Navegando por Autor "Batista, de Araújo Oliveira"
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TCC Investigação e manejo de condições miccionais durante o ciclo gravídico puerperal em uma mulher com epilepsia acompanhada no serviço de pré-natal de alto risco: um estudo de caso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-04) Batista, de Araújo Oliveira; Magalães, Adriana Gomes; Dutra, Larissa Ramalho Dantas Varella; http://lattes.cnpq.br/5918222264099117; Lira, Silvia Oliveira Ribeiro; Oliveira, Joyce Maria Pereira deDurante o ciclo gravídico-puerperal, o organismo da mulher passa por diversas adaptações, tanto fisiológicas quanto emocionais. Quando essas alterações se associam a condições neurológicas pré-existentes, como a epilepsia, podem demandar cuidados mais intensivos. O objetivo deste estudo foi realizar um relato de caso clínico de uma puérpera com epilepsia, acompanhada em um serviço de pré-natal de alto risco, com foco na análise de ferramentas avaliativas e manejo das disfunções miccionais durante o ciclo gravídico-puerperal. A metodologia consistiu em relato de caso baseado nos atendimentos fisioterapêuticos realizados no período gestacional e pós-parto, onde foi utilizado como guia o checklist for Case Reports, de 2017 para maior clareza dos achados clínicos. As avaliações incluíram anamnese, exame físico direcionado, diário miccional, associados a interpretação de exames complementares. Durante a gestação, sintomas como aumento da frequência urinária e hesitação miccional foram interpretados como alterações fisiológicas e não motivaram investigação complementar. No puerpério, a ausência de sensibilidade vesical, baixos volumes urinários e resíduo pós-miccional elevado indicaram o quadro de bexiga neurogênica com atonia detrusora previamente não diagnosticada. Exames complementares revelaram padrão miccional compatível com retenção crônica. A participante apresentou baixa adesão ao cateterismo intermitente e à medicação antiepiléptica, embora mantivesse regularidade nos atendimentos de fisioterapia e psicologia. Apesar das barreiras clínicas e psicossociais, relatou melhora subjetiva e pontuou o grau máximo de satisfação: muito melhor (7) na escala Escala de Percepção Global de Mudança (PGIC) em relação aos atendimentos do pré-natal fisioterapêutico. A análise evidencia a dificuldade de reconhecimento precoce de alterações patológicas do trato urinário em gestantes com epilepsia, devido à semelhança com sintomas fisiológicos da gestação. Também se observou a lacuna na literatura e a ausência de protocolos clínicos para essa população, restringindo a atuação profissional a adaptações empíricas. Conclui-se pela necessidade urgente de protocolos específicos de avaliação e seguimento fisioterapêutico para gestantes com epilepsia, especialmente no manejo de alterações vesicais e intestinais. O estudo reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar e individualizada, que considere o histórico neurológico e os fatores psicossociais que influenciam a adesão ao tratamento e a qualidade de vida.