Navegando por Autor "Dantas, Laryssa Karolyne da Costa"
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Dissertação Sífilis congênita: análise epidemiológica e intervenção educacional na atenção primária à saúde no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-30) Dantas, Laryssa Karolyne da Costa; Rodrigues Neto, João Firmino; Mata, Adala Nayana de Sousa; http://lattes.cnpq.br/6168035663769198; Nóbrega, Cristyanne Samara Miranda Holanda da; Lucena, Eudes Euler de SouzaA sífilis congênita é uma doença bacteriana grave, que é prevenida pela detecção e tratamento adequado de gestantes com sífilis durante o pré-natal. Diante do aumento dos casos de sífilis congênita no mundo, observa-se falhas na implementação das políticas públicas de saúde no combate à sífilis, no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Aliado a isso, a Educação Permanente em Saúde (EPS) por envolver processos de aprendizado e aprimoramento profissional baseados nas necessidades cotidianas dos serviços de saúde, promove a mudança das práticas assistenciais e se torna aliada nesse cenário. Realizou-se a análise da distribuição temporal, espacial e a caracterização dos casos notificados de sífilis congênita em um hospital referência na assistência materno-infantil da 5ª Região de Saúde do RN e, a partir disso, foi implementada intervenção educacional com profissionais de saúde da APS no combate à transmissão vertical da sífilis em um município com maior vulnerabilidade à ocorrência de casos na região. Para isso, foi efetivado, inicialmente, um estudo observacional, exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, de caráter documental e retrospectivo, sobre a análise da distribuição temporal e espacial e a caracterização dos casos de sífilis congênita notificados pelo Huab entre junho de 2016 e 2023. Foram analisadas 307 fichas de notificação de sífilis congênita do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Após a análise dos dados, foi selecionado o município de Bom Jesus – RN, para implementação de intervenção educacional – a oficina “Combatendo a sífilis da gestação ao nascimento”. O estudo epidemiológico mostrou uma progressão crescente de casos de sífilis congênita entre junho de 2016 e 2023, com uma taxa de crescimento das notificações de 64,58%. Os municípios com maiores taxas médias de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos) foram São Bento do Trairi (23,6), São Pedro (23,4), Lajes Pintadas (23,2) e Bom Jesus (22,4). Além disso, identificamos que, a partir de 2019, o diagnóstico da sífilis gestacional foi feito predominantemente no momento do parto, demonstrando a fragilidade da assistência pré-natal ofertada na região estudada. Em seguida, implementamos a intervenção educacional, que objetivou a sensibilização e a capacitação de diferentes classes de profissionais de saúde atuantes na APS no combate à sífilis e à sífilis congênita, em que discutimos com os profissionais sobre a situação epidemiológica da sífilis, etiopatogenia da doença, diagnóstico (clínico e laboratorial), tratamento, notificação compulsória e monitoramento dos casos. Portanto, a identificação de áreas com maiores taxas de incidência de sífilis congênita na 5ª Região do Saúde do RN possibilitou o reconhecimento de áreas com maior vulnerabilidade à transmissão vertical da sífilis na região. Observou-se maior transmissibilidade da sífilis da mãe para a criança em mulheres de 20 a 29 anos, com baixa escolaridade, de raça parda, residentes na zona urbana, que realizaram prénatal, cujos parceiros sexuais não realizaram tratamento adequado. Assim, estratégias de EPS voltadas a profissionais de saúde que atuam na APS são aliadas na transformação desse cenário, por possibilitar maior qualificação do pré-natal.