Navegando por Autor "Correia, Louize Freyre da Costa"
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Dissertação Monitoramento da saúde de corais em recifes costeiros e oceânicos utilizando modelos 3-D(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-18) Correia, Louize Freyre da Costa; Longo, Guilherme Ortigara; ; ; Ramos, Bárbara Segal; ; Dias, Juliana Deo;Devido à sua proximidade a áreas mais populosas, recifes costeiros podem estar potencialmente mais propensos aos efeitos de impactos antropogênicos em comparação aos recifes oceânicos. Em ambientes costeiros, os corais podem ser mais rapidamente afetados por esses impactos locais, apresentando alterações em suas condições de saúde, dependendo da espécie e de variáveis ambientais como profundidade, temperatura e exposição à luminosidade. Comparar a saúde dos corais em ambientes costeiros e oceânicos, dentro da mesma faixa latitudinal, pode fornecer informações sobre como os impactos antropogênicos e a dinâmica natural do ambiente contribuem para determinar a saúde dos corais. Monitoramos 53 colônias do coral Siderastrea stellata (~5m de profundidade) e 28 de Montastraea cavernosa (~30m de profundidade) em recifes costeiros (Rio Grande do Norte; ~ 5 ° S) e oceânicos (Fernando de Noronha; ~ 3 ° S) do nordeste brasileiro. Nesses locais, as espécies monitoradas estão entre os principais corais construtores dos recifes. Monitoramos essas colônias trimestralmente durante um ano (2018-2019), utilizando modelos tridimensionais gerados por fotogrametria, a partir dos quais avaliamos indicadores de saúde dos corais (branqueamento, mortalidade, doenças e sobrecrescimento de algas). Ambas as espécies monitoradas apresentaram bom estado de saúde nos recifes costeiros e oceânicos ao longo de todo o ano, sem registro de branqueamento intenso durante o período monitorado. Em um dos ambiente recifais oceânicos, observamos períodos de maior branqueamento relacionado à dinâmicas naturais deste ambiente levando ao soterramento das colônias. Colônias de S. stellata permaneceram, em geral, mais saudáveis em áreas costeiras do que oceânicas, o que pode estar relacionado à menor exposição à luz nas áreas costeiras, onde há maior turbidez da água, em comparação aos recifes oceânicos. O estado de saúde de M. cavernosa foi estável e, apesar de apresentarem diferenças entre áreas costeiras e oceânicas, os corais em todos os locais monitorados mantiveram em média, 80% de sua superfície em estado saudável. A temperatura superficial da água também foi semelhante e relativamente constante em recifes costeiros e oceânicos. A saúde dos corais foi mais afetada por variações do ecossistema local (e.g. soterramento natural) do que pela proximidade com o impacto humano, indicando que a dinâmica temporal local precisa ser levada em consideração ao avaliar a resposta dos corais aos impactos humanos.TCC Padrão de branqueamento de Siderastrea stellata (Verril, 1868) em dois complexos recifais areníticos do Atlântico Sul(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-09) Correia, Louize Freyre da Costa; Mendes, Liana de Figueiredo; Ganade, Gislene Maria da Silva; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; Souza, Izabel Maria Matos deOs ecossistemas recifais encontram-se entre os mais diversos do planeta, abrigam cerca de 25% da biodiversidade marinha e atuam no balanço químico global do carbono. Os corais, importantes componentes dos recifes, são considerados bioindicadores das variações climáticas. Tais invertebrados podem perder pigmentação sendo esta uma das respostas às mudanças do meio, resultando no conhecido fenômeno do branqueamento. Nos recifes de Pirangi e Maracajaú foi realizado o monitoramento do branqueamento do coral pétreo mais abundante, Siderastrea stellata (Verril, 1868), associado a dados abióticos como temperatura, transparência e salinidade da água. As coletas de dados em ambos os recifes foram realizadas a cada 2 meses, durante o ano de 2015. Foram selecionadas 18 colônias de corais pétreos da espécie Siderastrea stellata, distribuídas em três classes de tamanhos (medida do diâmetro), totalizando seis colônias por classe de tamanho, em Maracajaú e Pirangi: Colônias pequenas (<5 cm), Médias (5-10 cm) e Grandes (> 10 cm). O branqueamento mensurado entre os dois recifes foi distinto e Maracajaú teve os maiores valores. Também foi analisado o branqueamento por classes de tamanho e as colônias menores apresentaram maiores níveis de branqueamento, também mais acentuado em Maracajaú. Em ambas as áreas houve diminuição do branqueamento ao longo do ano e as médias de branqueamento variaram de forma semelhante ao longo do ano com Pirangi sempre apresentando menores taxas. O branqueamento foi associado a variações na transparência e salinidade da água, independente do recife analisado. As maiores taxas de braqueamento encontrada em colônias menores pode indicar maior fragilidade das mesmas justificada pelo menor diâmetro, e consequentemente menor quantidade de zooxantelas, conferindo menos resistência às colônias. De forma geral, no mês de setembro houve queda dos níveis de branqueamento e nesta época há o aumento de ventos que causam maior suspensão de sedimento, elevando a turbidez das águas. Esta situação difere daquela encontrada em literatura, em que os corais branqueiam mais frente à sedimentação. A menor transparência e salinidade da água encontradas em Pirangi, relacionadas ao menor branqueamento dos corais, 8 quando comparados a Maracajaú, sugere que as colônias talvez estejam mais adaptadas a tais condições adversas constantes e portanto tenha menos branqueamento. Outro aspecto a ser consideradao é que em Maracajaú, o branqueamento mais acentuado pode ser o resultado da maior penetração dos raios ultravioletas devido à maior transparência da água, o que também causa branqueamento. Considera-se que os corais brasileiros sejam mais resistentes aos distúrbios e estresses ambientais e portanto, as condições ideais estabelecidas na literatura mundial para o bom desenvolvimento dos corais, não se aplica perfeitamente aqueles da costa do Brasil.