Navegando por Autor "Coelho-Lima, Fellipe"
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Apresentado em Evento Cinedebate: saúde mental dos trabalhadores da saúde(2019) Nogueira, Fabiana Ribeiro; Santana, Rita Emanuela; Araújo, Larissa Kelly Costa de; Galvão, Márcia Beatriz Oliveira Medeiros; Toscano, Camila Galvão; Coelho-Lima, Fellipe; Fontes, Flávio FernandesO projeto de extensão Cinedebate: saúde mental dos trabalhadores da saúde foi realizado durante o ano de 2017 por discentes e docentes do curso de Psicologia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN). O objetivo foi promover um espaço para debater a saúde mental e suas possíveis relações com o trabalho junto aos trabalhadores do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), localizado na cidade de Santa Cruz/RN. A metodologia utilizada no projeto se divide em 3 momentos. No primeiro, docentes e discentes se encontravam para planejar a atividade, realizando discussão preparatória sobre os temas e como eles seriam abordados. Os tópicos escolhidos foram estresse, síndrome de Burnout, conflitos, assédio, depressão e ansiedade. No segundo momento, filmes curtos e perguntas disparadoras eram utilizadas para abrir o debate, em uma roda de conversa com os trabalhadores no hospital. No terceiro momento, docentes e discentes se reuniam logo após a realização da intervenção para avaliar a atuação dos discentes e a participação dos trabalhadores. Uma modificação metodológica aconteceu nos últimos dois encontros, quando se passou a utilizar dinâmicas de grupo, tendo a última reunião o objetivo de realizar uma avaliação do ponto de vista dos trabalhadores sobre o projeto. A partir dessas percepções foi possível averiguar que os funcionários participantes utilizaram o espaço do projeto como um momento para refletir mais sobre a presença do sofrimento psíquico no seu cotidiano de trabalho, desmistificando alguns preconceitos sobre a temática. Por fim, a ação também recebeu uma avaliação positiva por parte da gestão do hospital (em especial, o setor de saúde e segurança do trabalho), que considerou o projeto de suma importância. Concluímos que o fomento de estratégias coletivas de enfrentamento ao sofrimento psíquico no trabalho constitui um importante recurso para promover a saúde psíquica do trabalhador, na medida em que incrementa a sua autonomia e poder de agir.TCC Subordinação ou autonomia?: O PLP 12/2024 e a tentativa de regulamentação da atividade de motorista por plataforma no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Fernandes, Daviton Gurgel Guerra; Sanson, Cesar; https://orcid.org/0000-0003-1275-0418; http://lattes.cnpq.br/7862390363963335; https://lattes.cnpq.br/7298818140254755; Sales, Ana Patricia Dias; https://orcid.org/0000-0002-6070-884X; http://lattes.cnpq.br/8695979411366952; Coelho-Lima, Fellipe; https://orcid.org/0000-0001-7763-4050; http://lattes.cnpq.br/5116689205242979Transformações significativas ocorrem no mundo do trabalho nos últimos anos, graças à expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação e à ascensão do neoliberalismo. Práticas como a terceirização, a informalidade, a flexibilidade e a intermitência tornam-se cada vez mais comuns. Nesse contexto de precarização e erosão da proteção social, insere-se a uberização do trabalho. Desse modo, a pesquisa visa responder à seguinte pergunta: é possível harmonizar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos laborais? Para tanto, perseguiu-se o objetivo geral de debater a questão da uberização do trabalho no contexto brasileiro, mais especificamente: discutir teoricamente o conceito de uberização do trabalho; discorrer sobre o processo de ascensão do neoliberalismo e o desmonte do Estado de Bem-Estar Social; entender como a ideologia neoliberal, simbolizada pela valorização da figura do empreendedor, mantém relação com o fenômeno da uberização do trabalho; e analisar o Projeto de Lei Complentar nº 12/2024 – PLP 12/2024, que pretende regulamentar no Brasil a atividade profissional de “motorista de aplicativo de veículo de quatro rodas”. Quanto à estratégia metodológica, foram adotados os métodos de procedimento histórico e comparativo, além das técnicas de pesquisa de documentação indireta: pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Como resultados, constatou-se que a uberização consiste em uma nova modalidade de trabalho que combina alto desenvolvimento tecnológico e intensa precarização do trabalho; é impulsionada pelo desmonte da proteção social, refletida na flexibilização de direitos, característica do regime neoliberal; e encontra legitimação no discurso dominante de valorização do empreendedorismo como forma superior de trabalho. Por fim, verificou-se que a regulamentação da atividade de motorista de aplicativo pretendida pelo PLP 12/2024 é insuficiente e cria uma nova figura jurídica, o “trabalhador autônomo por plataforma”, que, na prática, não tem autonomia, visto que a forma de prestação do serviço é totalmente controlada pela plataforma, nem pode ter reconhecido o vínculo de emprego. Além do mais, o projeto, caso aprovado, certamente servirá como referência para a regulação de outras categorias de trabalhadores plataformizados, o que pode representar a institucionalização definitiva da precarização.