Navegando por Autor "Dantas, Paulo Henrique Santiago"
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Dissertação A formação musical da banda Sanctifier: um estudo sobre prática e aprendizagem na cena metal de Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Dantas, Paulo Henrique Santiago; Carvalho, Tiago de Quadros Maia; http://lattes.cnpq.br/0064848908794311; http://lattes.cnpq.br/7333768459277933; Mendes, Jean Joubert Freitas; Queiroz, Tobias ArrudaA Sanctifier é uma banda natalense de death metal, subgênero do heavy metal que pertence a uma vertente chamada “metal extremo”. Essa pesquisa delineou-se para um estudo de caso (Yin, 2015; Gil, 2009) que buscou compreender como a prática musical da Sanctifier é determinada tanto pela sua atuação na cena quanto pelas formações musicais dos integrantes. Processos formativos individuais e coletivos foram encontrados como a descoberta do heavy metal e inserção na cena local, práticas musicais além do metal extremo, a assimilação pessoal de habilidades e conhecimentos, os propósitos e compromissos com a Sanctifier, a integração da aprendizagem em conjunto, a utilização de tecnologias e mídias, bem como as próprias performances, sejam elas ao vivo ou gravadas. Os resultados permitiram não apenas melhor conhecer a Sanctifier em si, mas também como opera musicalmente a cena do metal extremo em Natal, bem como quais são as resultantes não sonoras dessas relações. A pesquisa explora e discute dois eixos temáticos: o heavy metal e o processo de formação musical. O primeiro eixo aborda a cultura heavy metal de forma abrangente (Christe, 2007; Weinstein, 2000; Walser, 1993), aprofunda no metal extremo (Kahn-Harris, 2010), sobretudo no death metal (Purcell, 2003; Mudrian, 2004; Phillipov, 2012) e culmina na sua inserção e consolidação no Brasil (Leão, 1997; Janotti Junior, 2004). O segundo eixo discorre sobre formação musical a partir da imersão na cena musical (Straw, 1984; 1991; 2006; 2015) e sob a perspectiva da aprendizagem musical informal (Green, 2001, 2002, 2012), com foco na autoaprendizagem em contextos nãoescolares (Corrêa, 2008), considerando bandas de rock e heavy metal como espaços formativos (Campbell, 1995), assim como processos individuais e coletivos de aprendizagem musical em bandas de metal extremo (Carvalho, 2011). Além disso, o termo musicking ajuda a perceber a música enquanto atividade, não como objeto, visto que sua natureza e significado reside nas ações humanas ao tocar, ouvir, treinar, ensaiar, compor, dançar, preparar e gravar performances, entre outras (Small, 1998), configurando, portanto, a performance como elemento central de um ambiente formativo musical dos atores de uma cena. Espera-se que essas constatações possam influenciar novas pesquisas que visem: a compreensão da formação no contexto do metal extremo; as discussões da Educação Musical sobre as possibilidades de aprendizagem musical para além dos contextos escolares; assim como o fortalecimento das discussões já existentes sobre esses tópicos.