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TCC Análise bioquímica quântica da mutação HIS275TIR na neuraminidase do H1N1 resistente ao oseltamivir(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-11-27) Souza, Mylene Radmila de Oliveira; Fernandes, José Veríssimo; Bezerra, Katyanna SalesA cepa do vírus influenza A (H1N1) foi reconhecida no início do ano de 2009, como causa da última pandemia de gripe que teve início no México e se disseminou pelo mundo. A gripe comum é uma doença respiratória aguda autolimitada que se transmite através do contato interpessoal e sua sintomatologia são caracterizadas por dores musculares, cefaleia, tosse, febre, inflamação na garganta e congestão nasal. Contudo, as cepas pandêmicas do vírus Influenza A podem causar quadros clínicos mais graves resultando em bronquiolite e pneumonia que requerem tratamento específico. O mecanismo de infecção do vírus Influenza se dá por meio das duas glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina e a neuraminidase. A hemaglutinina liga-se aos receptores do ácido siálico, do glicocálice das células induzindo a fusão entre o envelope viral e a membrana da célula. Já a neuraminidase age clivando o ácido siálico presentes nos receptores celulares, promovendo a dissociação das partículas virais das membranas das células que os produziram. Esse mecanismo impede que os vírus permaneçam agregados às membranas das células, o que impediria a infecção de novas células. Por esse motivo, a neuraminidase se tornou um importante alvo para fármacos antivirais. Atualmente, o oseltamivir é o agente de escolha para o tratamento e profilaxia da gripe por apresentar vantagens em relação aos outros fármacos, em virtude de sua ação mais seletiva. No entanto, já foram descritos casos de resistência a essa droga, o que se tornou motivo de preocupação para os profissionais de saúde. Tal resistência é acarretada por mutações no vírus que implicam em substituições de aminoácidos que se localizam no sítio ativo da neuraminidase, provocando alterações conformacionais que impedem a acomodação do fármaco neste local. A substituição da histidina por uma tirosina (HIS275TIR) é a mais encontrada. A partir da obtenção da estrutura cristalográfica da proteína escolhida (3CL0), foi calculada a energia de interação da neuraminidase contendo a mutação (HIS275TIR) com o oseltamivir, através de técnicas computacionais de modelagem molecular, com base na abordagem da Teoria Funcional da Densidade (DFT) associada ao Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados obtidos permitem inferir que os aminoácidos com as energias de interações atrativas mais relevantes entre a proteína e seu ligante são Arg152, Arg118, Arg292, Arg368, Glu228, Glu119 e Asp151, confirmando a importância do sítio ativo da neuraminidase, visto que nele estão situados os resíduos de aminoácidos que mais contribuem para o aumento da afinidade pelo oseltamivir. Com base nesse conhecimento, é possível realizar um aprimoramento no design dos fármacos para que estes possam ser mais eficientes no tratamento da gripeTCC Uma análise de sobrevida e de tendência da incidência do câncer de colo do útero, em pacientes atendidas pela Liga Norteriograndense Contra o Câncer, no período de 2007 a 2013(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-06-19) Medeiros, Diego da Costa; Moreira, Jeanete Alves; Paulo Roberto Medeiros de Azevedo; Fernandes, José VeríssimoIntrodução: O câncer do colo do útero é uma doença que acomete mulheres no mundo inteiro, com taxas de incidência e mortalidade variando de acordo com o grau de desenvolvimento da região. Objetivo: Descrever as taxas de incidência, bruta e padronizada pela idade, analisar suas tendências, bem como estimar curvas de sobrevida e ajustar o modelo de Cox para avaliar a razão de risco (RR) de covariáveis, dos casos de câncer de colo de útero atendidos pela Liga Norteriograndense Contra o Câncer, no período de 2007 a 2013. Métodos: Os cálculos dos coeficientes de incidência padronizados foram realizados pelo método direto, utilizando como padrão a população mundial de Segi de 1960. Na análise de tendência das séries dos coeficientes de incidência ajustou-se o modelo de regressão linear simples. As curvas de sobrevida foram estimadas através do estimador de Kaplan-Meyer e o teste logrank foi utilizado na avaliação de possíveis diferenças entre essas curvas. O modelo de Cox é ajustado para estimar a razão de risco nos casos univariado e múltiplo. Resultados: O coeficiente de incidência padronizado pela idade obtido foi de 13,26 por 100 mil mulheres. A série dos coeficientes de incidência não padronizados, para mulheres com idade abaixo de 40 anos, foi classificada como tendo tendência de crescimento, enquanto que, para as mulheres com 60 anos ou mais, essa série foi classificada como decrescente. As demais séries do estudo foram classificadas como estacionárias. A probabilidade acumulada de sobrevida após cinco anos, estimada para todas as mulheres do estudo foi de 76,6%, com o tempo mediano estimado de sobrevida de 17,1 meses. Conclusão: Neste estudo o câncer de colo do útero apresentou coeficiente de incidência com tendência crescente na faixa etária de até 39 anos, estável naquelas com idade entre 40 e 59 anos e decrescente após os 60 anos, no período estudado. As covariáveis faixa etária e escolaridade foram identificadas como fatores de prognóstico independentes.TCC Análise filogenética da variante Delta do SARS-CoV-2 circulante no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-11) Dantas, Maria Eduarda Pessoa Lopes; Araújo, Josélio Maria Galvão de; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; http://lattes.cnpq.br/5063854019886230; Fernandes, José Veríssimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Alves, Jayra Juliana Paiva; http://lattes.cnpq.br/6600683482163195O coronavírus 2 associado a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) é classificado no gênero Betacoronavirus e subgênero Sarbecovírus. Esse vírus é o agente etiológico causador da doença COVID-19, a qual consiste em uma infecção respiratória potencialmente grave, que surgiu no final de 2019, se estabeleceu como pandemia no início de 2020 e permanece até os dias de hoje. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a variante Delta do SARS-CoV-2, detectada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020, se espalhou por muitos países rapidamente e foi o principal fator causador da terceira onda da pandemia do vírus em julho de 2021. O objetivo desse trabalho foi realizar a análise filogenética e filogeográfica da variante delta do SARS-CoV-2 no Rio Grande do Norte, a fim de conhecer sua filodinâmica. Para isso, amostras de secreção nasal provenientes de pacientes suspeitos da infecção por SARS-CoV-2, das diversas regiões do Rio Grande do Norte, passaram pelo processo de extração do RNA viral e foram submetidas à transcrição reversa seguida da amplificação pela Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte. Em seguida, as amostras positivas foram enviadas para o Instituto Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro), para a caracterização molecular através do sequenciamento genético e depositadas na plataforma Global Initiative on Sharing Avian Influenza Data (GISAID), onde foram coletados os dados para a análise filogenética e filogeográfica. Essa análise indicou que a variante delta teve várias introduções no Brasil em momentos e locais diferentes em agosto de 2021, no Amazonas e no Amapá. Nesse mesmo período ela foi detectada no Rio Grande do Norte, nos municípios de Parnamirim, Equador, Extremoz, Canguaretama, Macaíba, Parazinho, Natal, Touros e Cerro Corá. Há uma hipótese de que essa variante do vírus foi introduzida em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde teve início a transmissão comunitária e de lá se disseminou pelo país. Esse estudo demonstrou que essa variante se propagou rapidamente por todas as regiões do Brasil, assim como ocorreu em outros países. Isso mostra que o comportamento epidemiológico do vírus é o mesmo em escala global, daí a importância da vigilância molecular e análise da evolução de forma contínua.TCC Análise filogenética da variante Gamma (p.1) do SARS-COV-2 circulante no estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-26) Pereira, Raíssa Liane do Nascimento; Araújo, Josélio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0003-3548-2786; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; 0000-0003-3855-1804; http://lattes.cnpq.br/7837001127983233; Fernandes, José Veríssimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Pereira, Hannaly Wana Bezerra; http://lattes.cnpq.br/9467575109890738Uma das maiores crises sanitárias foi devido ao novo coronavírus provocou, à princípio, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) no início de 2020 e em seguida foi declarado pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Os primeiros casos foram notificados no final de 2019 na Província de Wuhan, na China. Desde então foram iniciadas investigações epidemiológicas com os pacientes. Logo em seguida, o vírus alcançou países da Europa até atingir os outros continentes. O presente estudo tem como objetivo avaliar a análise filogenética e a filogeografia da variante gama do SARS-cov-2 no estado do Rio Grande do Norte. A análise filogenética dos genomas do SARS-CoV-2 foi utilizada para o estudo da história evolutiva do vírus e ajuda a inferir sua provável origem no Brasil e no Estado do Rio Grande do Norte. Dessa maneira, as amostras de secreção nasal provenientes de pacientes suspeitos da infecção por SARS-CoV-2 de diferentes regiões do Rio Grande do Norte foram submetidas ao processo de extração do RNA viral e à RT-PCR em tempo real no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN/RN). Posteriormente, aquelas que tiveram resultado positivo foram enviadas para o Instituto Oswaldo Cruz (RJ) para a caracterização molecular por meio do sequenciamento genético e depositadas na plataforma Global Initiative on Sharing Avian Influenza Data (GISAID). A partir dessa análise é sugestivo que a variante gama teve sua origem em março de 2021 em Manaus no estado do Amazonas e se distribuiu pelos estados e países adjacentes. A análise também indicou que no Rio Grande do Norte a introdução inicial ocorreu a partir de amostras de São Paulo, mas em seguida também houveram introduções com ancestralidade de Pernambuco e Amazonas, dessa maneira se propagou rapidamente por todo o estado. A deficiência de conhecimentos científicos sobre o vírus foi o maior desafio para combatê-lo, no entanto com a tecnologia do sequenciamento foi possível descobrir informações essenciais que contribuíram para a produção de vacinas e entender sua dinâmica, favorecendo a diminuição de casos, além de fornecer o acompanhamento da disseminação quase que em tempo real em escala global.Dissertação Análise molecular dos éxons 8 a 11 do gene da p53 em amostras de câncer de colo de útero no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-02-23) Barbosa, Rodrigo Niskier Ferreira; Meissner, Rosely de Vasconcellos; ; http://lattes.cnpq.br/7518973237001429; ; http://lattes.cnpq.br/7870682050323416; Rabenhorst, Silvia Helena Baren; ; http://lattes.cnpq.br/3868264006150535; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Blaha, Carlos Alfredo Galindo; ; http://lattes.cnpq.br/2307806644081146As mutações no TP53 são frequentes nos cânceres humanos, mas não no câncer do colo do útero onde são raramente detectadas e a inativação e degradação da p53 é atribuída à ação do oncogene viral E6 dos papilomavírus humanos (HPVs) de alto risco. A partir da análise de linhagens celulares de carcinoma cervical foi sugerido que carcinomas cervicais HPV negativos apresentavam mutações no TP53, mas a análise de amostras clínicas não confirmou esta hipótese. Entretanto, na maioria dos estudos de mutações do TP53 no câncer de colo do útero foram analisados principalmente os éxons 5 a 8, região onde estão localizadas cerca de 90% das mutações descritas neste gene. Estudos recentes em diferentes tipos de câncer sugerem que a freqüência de mutações nos demais éxons do TP53 não é desprezível. O objetivo deste trabalho foi verificar se ocorrem mutações em regiões codificantes e não codificantes do TP53 humano em amostras de tecido de câncer de colo do útero de pacientes no Rio Grande do Norte utilizando eletroforese em gel com gradiente de desnaturação (DGGE) como técnica de triagem. Foram analisados os exons 8 a 11, incluindo alguns introns, de 80 amostras de tumor e 8 amostras de sangue periférico de mulheres saudáveis. O DNA obtido das amostras foi amplificado por PCR usando iniciadores com grampo GC na extremidade de um deles. Os resultados para cada região foram visualizados após DGGE e coloração por nitrato de prata. Não foram observadas bandas amplificadas com padrão de migração diferente das obtidas de DNA de sangue periférico. Estes resultados estão de acordo com os descritos na literatura onde mutações no TP53 no câncer do colo do útero têm sido descritas com freqüência muito baixaTCC Aspectos clínicos e epidemiológicos da dengue no Rio Grande do Norte no ano de 2022(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-08) Oliveira, Edson Vinicius Feitosa de; Araújo, Josélio Maria Galvão de; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; Fernandes, José Veríssimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Dantas, Maria Eduarda Pessoa Lopes; http://lattes.cnpq.br/5063854019886230O vírus da dengue (DENV) é transmitido aos humanos pelos mosquitos do gênero Aedes, principalmente Aedes aegypti e Aedes albopictus. Existem quatro sorotipos distintos do DENV: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Este estudo analisou os casos de DENV no Rio Grande do Norte em 2022. Entre os 42.552 casos com sinais e sintomas sugestivos de infecção por arbovírus, 12.664 foram confirmados como dengue, resultando em uma incidência de 1194,98 por 100 mil habitantes, com 21 óbitos. O método de confirmação mais utilizado foi o critério clínico-epidemiológico (8.896 casos), seguido pela PCR (839 casos) e sorologia (2.929 casos). As mulheres representaram a maioria dos casos suspeitos notificados, com 23.974, enquanto os homens totalizaram 18.487. A faixa etária mais afetada foi a de 20 a 34 anos (11.815 casos), seguida pela de 35 a 49 anos (8.966 casos). Entre os sorotipos identificados, DENV-2 foi predominante com 78,3% (392 casos), seguido por DENV-1 com 21,6% (108 casos) e DENV-3 com 0,1% (1 caso), indicando a co-circulação de múltiplos sorotipos. Os sintomas mais comuns foram febre (91,4%), mialgia (73,5%), cefaleia (76,4%), exantema (28,2%), vômito e náusea (22%) e dor retro-orbital (24%). Sinais de alarme, como sangramento de mucosa (162 casos), queda abrupta de plaquetas (356 casos) e letargia (45 casos), foram observados. Casos graves incluíram convulsões (4 casos), hematêmese (21 casos), melena (7 casos), sangramento no SNC (2 casos) e alteração da consciência (16 casos). Picos de encefalite foram notificados, mas descartados como infecção por dengue e outros arbovírus, como Zika e Chikungunya, nos exames laboratoriais. Isso aumenta a suspeita da circulação de outros arbovírus de importância clínica como Oropouche e Mayaro. Em conclusão, esses dados revelam uma situação crítica dos casos de dengue no Rio Grande do Norte em 2022.TCC Aspectos gerais da infecção pelo vírus Zika: uma revisão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-05) Silva, Ana Beatriz Ramalho da; Fernandes, José Veríssimo; Souza, Cássio Ricardo de MedeirosO vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus pertencente à família Flaviviridae, sendo transmitido por mosquitos do gênero Aedes, especialmente pela espécie Aedes aegypti. Sua descoberta se deu em 1947 na floresta Zika, em Uganda. Desde então, casos esporádicos foram relatados e confinados às regiões da África e da Ásia até que, no início século XXI o vírus emergiu em diferentes lugares do globo, causando três grandes surtos consecutivos na Ilha de Yap (2007), na Polinésia Francesa (2013) e no Brasil (2015), de onde se espalhou para outros países do continente americano. Além da transmissão vetorial, pode haver a transmissão vertical, por contato sexual ou transfusão de sangue. O ZIKV é um vírus de RNA que codifica uma poliproteína precursora, a qual é posteriormente processada em três proteínas estruturais: proteína do capsídeo (C), proteína precursora de membrana (prM), proteína do envelope (E) e 7 proteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5). Sobre a resposta imune ao ZIKV, estudos apontam que o vírus promove a ativação de receptores intracelulares da imunidade inata tais como o TLR3, RIG-1 e MDA-5, resultando na produção de interferon do tipo I (IFN-I) e citocinas pró-inflamatórias. Além disso, o vírus não induz uma forte estimulação de células dendríticas e acionam as células NK mais pela produção de citocinas do que por sua ação citotóxica. Sobre a resposta imune adaptativa, o ZIKV estimula uma forte resposta humoral, com produção de anticorpos neutralizantes, e promove a ativação tanto dos linfócitos TCD4+, os quais induzem uma produção múltipla de citocinas, como dos linfócitos TCD8+ que apresentam elevada proporção de células de memória. É provável que infecções sequenciais pelo ZIKV e outros flavivírus possam resultar no fenômeno ADE em decorrência da reatividade cruzada, entretanto tal mecanismo nessa virose não está totalmente esclarecido. Quanto à clínica, a infecção pelo ZIKV é frequentemente assintomática, mas os casos sintomáticos são de natureza autolimitada e caracterizados pelo aparecimento de exantema maculopapular, hiperemia conjuntival, mialgia, atralgia e febre branda. Entretanto, complicações envolvendo o sistema nervoso, como a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e a microcefalia em recém-nascidos, tem sido associadas à infecção pelo ZIKVDissertação Atividade antibacteriana e antibiofilme da Lippia grata frente a isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa(2019-06-27) Macêdo, Camila Avelino de; Andrade, Vânia Sousa; Fernandes, José Veríssimo; ; ; ; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; Vasconcelos, Mayron Alves de;Na busca por novas possibilidades de controle dos biofilmes bacterianos, estudos com métodos alternativos utilizando plantas têm crescido bastante nos últimos anos, tornando-se um campo de pesquisa relevante. Assim, os antimicrobianos de origem natural se apresentam como uma alternativa eficaz e econômica e sua atividade antimicrobiana já foi comprovada em vários estudos realizados em países que possuem uma flora diversificada, como o Brasil. Motivado pela busca de novas estratégias terapêuticas e considerando a crescente resistência bacteriana, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme do extrato hodroalcóolico e óleo essencial da Lippia grata frente a isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa. Para isso foram utilizados 44 isolados de P. aeruginosa provenientes de diversos tipos de amostras clínicas. O oleo essencial foi extraído por processo de hidrodestilação e caracterizado através de cromatografia gasosa associada a espectofotometria de massas.O perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foi avaliado através da técnica de Kirby-Bauer e os pontos de corte foram estabelecidos de acordo com as diretrizes do Clinical & Laboratory Standards Institute (CLSI). A atividade antibacteriana do extrato e do óleo essencial foi avaliada pela técnica da microdiluição em caldo, na qual as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) foram determinadas utilizando cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (CTT) como revelador de metabolismo bacteriano e as concentrações bactericidas mínimas (CBMs) por meio da análise do crescimento do conteúdo dos poços em ágar Mueller-Hinton. A quantificação da biomassa do biofilme foi realizada utilizando o cristal violeta e com base na densidade óptica produzida pelos biofilmes, as estirpes foram classificadas em não produtoras, fracas produtoras, moderadas produtoras e fortes produtoras. A atividade antibiofilme do extrato vegetal da Lippia grata foi avaliada nos 25 isolados de Pseudomonas aeruginosa que apresentaram forte ou moderada produção de biofilme. A caracterização química do óleo essencial de L. grata identificou quatro componentes principais: carvacrol (51,4%) como constituinte majoritário, timol (15,6%), ρ-cimeno (12,2%) e γ-terpineno (7,4%). Entre os antimicrobianos testados, o aztreonam foi o que apresentou maior percentual de resistência (47,85), seguido por imipenem e levofloxacino, ambos com 41,0%, meropenem (36,4%), piperacilina/tazobactama (35,0%), ceftazidima (34,1%), ciprofloxacino (31,9%) cefepime (29,6%) e gentamicina (20,5%). O extrato vegetal da L. grata apresentou atividade antimicrobiana em 100% dos isolados testados na concentração de 50 mg/mL (CIM90 e CBM90). A concentração de 25 mg/mL (CIM50) apresentou atividade inibitória em 56,8% dos isolados e atividade bactericida em 43,1% dos isolados. O óleo essencial da L. grata apresentou atividade antimicrobiana em 100% dos isolados testados a partir da concentração de 6,25 mg/mL (CIM90). As concentrações de 3,12 mg/mL (CIM50) e 1,56 mg/mL apresentaram atividade inibitória em 70,4% e 27,2% dos isolados, respectivamente. Nenhuma das concentrações testadas para o óleo essencial apresentou atividade bactericida sobre os isolados testados. Com relação a produção de biofilme, 18 isolados (40,9%) foram classificados como fracos produtores de biofilme, 18 (40,9%) como moderados produtores, 7 (15,9%) como fortes produtores e apenas 1 (2,2%) não produziu biofilme. Os 25 isolados com moderada ou forte produção de biofilme tratados com o extrato vegetal da L. grata apresentaram inibição na formação no biofilme em formação e consolidado. Conclui-se que os produtos vegetais da L. grata apresentaram atividade antimicrobiana e antibiofilme, configurando-se como uma alternativa promissora para combater microorganismos patogênicos, particularmente Pseudomonas aeruginosa.Dissertação Atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato de Agelas dispar frente espécies de Candida(2020-02-11) Vital Júnior, Antonio Carlos; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Stoianoff, Maria Aparecida Resende;Os biofilmes microbianos constituem-se especialmente de uma barreira estrutural que dificulta a terapêutica antimicrobiana, possuindo um papel relevante nas enfermidades humanas. Para as leveduras do gênero Candida, os biofilmes caracterizam-se como um arranjo tridimensional complexo, constituídos por diferentes formas celulares incorporadas a uma matriz de substância polimérica extracelular. Nas últimas décadas se tornou crescente a busca por compostos naturais para o tratamento de infecções microbianas com o intuito de obter novas alternativas frente aos mecanismos de resistência aos antimicrobianos, incluindo aqueles induzidos por biofilmes. A esponja marinha, Agelas dispar (Família Agelasidae) vem sendo mencionada como uma fonte bioativa, em virtude dos seus metabólitos secundários, os derivados alcaloides, que apresentam atividade farmacológica significativa. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar sobre cepas de leveduras do gênero Candida produtoras de biofilme. A atividade biológica de Ag2 foi averiguada em 13 espécies de Candida, avaliando a Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo e pelo método da Concentração Fungicida Mínima (CFM). A quantificação da formação do biofilme e atividade antibiofilme do extrato foi realizada com o cristal violeta e mensurada as densidades ópticas obtidas. Foi encontrada atividade antifúngica para 13 cepas, com CIM variando entre 2,5 mg/mL e 0,1562 mg/mL e CFM apresentou valores oscilando de 5,0 mg/mL a 0,3125 mg/mL frente espécies de Candida. Os resultados da formação do biofilme indicaram que todos as estirpes foram produtoras de biofilme, sendo 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. Sendo, 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. As espécies C. krusei, C. glabrata e C. parapsilosis foram utilizadas no teste da atividade antibiofilme (em formação e maduro), resultando em inibição da viabilidade celular (IC50%) variando entre 49,6% a 57,6%, 70,5% a 76,3% (biofilme em formação) e 42,8% a 67,2%, 63,3% a 78,8% (biofilme maduro) quando as referidas cepas foram pós-tratadas, respectivamente, com as concentrações de 1,25 mg/mL e 2,5 mg/mL da fração Ag2. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), permitiu a visualização da atividade antibiofilme, diminuição quantitativa da comunidade microbiana, alteração estrutural e destruição a nível celular tanto no biofilme em formação quanto no maduro. Concluiu-se que a fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar apresentou atividade antifúngica e natureza do tipo fungicida, reduzindo a carga microbiana, além de mostrar eficiência em induzir modificações na morfologia estrutural das leveduras envolvidas no biofilme, conforme observados no MEV. Os resultados sugerem que, a Ag2 atua a nível de membrana plasmática e/ou parede celular das leveduras e pode ser uma estratégia terapêutica antifúngica e antibiofilme promissora frente as diferentes espécies de Candida.Dissertação Atividade antiproliferativa e citotóxica do óleo essencial e extrato hidroalcóolico provenientes da Lippia grata SCHAUER(2019-03-08) Costa, Sara Ester de Lima; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Albuquerque, Cynthia Cavalcanti de;A Caatinga um bioma rico com uma flora bem adaptada ao seu clima predominante, o semi-árido, onde algumas dessas plantas possuem propriedades medicinais, destacando-se entre elas a Lippia grata (antiga Lippia gracilis), conhecida como alecrim-da-chapada. Essa espécie da família Verbenaceae é usualmente utilizada para tratamento de afecções de garganta e estômago, através chás e infusões. O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade e atividade anti-proliferativa decorrente do uso do óleo essencial e extrato hidroalcóolico da L. grata em linhagem celular de adenocarcinoma gástrico (AGS) in celula. Para isso, foi avaliada a viabilidade celular por meio da redução do brometo 3-(4,5-Dimetiltiazol-2-il)-2,5- difeniltretazólico (MTT), ensaio clonogênico e citometria de fluxo, bem como a análise dos componentes químicos presentes no óleo essencial através de cromatografia gasosa associada a espectrometria de massa. A viabilidade celular foi avaliada nos períodos de 24 h, 48 h e 72 horas nas concentrações de 125, 250, 500, 750 e 1000 µg/mL para a redução do MTT tanto nas células AGS quanto na linhagem celular normal, de fibroblasto murino (3T3). Foi observada morte celular semelhante para AGS no período de 48 h e 72 h e discretamente em 24 h, tanto em relação ao óleo quanto ao extrato; a linhagem 3T3 apresentou morte celular apenas na maior concentração no período inicial, e durante 48 h e 72 h valores semelhantes a partir da concentração de 500 µg/mL. O ensaio clonogênico revelou redução em 100% da formação de colônias das células AGS. A citometria de fluxo revelou que o tratamento das células AGS com 500 µg/mL por 48 h foi melhor utilizando-se o óleo em detrimento do extrato, revelando 54,4% e 14% de células em apoptose tardia, respectivamente. Os componentes majoritários da análise fitoquímica do óleo essencial foram carvacrol (49,9%) seguido do timol (15,7%). Os resultados revelam um alto potencial antiproliferativo e anti-cancerígeno do óleo essencial e extrato da L. grata frente à linhagem AGS, derivada do câncer gástrico, pela indução da apoptose, quando comparado às células 3T3, sugerindo sua citotoxicidade seletiva para células malignas. Estes resultados são promissores e motivam a realização de novos estudos com os produtos obtidos das folhas da L. grata, visando avaliar farmacologicamente se viáveis no tratamento dos distúrbios gástricos.TCC Atividade antiviral de glicosaminoglicanos: Revisão bibliográfica no banco de dados do NCBI(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-08) Medeiros, Luiz Henrique Costa de; Souza, Giulianna Paiva Viana de Andrade; Chavante, Suely Ferreira.; Fernandes, José Veríssimo; Vasconcelos, Bárbara Monique de FreitasOs glicosaminoglicanos são componentes da matriz extracelular dos animais e estão relacionados com diversos processos de sinalização celular, diferenciação e crescimento. Dessa forma, tornam-se interessantes moduladores de uma gama de possibilidades terapêuticas, incluindo efeito antiviral, promovendo a competição com o agente infeccioso pelas glicoproteínas de membrana encontradas nas células alvos desses vírus. Logo, nesta revisão foram reunidas as informações acumuladas no banco de dados do NCBI (PubMed) no período de 2012 até 2017. Trazendo a revisão bibliográfica experimental de diversos compostos como a Heparina (eficiente contra os vírus Nipah, Hendra e Zika) e o Condroitim sulfato, que vem sendo tratado como glicosaminoglicano promissor nas últimas décadas, e associando estes efeitos ao seu mecanismo em nível molecular, celular e peculiaridades em meios de cultura. Concluindo então o enorme potencial terapêutico destes como antivirais, além das muitas formas de adquiri-los ou modificá-los.Dissertação Avaliação da atividade anti-Helicobacter pylori e citotóxica in vitro de extratos orgânicos obtidos das folhas de Encholirium spectabile e Syzygium cumini(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-26) Araujo, Gabriela Medeiros; Fernandes, José Veríssimo; Andrade, Vânia Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; ; http://lattes.cnpq.br/8875898431642393; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; Saraiva, Natália Nogueira; ; http://lattes.cnpq.br/2636408164801182A Helicobacter pylori é uma bactéria espiralada, Gram negativa, móvel emicroaeróbia reconhecida como uma das principais causas de gastrite, úlcera, câncergástrico e do linfoma de células B de baixo grau de tecido linfoide associado à mucosa(MALT), se constituindo um microrganismo em destaque na área da microbiologiamédica. Sua importância se deve à dificuldade de tratamento, devido à necessidade douso concomitante de vários medicamentos além do crescente surgimento de cepasresistentes e multirresistentes aos antibióticos empregados na clínica. Com o intuito deampliar a gama de opções terapêuticas eficazes e seguras, ultimamente, vem sendointensificados estudos químicos sobre plantas medicinais, seja através da obtenção deextratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipode atividade biológica. Diante do exposto, objetivouseavaliar a atividade inibitória deextratos vegetais oriundos do Syzygium cumini e Encholirium spectabile, plantas comhistórico de ação antiúlceras, e do óleo essencial obtido do S. cumini frente a H. pylori(ATCC 43504) utilizando a técnica de difusão em disco, para avaliação qualitativa, e adeterminação da concentração inibitória mínima (CIM), através da técnica demicrodiluição em caldo, para análise quantitativa. Também foi avaliada a toxicidade invitro dos extratos a partir de ensaio hemolítico, utilizando eritrócitos de carneiro, e emcultura de células HeLa e VERO, pelo ensaio colorimétrico de viabilidade celularutilizando o MTT. Os extratos de ambos vegetais empregados nos ensaiosantimicrobianos não inibiram o crescimento bacteriano, em contrapartida o óleoessencial do S. cumini (SCFO) mostrouseeficaz, exibindo CIM de 205 μg/mL (diluiçãoequivalente a 0,024% do óleo bruto). Quanto ao ensaio hemolítico, o mesmo óleo aindaexibiu toxicidade intermediária ao promover 25% de hemólise a 1000 μg/mL. Em relaçãoà citotoxicidade em cultura de células, o SCFO, a 260 μg/mL, comprometeu a viabilidadecelular de cerca de 80% das células HeLa e 50% das células VERO. Portanto o óleoobtido das folhas do S. cumini apresenta potencial antibacteriano frente a H. pylori epotencial citotóxico, sugerindoseuma fonte de novas moléculas candidatas a fármacos,desde que novas etapas de toxicidade in vitro e in vivo assim como caracterizaçãoquímica sejam avaliadas. Além disso, o desenvolvimento de um sistema de liberação defármacos pode resultar em um protótipo a ser utilizado em testes préclínicos.Dissertação Avaliação do perfil da resposta imune presente na mucosa da cérvice uterina de mulheres infectadas pelo HPV(2016-03-22) Abrantes, Jayra Juliana Paiva Alves; Fernandes, José Veríssimo; ; ; Araújo, Josélio Maria Galvão de; ; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de Medeiros;A infecção genital pelo vírus do papiloma humano (HPV) é uma das causas mais frequentes de doenças sexualmente transmissíveis, em ambos os sexos, com maior prevalência da infecção entre mulheres jovens, com vida sexualmente ativa, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. A infecção persistente por HPVs de alto risco, em conjunto com eventos adicionais desencadeados pela exposição a fatores físicos, químicos e ambientais, disfunção do sitema imune podem favorecer o desenvolvimento de lesões pré-malignas e malignas da cérvice uterina. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência do HPV e avaliar o perfil da resposta imune em mulheres infectadas pelo HPV, por meio dos níveis de expressão de citocinas, TLR9 e Myd88, e correlacioná-las com a presença ou não de lesões. Foram incluídas no estudo, mulheres com idade entre 16 e 85 anos, média de 36,2 anos, desvio padrão de 11.26. Do total de 225 mulheres, 126 foram recrutadas entre as atendidas pelo programa de rastreio do câncer de colo do útero e 99 que foram encaminhadas à Maternidade Januário Cicco com suspeita de lesão da cérvice uterina. As pacientes que concordaram participar do estudo passaram por entrevista para obtenção de dados sócio-demográficos, seguida de exame clínico e coletas de dois espécimes de raspado cervical, um para análise citológica e outra para analise molecular destinado a detecção do HPV. Nas mulheres com suspeita de lesão foi realizada a colposcopia para detecção de possíveis alterações, e coletados dois fragmentos de tecido por biópsia, um para análise histopatológica, e outro para obtenção de ácidos nucleicos, destinado à detecção do HPV por PCR convencional e a análise da expressão de citocinas, TLR9 e MyD88 por PCR em tempo real. A prevalência global do HPV foi de 39,5%, sendo 18,8% em pacientes sem lesões, e 61,1% em mulheres com lesões na cérvice uterina. As mulheres com múltiplos parceiros apresentaram maiores riscos de infecção pelo HPV, enquanto que as que tiveram duas ou mais gestações tiveram um fator protetor. Observou-se correlação entre alterações cervicais e a infecção pelo HPV. Os níveis de expressão de RNA-m das citocinas pró-inflamatórias INF-γ, TNF-α, IL-17 e anti-inflamatória IL-10 de pacientes infectados pelo HPV, tiveram seus níveis de expressão mais alto no grupo com lesão em comparação ao sem lesão, em relação ao controle. É possível que, o aumento na expressão das citocinas, principalmente IL-10 e IL-17, esteja associado a um processo inflamatório de natureza crônica presente nas lesões e pode estar relacionadas ao favorecimento da persistência viral e provável progressão para lesões malignas.Dissertação Caracterização genética e evolução dos vírus dengue no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-21) Sousa, Denise Maria Cunha de; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; ; http://lattes.cnpq.br/6311818981226761; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Nogueira, Rita Maria Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/9749453000493825A dengue é considerada a doença transmitida por artrópodes mais importante do mundo devido ao elevado número de pessoas que correm o risco de contraí-la, principalmente em regiões tropicais e sub-tropicais do planeta. O agente etiológico da doença é o vírus dengue (DENV), um vírus de RNA fita simples e polaridade positiva, pertencente à família Flavivridae e ao gênero Flavivirus. São conhecidos quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 E DENV-4. Uma das suas principais características é a elevada variabilidade genética que torna clara a necessidade da realização de estudos filogenéticos e evolutivos com o objetivo de compreender aspectos essenciais como: epidemiologia, virulência, padrões de migração e características antigênicas. O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização genética dos vírus dengue circulantes no estado do Rio Grande do Norte durante o período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2012. Realizou-se o sequenciamento do gene do envelope (1485pb) dos sorotipos DENV-1 (N=6), DENV-2 (N=6) e DENV-4 (N=4) isolados de casos clínicos de diferentes municípios do estado do Rio Grande do Norte. A análise filogenética foi realizada utilizando o programa Mega v5.2, método de Neighbor-Joining e modelo Tamura-Nei. No Brasil, foi constada a circulação de apenas um genótipo de DENV-1 (genótipo V), um genótipo DENV-2 (asiático/americano) e dois genótipos de DENV-4 (genótipos I e II) no Brasil. As cepas brasileiras de DENV-1 estão dividas em duas linhagens temporalmente distintas (BR-I e BR-II), as cepas brasileiras de DENV-2 estão subdividas em quatro linhagens (BRI-IV) e o genótipo II de DENV-4 apresentou três linhagens de cepas brasileiras (LI-III). Os vírus isolados no Rio Grande do Norte pertencem a linhagem BR-II (DENV-1), BR-IV (DENV-2) e BR-III (DENV-4). A fonte de importação destes vírus para o Brasil é principalmente o Caribe e países próximos da América Latina. Foram detectadas substituições de aminoácidos ao longo dos três domínios da proteína E, tornando clara a necessidade da realização de estudos que associem dados epidemiológicos e moleculares para melhor compreensão dos efeitos dessas mutações. Este é o primeiro estudo sobre caracterização genética e evolução dos vírus dengue no Estado do Rio Grande do Norte, BrasilTese Chikungunya no Rio Grande do Norte: aspectos epidemiológicos e clínicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-19) Monteiro, Joelma Dantas; Jerônimo, Selma Maria Bezerra; Araújo, Josélio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0003-3548-2786; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; http://lattes.cnpq.br/7120263570947836; http://lattes.cnpq.br/6995611205231659; Andrade, Marcelo Souza de; Nogueira, Fernanda de Bruycker; Salha, Daniella Regina Arantes Martins; Fernandes, José VeríssimoOriginário da África e isolado pela primeira vez em 1952, o vírus Chikungunya (CHIKV) pertence à família Togaviridae, gênero Alphavirus. Possui genoma de RNA de fita simples, polaridade positiva, com duas unidades de leitura aberta, envolvido por um capsídeo de simetria icosaédrica e por um envelope lipídico contendo espículas de glicoproteínas. É um arbovírus do grupo A que tem como principais vetores transmissores os mosquitos do gênero Aedes. A infecção pelo CHIKV é uma síndrome febril aguda e autolimitada, na maioria das vezes, que afeta pessoas de todas as faixas etárias, podendo causar diferentes sintomas que podem durar poucos dias ou até mesmo anos. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos, imunológicos e clínicos da febre chikungunya durante a epidemia ocorrida no ano de 2016 no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisadas 284 amostras obtidas de casos suspeitos da infecção pelo CHIKV, empregando-se à técnica de qRT-PCR, das quais 125 foram positivos (44,4%). O maior número de casos positivos ocorreu no primeiro trimestre do ano, tendo o mês de março com maior representatividade, destacando-se 48 casos positivos. O município de Natal teve maior número de casos confirmados, totalizando 87 entre os casos positivos. A maior frequência foi em mulheres (52%) e 9,2% delas estavam grávidas. Os neonatos positivos representaram 5,6%. A média de idade de casos positivos foi de 34 anos e a faixa etária acima de 61 anos foi uma das mais afetadas pelo CHIKV. O maior número de casos detectados foi nas amostras de soro (41,2%). A maior carga viral ocorreu na fase aguda da infecção. O CHIKV foi detectado em dez pessoas até 23 dias após início dos sintomas. Amostras negativas para CHIKV foram testadas para detecção dos vírus DENV e ZIKV utilizando as técnicas de RT-PCR e qRT-PCR respectivamente. Além disso, para investigar a possibilidade de infecção por flavivírus, um total de 120 casos suspeitos de CHIKV com qRT-PCR negativos, foram utilizados para pesquisas de IgM anti-Flavivírus e anti-Chikungunya por meio do método de ELISA. IgM anti-Chikungunya foi detectado em 57(47,5%) dos casos. Entre as amostras IgM anti-Chikugunya negativas, 21(21,7%) apresentaram resultados positivos para IgM anti-Flavivirus e 54 amostras apresentaram positividade para IgM anti-Chikungunya e IgM anti-Flavivírus simultaneamente. Com relação às características clínicas dos casos positivos de CHIKV foi verificado que sintomas como febre, artralgia e conjuntivite foram os mais comuns, no qual a febre representou 91% dos casos. Bolhas na pele foi um sintoma encontrado em todos os sete neonatos estudados e positivos para CHIKV, no entanto, quatro adultos também apresentaram esse sintoma, porém apenas um foi positivo. Mialgia, artralgia febre e dores nas costas foram os sintomas mais relatados no primeiro dia de doença, porém a febre e artralgia permaneceram com maior constância após o quinto dia. Os resultados deste estudo visam contribuir para agregar conhecimentos sobre as características clínico-epidemiológicas da transmissão do CHIKV e para auxiliar no diagnóstico clínico da infecção.Dissertação Co-circulação dos vírus dengue tipo 1, 2 e 4 nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, 2013(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-28) Costa, Diego Machado Pereira da; Araújo, Josélio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; ; http://lattes.cnpq.br/3159714428042769; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Farias, Kleber Juvenal Silva; ; http://lattes.cnpq.br/9145835635441776; Clemente, Tatjana Keesen de Souza Lima; ; http://lattes.cnpq.br/5504382837656473A dengue é uma doença viral transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes, sendo o principal vetor urbano o Aedes aegypti. Atualmente tem causado, em escala global, considerável mortalidade e morbidade, o que a torna um grave problema de saúde pública em todo o mundo. São conhecidos quatro sorotipos antigenicamente distintos: vírus dengue (DENV) tipo 1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O objetivo desse estudo foi Descrever o perfil epidemiológico da dengue nos estados do Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) durante o ano de 2013. Para isso, foram estudados casos suspeitos de dengue, recebidos pelo Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Infecciosas e do Câncer (LADIC-UFRN), provenientes de diferentes unidades de saúde dos estados do RN e PB, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2013. O RNA viral das amostras de soro foi extraído através do QIAmp Viral Mini Kit, sendo seguido o protocolo descrito pelo fabricante. Para detecção e tipagem dos DENV, foi utilizada a metodologia descrita por Lanciotti (J. Clin. Microbiol,v.30, n.3, p.545-551, 1992). Foram estudados 478 casos suspeitos de dengue, sendo 252 (52,7%) do Rio Grande do Norte e 226 (47,3) da Paraíba. A infecção por DENV foi identificada em 29,7% (142/478) dos casos. Foi observada a co-circulação de três sorotipos virais: DENV-1 (9,8% [14/142]), DENV-2 (3,5% [5/142]) e DENV-4 (86,7% [123/142]). A faixa etária de 21-30 foi a mais acometida pela doença em todo o período de estudo, representando 23,9% dos casos. O gênero mais acometido foi o feminino, representando 63,3% dos casos. O município de maior circulação do Estado do Rio Grande do Norte foi Pau dos Ferros, com 8,2% (8/97) dos casos identificados. Já na Paraíba, o município mais afetado foi João Pessoa, com 80% (36/45) dos casos. Os meses de maior circulação viral no RN e PB foram Março e Agosto, respectivamente. Estes resultados são de grande importância para a compreensão da atividade dos vírus dengue nos estados do RN e PB, fornecendo dados para nortear as ações de controle da doença, em apoio aos programas locais de combate a dengue.Artigo Conhecimentos, atitudes e prática do exame de Papanicolaou por mulheres, Nordeste do Brasil(Scielo, 2009-02) Fernandes, José Veríssimo; Rodrigues, Silvia Helena Lacerda; Costa, Yuri Guilherme Alexandre Silva da; Silva, Luiz Cláudio Moura da; Brito, Alípio Maciel Lima de; Azevedo, Judson Welber Veríssimo de; Nascimento, Ermeton Duarte do; Azevedo, Paulo Roberto Medeiros de; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de MedeirosOBJETIVO: Analisar conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres em relação ao exame citológico de Papanicolaou e a associação entre esses comportamentos e características sociodemográfi cas MÉTODOS: Inquérito domiciliar com abordagem quantitativa. Foram entrevistadas 267 mulheres com idade de 15 a 69 anos, selecionadas de forma estratifi cada aleatória, residentes no município de São José do Mipibu, RN, em 2007. Utilizou-se questionário com perguntas pré-codifi cadas e abertas, cujas respostas foram descritas e analisadas quanto à adequação dos conhecimentos, atitudes e prática das mulheres em relação ao exame preventivo de Papanicolaou. Foram realizados testes de associação entre as características sociodemográfi cas e os comportamentos estudados, com nível de signifi cância de 5%. RESULTADOS: Apesar de 46,1% das mulheres entrevistadas terem mostrado conhecimento adequado, proporções de adequação signifi cativamente maiores foram observadas em relação às atitudes e prática quanto ao exame: 63,3% e 64,4%, respectivamente. O maior grau de escolaridade apresentou associação com adequação dos conhecimentos, atitudes e prática, enquanto as principais barreiras para a realização do exame relatadas foram descuido, falta de solicitação do exame pelo médico e vergonha. CONCLUSÕES: O médico é a principal fonte de informação sobre o exame de Papanicolau. Entretanto, mulheres que vão a consultas com maior freqüência, embora apresentem prática mais adequada do exame, possuem baixa adequação de conhecimento e atitude frente ao procedimento, sugerindo que não estejam recebendo as informações adequadas sobre o objetivo do exame, suas vantagens e benefícios para sua saúde.Dissertação Correlação entre a infecção genital pelo vírus do papiloma humano, a resposta imune e os achados colpocitológicos em mulheres grávidas e não grávidas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-12-20) Lima, érika Galvão de; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; ; http://lattes.cnpq.br/1873806627098889; Nascimento, George João Ferreira do; ; http://lattes.cnpq.br/9194162897414436; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765A infecção genital pelo vírus do papiloma humano (HPV) é muito frequente entre homens e mulheres em todo o mundo, afetando em especial mulheres jovens, constituindo-se em grave problema de saúde pública nas regiões menos desenvolvidas, sendo favorecida pelas condições precárias de vida da população. A citologia oncótica e a colposcopia têm notória importância no diagnóstico das lesões precursoras do câncer do colo uterino e, portanto, na sua prevenção. No entanto, mesmo com a disponibilidade dessas ferramentas diagnósticas o número de mulheres que desenvolvem câncer do colo do útero ainda é elevado. Esse estudo tem por objetivo avaliar a prevalência de infecção do trato genital por HPV, em mulheres grávidas e não grávidas, avaliando o perfil da resposta imune apresentado pelas mulheres desses dois grupos, visando estabelecer correlações entre o perfil de resposta imune, a presença do vírus e ocorrência de lesões da cérvice uterina. Foram incluídas neste estudo 221 pacientes, sendo 91 grávidas e 130 não grávidas, com idade variando de 14 a 72 anos. As mulheres foram submetidas a uma avaliação colpocitológica para a detecção de possíveis alterações na cérvice uterina e em seguida coletados espécimes para análise por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional para detecção do HPV e PCR em tempo real para detecção de RNA mensageiro (RNA-m) de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias. A prevalência global da infecção genital pelo HPV, encontrada neste estudo, foi de 28,1%, sendo 31,9% em pacientes grávidas e 25,4% nas não grávidas. As mulheres jovens com até 30 anos e aquelas com baixa escolaridade apresentaram maior risco de ter infecção pelo HPV. A colposcopia apresentou melhor correlação com a detecção do DNA do HPV por PCR, quando comparada à citologia. De um modo geral, as pacientes infectadas pelo HPV, grávidas ou não, apresentaram uma redução da expressão de RNA-m tanto para as citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, TNF-α), quanto para a citocina anti-inflamatória (IL-10) em relação às pacientes não infectadas com HPV. Nas pacientes não grávidas e infectadas, a expressão do RNA-m para IL-17 mostrou-se aumentada nas pacientes sem lesões, enquanto que, aquelas com lesão apresentaram maior expressão do RNA-m para TGF-β. As mulheres grávidas e infectadas pelo HPV e sem lesão, apresentaram aumento na expressão do RNA-m para TGF-β. Não houve diferença de prevalência do HPV entre mulheres grávidas e não grávidas. Observou-se uma redução da produção de citocinas pró-inflamatórias, exceto IL-17, em todas as mulheres infectadas pelo HPV, e um aumento de TGF-β, nas mulheres infectadas pelo HPV grávidas ou não. Os resultados sugerem que, nas mulheres deste estudo, a infecção pelo HPV promoveu uma alteração no perfil de citocinas necessárias para a ativação de uma resposta imune efetiva, possivelmente favorecendo a persistência viralTese Efeito imunomodulador e atividade antimicrobiana de heterofucanas de Sargassum filipendula(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-26) Telles, Cinthia Beatrice da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; ; http://lattes.cnpq.br/4315200203874942; Menezes, Danilo José Ayres de; ; http://lattes.cnpq.br/4003577127443065; Fernandes, José Veríssimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Nagashima Júnior, Toshiyuki; ; http://lattes.cnpq.br/0931352275070426; Andrade Neto, Valter Ferreira de; ; http://lattes.cnpq.br/4863082845974813Macroalgas marinhas constituem uma fonte extremamente rica de compostos bioativos, dentre eles, polissacarídeos sulfatados. Sargassum filipendula (SF), alga pertencente à ordem Phaeophycea, é fonte de heterofucanas conhecidas pela capacidade de modular uma série de funções biológicas. Considerando a necessidade de encontrar fármacos mais eficientes no combate a infecções microbianas, as heterofucanas de SF foram avaliadas como agentes imunomoduladores e antimicrobianos. As heterofucanas SF0.5V, SF0.7V e SF1.0V apresentaram uma forte atividade imunomoduladora intensificando a liberação de óxido nítrico (NO) por macrófagos murinos (RAW 264.7), bem como, por macrófagos originados de monócitos primários humanos. Além disso, quando macrófagos humanos foram infectados por Leishmania infantum e tratados com SF0.5V, SF0.7V e SF1.0V ocorreu um aumento significativo na liberação extracelular de NO. Como a citotoxicidadede de macrofágos contra a forma intracelular de leishmanias é mediada pela produção de NO, avaliamos a atividade leishmanicida sobre a forma amastigota intracelular de L. infantum e observamos que macrófagos infectados e tratados com SF0.5V, SF0.7V e SF1.0V se tornaram menos susceptíveis à infecção. As heterofucanas que se mostraram com capacidade de induzir a atividade anti-leishmania também apresentaram melhor taxa de produção de NO, porém os dados de correlação levaram a observação que este não é o principal mecanismo de ação das fucanas de SF no combate a esse protozoário. A heterofucana SF0.5V também apresentou atividade inibitória da formação de biofilme (~ 50%) frente a bactéria Staphylococcus epidermidis. Já SF0.7V e 1.0V inibiram quase que totalmente a replicação do protozoário Trichomonas vaginalis. Resultados como esse refletem o espectro de ação desses polissacarídeos sulfatados obtidos de SF e mostram o seu potencial como agentes imunomoduladores e microbicidas.TCC Eficiência do uso de máscara facial na prevenção da COVID-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-16) Viana, Saraiva Cezario; Fernandes, José Veríssimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; http://lattes.cnpq.br/6324358401930686; Araújo, Josélio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0003-3548-2786; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de Medeiros; https://orcid.org/0000-0003-4559-8918; http://lattes.cnpq.br/5229478510326510A COVID-19 foi identificada como entidade clínica pela primeira vez em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, Província de Hubei, China, de onde se dispersou rapidamente para outros países, tornando-se uma pandemia em pouco mais de dois meses. O agente etiológico foi prontamente isolado em sete de janeiro de 2020, por pesquisadores chineses liderados por Zhu e sua equipe. Os conhecimentos científicos atuais mostram que as principais medidas disponíveis de prevenção e controle da infecção por esse vírus, são aquelas de natureza não farmacológica. Esses procedimentos são de alcance individual e coletivo, ambiental e comunitário. Entre eles destacam-se: lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, distanciamento físico, arejamento do ambiente, limpeza de objetos e superfícies, e evitar aglomerações. Dentre essas medidas, o uso de máscaras de proteção facial pelo público, representa a mais importante barreira física, visando impedir a transmissão do vírus por contato. Os estudos revelaram que a rota primária de transmissão do vírus SARS-COV-2 se dá por gotículas e aerossóis expelidas pelos indivíduos infectados, pré-sintomáticos, sintomáticos ou assintomáticos. Assim, para evitar a propagação do vírus, dois tipos de ações preventivas são requeridos: (1) limitar os contatos de indivíduos infectados com os susceptíveis, por meio de distanciamento físico e outras medidas de proteção, (2) o uso de máscara como barreira física para reduzir a probabilidade de inalação de gotículas e aerossóis contaminadas, evitando a transmissão por contato. Muitas evidências indicam que o uso de máscara reduz de forma significativa a transmissibilidade por contato. Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica a respeito da prevenção e controle da infecção por métodos não farmacológicos, averiguando em especial a eficácia do uso de máscaras. Vários estudos, entre eles um estudo de revisão na renomada revista PNAS, confirmaram que o uso da máscara, mesmo as de pano reduz de forma significativa a transmissibilidade por contato. Os autores do citado artigo, finalizam afirmando “recomendamos que o público em geral, funcionários e governos encorajem fortemente o uso de máscaras faciais em público, incluindo o estabelecimento de regulamentação apropriada”. Assim com base nos estudos analisados se pode concluir que as medidas não farmacológicas de aplicação universal, em especial o uso de máscara facial, são de fundamental importância na prevenção da COVID-19, até que a grande maioria da população esteja vacinada com o total de doses recomendadas e que haja uma redução drástica da circulação do vírus na comunidade.
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