Navegando por Autor "Costa, Mariana Santana Santos Pereira da"
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Dissertação Avaliação do desempenho da macroalga Gracilaria domingensis sob diferentes fontes de nutrientes dentro de um contexto nutricional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-30) Bezerra, Jadna Nayara de Souza; Soriano, Eliane Marinho; Carneiro, Marcella Araújo do Amaral; https://orcid.org/0000-0002-9823-3384; http://lattes.cnpq.br/2397478558863939; https://orcid.org/0000-0001-6736-3795; http://lattes.cnpq.br/2017823516741199; https://orcid.org/0000-0003-2046-0664; http://lattes.cnpq.br/5778759071415921; Oliveira, Jorge Eduardo Lins; https://orcid.org/0000-0002-2841-7102; http://lattes.cnpq.br/4496687596469933; Costa, Mariana Santana Santos Pereira daDesde os tempos antigos, as algas marinhas têm sido utilizadas pelo ser humano como parte importante de sua dieta alimentar. O consumo delas na alimentação pelos povos orientais, em especial, Japão, China e Coréia faz parte de uma tradição milenar. É muito comum elas serem consumidas in natura ou processadas por esses povos. Por muitos anos, o uso de algas marinhas como alimento esteve concentrado nesses países, na Europa e nas Américas, até recentemente as algas não eram consideradas como parte da sua atividade culinária, entretanto, essa situação vem mudando rapidamente, isso se deve ao fato de que as macroalgas têm atraído crescente interesse como fonte de alimento humano e estimulado diversas pesquisas na área nutricional por apresentar em sua composição, abundância de proteínas, fibras, vitaminas e minerais, além de baixo teor de lipídios. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo avaliar o desempenho da macroalga vermelha Gracilaria domingensis sob diferentes fontes de nutrientes dentro de um contexto nutricional, além disso, foi visto a necessidade de popularizar o conhecimento científico sobre as principais espécies de macroalgas utilizadas mundialmente na alimentação humana. Então, a pesquisa foi dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo, a macroalga foi cultivada sobre diferentes pulsos semanais de nitrogênio e fósforo nas proporções de 10:1 (T1), 20:2 (T2) e 50:5 (T3). A biomassa e o crescimento e a composição química (proteínas, lipídios, carboidratos, fibras totais e cinzas) foram avaliados. Considerando todos os resultados analisados, podemos concluir que o T1 pode ser considerado o tratamento mais adequado para ser aplicado em cultivos comerciais de G. domingensis. Além de ser o tratamento mais econômico, ele se destacou nos valores de biomassa e TCR e proporcionou valores nutricionais para a alga semelhantes e até superiores aos dados existentes na literatura para outras espécies de macroalgas comestíveis. O segundo capítulo da dissertação refere-se à uma publicação, no formato de e-book, a respeito da popularização do conhecimento científico acadêmico sobre a composição nutricional das principais espécies de macroalgas marinhas utilizadas mundialmente na alimentação. Embora tenha sido construído utilizando uma linguagem acessível a todos os públicos, os resultados contidos no material foram obtidos a partir da compilação de dados resultantes de diversos estudos publicados em livros e nos principais periódicos de comunicação científica sobre o assunto.Tese Avaliação do potencial da microalga Chlamydomonas sp. cultivada em sistema aberto como fonte de metabólitos de alto valor agregado com aplicações integradas ao setor de biocombustíveis, visando uma perspectiva biorrefinária(2019-02-28) Gomes, Anderson Fernandes; Santos, Luciene da Silva; Costa, Marta; ; ; ; Araújo, Antonio Souza de; ; Fernandes, Nedja Suely; ; Costa, Leandro Silva; ; Costa, Mariana Santana Santos Pereira da;No contexto da biorrefinaria, as microalgas vêm sendo descritas como matéria-prima com potencial a ser explorado, visando tornar a produção de biomassa microalgal economicamente viável. Neste estudo, a microalga Chlamydomonas sp. foi cultivada por 2 dias em lagoas fotossintéticas e submetida à ausência de nutrientes durante 3 dias, sendo a influência do estresse nutricional avaliada comparativamente ao grupo controle (CTG). Posteriormente, a eficiência da extração da fração lipídica hexânica bruta (CHF), utilizando agitação mecânica associada à técnica de ultrassom, foi avaliada em dois tempos distintos (2 e 4 horas). Além disso, as biomassas antes do processo extrativo (BBE), assim como as biomassas residuais oriundas da fração hexânica (RBHF2h e RBHF4h) foram monitoradas por MEV e análise termogravimétrica (TGA). Os valores de proteína bruta e o potencial calorífico superior (HHV) foram estimados em função da composição elementar das biomassas RBHF2h e RBHF4h. A fração clorofórmica bruta (CCF) foi obtida a partir da RBHF4h (extração com clorofórmio). As frações CCF e CHF hidroesterificadas foram caracterizadas por TGA, FTIR e CG/EM. As micrografias das superfícies das biomassas antes e após o processo extrativo mostram fragmentação significativa apenas para RBFH4h. As curvas TG evidenciam pronunciadas perdas de massa, no intervalo temperatura característico de lipídios, resultados coerentes com a expressiva diferença de material extraído nos tempos de 2 h (2,95±0,28)% e 4 h (10,54±0,46)%. A fração lipídica total foi de aproximadamente 29%, representando um aumento de 58% em relação ao CTG. A RB revelou valores estimados de HHV e proteína bruta de 18 MJ kg-1 e 56 % respectivamente. Os dados de TGA para o extrato CCF revela um material constituído majoritariamente por frações saponificáveis, diferentemente do CHF que é composto predominantemente por insaponificáveis. Portanto, a curva TGA ratificou uma melhor taxa de conversão para CCF (aproximadamente 89%), condizente ao valor mostrado pelo CG/EM (cerca de 86%). O perfil graxo para as frações saponificáveis de ambos os extratos mostra que os ácidos graxos majoritários são os C16:0 e C18:3 (ω-3 e ω-6). Adicionalmente, a biomassa residual previamente fracionada por n-hexano e clorofórmio (CTG) e seu extrato metanólico bruto (CEM) foram estudadas na perspectiva de investigar potencialidades que poderiam ser integradas a produção de biocombustíveis. Neste contexto, diferentes linhagens celulares foram tratadas com o CEM para avaliar sua citoxicidade e seu potencial imunomodulatório frente a macrófagos. Os resultados mostram significativa viabilidade celular (até 400 µg mL-1 ) para todas linhagens testadas, relevante ação antiproliferativa frente a linhagem B16-F10 e ação inibitória na produção de óxido nítrico (cerca de 75%) para a linhagem de macrófagos RAW 264.7. apontando promissora ação anti-inflamatória. As análises por CG/EM revelaram a presença de 22 substâncias, incluindo o fitol e campesterol, dentre os fitoconstituintes majoritários. Adicionalmente o valor do HHV (17,98 MJ kg-1) indica que a biomassa exibe bom potencial calorífico, sendo semelhante aos materiais lignocelulósicos que são comumente empregados na produção de energia térmica.Dissertação Efeito da salinidade da água do mar no rendimento, composição e atividades biológicas de frações polissacarídicas da Chlorophyta Caulerpa cupressoides var. flabellata(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-03-19) Costa, Mariana Santana Santos Pereira da; Nascimento, Hugo Alexandre Dantas do; ; http://lattes.cnpq.br/2920005922426876; ; http://lattes.cnpq.br/6295062398594903; Filgueira, Luciana Guimarães Alves; ; http://lattes.cnpq.br/9951316929526841; Pavão, Mauro Sérgio Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/8860464897886961Polissacarídeos sulfatados de algas marinhas têm sido descritos por apresentarem diversas atividades farmacológicas. No entanto, nada se sabe a respeito da influência da salinidade da água do mar na estrutura de polissacarídeos sulfatados de algas verdes e nas atividades farmacológicas por eles desempenhadas. Por isso, objetivo principal deste trabalho foi avaliar o efeito da salinidade da água do mar no rendimento e na composição de frações polissacarídicas da alga verde Caulerpa cupressoides var. flabellata, coletada em duas praias de diferentes salinidades do litoral do Rio Grande do Norte, bem como verificar se as alterações provocadas pela salinidade se refletiriam em atividades biológicas das frações. Extraiu-se quatro frações ricas em polissacarídeos sulfatados da C. cupressoides coletada na praia de Camapum (denominado CCM F0.3, F0.5, F1.0, F2.0), a qual a água tem maior salinidade, e na praia de Búzios (denominados CCB F0.3; F0.5, F1.0, F2.0). Diferente do observado para outras algas, a composição centesimal da C. cupressoides não se alterou em função desta crescer em ambiente de maior da salinidade. Além disso, interessantemente, a C. cupressoides têm altas quantidades de proteínas, maior até do espécies de algas comestíveis. Não houve diferença significativa (p> 0,05) entre o rendimento das frações polissacarídicas da CCM e das suas correlatas na CCB, o que indica que a salinidade não interfere no rendimento das frações polissacarídicas. No entanto, houve uma diferença significativa na razão sulfato/açúcar da F0.3 (p <0,05) e F0.5 (p <0,01) (a razão sulfato/açúcar da CCM F0.3 e da CCB F0.5foram maiores do que suas correlatas), enquanto a razão sulfato/açúcar da F1.0 e F2.0 não se alterou significativamente (p> 0,05) com a salinidade. Este resultado sugere que a diferença observada na razão sulfato/açúcar entre as frações da CCM e CCB, não é, meramente, função da salinidade, mas provavelmente está relacionada com a função biológica destes biopolímeros nas algas marinhas. Além disso, a variação de salinidade entre os locais de coleta não influenciou a composição monossacarídica, a mobilidade eletroforética ou os espectros de infravermelho das frações polissacarídicas, demonstrando que a salinidade não altera a composição de polissacarídeos sulfatados de C. cupressoides. Houve diferenças nas atividades antioxidantes e anticoagulantes entre a CCM e CCB. CCB F0.3 (mais sulfatada) apresentou maior capacidade antioxidante total que CCM F0.3, já a habilidade quelante da CCM F0.5 foi mais potente que a CCB F0.5 (mais sulfatada). Estes dados indicam que, provavelmente, as atividades biológicas das frações polissacarídicas da CCM e CCB dependem do padrão de distribuição espacial dos grupos sulfatos no polímero e que não é, meramente, um efeito da densidade de carga. Polissacarídeos de C. cupressoides também exibiram atividade anticoagulante na via intrínseca (aPTT) e via extrínseca (teste PT). CCB F1.0 e CCM F1.0 mostraram diferenças significantes (p <0,001) no aPTT, já F0.3 e F0.5 não mostraram diferença (p> 0,05) entre a CCM e CCB, corroborando o fato de que a razão sulfato/açúcar não é um fator determinante para a atividade biológica, mas sim, a distribuição do sulfato ao longo da cadeia do polissacarídeo. Além disso, F0.3 e F0.5 apresentaram atividade no teste de aPTT semelhante a clexane®, medicamento anticoagulante. Adicionalmente, as F0.5 mostraram atividade no PT. Estes resultados sugerem que a salinidade pode ter criado sutis diferenças na estrutura dos polissacarídeos sulfatados, como por exemplo, na distribuição dos grupos sulfatos, o que ocasionaria as diferenças nas atividades biológicas entre as frações da CCM e da CCBTese Modificações químicas de polissacarídeos das algas Lobophora variegata e Dictyota mertensii potencializam suas atividades farmacológicas(2019-09-26) Negreiros, Marília Medeiros Fernandes de; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; ; ; Costa, Leandro Silva; ; Farias, Naisandra Bezerra da Silva; ; Telles, Cinthia Beatrice da Silva; ; Costa, Mariana Santana Santos Pereira da; ; Ferreira, Éder Galinari;Laminarinas (1,3-β-glucanas) e fucanas (polissacarídeos sulfatados constituídos de L-fucose sulfatada) são sintetizadas por algas marrons e possuem diversas atividades farmacológicas descritas. Todavia, os polissacarídeos e suas atividades podem ser modificados, potencializando-as ou não. E para tal, são utilizadas várias técnicas, como por exemplo, aquelas denominadas de métodos verdes. Diante do exposto, e tendo em mente que o litoral potiguar, assim como o nordestino, detém várias espécies de algas marinhas que não tiveram seus polissacarídeos neutros e sulfatados estudados completamente, este trabalho teve como objetivo realizar uma prospecção das principais modificações químicas em polissacarídeos neutros (laminarinas) da alga Lobophora variegata e polisscarídeos sulfatados (fucanas) da alga Dicytiota mertensii e verificar as suas atividades farmacológicas, escolhendo as melhores modificações para caracterização estrutural. As algas foram coletadas na praia de Pirangi, Natal, RN, lavadas e submetidas à proteólise. Com o uso de fracionamento diferencial com acetona e técnicas de separação por massa molecular, foi obtido uma laminaria de 12,4 kDa. Análises físico-químicas mostraram que a laminarina (LM) era constituída apenas de glicose. As técnicas de descarga da barreira dielétrica (DBD), sulfatação e galificação foram utilizadas paar se obter as laminarinas modificadas denominadas LMC, LMS e LMG. As modificações promoveram diferentes quantidades de inserção dos grupos funcionais: com LMS observou-se 1,4% de sulfato, com LMG observouse 1,5% de ácido gálico e com LMC observou-se 11,7% de ácidos urônicos. A modificação que mais potencializou as atividades antioxidantes de laminarinas foi a galificação, por isso, LM e LMG tiveram sua estrutura elucidada por Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Os dados obtidos pelas análises de RMN corroboram com os dados anteriores, comprovando a estrutura da laminarina em LM e laminarina galificada em LMG. LM e LMG não foram citotóxicas e não alteraram o ciclo celular de células normais de rim canino (MDCK) em comparação com o controle. Em parelelo, foi possível obter fucanas da alga D mertensii por meio de proteólise e precipitação com metanol. Além disso, sintetizou-se nanopartículas de prata com a fucana, que foi denominada de NF. O sétimo dia foi o dia ótimo de síntese desta partícula, cujo tamanho foi de aproximadamente 104 nm. As NF tiveram forma arredondada e distribuição do tamanho bastante homogêneo, estabilidade por 16 meses e apresentaram uma maior atividade antitumoral (1mg/mL) comparada à fucana. Com NF também se obteve melhor atividade antibacteriana do que com a fucana nativa e as atividades imunomodulatórias (produção de oxido nítrico e produção de citocinas) tiveram resultados semelhantes comparando-se NF com fucanas nativas. No geral, observou-se que a galificação foi a melhor modificação química em laminarinas de L. variegata e as NF potencializaram as atividades farmacológicas das fucanas.Dissertação Ostracoda (Arthropoda, Crustacea) subrecente da plataforma continental setentrional do Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-08-22) Silva, Alef Kennedy Rocha da; Brandão, Simone Nunes; ; ; Rabelo, Emanuelle Fontenele; ; Costa, Mariana Santana Santos Pereira da;A classe Ostracoda apresenta um dos mais diversos e abundantes registros fósseis dentre todos os animais, além de uma ampla distribuição estratigráfica (do Ordoviciano ao Recente) e distribuição geográfica cosmopolita. Estas características fazem com que o grupo seja amplamente utilizado como indicador ecológico e paleoecológico. A presente dissertação de mestrado teve como objetivo fazer um levantamento taxonômico da fauna de Ostracoda subrecente da plataforma continental setentrional do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, assim como investigar aspectos ecológicos desta fauna. Vinte e uma amostras foram coletadas com auxílio de um busca fundo do tipo Van Veen na plataforma interna e externa ao largo do Rio Açu. Um total de 63 espécies, 32 gêneros e 16 famíliasforam identificados. Hemicytheridae foi a família com maior riqueza de gêneros e também com maior abundância (número de valvas / 100g de amostra seca). Pellucistoma Coryell & Fields, 1937 e Bythocythere Sars, 1866 foram os gêneros mais abundantes. Neonesidea Maddocks, 1969, Semicytherura Wagner, 1957 e Paracytheridea Mueller, 1894 apresentaram as maiores riquezas de espécies. Com base nas assembleias de Ostracoda, as regiões interna e externa da plataforma se mostraram significativamente diferentes. Dos 32 gêneros presentes nas amostras, nove (28,2%) foram encontrados somente na região externa, quatro (12,5%) na interna e 19 (59,3%) apresentaram ocorrência comum às duas regiões. Dentre as variáveis ambientais analisadas, a profundidade e o tipo de sedimento foram os fatores que melhor explicaram a distribuição atual dos ostracodes marinhos bentônicos ao longo das porções interna e externa da plataforma. Os dados gerados no presente estudo possibilitam uma maior compreensão da fauna Ostracoda presente na região, e devem servir de base para novas linhas de pesquisas, assim como para a exploração sustentável dos hábitats em que esses organismos se encontram. Aumentando o conhecimento e a proteção da fauna Ostracoda presente na plataforma continental setentrional do Rio Grande do Norte.Tese Polissacarídeos sulfatados de macroalgas verdes: correlação com parâmetros ambientais e obtenção de glucogalactanas sulfatadas anticoagulantes(2016-04-19) Costa, Mariana Santana Santos Pereira da; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; Costa, Leandro Silva; ; ; ; Telles, Cinthia Beatrice da Silva; ; Souza, Giulianna Paiva Viana de Andrade; ; Scortecci, Katia Castanho; ; Bertini, Luciana Medeiros;Polissacarídeos de algas podem ter sua síntese, sua estrutura e propriedades farmacológicas modificadas devido a alterações de fatores ambientais. Contudo, poucas algas já foram analisadas com essa ótica. A alga verde C. cupressoides var. flabellata Børgesen é uma alga abundante na costa do Rio Grande do Norte e já foi demostrado que esta alga coletada na mesma época, mas em praias com grau de salinidade diferentes, sintetizava polissacarídeos sulfatados (PS) com propriedades diferentes, inclusive atividade anticoagulante. Dessa forma, o objetivo do presente foi avaliar a influência do período de coleta e de parâmetros ambientais na composição química e atividade anticoagulante de PS obtidos de algas verdes do litoral potiguar, bem como obter e avaliar o potencial anticoagulante de PS purificados da alga C. cupressoides. Inicialmente, foram obtidos extratos ricos em polissacarídeos sulfatados (ERPS), por proteólise seguido por precipitação com metanol, da alga C. cupressoides coletada mensalmente, durante um ano na praia de Búzios, Nísia Floresta/RN. Observou-se que havia variações no rendimento da extração, composição química e atividade anticoagulante dos ERPS da C. cupressoides de acordo com o mês de coleta, sendo o mês de março aquele em que se obteve ERPS com maior potencial anticoagulante, vale salientar que esta atividade foi maior que a do Clexane®, uma heparina de baixo peso molecular comercial. Ao se analisar a influência de fatores ambientais do local de coleta no rendimento, composição química e atividade anticoagulante observou-se que existe uma correlação positiva significativa (p < 0,05) entre o rendimento da extração dos ERPS e a salinidade da água do mar e a insolação; para a quantidade de sulfato observou-se uma correlação negativa significativa (p < 0,05) com a salinidade da água do mar. Já a quantidade de açúcares totais teve uma correlação negativa significativa (p < 0,05) com: sólidos totais, sódio, cloreto e insolação. Como o mês de março foi o mês com ERPS com maior potencial anticoagulante, resolveu-se purificar, caracterizar e avaliar o potencial anticoagulante de PS extraídos neste mês. Após proteólise e fracionamento com volumes crescentes de acetona obteve-se quatro frações polissacarídicas da C. cupressoides (CCB-0.3, CCB-0.5, CCB-1.0 e CCB-2.0), como a CCB-0.5 apresentou maior atividade anticoagulante, esta foi submetida a cromatografia de troca-iônica e eluída em duas novas frações (FI e FII), após eletroforese em gel de agarose, coloração da lâmina com azul de toluidina e descoloração, observou-se o aparecimento de uma única banda em ambas as subfrações, o que indica a presença de uma única população de PS, o que permite inferir que estes PS foram purificados. Análises por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) indicam que os PS FI e FII tratam-se de glucogalactanas. Estas glucogalactnas sulfatadas exibiram atividade anticoagulante pela via intrínseca (teste de aPTT), pela via extrínseca (teste PT) e pela via comum (teste TT) da cascata de coagulação. Um resultado interessante foi que a atividade no teste de aPTT das glucogalactanas sulfatadas foi similiar a atividade do Clexane®. Além disso, estes PS foram capazes de inibir parcialmente a trombina. Isto é indicativo que os PS da C. cupressoides podem estar agindo em diversas proteases da cascata de coagulação. Entretanto, mais estudos são necessários para explicar detalhadamente quais os alvos de ação destes polímeros. Por fim, analisou-se a influência do período de coleta e de fatores ambientais em ERPS de outras algas verdes do litoral do RN (Caulerpa prolifera, Caulerpa racemosa var. occidentalis, Caulerpa sertularioides e Codium isthmocladum) coletadas também mensalmente, durante um ano na praia de Búzios, Nísia Floresta/RN; e observou-se que, da mesma forma da C. cupressoides, houve variações no rendimento, composição química e atividade anticoagulante para os ERPS algas verdes C. prolifera, C. racemosa, C. sertularioides e C. isthmocladum. No entanto, um fato interessante é que cada alga responde de forma diferente as condições ambientais do local de coleta. Estes dados indicam que dependendo do período do ano que a alga é coletada, os PS extraídos destas espécies de algas podem ter suas estruturas químicas afetadas e, consequentemente, suas atividades biológicas poderão ser distintas. Estes tipos de estudos levam ao esclarecimento de quais seriam as melhores condições para se obter o PS com as características estruturais e biológicas de interesse, o que é fundamental para o uso destes polímeros na indústria.