Navegando por Autor "Fernandes, Edrisi de Araújo"
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Dissertação Análise do conceito de justiça no diálogo entre Trasímaco e Sócrates no Livro 1 da República(2015-12-18) Melo, Marcelo Pereira Paiva; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; ; Silva, Sérgio Eduardo Lima da; ; Capistrano, Pablo Moreno Paiva;Esta dissertação tem por objetivo a reflexão acerca dos sentidos de Justiça encontrados no Livro 1 d’A República, particularmente aqueles inseridos entre os trechos 336c e 354c. Analisa-se também a possibilidade de que o conceito de Trasímaco da Justiça como conveniência do mais forte é uma forma pré-platônica de entendimento da Justiça que, apropriada por Platão, passa a ser válida quando se considera o mais forte como sendo virtuoso e orientado ao Bem, situação apenas encontrada no contexto da República. Desse modo, defende-se que Trasímaco não está inteiramente errado quanto ao seu conceito de Justiça. Também se considera a noção de que a Justiça, ao longo d’A República, seja a harmonia entre os elementos da alma e da Cidade-Estado.Tese Antecedentes histórico-filosóficos da problemática do tempo e do mal no Freiheitsschrift de Schelling: aproximações gnósticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-06-14) Fernandes, Edrisi de Araújo; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Erickson, Glenn Walter; ; Macedo, Monalisa Carrilho de; ; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263Esta tese objetiva contribuir para um melhor entendimento da relação entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift de Schelling, a partir de aproximações desde o Gnosticismo. Para tanto, antes de começar a tratar dessa relação far-se-á uma revisão da questão do Gnosticismo (capítulo I) corrente de pensamento essencialmente preocupada com a problemática do tempo e permeada pela crença em uma natureza má da criação, e que alegadamente teria influenciado de modo significativo algumas ideias de Schelling. Seguir-se-á uma avaliação das aproximações entre Gnosticismo, gnose e pensamento alemão (capítulo II) e outra particularmente dedicada às aproximações schellinguianas ao Gnosticismo (capítulo III). Analisar-se-á então o Freiheitsschrift como texto onde Schelling, tendo feito uma apropriação muito particular do Gnosticismo, vai além da teodicéia kantiana (capítulo IV). Interrogar-se á então (capítulo V) se algumas ideiaschave da filosofia schellinguiana (sobre a gnose, a criação, a dualidade, o tempo, o mal) são concebidas de um modo essencialmente distinto daquele do Gnosticismo histórico, apesar do muito que se disse em contrário. Apresentar-se-á em seguida a proposta de uma chave Platônica-plotiniana para o entendimento das relações entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift (capítulo VI), passando-se logo em seguida às considerações conclusivas (capítulo VII). Constata-se que o Gnosticismo e o Neoplatonismo constituem sistemas por vezes convergentes entre si, e que o pensamento alemão é um dos espaços dessa convergência. Não obstante essa constatação, é possível afirmar que o pensamento schellinguiano, com sua valorização do tempo e de uma certa percepção do mal, é essencialmente antignóstico, a despeito de algumas observações em contrárioTese O argumento dos contrários e a hipótese sobre a imortalidade no Fédon de Platão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-20) Costa Júnior, Lourival Bezerra da; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/3894235776240035; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Santos, José Gabriel Trindade; ; http://lattes.cnpq.br/9241627347381067; Costa, Admar Almeida da; ; http://lattes.cnpq.br/8649832887633328; Augusto, Maria das Gracas de Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/2215674993892252Este trabalho tem como objetivo geral mostrar que no Fédon de Platão, a associação entre o argumento dos contrários e o argumento da reminiscência (72e 77e) seguida da analogia da investigação do eclipse do sol (99d-102a), que serve de modelo ao método de investigação ideal mostra que o método naturalista de investigação direta dos fenômenos (99c-100b) não conduz, necessariamente, ao verdadeiro conhecimento. Como método, adotou-se uma leitura comparativa e uma interpretação por aproximação do texto fonte. O resultado aqui obtido é a noção de como se dá o conhecimento no referido diálogo. Como conclusão se afirma que, nessa obra o conhecimento é uma espécie de recordação que se dá como reciprocidade entre um processo negativo de cognição e o estado cognitivo inatoTese O conflito das fronteiras: Metafísica, Negatividade e o Extremo Oriente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-30) Teixeira, Luiz Fernando Fontes; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/7351092345116027; D'Amico, Claudia; ; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Santos, Gisele Amaral dos; ; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; Santos, Leonel Ribeiro dos; ; http://lattes.cnpq.br/7707912410094645O conflito das fronteiras se desdobra como um percurso natural da história do pensamento humano. Torna-se manifesto todavia apenas mediante um explícito choque cultural, que evidencia distintas formatações conceituais. Pensar este conflito pode esclarecer os enlaces responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento contemporâneo. Esta tese pretende analisar, em um primeiro momento, a história do pensamento enquanto metafísica, apresentando um diagnóstico da maneira pela qual o Ocidente impinge sua lógica categórica. Por conseguinte, apresenta a tradição da negatividade, evidenciando um pensamento para além da ontologia clássica mediante uma henologia e uma meontologia no neoplatonismo e na mística medieval. Por fim, expõe o pensamento do Extremo Oriente como possiblidade de recepção contemporânea da negatividade e escapatória para a formatação ocidentalizante da filosofia vigente.Tese A convertibilidade dos transcendentais e a ocultação do Belo no pensamento de Francisco Suárez(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-29) Meireles, Vítor Silva; Macedo, Monalisa Carrilho de; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263; http://lattes.cnpq.br/6330041195870788; Bezerra, Cícero Cunha; Fernandes, Edrisi de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Lima, José Jivaldo; Nascimento Júnior, Walter Gomide doO propósito desse trabalho é evidenciar a existência de uma Antropologia dos Transcendentais na obra de Francisco Suárez, em especial na Disputationes Metaphysicae. O coração da Doutrina dos Transcendentais é a convertibilidade entre as propriedades do Ser: Uno (unum), Verdade (verum), Bem (bonum). Aristóteles usa o termo ἀντιστρέφει para expressar que existem características gerais que são intercambiáveis. Felipe, o Chanceler, por meio da sentença Ens et Bonum convertuntur, inaugura a doutrina no século XIII. A partir de Alexandre de Hales e Tomás de Aquino, a doutrina se enraíza na experiência humana. Por estar situado cronologicamente no Renascimento, Suárez possui grande tendência de aplicar a convertibilidade dos transcendentais na vida humana. Assim, observaremos como a conceituação suareziana do indivíduo como unum ens abre espaço para a condução dos transcendentais para o âmbito antropológico e social. Para tornar ainda mais evidente essa aplicação da doutrina, destacaremos como esta se mostra difundida na linguagem humana. Por fim, compreenderemos qual é o lugar do Belo no pensamento do Doutor Exímio e Piedoso.Dissertação Deus, mente e mundo: sobre os conceitos de complicatio, imago e explicatio a partir do diálogo "De mente" de Nicolau de Cusa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-23) Andrade Filho, Osvaldo Ferreira de; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/3028079247637406; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Teixeira Neto, José; ; http://lattes.cnpq.br/0810635940222428O presente trabalho versa sobre como os três temas centrais da metafísica tradicional, a saber, Deus, o homem e o mundo, são repensados pela especulação filosófica do cardeal alemão Nicolau de Cusa (1401-1464). Devido à abrangência dessa temática, nossa dissertação teve como ponto de partida e referencial constante o livro que o filósofo escreveu em 1450, Idiota. De mente, segundo escrito que compõe a série de diálogos do Idiota (Idiotae libri), e cuja discussão se desenvolve em torno ao tema da mente humana. A partir do diálogo De mente nós construímos a nossa reflexão tomando algumas questões e fundamentações teóricas apresentadas no Idiota. De sapientia e no De docta ignorantia, estendendo-a a pouco mais que isso. De acordo com Nicolau de Cusa, a mente humana, em seu caráter criativo à imagem da mente divina, transcende as considerações puramente funcionais que geralmente lhe são atribuídas, isto é, no que se refere à sua natureza cognitiva e ao seu papel epistemológico. Para além desses aspectos, o Cusano entende a humana mens como um ponto de articulação dos outros dois temas que protagonizam a sua metafísica: Deus e o mundo. Neste contexto, através dos conceitos de complicatio-explicatio e imago, bem como da intercessão entre o tema do homem imago Dei e o motivo do microcosmo, nós apresentamos aqui uma introdução à filosofia cusanaTese Formatividade e interpretação: a filosofia estética de Luigi Pareyson(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-11-05) Silva, Iris Fátima da; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/8906333256517819; Bezerra, Cícero Cunha; ; http://lattes.cnpq.br/6374968779536950; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487O conceito de formatividade, cunhado por Luigi Pareyson, é a chave para o desenvolvimento de importantes estudos contemporâneos no campo da Estética. O escopo deste trabalho é apresentar uma compreensão das noções de Formatividade e Interpretação, como se evidencia no título da tese: Formatividade e Interpretação: a filosofia estética de Luigi Pareyson. A obra Estética - Teoria da Formatividade, publicada pela primeira vez em 1954, é considerada um marco do renascimento da estética. Nesta tese, examinamos o conceito de formatividade como um componente aplicável a toda e qualquer ação humana, não limitada a práticas pré-determinadas nem à aplicação de procedimentos preexistentes. Investigamos a tríade conceitual fazer-inventar-interpretar, que simultaneamente funda a formatividade. No primeiro capítulo, apresentamos a Propedêutica Estética; no segundo, analisamos a Teoria da Formatividade: o caráter estético da inteira experiência humana; e, no terceiro, exploramos A Estética da Forma e a Metafísica da Figuração no caráter formativo do conhecimento. A nossa reflexão enxerga a operabilidade humana como busca e tentativa, figuração e invenção à procura do êxito. O problema da formação da obra, a ideia de Obra-forma, abordados nesta tese, apresenta a inexorabilidade de invenção e interpretação numa tentativa de estabelecer um novo ponto de partida para os estudos da estética pareysoniana no BrasilDissertação Guerra e identidade: um estudo da marcialidade no Heimskringla(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-09-24) Miranda, Pablo Gomes de; Porto, Maria Emília Monteiro; ; http://lattes.cnpq.br/2241777188205457; ; http://lattes.cnpq.br/8902570093896804; Arrais, Raimundo Pereira de Alencar; ; http://lattes.cnpq.br/8252775667149757; Vasques, Márcia Severina; ; http://lattes.cnpq.br/2044586970276129; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Langer, Johnni; ; http://lattes.cnpq.br/3561550459580228O objetivo de nossa dissertação é estudar como os escritos escandinavos produziram uma identidade da Noruega em ideais bélicos dentro de uma compilação de sagas islandesas chamada Heimskringla e que tem parte de seu conteúdo voltado para narrativas de um momento conturbado do surgimento das monarquias escandinavas entre o século VIII e XI, a chamada Era Viking. O Heimskringla, também conhecido como O Círculo do Mundo , é um conjunto de escritos baseados na memória oral islandesa sobre os reis noruegueses e a formação do território norueguês. Na medida em que investigamos a relação entre os membros da realeza, seus companheiros e os povos escandinavos, passamos a delinear as relações de memória, identidade e guerra. Nosso trabalho pontua a maneira como a guerra escandinava produz, em suas narrativas, espaços próprios, seja nas relações político-sociais entre seus participantes, na organização de seus conflitos ou na localização das atividades guerreiras, sendo que os lugares transformam-se em pontos essenciais dessas narrativas. A guerra é ao mesmo tempo um lugar de afirmações identitárias e um espaço de práticas necessárias para o fortalecimento do poder realTese A liberdade agostiniana e sua influência em Lutero e em Calvino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-26) Oliveira, Francisco Eduardo de; Fernandes, Edrisi de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; http://lattes.cnpq.br/5807174867346073; Arruda Júnior, Gerson Francisco de; Santos, Gisele Amaral dos; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; Costa, Marcos Roberto Nunes; 29802601420; Macedo, Monalisa Carrilho deA liberdade é um tema fundamental não só na História da Filosofia, mas também no Pensamento Cristão. Da mesma forma como esse tema atravessou toda a história do pensamento, assim foi na Tradição Cristã, tendo sua principal sistematização com Santo Agostinho. A partir desse pressuposto, essa tese procura refletir sobre a influência que a noção de liberdade desenvolvida por Santo Agostinho, inspirou o pensamento de Martinho Lutero e João Calvino no mesmo tema, em confronto com a perspectiva Humanista-Renascentista erasmiana do século XVI. Para tanto, essa tese propõe um sistema de entendimento da liberdade agostiniana que foi, segundo a hipótese, seguido pelos Reformadores em suas abordagens, tornando-os distintos na forma como trataram esse conceito em seus escritos.Dissertação Liberdade, causalidade e natureza humana em Immanuel Kant(2019-02-01) Simões, Felipe Rodrigues; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; ; Araújo, Alexandre Medeiros de; ; Silva, Reginaldo Oliveira;A presente dissertação tem por objetivo percorrer três caminhos básicos na obra de Immanuel Kant (1724-1804): a) na Crítica da razão pura (1781/1787), investigar o problema da conciliação entre liberdade e natureza na terceira antinomia, buscando provar como, a partir de uma solução crítica enraizada no Idealismo Transcendental (sobretudo por meio da distinção fenômeno/coisa-em-si), pode o sistema da crítica admitir a possibilidade teórica do conceito de liberdade; b) na Fundamentação da metafísica dos costumes (1785), examinar em que medida esse mesmo conceito de liberdade é considerado de um ponto de vista prático, contribuindo, assim, para o estabelecimento de uma analítica da moralidade com base na razão; c) na Crítica da razão prática (1788), reconstruir os principais argumentos que avaliam a hipótese de uma razão prática pura, cuja lei, que orienta o agir, é reputada como um fato imediatamente reconhecido pela consciência moral. A dissertação também ensaia a relação entre uma filosofia moral pura (expressa nos termos da Fundamentação e da segunda Crítica) e aquilo que seria uma segunda parte da ética, denominada por Kant de antropologia prática (ou, simplesmente, filosofia moral aplicada), cuja tarefa seria, sobretudo, a de estudar as condições subjetivas (pertencentes à natureza humana, interpretada sensivelmente), contrárias ou favoráveis à execução das leis da razão prática. Desse modo, não seria o conceito de liberdade mera condição de possibilidade de uma determinação imediata (isto é, a priori) da vontade por meio da razão, mas, também, aquilo que permitiria a própria experiência moral, tomada em sentido concreto (esta, objeto da antropologia).Dissertação Os limites morais da guerra: um estudo sobre a teoria da guerra justa de Michael Walzer(2017-12-06) Silva, Wendell Williamy Cristye; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; ; Silva, Sérgio Eduardo Lima da; ; Capistrano, Pablo Moreno Paiva;Esta Dissertação se propõe a discutir as problemáticas morais subjacentes ao fenômeno da Guerra, a partir de uma análise da Teoria da Guerra Justa, na forma em que a mesma é delineada na obra de Michael Walzer. A Teoria da Guerra Justa trabalha assumindo como ponto de partida que há situações em que é moralmente justificável fazer uso da guerra e da violência que obrigatoriamente acompanha esta última. Ela se divide em duas partes. A justiça do guerrear (jus ad bellum) diz respeito aos motivos que justificariam o recurso à guerra, concentrando-se na discussão sobre agressão e autodefesa. Já a justiça no guerrear (jus in bello) se concentra na discussão sobre o cumprimento ou a violação das normas de combate, normas estabelecidas tanto pelo costume quanto por instrumentos legais. Uma vez que as duas partes componentes da realidade moral da Guerra se encontram separadas de forma lógica, torna-se possível que se façam julgamentos independentes entre si. Assim, segundo Walzer, é possível travar uma guerra que seja justa, ou seja, cumpra com os requisitos do jus ad bellum, mas de forma injusta, violando as normas que conformam o jus in bello. Da mesma forma, uma guerra que não seja justa pode ser travada em conformidade com as regras. Através deste estudo, procuraremos realizar uma discussão sobre a possibilidade de que a guerra possa ser analisada à luz da moralidade, bem como se é possível determinar as condições em que uma guerra pode ser dita justa ou injusta.Tese Michael Sandel e a ética do aprimoramento genético humano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-29) Silva, Adan John Gomes da; Nahra, Cinara Maria Leite; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; http://lattes.cnpq.br/4180646289120287; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Fernandes, Edrisi de Araújo; Vilaça, Murilo Mariano; Dias, Maria Clara MarquesO objetivo deste trabalho é analisar a crítica que o filósofo estadunidense Michael Sandel dirige às técnicas de aprimoramento genético humano, a fim de compará-la com a obra mais ampla do autor. Com base nisso, esperamos mostrar algumas nuances do aspecto mais social do argumento de Sandel, ignoradas por muitos de seus leitores, bem como apontar os limites de sua crítica, sugerindo tanto que ela assume algumas premissas que não são livres de contestação quanto que outras partes de seus escritos oferecem elementos que tornam a rejeição aos aprimoramentos genéticos por parte do autor menos radical do que pode parecer à primeira vista. Para tanto, iniciamos com uma brevíssima descrição do cenário tecnológico e filosófico em que se desenrola o debate em torno do aprimoramento genético humano (introdução), descrição que devemos estreitar e aprofundar no primeiro capítulo, ao lidarmos com o tema da eugenia liberal. Seguimos, no segundo capítulo, com uma breve avaliação da crítica dirigida contra esse movimento pelo filósofo alemão Jürgen Habermas. No terceiro capítulo, quando finalmente conhecermos a crítica de Michael Sandel ao aprimoramento genético humano, faremos uma incursão em suas ideias mais amplas sobre política, a fim de fornecer um pano de fundo capaz de emprestar mais força ao seu posicionamento bioético. No quarto capítulo delineamos nossa crítica a esse autor, a qual acreditamos ser capaz de enfraquecer a confiabilidade e suposta inevitabilidade do cenário que ele desenha para um futuro de pessoas aprimoradas. Por fim, em nosso quinto e último capítulo, descrevemos qual é em nossa opinião o principal risco dos aprimoramentos, contrastando-o com aqueles apontados por Sandel, riscos que, embora não inviabilizem a ideia mais geral de aprimoramentos genéticos, reclamam um cuidado especial quanto à sua distribuição.Tese A natureza da alma e o clinamen: ação e liberdade em Lucrécio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-09) Freire, Antonio Júlio Garcia; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/0013544940760128; Azar Filho, Celso Martins; ; http://lattes.cnpq.br/9921840384692043; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Bulhões, Fernanda Machado; ; http://lattes.cnpq.br/1213107957524166; Pinheiro, Marcus Reis; ; http://lattes.cnpq.br/2938199219647514A noção de liberdade e o seu pressuposto, a vontade livre ou libera voluntas em Lucrécio se apoia no conceito de clinamen (declinação), um movimento ocasional e fortuito dos átomos, inacessível à experiência. Trata-se de um movimento complexo dotado de espontaneidade, sem a necessidade de causas mecânicas. A ação de perceber (sensus) é a consciência de si, em função de qual esta vontade, iluminada por experiências anteriores (sensitivas, intelectuais ou afetivas) da alma, tira proveito da liberdade ou espontaneidade própria dos movimentos atômicos para dirigir ou não estes últimos a uma direção percebida e escolhida. Por outro lado, atribuir à declinação um papel predominate para os atos da vontade encerra outros problemas. Sempre existe a escolha sobre uma dada ação e, portanto, mesmo que o indivíduo se encontre frente a uma necessidade do agir, é possível escolher não prosseguir e concluir a ação. Desse modo, a vontade encontra-se associada às afecções que são originadas, em última análise, das imagens que se formam de maneira aleatória no espaço e impressionam a alma: os simulacros do desejo e do prazer. A declinação investe-se de importância na presente pesquisa, a fim de enfatizar as relações entre a liberdade e a cinética dos elementos. Isto posto, a abordagem desenvolvida neste trabalho teve como objetivos principais investigar a filosofia da natureza do mundo e da alma em Lucrécio, seus constituintes e movimento, além de demonstrar como a noção do clinamen se articula com as imagens, o desejo e o prazer, propondo uma interpretação possível para a declinação como fundamento indeterminado e ético da liberdadeDissertação Nietzsche e os valores modernos: um estudo sobre o adoecimento moral do homem(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-30) Santos, Diego Vinicius Brito dos; Fernandes, Edrisi de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4347574894656811; Campos Júnior, Lindoaldo Vieira; Capistrano, Pablo Moreno PaivaA presente pesquisa evidencia o diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o homem moderno. Até o século XIX, poucos pensadores ousaram entender o mal-estar moderno que se tornou fenomênico no curso de nossa história. Nietzsche é um dos primeiros pensadores a suspeitar dos rebentos da modernidade, por isso ousou diagnosticar, compreender e até mesmo propor resistência e tratamento aos males de ordem psicológica e fisiológica que o Estado, a filosofia ocidental, a moralidade, o cristianismo e as promessas modernas impuseram de forma coercitiva à vida e ao modo de viver do homem. À luz do pensamento nietzschiano, somos levados à compreensão de que o contexto gregário adoentou o ser humano, dado que tal contexto impetrou um nocivo melhoramento para atalhar a manifestação de impulsos animalescos do homem dentro da esfera social. Quando os homens foram impelidos a não mais expressar seus impulsos em um contexto de rebanho, tais impulsos retroagiram ao interior do homem e, nesse interior, esses impulsos começaram a corroer o próprio homem de dentro para fora. Os sintomas que dessa interiorização nasceram são: ressentimento, sofrimento, fraqueza, impotência, fadiga, irritabilidade e outros. Dentre esses sintomas, empenhamos-nos em mostrar como, principalmente, o ressentimento banalizou-se ou tornou-se comum em nossas sociedades modernas. Porém, para chegarmos a esta constatação, examinaremos primeiro os três fatores que propiciaram a interiorização do homem, a saber: memória, castigo e medo. Ao analisar esses três fatores, traremos luz ao diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o estado enfermo ou niilista do homem, além de propor um tratamento viável a tal estado.Tese A noção de par'hemâs na filosofia de Epicuro: o que pode um homem(2019-10-11) Barbosa, Renato dos Santos; Silva, Markus Figueira da; ; ; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; Freire, Antonio Júlio Garcia; ; Bezerra, Cícero Cunha; ; Olimar;Para Epicuro de Samos, παρ' ἡμᾶς (nosso poder) designa o poder humano de conhecer, deliberar e agir livremente. A noção de παρ' ἡμᾶς distingue fundamentalmente o atomismo epicurista do atomismo pré-socrático, sendo fator indispensável para a construção da filosofia de Epicuro. Esta tese é produto da interpretação da filosofia epicurista a partir da análise dos textos gregos de Epicuro, discípulos, doxógrafos e pesquisa bibliográfica. O objetivo deste trabalho é apresentar uma interpretação do epicurismo a partir da noção de παρ' ἡμᾶς enquanto componente de suas bases, delimitando seu sentido, aspectos e o uso que dela faz Epicuro na estruturação de seu pensamento. Dividida em três capítulos, a tese começa por destacar os sentidos, aspectos e relevância da noção de παρ' ἡμᾶς no epicurismo. O segundo capítulo trata da função primordial que παρ' ἡμᾶς assume na reformulação do atomismo pré-socrático e de como essa noção articula as partes da filosofia de Epicuro em um conjunto coerente. Por fim, enfatiza-se o papel das noções de limite, ilimitado e variação para a compreensão das distinções enunciadas por Epicuro entre acaso, necessidade e παρ' ἡμᾶς. Conclui-se que as considerações epicuristas sobre o poder cognitivo, deliberativo e causal do homem integram o fundamento da crítica dos epicuristas aos primeiros atomistas e são o ponto de partida e fator articulador das partes da filosofia de Epicuro.Tese A ontologia da cor na fenomenologia estética bachelardiana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-16) Queiroz, Noemi Favassa Alves; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/8338277374253813; Bezerra, Cícero Cunha; ; http://lattes.cnpq.br/6374968779536950; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Azar Filho, Celso Martins; ; http://lattes.cnpq.br/9921840384692043; Feron, Olivier Martin Louis Albert RenéA filosofia de Gaston Bachelard se fundamenta numa tensão ontológica, abrangendo tanto a ciência como a poética, e nesta pesquisa, se desenvolve pelo entendimento da possibilidade de se pensar uma ontologia da cor, termo bachelardiano citado em O Direi to de Sonhar. Seguimos, então, mediante o diálogo ent re a ciência e poesia estabelecendo parâmetros para elucidar, de um lado, a cor conceitual da ciência que não só matiza os objetos através da experiência químicofísica, bem como, estabelece na relação entre o observador e o objeto uma compreensão sobre a existência da cor invisível, esta, que habita a imaginação criadora e surge como um t ipo de ontologia da cor. Neste sent ido, a cor é uma imagem que surge na consciência do homem, como um produto direto da alma em sua própria atualidade. Assim, a cor seria na imaginação criadora uma imagem autógena dest ituída de substancialidadeDissertação As origens históricas do Zaratustra nietzcheano: o espelho de Zaratustra, a correção do mais fatal dos erros e a superação da morte de Deus(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-09-29) Fernandes, Edrisi de Araújo; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Nascimento, Miguel Antônio do; ; http://lattes.cnpq.br/0321996317822568; Macedo, Monalisa Carrilho de; ; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263A partir de um atento exame das relações do Zoroastrismo com a tradição ocidental, bem como a partir de uma detalhada e crítica leitura da obra nietzscheana, este trabalho pretende mostrar o que o personagem Zaratustra , seus discursos e pensamentos poético-filosóficos e passagens correlatas de diversas obras de Nietzsche, espelham enquanto representações de uma filosofia que colhe, direta ou indiretamente, contribuições da tradição zoroastriana ou das suas derivações (na tradição judaico-greco-cristã, e ademais em toda a tradição filosófica ocidental). Municiada com essas contribuições, e com a interpretação que delas se faz, a filosofia nietzscheana questiona toda a tradição de pensamento do Ocidente, propondo a sua substituição por uma nova atitude diante da vida. Esse trabalho pretende mostrar também de que maneira a constituição do Zaratustra nietzscheano ganhou corpo, nos escritos do filósofo alemão, junto com a idéia de fazer, de um personagem homônimo do antigo profeta iraniano (Zaratustra ou Zoroastro, o fundador do Zoroastrismo), o arauto daquele importante texto que pretendeu levar a língua alemã à [sua] máxima perfeição , enfeixando e levando a um clímax profético-poético condizente com o sentido da Terra as idéias-chave de Nietzsche sobre a correção do mais fatal dos erros e sobre a morte de Deus . Procedeu-se a uma minuciosa investigação de razões e modos de a constituição do Zaratustra nietzscheano ter se espelhado no seu homônimo iraniano (seções 1.1 a 1.6), e um levantamento da obra nietzscheana sugeriu inquestionáveis relações com a tradição zoroastriana, no mais das vezes através das repercussões desta. Essas relações foram contextualizadas, em diversas instâncias (seções 2.1 a 2.3.2), no âmbito do mais fatal dos erros , a criação da moral na ocasião mesma de sua transposição para o plano metafísico (Ecce Homo, Por que sou um destino , 3). Mediante uma avaliação das possíveis circunstâncias e repercussões da morte de Deus , as relações da obra nietzscheana com a tradição zoroastriana foram investigadas (seções 3.1 a 3.7), permitindo a compreensão desse acontecimento como componente essencial e trágico desenlace da correção do mais fatal dos errosDissertação Portas da percepção: uma leitura filosófica da poesia romântica de William Blake(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-26) Lima, Manoela Ferreira; Fernandes, Edrisi de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; http://lattes.cnpq.br/3168832304036799; Araújo, Rosanne Bezerra de; https://orcid.org/0000-0003-4308-3881; http://lattes.cnpq.br/7328556088478313; Silva, Iracema Maria de Macedo Gonçalves daA presente dissertação versa sobre um dos problemas centrais da filosofia – desde sua origem até a contemporaneidade: sua relação com o mito e com a poesia. Com o intuito de compreender a ligação entre mito, poesia e filosofia (que muitos veem como opostas), mostraremos, através da visão romântica, que são indissociáveis. Sendo assim, apresentaremos um panorama do espírito romântico, assim como analisaremos o fundamento filosófico da poesia de um dos precursores do movimento, William Blake, mediante a leitura de alguns de seus poemas, entre eles, os que estão contidos em sua obra O casamento do Céu e do Inferno (2009a), abrindo um diálogo entre poesia e filosofia a partir dos conceitos de verdade, imaginação e razão. Também mostraremos a união inseparável entre poesia e conhecimento. Para isso, lançaremos mão do pensamento filosófico e poético moderno, mais precisamente na época em que esteve situado o poeta, período que nos proporciona uma melhor compreensão de sua crítica ao racionalismo exacerbado e suas consequências.Dissertação A relação entre as noções de eleuthería e autárkeia na filosofia de Epicuro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-16) Barbosa, Renato dos Santos; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/6984020101964921; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Bocayuva, Izabela Aquino; ; http://lattes.cnpq.br/1912942814740549Da relação entre autárkeia (autarquia) e eleuthería (liberdade) emerge o sentido de liberdade na filosofia de Epicuro (341-270 a.C.). Essas noções foram textualmente relacionadas nas Sentenças Vaticanas. Esta perspectiva é privilegiada por pôr às claras a diferença entre o sentido geral de liberdade e seu sentido específico. Este último se identifica com a noção grega de eleuthería. O sentido geral de liberdade abrange a physiología (investigação da natureza) e ética epicuristas. O exame da física epicurista revela um espaço natural para as ações livres: o espaço para construção humana (par hemás). É nesse espaço fora do domínio da anánke (necessidade) que os homens exercem seu poder de livre escolha e podem ser ditos causa de suas ações ou serem caracterizados como autárquicos. O exercício da autárkeia condiciona a eleuthería (liberdade). Para ser autárquico é preciso conhecer a si mesmo e conhecer a phýsis (natureza). De posse do saber da natureza, o sábio se sabe livre para agir segundo sua vontade, sem intervenção de deuses nem do destino. No serviço da filosofia, o sábio encontra a eleuthería, a liberdade em seu sentido específico, a verdadeira liberdade, que se caracteriza por um agir positivo , na dependência apenas de si mesmo. Esse é o itinerário percorrido pelo pensamento de Epicuro em direção a solução do problema que contrapõe necessidade e liberdade: ou há anánke (necessidade) e não somos livres ou somos livres e não há anánke. À primeira alternativa se segue o despropósito da filosofia: não haveria razão para transmitir conhecimentos, pois tanto quem erra quanto quem acerta, erra e acerta segundo a necessidade; à segunda alternativa se segue a ausência de encadeamentos causais, em última instância, impossibilitando a atribuição de causa a quem quer que seja. Assim, Epicuro preserva as noções de necessidade e de liberdade, apenas alocando-as em suas devidas esferas de atuação. A ideia geral de liberdade no epicurismo excede aquela de eleuthería e só pode ser compreendida na conjunção entre autárkeia e eleutheríaTese As relações humanas em Epicuro e a ética do jardim(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-20) Bezerra, José Eudo; Silva, Markus Figueira da; https://orcid.org/0000-0003-3036-6575; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; http://lattes.cnpq.br/6615850000877434; Fernandes, Edrisi de Araújo; Freire, Antonio Júlio Garcia; Rocha, Everton da Silva; Nascimento, Rodrigo Vidal doA presente pesquisa tem como propósito explicitar a tríade conceitual autarcia (autárkeia), liberdade (eleuthería) e amizade (philía) que, quando articuladas, torna possível uma interpretação ética do pensamento de Epicuro sobre as relações humanas nas comunidades moleculares. O caminho a ser investigado inicia-se com uma introdução geral sobre a ética de Epicuro, os alcances e as possibilidades dessa ética, estabelecendo relações entre as fontes textuais primárias, a saber, Carta a Heródoto, Carta a Pítocles e Carta a Meneceu, além das Máximas Principais, as Sentenças Vaticanas e, por fim, os fragmentos do Peri Phýseos (Sobre a Natureza) de Epicuro. Num segundo momento, apresentar as noções que aparecem nos textos remanescentes de Epicuro como sendo noções basilares para definir o conceito de relações humanas. A tessitura desses conceitos servirá para demonstrar que tipo de relações humanas podem ser aferidas nessas comunidades moleculares e em que diferem das relações humanas desgastadas da pólis decadente. O terceiro momento consiste em mostrar como são possíveis as relações humanas no interior da comunidade filosófica de Epicuro, através da definição do que eram as comunidades moleculares - as comunidades filosóficas de Epicuro -, bem mostrar como, no interior dessas comunidades, tais relações humanas se tornam viáveis e possíveis. A partir dessa teia conceitual das relações humanas buscaremos trilhar um novo caminho para a compreensão do modo de vida na comunidade do Jardim (Képos).