Navegando por Autor "Brito, Maria Cleidimar Fernandes de"
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Dissertação Escola e família: práticas de letramento, vivências e memórias(2016-07-27) Brito, Maria Cleidimar Fernandes de; Oliveira, Maria do Socorro; ; http://lattes.cnpq.br/6720657795281498; ; http://lattes.cnpq.br/9325318205028163; Paz, Ana Maria de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/3154455138181144; Marques, Ivoneide Bezerra de Araújo Santos; ; http://lattes.cnpq.br/9947435577598028Políticas públicas e pesquisas em Letramento Familiar, em vários países desenvolvidos (Austrália, Canadá, Estados Unidos), são uma realidade, desde a década de 1990, que visam, dentre outros objetivos, engajar a família na escola e, com isso, melhorar o desempenho escolar dos educandos. No Brasil, a relevância dessa relação vem sendo discutida em documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI) que mostram a necessária aproximação entre a escola e a família. Apesar desses referenciais, a ausência de políticas públicas nessa perspectiva é latente. Cientes dessa realidade, propusemo-nos, nesta pesquisa, a contribuir com a relação família-escola a partir da perspectiva dos Estudos de Letramento Familiar. Nesse sentido, objetivamos 1) envolver as famílias em práticas e eventos de letramento, fortalecendo a relação família-escola; 2) potencializar o trabalho colaborativo das famílias, estimulando a participação, a leitura e a produção escrita dessas famílias; 3) promover um espaço de reflexão acerca da Educação (dos filhos), valorizando as reflexões das famílias; 4) investigar como as famílias acompanham a Educação dos filhos em casa, considerando suas práticas de letramento, vivências e memórias. Do ponto de vista teórico, esta pesquisa realiza-se à luz dos Estudos de Letramento (STREET, 2003; 2014; KLEIMAN, 1995; 2008; BARTON; HAMILTON; IVANIC, 2000), em particular do Letramento Familiar (CASPE, 2003, PHILLIPS; SAMPLE, 2005; LI, 2003; ANDERSON et al., 2005; CARPENTIERI et al., 2011; TAVARES, 2008; EUZÉBIO, 2011; GOULART, 2012; PEREIRA, 2014; SANTOS, 2015), assumindo os projetos de letramento como um dispositivo didático (KLEIMAN, 2000; OLIVEIRA, 2010, no prelo; TINOCO, 2008; SANTOS, 2012; OLIVEIRA; TINOCO; SANTOS, 2011). Do ponto de vista metodológico, se insere na área da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006; ROJO, 2006, 2007; ALMEIDA FILHO, 2008) e adota o paradigma qualitativo interpretativista (MASON, 1997; CELANI, 1998; 2005), com abordagem na etnografia crítica (CARSPECKEN, 1996; COOK, 2005; MAINARDES; MARCONDES, 2011). Como instrumentos para a geração de dados utilizamos notas de campo, sessões reflexivas, questionários, vídeos, fotografias, atividades de leitura e de escrita. Com base nos dados analisados, percebemos que a escola e a família precisam rever alguns aspectos, tais como: 1) observância de que as famílias são potencialmente fortes e podem colaborar, de maneira efetiva, com as ações da escola, por meio de projetos de letramento; 2) entendimento de que as famílias nutrem anseios, preocupações e interesses pela Educação dos filhos e exercem forte influência sobre a vida deles, de modo que, têm muito a partilhar com a escola; 3) reconhecimento de que tanto a escola quanto a família são responsáveis pelo processo educacional dos educandos; 4) percepção de que as ações do projeto de letramento são relevantes para aproximar família-escola e que a escola deveria promover mais ações dessa natureza; consideração de que, por meio das atividades colaborativas, as crianças se sentem acolhidas por suas famílias e os laços afetivos se estreitam. Entendemos, contudo, que o fortalecimento dessa relação perpassa, necessariamente, pelo envolvimento político e pedagógico da escola e que os projetos de letramento podem contribuir com essa relação. Além disso, faz-se necessário políticas públicas em Letramento Familiar, a nível nacional, que priorizem essa relação.