Navegando por Autor "Castro, Débora Quézia Brito da Cunha"
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Tese A contrarreforma do ensino médio no Rio Grande do Norte e as implicações para o ensino de história (2017-2021)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-21) Castro, Débora Quézia Brito da Cunha; Azevedo, Crislane Barbosa de; https://orcid.org/0000-0003-3456-0025; http://lattes.cnpq.br/6943286950201331; http://lattes.cnpq.br/0447711506848306; Pranto, Aliny Dayany Pereira de Medeiros; https://orcid.org/0000-0001-8998-2343; http://lattes.cnpq.br/2481333551162411; Torres, Cícero Magerbio Gomes; Moura, Dante Henrique; Silva, Marcos; Cavalcante, Maria da Paz; Medeiros Neta, Olivia Morais de; https://orcid.org/0000-0002-4217-2914; http://lattes.cnpq.br/7542482401254815As discussões presentes neste trabalho evidenciam que o Ensino Médio sempre foi uma questão polêmica para a educação brasileira, marcado pela descontinuidade das políticas curriculares norteadas por questões sociais, políticas e econômicas. Considerando esse cenário, a partir de 2016, observamos as propostas de modificação desse segmento de ensino através da Lei n°13.415/2017 do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essas mudanças afetam diretamente os componentes curriculares entre os quais evidenciamos, o ensino de História, revelando, entre outros fatores, um contexto de desvalorização profissional e fragmentação do ensino público brasileiro. Com base nesses processos, e inscrito no âmbito dos estudos sócio históricos e filosóficos, este trabalho de pesquisa ganha corpo, tendo como objetivo geral: compreender a contrarreforma do Ensino Médio no Rio Grande do Norte e as implicações para o ensino de História e, como objetivos específicos: compreender o período de reformas do Ensino Médio no Brasil e no Rio Grande do Norte; analisar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tendo em vista o contexto de sua produção, a sua concepção curricular e as mudanças para o ensino de História no Ensino Médio; analisar a Lei nº 13.415/2017 (Lei do Novo Ensino Médio), como se deu sua implantação no Rio Grande do Norte, analisar o Documento Curricular do estado do Rio Grande do Norte para o Ensino Médio (2018) e o Referencial Curricular para o Ensino Médio Potiguar (2021) tendo em vista as mudanças propostas para Ensino Médio e para o ensino de História. Para desencadear o processo investigativo, assumimos os princípios metodológicos da pesquisa qualitativa, com ênfase na pesquisa bibliográfica, na análise documental e na entrevista semiestruturada, à luz de Triviños (1987). Para pensarmos as mudanças curriculares propostas para o Ensino Médio tanto pela BNCC (2018) como pela Lei do Novo Ensino Médio (2017), apoiamo-nos nos pressupostos da teoria crítica do currículo de Apple (1982), na ideia de Educação Integral de Cavaliere (2010) e na concepção de ensino de História de Bittencourt (2009). As análises empreendidas demonstram que as propostas presentes na BNCC (2018) e na Lei do Novo Ensino Médio foram impostas a educação do país gerando um retrocesso as políticas dos anos de 1990, a uma concepção tradicional de ensino e a fragmentação do ensino público brasileiro ao propor uma formação pautada em um conjunto detalhado de competências e habilidades, desqualificando a formação geral do sujeito. A versão final da BNCC reflete os interesses dos empresários da educação para o Ensino Médio, por isso, a Base, a Reforma do Ensino Médio e as alterações na legislação educacional estão interligadas entre si e diretamente vinculados às políticas neoliberais que apresentam uma visão de um ensino de História conteudista, eurocêntrica, positivista, linear e diluída na área das Ciências Humanas e Sociais se afastando, por exemplo, de discussões sobre diversidade. No Rio Grande do Norte observamos a publicação de forma aligeirado do Referencial Curricular para o Ensino Médio Potiguar em 2021, que amparado na BNCC refletem e repetem as discussões presentes na Base proporcionando poucas alterações ao documento.Dissertação Do paraíso ao inferno: as representações jesuíticas do novo mundo e das mulheres indígenas nos séculos XVI e XVII(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-07-23) Castro, Débora Quézia Brito da Cunha; Lopes, Fátima Martins; ; http://lattes.cnpq.br/6539287109414078; ; http://lattes.cnpq.br/0447711506848306; Fernandes, Eunicia Barros Barcelos; ; http://lattes.cnpq.br/7157112238347898; Vargas Netto, Sebastião Leal Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/9840632250442779As crônicas jesuíticas foram, por muito tempo, uma das principais fontes históricas sobre o período colonial. No entanto, a organização e a regra da Companhia de Jesus influenciaram na descrição que os seus membros fizeram do Novo Mundo. As visões e conceitos da Companhia foram transportados da Europa, adaptados ao ambiente colonial e, por vezes, modificados pelo contato que tiveram com os nativos, o que se refletiu em suas representações sobre o Novo Mundo e os nativos. Parte dos escritos jesuíticos foi dedicada às representações do Novo Mundo, que foi visto de início como Paraíso, depois como Inferno, Purgatório e, por fim, como Terra. As figuras femininas também receberam representações diferentes, que acompanharam as do Novo Mundo, pois os seus costumes influenciaram o modo como eram vistas e representadas nas epistolas jesuíticas, como também nos sermões do Pe. Antônio Vieira. Assim, as mulheres tupi ora foram representadas a partir da ideia de Eva, ora como demônios e ora como seguidoras de um ideal mariano. Mas essas mulheres também foram vistas como mulheres humanas e com uma forte influência sobre a sociedade colonial, assim, enquanto mulher terrena, a mulher tupi foi utilizada como instrumento de alianças e seu trabalho aproveitado pela Ordem jesuíta. Portanto, o objetivo da minha pesquisa foi compreender a organização e a regra que regiam a Companhia de Jesus, para então examinar o mundo colonial a partir das correspondências dos jesuítas e, assim, analisar as representações feitas por eles do Novo Mundo e da mulher Tupi entre os séculos XVI e XVII e como esse olhar se refletiu na proposta jesuítica para a colonização. Assim, quando os jesuítas utilizaram a mulher tupi na formulação de alianças, quando organizaram o tempo e o espaço para terem essas mulheres como ajudadoras na pregação do “evangelho”, eles trabalhavam para obterem o principal objetivo da Ordem: a “salvação das almas perdidas”. Em nossa pesquisa utilizamos Roger Chartier para compreendermos o conceito de representação que usamos para definir o olhar dos jesuítas sobre o Novo Mundo e as mulheres tupi; como também Laura de Souza e Mello para compreendermos o olhar demonizador europeu sobre os nativos.