determinantes, foi realizada a análise bivariada pelo teste de independência χ², estimada a razão de prevalência não ajustada e ajustada, e constituído um modelo de regressão múltipla de Poisson. A dependência espacial do déficit estatural foi verificada pelo Índice Moran Global e a correlação espacial com as variáveis independentes foi obtida pelo Índice de Moran bivariado. Para a análise das modificações nas desigualdades sociais foram calculados o Coeficiente Angular de Desigualdade e o Índice Relativo de Desigualdade. Para todos os testes foi adotado um nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que a chance de maior prevalência de déficit estatural foi superior nos municípios que apresentaram indicador socioeconômico baixo (RP 1,43; 95% IC 1,25–1,64) e menor para priorização da atenção primária baixa (0,78; 0,70–0,87). A dependência espacial no déficit estatural foi observada (I=0,52; p=0,010), com predominância de altas prevalências nas regiões Norte e Nordeste. Houve redução na prevalência da baixa estatura e melhora nos indicadores socioeconômicos, com diminuição das desigualdades absolutas e relativas ao longo do período estudado. Como principais conclusões dos três estudos, ficaram evidentes a redução nas desigualdades socioeconômicas durante o período analisado, a forte determinação social e a dependência espacial do déficit estatural em crianças beneficiárias do PBF.TCC Dificuldades na aquisição, preparo e consumo de alimentos vivenciadas por pessoas com deficiência visual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-08-29) Estevam, José Augusto Torres; Bagni, Úrsula Viana; Bagni, Úrsula Viana; Borges, Thaís Lima Dias; Silva, Ana Gabriella Costa Lemos daA Deficiência visual pode afetar a alimentação, interferindo desde o acesso às compras e o preparo de alimentos até a autonomia na alimentação. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar as dificuldades encontradas por pessoas com deficiência visual na aquisição, preparo e consumo dos alimentos. É um estudo observacional, transversal, desenvolvido com 98 pessoas de ambos os sexos e com diferentes graus de deficiência visual, que frequentavam instituições de apoio a pessoas com deficiência em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. A coleta de dados ocorreu de agosto de 2016 a setembro de 2017, por meio de entrevista pré-definida que abordava as dificuldades relacionadas à alimentação e meios de superação. Para a comparação das frequências de dificuldades relacionadas à alimentação entre os participantes com cegueira e visão subnormal, foi empregado o teste Qui-quadrado. Dos participantes, 62,2% encontraram dificuldades na compra de alimentos industrializados, 56,1% na compra de alimentos frescos e 77,6% na identificação de que os alimentos estão ou não adequados para o consumo. Também foi relatado por 48% das pessoas dificuldade no preparo das refeições, e a maioria relatou receber a ajuda de terceiros para superar as dificuldades. Não houve diferença significativa (p=0,05) entre pessoas cegas e com baixa visão exceto no uso da faca para descascar e cortar, que predominou nas pessoas com baixa visão. Conclui-se que dificuldades relacionadas à alimentação são frequentes entre as pessoas com deficiência visual, e que frequentemente precisam de auxílio de terceiros para a realização de uma atividade tão vital quanto à alimentação. Essa dependência pode desestimular a busca por uma alimentação com hábitos alimentares saudáveis e ter um bom relacionamento com o ato de comer, e assim, preferir a utilização da praticidade e ter sua alimentação majoritariamente composta por alimentos processados e ultraprocessados, o que pode afetar diretamente o seu estado nutricional.Tese Estado nutricional bioquímico de vitamina A de parturientes atendidas na cidade de Natal-RN(2016-06-28) Gurgel, Cristiane Santos Sânzio; Dimenstein, Roberto; ; ; Maciel, Bruna Leal Lima; ; Bezerra, Danielle Soares; ; Melo, Illana Louise Pereira de; ; Bagni, Úrsula Viana;Este estudo objetivou avaliar o estado de vitamina A de puérperas atendidas durante o parto na cidade de Natal/RN. Foram recrutadas no estudo 793 mulheres, 60.1% (n=485) da rede pública e 39.0% (n=310) a rede privada. Amostras de soro (n=619) e leite colostro (n=656) foram coletadas em ambiente hospitalar, após jejum noturno. O leite maduro (n=154) foi coletado trinta dias após o parto, em visita domiciliar. Os indicadores bioquímicos (retinol no soro e leite materno) foram avaliados por local de moradia (capital vs interior) e por rede de atendimento em saúde (público vs privado). O consumo de vitamina A foi avaliado referente ao último trimestre gestacional. Para avaliar as diferentes formas de suplementação materna com vitamina A e suas associações com os indicadores bioquímicos (soro e leite materno) formaram-se subgrupos baseados nas suplementações que ocorreram durante a gestação: GC, F1, F2, F3 e no pós-parto: GM. O retinol das amostras foi quantificado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para o total de mulheres, a concentração média de retinol sérico foi de 41.8 ± 12.9μg/dL e a prevalência da DVA foi de 5.3% (n= 33) com retinol (<20 µg/dL), com diferença significativa entre o retinol sérico das mulheres provenientes da capital e do interior (p<0,01). Em Natal, as prevalências de deficiência encontradas nas regiões norte, sul, leste e oeste foram respectivamente: 4.3% (n=6), 5.6% (n=7), 2.9% (n=3) e 11.9% (n=8). A média de retinol no colostro no grupo total foi de 95,3+ 53.7µg/dL, entretanto 27.3% (n=179) apresentaram valores inadequados (<60 µg/dL). Os valores médios estimados de retinol fornecido aos recém-nascidos através do colostro, não atingiram a recomendação mínima de 400µg/RAE/dia da AI (Adequate Intake) para recém-nascidos, considerando a ingestão de 396mL/dia. Houve diferença significativa entre o retinol no colostro das mulheres da capital e aquelas provenientes do interior (p<0.01). Ambos os grupos não forneceram a AI de vitamina A para o recém-nascido e também o mesmo foi observado com as lactantes das regiões norte e oeste da cidade de Natal. No leite maduro, nenhum dos grupos de mulheres das diferentes regiões atingiu a recomendação, considerando a ingestão de 780mL/dia pelos recém-nascidos. Ao avaliar as puérperas separadamente por rede de atendimento em saúde (público vs privado) foi encontrada diferença significativa entre o retinol sérico e retinol no colostro (p<0.0001), mas não houve diferença para o leite maduro (p>0.05). Na estimativa do fornecimento de retinol através do colostro e leite maduro, as mulheres da rede pública não forneceram vitamina A dentro da recomendação mínima para o recém-nascido (AI=400µg/RAE/dia), ao contrário das mulheres da rede privada, que forneceram. O consumo dietético médio total de vitamina A das parturientes foi de 987.1 + 674.4 µgRAE/dia, sendo 872.2 + 639.2 µgRAE/dia na da rede pública e 1169.2 + 695.2 µgRAE/dia na rede privada, com diferença altamente significativa (p<0,00001). Na avaliação individual, 38.4% (n=100) e 17.3% (n=28) das mulheres das redes pública e privada tinham ingestão abaixo da ideal. Ao se estudar as diferentes formas de suplementação com vitamina A, não foram encontrados casos de DVA nos grupos suplementados com F1, F2 e F3. Ao se analisar o efeito da suplementação sobre o retinol do colostro, o grupo F2 (betacaroteno) apresentou mais casos de inadequação (40%). Os grupos F2 e GM não forneceram a quantidade de retinol mínima recomendada pela AI aos recém-nascidos. No retinol do leite maduro não houve diferença entre os grupos GC, F1, F2, F3 e GM e com percentuais de inadequação mais baixos no GM (14.3%) e os grupos GC e F2 não forneceram a quantidade de retinol mínima recomendada pela AI para os recém-nascidos. Concluiu-se que a prevalência de DVA entre as puérperas atendidas em Natal foi considerada um problema "leve" de saúde pública na população em geral. Os grupos de alto risco neste estudo viviam em cidades do interior, eram atendidos na rede pública de saúde e não tomavam vitamina A, como o suplemento regular durante a gestação.TCC Estado nutricional e estilo de vida de trabalhadores vinculados ao Programa de Alimentação do Trabalhador no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017) Araújo, Marta Silva de; Bezerra, Ingrid Wilza Leal; Pinheiro, Liana Galvão Bacurau; Bagni, Úrsula Viana; Bezerra, IngridO presente estudo teve como objetivos avaliar o estado nutricional de trabalhadores de indústrias do segmento Alimentos e Bebidas vinculadas ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) no Estado do Rio Grande do Norte, identificar a prevalência de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e avaliar o estilo de vida dos referidos trabalhadores. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, transversal e retrospectivo, envolvendo 05 indústrias localizadas na Grande Natal/RN, cujas informações foram obtidas do banco de dados do projeto de pesquisa Avaliação do Programa de Alimentação do Trabalhador no Rio Grande do Norte realizado no ano de 2014. Foram obtidas informações sociodemográficas, antropométricas e quanto ao estilo de vida. As informações foram organizadas em planilhas e analisadas para descrição em valores percentuais ou em medidas de tendência central e de dispersão. Ao todo, foram obtidos dados de 218 trabalhadores, sendo a maioria do sexo masculino (73,9%); quanto ao grau de escolaridade foi visto que, para ambos os sexos, houve maior prevalência de conclusão de ensino médio (54,7% dos homens e 54,4% das mulheres). A renda média foi equivalente a 1,63 (dp=1,29) e 1,75 (dp=1,54) salários mínimos para homens e mulheres, respectivamente. Segundo a avaliação antropométrica, 61,5% dos homens apresentava pré-obesidade ou algum grau de obesidade, sendo os demais avaliados classificados em eutrofia (38,5%). No público feminino, 54,4% estavam com pré-obesidade ou algum grau de obesidade e as demais na eutrofia (43,8%). A prevalência de risco metabólico segundo a Circunferência da Cintura (CC) foi de 32,9% entre homens e 56,2% entre mulheres. Quanto às variáveis do estilo de vida, os usuários do tabaco corresponderam a 7,3% em ambos os sexos, enquanto que 47,7% dos trabalhadores relataram consumir álcool, sendo 79,8% do sexo masculino. A maioria dos avaliados praticava algum tipo de atividade leve (77,2% das mulheres e 83,9% dos homens) enquanto que poucos estavam envolvidos com alguma atividade moderada ou intensa (22,8% das mulheres e 16,1% dos homens). Diante do exposto, ressalta-se a necessidade do desenvolvimento de ações educativas para a promoção de hábitos saudáveis, bem como da necessidade de se realizar avaliação nutricional desse público periodicamente, objetivando monitoramento e melhorias no perfil nutricional.Artigo Identidade de gênero: desconstruções e reconstruções para abordagens na saúde(Brazilian Journal of Development, 2022-01-21) Bagni, Úrsula Viana; Cardoso, Felipe de Souza; Monteiro, Renato Augusto da Silva; Mezzavilla, Raquel de Souza; Teixeira, Michelle Teixeira; Neves, Vivian dos Santos; Rodrigues, Paulo Rogério Melo; Pereira, Alessandra da Silva; https://orcid.org/0000-0002-3355-1795; https://orcid.org/0000-0002-5827-5352; https://orcid.org/0000-0002-4213-0685Objetivo: elucidar publicações e indicar reflexões que descrevem e discutem o "estado da arte", envolvendo pessoas trans e agendas importantes do processo de transexualização em saúde. Método: revisão narrativa, por meio de literatura publicada em livros e evidências científicas, bem como informações sobre projetos de lei, resoluções e decretos, com reflexões sobre as principais perspectivas históricas, aspectos epistemológicos e contemporâneos, envolvendo os transgêneros. Desenvolvimento: a identidade de gênero contempla a perspectiva essencialista, construtivista e pós-estruturalista. Na perspectiva pós-estruturalista, gênero seria um mecanismo pelo qual se constroem as noções de masculino e feminino, ser mulher é se tornar mulher na medida em que o corpo é obrigado a corresponder a um modelo histórico de mulher, materializando-se, inclusive, dentro de certas condições, limites e possibilidades delimitadas pela cultura. Ao longo das décadas, alguns direitos foram conquistados com o surgimento de novas formas de reconhecimento das diferentes identidades de gênero. Nos Estados Unidos, na Pesquisa Nacional de Discriminação de Transgêneros, uma das questões “Gênero não listado aqui” já está sendo considerada. Na Alemanha, a opção "diverso" como categoria de gênero, em certidões e outros documentos, já faz parte da rotina, inclusive destacando que designações binárias seriam discriminatórias e violariam a garantia de liberdade individual. Na Áustria, por exemplo, já existe o direito de se registrar civilmente como pessoa não binária, desde 2018, por meio da Convenção Europeia de Direitos Humanos. No Japão, o gênero considerado X refere-se a uma identidade não binária, conhecida como alternativa ao homem e à mulher. Na Austrália, a opção de gênero, no passaporte, já possibilitou algumas alternativas desde 2003. No Brasil, alguns avanços na garantia do respeito à identidade de gênero das pessoas trans podem ser destacados. Em 2018, uma decisão do Supremo Tribunal Federal autorizou a alteração do nome do registro civil e do sexo biológico, sem a necessidade de cirurgia ou laudo psiquiátrico, dispensando a instauração de processo, podendo o procedimento ser realizado diretamente no escritório notarial. A saúde baseada na ciência também é uma questão relevante e, nos últimos 10 anos, a pesquisa em saúde, envolvendo identidade de gênero, aumentou significativamente. Isso se reflete, inevitavelmente, em protocolos de atendimento, materiais disponibilizados pelo SUS, consensos e diretrizes clínicas. Existem dados importantes sobre a vulnerabilidade cardiometabólica da população trans, dermatoses, suscetibilidade óssea, entre outras demandas, devido à hormonização. Além disso, os profissionais de saúde, na maioria das vezes, não são capacitados com esse tipo de conteúdo e a situação segue um ciclo vicioso. Considerações finais: é interessante notar como o acesso às tecnologias na área da saúde, seja cirurgia de transgenitalização ou hormônio, influencia a formação de identidades trans, pesquisas sobre a construção de identidades políticas, movimentos, destacando a influência de indicadores sociais de classe e geração de conflitos relacionados às identidades da mulher transexual e do trans não binário. O texto traz reflexões fundamentais e permite que aos profissionais de saúde adquiram e atualizem os conhecimentos sobre este tema, em um curto espaço de tempoDissertação Pessoas com deficiência: qualidade de vida e condições de saúde e nutrição - Estudo BRAZUCA Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-04) Silva, Miriam Farias da; Lyra, Clelia de Oliveira; Bagni, Úrsula Viana; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; http://lattes.cnpq.br/9510080224916290; Ferreira, Aline Alves; Vale, DiogoPessoas com Deficiência (PcD) são mais vulneráveis e tendem a apresentar desfechos de saúde mais desfavoráveis em virtude das barreiras que enfrentam, resultando na desigualdade de acesso à educação, emprego, cuidados de saúde, qualidade de vida (QV) e consequentemente em insegurança alimentar (IA). Objetivo: Compreender a dimensão da IA, QV e das condições de saúde de PcD. Metodologia: Estudo híbrido realizado a partir do Estudo BRAZUCA Natal, contemplando estudo transversal e caso controle. Para o estudo transversal, foram avaliadas 39 PcD, que também fizeram parte do grupo caso (16 adultos e 23 idosos). Para o caso controle, foram incluídas 78 pessoas sem deficiência (46 adultos e 32 idosos). A coleta de dados foi realizada em domicílio entre agosto de 2019 a março de 2020. Os participantes foram entrevistados em relação aos dados demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida, estado nutricional antropométrico e condições de saúde. Foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), questionários de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde – WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD e avaliadas medidas antropométricas. Resultados: A deficiência física foi a mais frequente (48,7%). Dentre as PcD, 81,6% não possuíam trabalho remunerado, 86,8% relataram não beber e 78,6% não fumar e 44% apresentaram excesso de peso. Em relação a dificuldade na compra de alimentos, 63,2% (IC 47,4% – 78,9%) relataram dificuldade alta/extrema para industrializados e 57,9% (IC 42,1% – 73,7%) alimentos frescos. Grande parte apresentava dificuldades de comer em restaurantes (47,4%; IC 31,6% – 63,2%); para armazenar alimentos (52,6%; IC 36,8% – 68,4%); e para preparar alimentos (60,5%; IC 44,7% – 76,3%). Enquanto nenhuma ou baixa dificuldade foram encontradas para identificar alimentos impróprios para consumo (63,2%; IC 47,4 – 78,9); colocar alimento no prato (50%; IC 34,2 – 65,8); comer alimentos sólidos (55,3%; IC 39,5 – 71,1); alimentos pastosos (97,4%; IC 92,1 – 100); utilizar garfo e faca (62,2%; IC 47,4 – 78,9) e encher copos e garrafas (47,4%; IC 31,6 – 63,2). A maioria relatou a necessidade de cuidadores ou familiares para comprar alimentos (86,8%). Quando se comparou casos e controles, a variável multimorbidade foi muito maior no grupo caso (69,2%), bem como na ocorrência de IA (56,8%). Os domínios de QV foram menores para PcD. Conclusão: PcD apresentam baixa autonomia para comprar e preparar os próprios alimentos, o que pode impactar nas escolhas alimentares e em hábitos não saudáveis, bem como em IA. PcD apresentaram maiores proporções de IA e multimorbidades em relação a não PcD na população avaliada. Os domínios de QV foram inferiores para PcD, e observou-se que o domínio físico foi o que apresentou maior diferença média, colocando as PcD em pior condições na QV.Dissertação Relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil antropométrico de mulheres lactantes: uma análise transversal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-27) Lima, Lara Virginia Pessoa de; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Bagni, Úrsula Viana; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0000-0003-2067-6262; http://lattes.cnpq.br/3058579659135985; Lopes, Márcia Marilia Gomes Dantas; http://lattes.cnpq.br/0512077912732473Alimentos ultraprocessados (AUP) geralmente apresentam alta densidade energética e têm sido associados à maior adiposidade e risco de desenvolvimento de excesso de peso em diversas fases da vida. Apesar disso, pouco se sabe sobre o impacto de seu consumo durante a lactação, fase em que a qualidade da dieta é importante para prevenir a retenção de peso pós-parto e a obesidade em mulheres adultas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o consumo de AUP e o perfil antropométrico de mulheres lactantes. Foram coletados dados socioeconômicos e de saúde, consumo alimentar materno e medidas antropométricas de mulheres lactantes que amamentavam de forma exclusiva ou parcial, entre 30 e 150 dias pós-parto. O consumo alimentar foi obtido pelo recordatório de 24 horas e avaliado segundo Classificação Nova. O perfil antropométrico foi analisado por retenção de peso pós-parto (kg), presença de excesso de peso segundo o Índice de Massa Corporal (IMC), medidas de perímetros corporais (cm) e dobras cutâneas (mm). As participantes foram agrupadas segundo tercil de participação energética de AUP na dieta (tercil 1-2 x tercil 3). A associação entre os tercis de AUP e perfil antropométrico foi avaliada por modelos de regressão linear ajustados por IMC prégestacional, aleitamento materno exclusivo (AME), número de dias pós-parto, ganho de peso gestacional, número de partos, renda per capita e escolaridade ambos categorizados. As mulheres tinham 28 (7) anos, 68 (42-104) dias pós-parto, 34,7% apresentavam baixa escolaridade, e a maioria possuía baixa renda (82,3%). A participação média calórica de AUP na dieta foi 23,31% (0-76%). O excesso de peso estava presente em 66,1% das avaliadas e 40,9% tinham retido mais que 4 kg no período pós-parto, com uma mediana de retenção de 3,0 kg (-0,3-5,0). Após análise de regressão linear ajustada foi encontrada uma associação positiva entre a maior contribuição energética de AUP na dieta e a retenção de peso pós-parto (β= 3,75, IC 95% 1,40 – 6,10, p= 0,002). Já para as outras medidas antropométricas associadas à adiposidade, o IMC pré-gestacional foi a variável com maior poder explicativo após os ajustes. Os resultados reforçam a necessidade de ações voltadas à redução do consumo de AUP e prevenção do excesso de peso ainda no período da lactação.