Navegando por Autor "Barros, Silvana Diene Sousa"
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Dissertação Aspectos morfo-tectônicos nos platôs de Portalegre, Martins e Santana/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-08-24) Barros, Silvana Diene Sousa; Matos, Renato Marcos Darros de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889; ; http://lattes.cnpq.br/3806211091070408; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968A análise morfo-tectônica aqui apresentada teve por objetivo estudar os depósitos siliciclásticos soerguidos da Formação Serra do Martins, no contexto dos platôs de Portalegre, Martins e Santana, situados nas porções sudoeste e central do Estado do Rio Grande do Norte. A referida formação tem idade discutível, por não apresentar registros crono e/ou bioestratigráficos que a posicionem temporalmente. A sistemática de investigação adotada fundamentou-se na análise da rede de drenagem, no reconhecimento de superfícies topográficas e das estruturas regionais, submetidas a eventos e reativações neotectônicas. Estes aspectos têm reflexo direto no arranjo dos lineamentos e em feições anômalas identificadas na paisagem, p. ex., os platôs soerguidos. A evolução morfo-escultural dos blocos estudados está expressa através de processos erosivos e acumulativos. Dentre as feições dissecativas as escarpas de erosão, cuestas e anfiteatros são as mais características, enquanto que os debris slopes constituem um exemplo acumulativo marcante. Estes elementos marcam o desequilíbrio recente dos platôs, onde a ausência de expressivos terraços aluvionares reflete um processo de rápido soerguimento. As direções das feições lineares observadas nos produtos de sensoriamento remoto evidenciam o controle dos trends estruturais do embasamento, herdados da evolução pré-Cenozóica. A orientação NNE-SSW controla feições erosionais dos platôs, e o trend N-S condiciona o arranjo da drenagem, sendo também reconhecido na Bacia Potiguar. O trend E-W ocorre de forma menos intensa, refletindo o sistema de diques básicos mesozóicos ou estruturas frágeis precambrianas. No tocante ao arranjo da drenagem, o padrão arborescente com variações para retangular com direção geral para norte foi identificado no bloco Portalegre-Martins. O platô de Santana ordena-se em padrões retilíneo (borda norte) e dendrítico arborescente (sul). Na cobertura sedimentar o arranjo varia de retangular a angular, refletindo o arcabouço herdado do embasamento cristalino. As direções mais significativas são N, NE e NW, marcando os trends erosivos. As anomalias de drenagem caracterizadas por deflexões em cotovelo ou confluências em arranjo paralelo reforçam os argumentos acima expostos. Os estudos evidenciam a relação dos fatores endógenos (litologia, feições estruturais) em combinação aos exógenos, como condicionantes do maior ou menor grau de dissecação do relevo, associados aos movimentos verticais (epirogênese) e à tectônica horizontal. São discutidas as várias possibilidades de correlação da Formação Serra do Martins com os sedimentos encontrados na Bacia Potiguar emersa, objetivando estabelecer possíveis conexões crono-estratigráficas com os vários episódios evolutivos desta porção da Província Borborema, e os prováveis mecanismos envolvidos no soerguimento destes platôs e de outras unidades estratigráficas regionais