Navegando por Autor "Ferreira, Renata Gonçalves"
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Dissertação Behavioural profiles of captive capuchin monkeys (Sapajus spp.): analyses at group and individual levels(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-20) Silva, Carolina Pereira Cadório da; Ferreira, Renata Gonçalves; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/8378105491243203; Resende, Briseida Dogo de; ; http://lattes.cnpq.br/9601221530967113; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562O uso de indicadores comportamentais de sofrimento e bem-estar de animais em cativeiro tem produzido resultados ambíguos. Em comparações entre grupos, aqueles em piores condições tendem a apresentar um aumento generalizado em todas as taxas de Comportamentos Potencialmente Indicativos de Estresse (BPIS), mas em comparações dentro de grupos, os indivíduos diferem nas suas estratégias de enfrentamento ao estresse. Esta dissertação apresenta análises para revelar o perfil comportamental de uma amostral de 26 macacos prego em cativeiro, de três espécies diferentes (Sapajus libidinosus, S. flavius e S. xanthosternos), mantidos em diferentes tipos de recinto. No total foram coletadas 147,17 horas de registros comportamentais. Explorámos quatro tipos de análises: Orçamento de Atividades, índices de Diversidade, cadeia de Markov e análise de Sequência, e Análise de Rede Social, resultando em nove índices de ocorrência e de organização comportamental. No capítulo Um exploramos diferenças entre grupos. Os resultados apoiam as predições de que existem diferenças mínimas entre sexo e espécie e são observadas diferenças maiores no perfil comportamental devido ao tipo de recinto: i. indivíduos em recintos com menos enriquecimento ambiental apresentaram um repertório de BPIS mais diverso e uma menor probabilidade de sequências de seis passos de Comportamentos Normativos de Género (GNB); ii. o número de transições comportamentais que incluíam pelo menos um BPIS foi superior em recintos menos enriquecidos; iii. índices de proeminência de BPIS indicam que estes funcionam como pontos fim de sequências comportamentais, e que a proeminência de três BPIS (locomoção aberrante, auto-direccionadas e activas I) foram maiores em recintos menores. No geral, estes dados não corroboram a ideia de que os BPIS têm um padrão repetitivo, com um efeito relaxante, tipo “mantra”. Pelo contrário, a imagem que surge é de que os BPIS são atividades que interrompem a organização dos comportamentos, introduzindo “ruido” que compromete o orçamento de atividades ótimo. No capítulo Dois exploramos diferenças individuais em seis eixos de comportamento exploratório. Estes mostraram-se pouco correlacionados, o que indicam baixa correlação entre indicadores comportamentais de síndromes. No entanto, os resultados sugerem duas estratégias de enfrentamento ao estresse abrangentes, semelhantes ao padrão audaz/proactivo e tímido/reativo: macacos prego mais exploratórios apresentaram maior proeminência em locomoção aberrante, exibição sexual aberrante e ativas I, enquanto que animais menos ativos apresentaram uma maior probabilidade de sequencias com pelo menos um BPIS, e maior proeminência em estereotipia-própria. Macacos prego são conhecidos pelas suas capacidades cognitivas e flexibilidade comportamental, portanto, a procura de um conjunto de indicadores comportamentais de bem-estar consistente requer mais estudos e conjuntos de dados mais amplos. Com este trabalho, pretendemos contribuir para a criação de protocolos, com embasamento científico e estatisticamente corretos, para amostragem de dados comportamentais que permitam a comparabilidade de resultados e meta-análises, de qualquer que seja a interpretação teórica que possa receber.Dissertação Caminhos na floresta: a área de vida de macacos-pregos-galegos (Sapajus flavius) em um fragmento Mata Atlântica no Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-27) Pereira, Ítalo Ferreira; Ferreira, Renata Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; http://lattes.cnpq.br/9762137242861406; Lopes, Fivia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Oliveira, Maria Adelia Borstelmann deA Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do planeta, enfrenta uma intensa fragmentação, colocando em especial risco espécies para grupos de primatas de hábitos arbóreos, como o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), espécie ameaçada de extinção. Este estudo investigou o uso do espaço por um grupo de aproximadamente 90 indivíduos que habitam um fragmento de Mata Atlântica de 270 hectares localizado em Caaporã, PB, no nordeste brasileiro. A pesquisa tem como base um banco de dados coletados de 2014 a 2023 pelo grupo de pesquisa, tendo 39 meses com dados completos, com informações sobre comportamentos e localização dos animais, produtividade mensal de frutos e insetos do fragmento. No trabalho foram usados 26.243 pontos de GPS para calcular a área domiciliar total (ADT) e a área nuclear (AN) por densidade de kernel e área total por mínimo polígono convexo (MPC), analisando a variação no uso do espaço pelo grupo ao longo dos meses. Neste trabalho investigamos a hipótese de que o uso do espaço sofre influência da disponibilidade de alimentos e da temperatura. Testamos as seguintes predições. P1- Devido à baixa oferta alimentar na área, os animais usarão a estratégia de minimizadores de energia, diminuindo a área domiciliar total e alterando a dieta para itens alternativos nos meses com menor produtividade de frutos. P2- Nos meses com temperatura mais elevadas, o grupo percorrerá uma menor área (menor ADT, MPC e AN) como estratégia para evitar aquecimento corpóreo. Encontramos que a área domiciliar total compreendeu até 100% da área monitorada, enquanto a área nuclear apenas 15%, indicando uma limitação de espaço total e baixa proporção de locais preferidos no fragmento. Duas estações puderam ser definidas, com fevereiro e março como alta produtividade e o restante do ano como baixa produtividade em termos de disponibilidade de frutos. Foi observado uma relação negativa significativa no Índice de Disponibilidade de Frutos (FAI) e ADT indicando que os macacos prego galegos estão fazendo uso de uma estratégia de minimizadores de energia. A temperatura mínima apresentou efeitos marginalmente significativos tanto na área de MPC quanto em ADT e AN, porém na direção oposta à prevista, com a temperatura mínima apresentando correlação positiva com os indicadores utilizados para a ADT. Sendo a área domiciliar total um importante indicador da adequabilidade do espaço para os animais, e os macacos-prego-galegos um dos poucos remanescentes de médio porte que realizam dispersão zoocórica de frutos maiores, o conhecimento sobre os fatores que guiam as estratégias de forrageio, e as consequências delas, são importantes para o manejo, principalmente de áreas fragmentadas.Tese O comportamento pró-social e redes sociais de crianças - do indivíduo ao grupo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-12) Lima, Vanessa Carla Coelho de; Ferreira, Renata Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; http://lattes.cnpq.br/1113862951418118; Souza, Arrilton Araújo de; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Lopes, Fívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Resende , Briseida Dôgo de; http://lattes.cnpq.br/9601221530967113; Pedrosa, Maria Isabel Patrício de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/8994019269268058A pró-socialidade é essencial à formação e manutenção de vínculos entre indivíduos em sociedades. Entretanto, a decisão de agir de forma pró-social sofre influência de fatores proximais e contextuais. Nesse trabalho utilizamos a análise de redes sociais para examinar a hipótese de que a pró-socialidade de crianças é influenciada pela posição na rede, pela relação diádica e por características do grupo. 197 crianças tiveram suas redes de proximidade e brincadeira construídas a partir de um esforço amostral de 98,5 horas de observação, entre fevereiro de 2018 a maio de 2019. Elas também foram submetidas a uma aplicação do Jogo do Ditador e quatro repetições do Jogo de bens públicos (PBP). Nossos resultados mostraram que: Em nível individual, centralidade de intermediação em redes de brincadeira previu maior recebimento de ações pró-sociais espontâneas (PSE), e maior grau do vértice em proximidade social previu maior oferta e recebimento dessas mesmas ações. No PBP, maior agrupamento em brincadeira e grau do vértice em redes de proximidade previram menor doação ao grupo. Em nível diádico observamos maior proporção de vínculo entre díades de mesmo gênero e maior pró-socialidade entre meninas. Elevado índice de associação em brincadeira foi previsor de mais trocas PSE e de doações no Jogo do Ditador. Em nível de grupo a distância média entre os indivíduos foi a única variável previsora de maior PSE e de doação no PBP. Houve maior PSE em díades de meninas, mas outras diferenças de gênero não foram observadas. A idade também não teve influência nos comportamentos analisados. Destacam-se diferenças na expressão desses comportamentos em situações espontâneas e jogos econômicos. Crianças usaram estratégias mais pró-sociais em situações públicas e menos custosas e mais egoístas em situações anônimas e em partilha de bens preferidos. De forma geral, ressaltamos a importância da brincadeira social na criação de intervenções que visem o aumento do comprometimento pró-social dos indivíduos.Dissertação Comportamento social de botos-cinza, sotalia guianensis, na praia de Pipa, RN, Brasil: dinâmica, sequência, sincronia e respostas ao turismo de observação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-03-31) Lunarde, Diana Gonçalves; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/3614629176970801; Souza, Arrilton Araújo de; ; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Yamamoto, Maria Emília; ; http://lattes.cnpq.br/1410667846560350; Macedo, Regina Helena Ferraz; ; http://lattes.cnpq.br/9230379077271296; Silva, Vera Maria Ferreira da; ; http://lattes.cnpq.br/1910894122074941Animais sociais formam grupos que podem variar de temporários a permanentes. Dependendo da natureza das relações sociais que se desenvolvem entre os indivíduos, grupos apresentam uma organização social particular e o resultado destas interações moldarão o padrão comportamental desses animais. O presente estudo visa investigar: (i) a dinâmica de fissão-fusão de botos-cinza, por meio da análise de três dimensões do sistema social (variação na coesão espacial, variação no tamanho e na composição dos grupos); (ii) a sequência, rotina e estabilidade comportamental; (iii) os intervalos respiratórios em grupos sincrônicos e (iv) as respostas comportamentais ao turismo de observação. Observações sistemáticas de botos-cinza foram feitas a partir de um mirante localizado na enseada do Madeiro, praia de Pipa, a aproximadamente 25 m acima do nível do mar. As amostragens ocorreram entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2009, entre 0600 h e 1600 h e os grupos de boto-cinza foram investigados de acordo com seu tamanho (sozinho e em grupo) e composição (adultos, adultos e juvenis, e adultos e filhotes). De acordo com a análise de dinâmica de fissão-fusão, botos-cinza mudaram sua composição frequentemente, modificando o tamanho dos grupos, em média, a cada 20 min. Mais de 50% dos indivíduos mantiveram distâncias de até 2 m entre si e novos indivíduos foram atraídos ao grupo, principalmente durante alimentação, deixando-o durante o forrageio. Grandes grupos mostraram-se mais instáveis do que pequenos grupos, enquanto grupos de adultos foram mais estáveis do que grupos de adultos e juvenis. De acordo com a análise de Z-score para investigação da sequência e rotina comportamental, indivíduos sozinhos estiveram mais envolvidos em comportamentos de forrageio e alimentação, enquanto o repouso foi mais comum em indivíduos em grupo. O forrageio e a alimentação foram mais comuns em grupos homogêneos (indivíduos de mesma classe etária), enquanto grupos heterogêneos (de diferentes ! 5! ! classes etárias) estiveram frequentemente envolvidos em socialização, apresentando um repertório comportamental mais amplo. Os comportamentos de repouso e forrageio apresentaram maior estabilidade (duração contínua em minutos), do que os demais comportamentos. A análise de intervalos respiratórios em grupos sincrônicos apontou diferenças significativas quanto ao tipo de comportamento, composição e preferência de área. Durante o comportamento de repouso foram observados os intervalos respiratórios de maior duração, e grupos com filhotes apresentaram menores intervalos do que grupos sem filhotes. Indivíduos sozinhos preferiram áreas denominadas de curral , frequentemente utilizadas para o encurralamento de peixes. A partir da análise de cadeia de Markov, foram detectadas diferentes alterações comportamentais na presença dos barcos, de acordo com o tipo de composição do grupo. Grupos de adultos sofreram a maior redução do repouso e o maior aumento do deslocamento. Adultos e juvenis apresentaram maior redução da socialização, enquanto a probabilidade de transição comportamental deslocamento-deslocamento foi maior em grupos de adultos e filhotes. Na presença dos barcos a estabilidade do repouso foi reduzida em um terço de sua duração original e o deslocamento aumentou mais do que o dobro em todas as composições de grupo. Os padrões comportamentais analisados são discutidos à luz dos modelos socioecológicos sobre custos e benefícios da proximidade entre indivíduos e otimização comportamental. Ademais, mudanças significativas no padrão comportamental indicam que os botos-cinza, na praia de Pipa, vêm sofrendo os efeitos do turismo, como consequência da violação das normas de conduta estabelecidas para a área de estudoTCC Contextos do comportamento de unção por macacos-prego-galego (Sapajus flavius) em um fragmento de Mata Atlântica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-19) Brito Araújo, Ana Paula de; Ferreira, Renata Gonçalves; Fearnside, Natsumi Hamada; http://lattes.cnpq.br/4819065730273221; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; http://lattes.cnpq.br/5402251103019898; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; http://lattes.cnpq.br/8413512010176898; Pinto, Miriam Plaza; http://lattes.cnpq.br/7876219494961528O parasitismo está entre as principais razões de estresse biótico para diversos organismos e comportamentos semelhantes à automedicação têm sido descritos para muitas espécies. A unção consiste na aplicação de substâncias químicas derivadas de animais e plantas (ou mesmo de lama), com cheiro forte, no corpo de um animal. Analisamos o contexto da ocorrência de 34 unções com milípedes por um grupo de macacos-prego galegos residentes em um fragmento de Mata Atlântica. Durante 412 horas de contato, coletamos dados comportamentais por meio de fotografias, gravações e anotações. Os milípedes foram fotografados, recolhidos e identificados a nível de Ordem. Modelos qui-quadrado e linear foram usados para testar hipóteses sobre quatro funções, não mutuamente exclusivas, para esse comportamento: automedicação, marcação de cheiro, vínculo social e recreativo. As unções ocorreram em uma taxa de 8 sessões a cada 100h. A unção foi realizada igualmente em contextos solitários e sociais, com maior envolvimento de machos adultos e juvenis em contexto social. As unções ocorreram igualmente no interior e na borda do fragmento, foram mais frequentes durante as atividades de forrageamento e em períodos de maior pluviosidade. O comportamento foi mais realizado no substrato inferior (30cm a 5m de altura), principalmente em contexto solitário, sugerindo possível papel protetor à unção social que foi realizada sem preferência de substrato. O padrão observado indica que comportamento de unção realizado por esses macacos-prego parece ocorrer de forma oportunista quando milípedes são encontrados durante o forrageamento e pode ter uma função automedicamentosa e repelente contra mosquitos, devido composição da secreção dos milípedes manipulados nas unções, não sendo possível, entretanto, atribuir uma clara função social a esse comportamento.Tese Cooperação em sagüis comuns callithrix jacchus: condições e restrições(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-11-13) Mendes, André Luíz Barbosa; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/0354554139867051; Souza, Arrilton Araújo de; ; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562; Resende, Briseida Dôgo de; ; http://lattes.cnpq.br/9601221530967113; Schiel, Nicola; ; http://lattes.cnpq.br/5314455811830714O comportamento de cooperação não constitui mais um dilema para a Teoria da Evolução, já existindo modelos que explicam a evolução deste comportamento por meio da Seleção Natural em nível de indivíduo. Entretanto, ainda são poucos os estudos sobre os fatores proximais que interferem no comportamento cooperativo. No estudo da influência da cognição na cooperação, muitos autores tem se interessado por situações nas quais os indivíduos decidem se vão agir cooperativamente e selecionam parceiros com diferentes qualidades para cooperar. Dos fatores estudados, destaca-se a necessidade de compreensão do aparato e de comunicação entre os parceiros para a ocorrência de cooperação. Recentemente, ganha destaque a proposta de que a capacidade de cooperar seria maior em espécies com cuidado cooperativo a prole. Assim sendo, o sagüi (Callithrix jacchus) é um macaco do Novo Mundo que se destaca como uma espécie valiosa para esse tipo de estudo, pois apresenta ações cooperativas na natureza, como partilha de alimento e defesa comunitária de território. O nosso experimento investigou se sagüis fêmeas não aparentadas (n = 6) são capazes de cooperar usando um aparato elétrico e um mecânico, se essa cooperação é um subproduto de ações individuais ou envolve atenção social, e se ocorre variação inter-individual no uso dos aparatos e formação de papéis (produtor/parasita) nas díades. Usamos o número de recompensas obtidas pelos animais (Índice de Puxadas Corretas) como indicadores de cooperação e os olhares para os parceiros (Índice de Olhares Sociais) como indicadores de atenção social e comunicação. Os resultados indicam que o tipo de aparato não foi uma limitação para a ocorrência de cooperação entre os sagüis, mas mesmo assim não foi verificado formação de papéis nas díades. O desempenho dos animais nos dois aparatos apresentou uma grande variação quanto ao tempo de aprendizagem, não tendo esta, correlação com as performances nas fases teste. Em ambos os aparatos os níveis dos olhares sociais nas fases controle apresentaram correlações eventuais com outras fases, porém os dados demonstram que não houve atenção social, isto é, os sagüis percebiam que doavam comida aos parceiros, mas não que o parceiro estava doando para eles. Isso indica que os poucos atos cooperativos observados foram um subproduto de atos individuais e não cooperação verdadeiraDissertação Correlatos morfofisiológicos da personalidade em macacos-prego resgatados (Sapajus sp.)(2019-03-26) Pinheiro, Luiz Guilherme Mesquita; Ferreira, Renata Gonçalves; ; ; Lopes, Fivia de Araújo; ; Izar, Patricia;Personalidade pode ser definida como diferenças estáveis no padrão comportamental entre os indivíduos de uma mesma população e vem sendo registrada em diversas espécies animais. Um aspecto de crescente investigação refere-se às relações de variáveis morfológicas e fisiológicas com a personalidade. Nesse trabalho investigamos a relação de parâmetros como face, peso, tamanho, dentes e glicocorticoides com a personalidade mensurada por três diferentes métodos: observação comportamental, testes comportamentais e questionários, em uma amostra de 33 macacos-prego (Sapajus spp.) resgatados e mantidos em centro de triagem do IBAMA. Fundamentados na literatura, testamos as seguintes hipóteses: 1) animais com face mais larga são mais assertivos; 2) animais com maior nível basal de glicocorticoides são mais exploradores. Para verificar tais relações criamos modelos de regressão que foram selecionados pelo critério de informação de Akaike. As análises revelaram relações positivas entre a face e curiosidade, agressividade a estranhos, e comportamento afiliativos. Tamanho dos caninos e comprimento do corpo influenciam positivamente traços de abertura, alimentação, comportamentos afiliativos e locomoção. Os glicocorticoides influenciaram negativamente a assertividade e sociabilidade, e positivamente a exploração e locomoção. O padrão encontrado é discutido relativamente aos descritos para outras espécies de forma que entender como as variáveis morfológicas e fisiológicas relacionam-se a diversos tipos de comportamento.TCC Crescendo em cativeiro: padrão comportamental exibido por macacos prego juvenis em centros de resgate e zoológicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-06-29) Nascimento, Bárbara Floripes do; Ferreira, Renata Gonçalves; Lima, Vanessa Carla Coelho de; Silva, Helderes Peregrino Alves da; Alencar, AnuskaUma das hipóteses que visam explicar o longo período de imaturidade dos primatas relaciona o prolongado desenvolvimento com o tempo necessário para superar essas limitações morfológicas, fisiológicas e sociais através do aprendizado. O ambiente de cativeiro apresenta desafios físicos e cognitivos aos animais diferentes dos encontrados no ambiente natural, e indivíduos adultos vivendo em cativeiros e zoológicos costumam apresentar altos índices de comportamentos indicativos de estresse quando comparados com animais de vida livre. Diante disto, esse trabalho teve como objetivo descrever o comportamento de macacos-prego juvenis (Sapajus libidinosus) de diferentes idades (I, II e III) em diferentes ambientes cativos e sua relação com comportamentos indicativos de estresse. Testamos a hipótese de que o desenvolvimento desses animais é afetado pelas diferenças na complexidade física dos ambientes. A amostra com n = 24 animais (juvenil 1= 9, juvenil 2 = 9, juvenil 3= 6 indivíduos, sendo 17 machos e 7 fêmeas) foi proveniente de quatro bancos de dados comportamentais já disponibilizados pelo IDSS lab. O método de amostragem variou ente registros contínuos e registros instantâneos do comportamento dos animais Um total de 12 macro categorias foram comparadas e 203,57 horas de observação de comportamentos de juvenis foram analisadas via MANOVA. Nossos resultados apontaram diferenças significativas entre recintos no padrão de comportamentos alimentar, social positivo, social negativo, inatividade, BPIS auto direcionado e coçar. Verificamos índices mais altos (porém estatisticamente não significativos) de BPIS em ambientes mais restritos. Ademais juvenis em zoológicos e cetas passaram mais tempo inativos e se envolveram menos em interações sociais. Isto sugere que a restrição ambiental parece provocar menos estresse em juvenis que em adultos. Entretanto, este tipo de habilidade pode estar prejudicando a prática de comportamentos e habilidades de manipulação de alimentos e interações sociais.TCC Crescendo em liberdade: desenvolvimento do comportamento de Forrageio em Sapajus flavius juvenis em fragmento de Mata Atlântica em Caaporã – PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-06-29) Jerônimo, Clayton Emerson; Ferreira, Renata Gonçalves; Lins, Poliana Gabriele Alves de Souza; Silva, Helderes Peregrino Alves da; Alencar, Anuska Irene deA obtenção de alimento é um dos comportamentos mais importantes na vida de um animal, pois é através deste que o indivíduo é capaz de obter recursos e energia necessária para a sobrevivência, crescimento e reprodução. Entretanto, o menor tamanho corporal, menor força, além da falta de experiência, quando comparado a adultos, resultam em menor eficiência na obtenção de alimentos por parte dos juvenis. Habilidades manipulativas são cruciais para primatas que fazem uso de alimentos duros ou de difícil acesso, como é o caso dos macacos-prego. Este estudo objetivou investigar diferenças comportamentais durante o desenvolvimento de macacos-prego-galego (Sapajus flavius) juvenis vivendo em um fragmento de mata atlântica, com ênfase nas mudanças do comportamento de obtenção de alimento. O grupo estudado é composto por cerca de 83 indivíduos que habitam um fragmento de mata atlântica (S 07°52’85.2” W 034°96’29.4”) com cerca de 270 ha. A pesquisa foi realizada no período de Janeiro à Maio de 2016, totalizando 409 focais em 22 horas de registro comportamental contínuo e 144 horas de esforço amostral. Os juvenis foram classificados em três categorias de idade (1, 2 e 3) de acordo com o tamanho corporal relativo. O etograma utilizado contou com 40 comportamentos divididos em seis macros categorias (manipulativo e exploratório, social, cuidado ao infante, solitário, ingestão e outro). Utilizamos os testes de ANOVA E MANOVA para avaliar se idade e dureza do item influenciam a escolha dos alimentos. Os resultados corroboraram a hipótese de que a forma de obtenção de alimento em imaturos muda conforme o indivíduo se torna mais experiente: juvenis 1 obtém alimento através de “surripio”, juvenis 2 por tentativa e erro e juvenis 3 já apresentam padrão de forrageio mais completo. Juvenis também preferiram itens menos duro, entretanto, contrário às predições, os padrões alimentares e de ingestão dos imaturos não diferiram entre as idades. Esta ausência de diferença no consumo de itens pela idade pode dever-se a baixa diversidade de plantas do fragmento. Ademais, a alta quantidade de tempo dedicada ao forrageio e locomoção e baixo tempo dedicado a brincadeira indica escassez de alimento na área.TCC Dieta de gatos domésticos semi e não-domiciliados em um fragmento urbano de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-14) Silva, Valeska Sophia de Andrade e; Silva, Hélderes Peregino Alves da; Medeiros, Paulo Ivo Silva de; Ferreira, Renata Gonçalves; Marinho, Paulo Henrique DantasO Gato doméstico (Felis catus), foco desta pesquisa, é um animal que se distribui amplamente pelo globo. Na maioria das localidades representa uma espécie exótica e invasora que se adapta muito bem a uma variada gama de condições. Desse modo, pode atuar como forte predador e por vezes gerar desequilíbrio em populações de fauna nativa. Assim, objetiva-se neste trabalho caracterizar a dieta de um grupo de Felis catus com animais semi e não domiciliados para averiguar seu potencial impacto sobre pequenos vertebrados e invertebrados em um fragmento urbano de Mata Atlântica, localizado no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. Foram contabilizados 105 felinos na área, sendo a maioria macho (64 indivíduos), incluindo residentes e visitantes. A caracterização da dieta ocorreu por meio da análise de vestígios de presas encontradas em 70 amostras fecais, coletadas entre janeiro e março de 2017. Os pelos, principal vestígio utilizado nesse processo para a identificação de mamíferos, foram submetidos à metodologia amplamente aceita na literatura, proposta por Quadros e Monteiro-Filho (2006), que permite identificar espécies através da observação de padrões de cutícula e medula. Outros vestígios importantes para outros táxons, como escamas, unhas, e exoesqueletos foram comparados com coleção científica e identificados por especialistas sempre que possível. Foram calculadas as frequências e porcentagens de ocorrência de todos os itens. Observou-se que 83% das amostras escatológicas apresentaram algum vestígio de predação, o que sugere forte hábito de predação nesse grupo de F. catus. Os mamíferos foram a classe-presa mais consumida por esses felinos, sendo Didelphis albiventris Lund. a presa mais abundantemente encontrada. Os resultados da presente pesquisa contribuem para diminuir a escassez de dados no que se refere aos impactos de carnívoros introduzidos em fragmentos de mata urbanos neotropicais e demonstram a necessidade de práticas de controle populacional e diminuir a taxa de abandono, que é o fator decisivo para presença de populações de F. catus em ambientes naturais.Dissertação Diferenças individuais em cavalos (equus caballus) de hipismo - um estudo metodológico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-08) Borzani, Anna Carolina Nogueira; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/7828631809350002; Sant'Anna, Aline Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/2447411715133128; Lopes, Fivia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625Diferenças estáveis nos padrões comportamentais entre indivíduos têm sido estudadas em animais de produção, visando a melhoria de seu bem-estar e da produção. Em cavalos, estudos mostram que a personalidade está ligada ao desempenho esportivo, ao risco de acidentes e à saúde. Os traços mais citados em estudos sobre personalidade de cavalos são: reatividade, sociabilidade, reatividade ao ser humano, sensibilidade sensorial e atividade locomotora. Todavia, as metodologias para estudo da personalidade em cavalos variam, e ainda não se têm uma consistência na estrutura da personalidade. Nesse trabalho testamos se diferentes métodos para avaliar personalidade em cavalos oferecem consistência, tanto interna quanto entre métodos e qual sua relação com comportamentos potencialmente indicativos de estresse. Este estudo incluiu 40 animais mantidos em 2 locais, em Natal / RN e João Pessoa / PB. Utilizamos um questionário de personalidade com 24 adjetivos, que foi respondido por pelo menos um tratador e um treinador. Além disso, os animais foram submetidos a seis testes de personalidade, que foram repetidos após um mês: reatividade (três testes), neofobia, gregaridade e interação com humanos. Por fim, realizamos 60 min de observações dos comportamentos potencialmente indicativos de estresse dos animais em baia. Para verificar a consistência entre respondentes e entre repetições dos testes utilizamos análise de correlação interclasse. Com as variáveis significativas, realizamos análise de componentes principais para definir as dimensões encontradas por cada método e a consistência entre métodos foi verificada pelo o teste de Person. Dos adjetivos do questionário, apenas nove foram considerados válidos e agrupados em dois traços: Sociabilidade e Abertura. Dezessete variáveis dos testes mostraram consistência temporal e formaram seis agrupamentos: Medo, Atividade locomotora, Sociabilidade com humanos, Neofobia, Agressividade com humanos e Comer. As variáveis de observação comportamental compuseram outros seis grupos: Estereotipias locomotoras, Estereotipias alimentares, Estereotipias mistas, Comportamentos de ameaça, Inquietude e Coçar. Foram encontradas seis correlações entre os métodos e os comportamentos observados que refletiram em um eixo de personalidade: proativo-reativo ou bold-shy. Comportamento locomotor nos testes, abertura a novas experiências no questionário e comportamentos de ameaça na baia foram considerados como síndrome comportamental proativa. Reatividade nos testes teve correlação negativa com neofobia e positiva com estereotipias alimentares e coçar, indicando animais mais reativos. No conjunto, encontramos mais correlações entre testes e comportamentos do que entre esses e o questionário, sugerindo que métodos diferentes podem não estar medindo os mesmos traços de personalidade, e que na combinação dos métodos, as diferenças individuais entre cavalos podem apresentar apenas um eixo de proatividade-reatividade.Tese Dinâmica social e movimento coletivo em éguas (Equus caballus)(2016-03-31) Barbalho, Patrícia Cruz; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/3082874608996141; Souza, Arrilton Araújo de; ; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Guirro, Erica Cristina Bueno do Prado; ; Lopes, Fívia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Costa, Mateus José Rodrigues Paranhos da; ; http://lattes.cnpq.br/7784945129978219Este trabalho analisa a dinâmica social de um grupo de éguas em três dimensões: diádica, triádica e coletiva. Está dividido em três Capítulos cujos objetivos são: 1) descrever interações diádicas afiliativas e agonísticas e caracterizar a dinâmica social de parcerias preferenciais; 2) analisar ocorrências e interações em conflitos (intervenções de terceiros) e pós-conflitos (reconciliação, consolo e apaziguamento) e 3) caracterizar a dinâmica de movimentos coletivos sob análises de fatores próprios do indivíduo (idade, peso, ranque e estado reprodutivo). O estudo foi realizado no Haras Volta (Frei Paulo, SE, Brasil) em 2012 e 2013. Foi observado um grupo de 64 éguas e 20 potros lactentes da raça manga-larga machador. Foram realizadas três tipos de observações diurnas: 1) focal (ocorrências de comportamentos agonístico, afiliativos, sincronia e mudança de direção = 130 horas); 2) todas as ocorrências de conflitos em 304 h e 3) varreduras (posicionamento e atividade = 117 varreduras) que geraram informações de proximidade (valor da relação), rede social e distâncias entre os animais. No Cap. 1 descreveu-se que as éguas se envolveram mais em afiliação do que em agonismo. É possível que a sincronia na direção possa ser um tipo de afiliação também nessa espécie. Éguas mais velhas e mais pesadas tiveram ranques mais elevados, mas não houve categoria mais agressiva que outra. Parceiras preferenciais apresentaram similaridade em idade, peso, força nos relacionamentos e centralidade social, sendo que a dinâmica social dessas parcerias caracterizou-se por proximidade e baixo agonismo entre parceiras. A afiliação e a sincronia foram mais direcionadas para animais neutros do que para parceiras preferenciais. No Cap. 2 reportou-se que reconciliação, consolo/apaziguamento e intervenção em conflitos (IC) ocorreram em 57%, 37% e 31% dos conflitos, respectivamente. A ocorrência de reconciliação ou dispersão, realizadas pelas díades com e sem reconciliação, respectivamente, podem ser estratégias para redução da incerteza/instabilidade social pós-conflito. Os conflitos ocorreram entre éguas com pouca proximidade e reconciliação não foi dependente do valor da relação (amizade), mas o consolo e apaziguamento foram. A intervenção em conflitos foi realizada por éguas com idade e ranque mais elevados que os das oponentes do conflito, e não foi direcionada a parceiras preferenciais, sugerindo manutenção da estabilidade social. No Cap. 3 detectou-se que não houve uma categoria de indivíduos que se posicionasse com maior frequência ao centro do rebanho. Éguas mais velhas tenderam a estar à frente do grupo. Animais mais jovens (potros) foram socialmente mais centrais e animais com necessidades nutricionais diferenciadas (prenhes e lactantes) e de alto ranque foram menos centrais socialmente. Mais da metade do rebanho esteve direcionado, com antecedência, para o sentido que o grupo veio a seguir e o índice de concordância na direção (ICD) foi maior quando o grupo se deslocou mais. Isso pode sugerir que o sentido do deslocamento do grupo foi determinado pelo sentido do corpo da maioria dos animais (minimizando custos de consenso), que pode ter ocorrido por processo mimético de sincronização, sugerindo uma forma simplificada de coordenação (liderança) distribuída em pastejo. Éguas vazias e de baixo ranque ajustaram mais suas direções em pastejo à direção das outras éguas. Isso indica maior ocorrência de processos miméticos de sincronismo, o que pode levar a coordenação do movimento ser efetuada por animais que mantenham maior consistência na direção ou por animais mais velhos.Dissertação Enfrentando o estresse: um estudo comportamental e fisiológico em macacos-prego (Sapajus libidinosus) cativos(2017-03-24) Ferreira, Vitor Hugo Bessa; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/8937441497110208; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Pimenta, Olívia de Mendonça Furtado;Considerar o bem-estar de animais em cativeiro é primordial para cuidar da saúde física e psicológica dos indivíduos. No entanto, apesar de vários indicadores disponíveis (ex. comportamentais, bioquímicos e fisiológicos), a integração de resultados ainda gera dúvidas sobre o real estado de bemestar de um indivíduo. Neste trabalho testamos a hipótese de que a incongruência entre os indicadores de bem-estar ocorre porque os animais, dentro da mesma população, diferem na maneira como se comportam e reagem face aos estímulos. Usamos como modelo macacos-pregos cativos aos cuidados do CETAS de Natal/RN e Cabedelo/PB e do zoológico de João Pessoa/PB. No primeiro capitulo, revisamos diversos conceitos e metodologias do estudo da personalidade animal. No segundo capitulo, definimos os eixos do perfil comportamental (GNB - Comportamento Normativo de Gênero) e de enfrentamento ao estresse (BPIS - Comportamentos Potencialmente Indicativos de Estresse), e o perfil fisiológico (Metabólitos Fecais de Glicocorticóides - MFG) dos animais em condição de estresse crônico de cativeiro. No terceiro capitulo, analisamos se os diferentes tipos comportamentais reagem a um estresse agudo de mudança de recinto. Nossos resultados principais foram: Individuos que locomovem mais exibem BPIS mais rápidos (ex. giro de cabeça), enquanto indivíduos mais inativos exibem BPIS mais estacionarias (ex. autoenganchar). Em ambos os extremos do eixo atividadeinatividade, os animais mostram sinais fisiológicos de baixo grau de bem-estar. Animais mais sociáveis são mais resilientes, tanto a nível fisiológico quanto a nível comportamental aos estresses do cativeiro. Após um estresse agudo, os indivíduos que pontuam positivamente nos eixos Sociabilidade e Exploraçao exibem melhor adaptação ao ambiente novo. Nossos resultados corroboram modelos indicando a existência de diferentes perfis comportamentais que reagem de forma diferente ao estresse e que apresentam perfis fisiológicos. O padrão encontrado assemelha-se ao descrito em outros trabalhos para outras espécies e podem lançar luz sobre a evolução e plasticidade comportamental no reino animal.Dissertação Estabelecimento, reconhecimento e defesa territorial em Stegastes fuscus(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-30) Silveira, Mayara Cristina Moura Silva dos Prazeres; Luchiari, Ana Carolina; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; ; http://lattes.cnpq.br/2257599085591584; Silva, Eduardo Bessa Pereira da; ; http://lattes.cnpq.br/4111170501195963; Chellappa, Sathyabama; ; http://lattes.cnpq.br/4657086910453785Os estudos da territorialidade e de comportamentos associados a ela favorecem o entendimento da maneira como as interações ecológicas afetam a composição de espécies e a dinâmica de uma comunidade. No presente estudo tivemos como objetivo geral investigar o comportamento de Stegastes fuscus, um peixe-donzela territorialista, em ambiente natural e em cativeiro, com foco na capacidade de localização territorial, reconhecimento e defesa de uma área estabelecida. Para tanto subdividimos o trabalho em 3 capítulos. O primeiro teve como foco o estudo da espécie em ambiente natural objetivando estimar a área do território ocupado e os padrões comportamentais da por ela expressos. Sendo encontrado que a área média ocupada por S. fuscus foi de 274 cm2 e os comportamentos mais observados foram: vigilância, ingestão de alimento, tempo no abrigo/toca e displays agressivos. O segundo capítulo teve como alvo investigar a capacidade de localização espacial da espécie mediada por pistas visuais. Os resultados demonstraram que S. fuscus apresenta marcante aprendizagem condicionada e possibilidade de existência de orientação espacial na espécie. O terceiro capítulo teve como objetivo avaliar a influência da residência prévia estabelecida e do reconhecimento de coespecíficos nos resultados de confrontos agonísticos. Os resultados apontaram a residência como fator prioritário na dinâmica das disputas agonísticas e que aspectos relacionados à familiaridade como relevantes e destacam-se mais quando não existe um território previamente estabelecido. Diante disso nossos resultados podem favorecer o entendimento da dinâmica estrutural da comunidade na qual S. fuscus esta inserida, sendo isto significativo tendo em vista a importância ecológica da espécie para o ecossistema.Dissertação Estilos de aprendizagem sob a ótica da Psicologia Evolucionista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-10-31) Leitão, Monique Bezerra Paz; Lopes, Fívia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; ; http://lattes.cnpq.br/3070410469598800; Oliva, ângela Josefina Donato; ; http://lattes.cnpq.br/2749313165121005; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726Dentre várias concepções de aprendizagem, a Teoria da Aprendizagem Experiencial de David Kolb propõe quatro diferentes estilos de aprendizagem: divergente, caracterizado pela orientação para pessoas e visão por distintas perspectivas; assimilador, ligado a idéias e conceitos abstratos e à construção de teorias; convergente, exímio em lidar com questões técnicas e resolver problemas; e acomodador, bom em operacionalizar planos e assumir riscos. Interessantes correlações têm sido apontadas entre os estilos propostos por Kolb, carreiras profissionais e gênero. Também são amplamente conhecidas as diferenças sexuais em comportamentos, habilidades cognitivas específicas e interesses, tendo a psicologia evolucionista proposto que estas são decorrentes de distintas pressões seletivas que atuaram sobre cada gênero. O objetivo deste trabalho foi investigar estilos de aprendizagem em adolescentes e suas correlações com os interesses escolares, profissionais e suas escolhas profissionais, analisando também tais variáveis em função do gênero. Foram pesquisados 221 estudantes do 3º ano do ensino médio (rede pública e privada), sendo investigados, por meio de questionários, os interesses por disciplinas escolares, atividades profissionais e a escolha profissional ao fim do ano. O Inventário de Estilo de Aprendizagem indicou estilo de aprendizagem do indivíduo. Resultados apontaram uma concentração dos adolescentes entre os estilos voltados para a reflexão, e predominância do sexo feminino no estilo divergente e do masculino no estilo assimilador. Nos interesses escolares e profissionais da amostra, houve correlações entre estilos ligados ao campo abstrato, disciplinas exatas e atividades técnicas. Os sujeitos do sexo feminino preferiram as disciplinas de línguas e atividades com pessoas do que os do sexo masculino, que preferiram as disciplinas exatas e atividades técnicas. Nos cursos das áreas exatas e engenharias houve mais inscritos do sexo masculino e nos cursos das ciências humanas e sociais aplicadas mais do sexo feminino. As correlações encontradas entre estilos e interesses escolares e profissionais corroboraram as proposições de Kolb e as associações destas variáveis com gênero são apoiadas pela psicologia evolucionistaDissertação Estimativa populacional e uso do hábitat do boto-cinza (Sotalia guianensis) no litoral sul do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-03-19) Paro, Alexandre Douglas; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/2354186449195452; Lodi, Liliane Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/0158188163167191; Chellappa, Sathyabama; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787789Y9Quatro áreas são conhecidas como de freqüente uso pelo boto-cinza (Sotalia guianensis) no litoral sul do Rio Grande do Norte: Tabatinga, Pipa, Lagoa de Guaraíras e Baía Formosa. Esta extensão de 40km de costa está sob crescente impacto antrópico devido ao aumento de construções e tráfego de embarcações. Este estudo teve por objetivos investigar aspectos populacionais e o uso do hábitat de uma população de Sotalia guianensis no litoral sul do Rio Grande do Norte. Foi empregada a técnica de foto-identificação e posteriormente métodos de captura-recaptura para as estimativas populacionais (extensão POPAN do programa MARK). A movimentação e grau de fidelidade dos indivíduos foram investigados utilizando sistema de informação geográfica e análises estatísticas não paramétricas. As coletas de campo foram realizadas a bordo de uma embarcação entre março de 2008 a março de 2009. No total foram 329h de esforço de foto-identificação e 113h de esforço efetivo nas quatro áreas estudadas. As estimativas foram: Tabatinga: 75 (63-92); Pipa 105 (88-129); Lagoa de Guaraíras: 27 (18-54) e Baía Formosa: 112 (89-129) indivíduos. A população total estimada foi: 223 (192 a 297). A fidelidade a área foi alta por apenas parte da população (<15%), sendo também observados indivíduos de fidelidade baixa e transientes (>20%). Foi constatada grande movimentação de indivíduos das áreas de Tabatinga, Lagoa de Guaraíras e Pipa, mas não de Baía Formosa, o que sugere uma divisão de duas comunidades diferentes ao longo do litoral uma em Pipa e outra em Baía Formosa. O tamanho dos grupos foi pequeno, com grupos mais freqüentes até 10 animais. O forrageio foi predominante e os animais usaram a área intensivamente, apenas na Lagoa de Guaraíras os indivíduos não foram vistos todos os dias. A Lagoa de Guaraíras é um local exclusivo de forrageio de grupos pequenos. Grupos maiores foram visto fora da lagoa, próximo à entrada. Em Pipa e Tabatinga os animais se concentraram nas enseadas, principalmente em forrageio. Grupos maiores foram vistos em socialização, mas não houve diferenças no tamanho dos grupos quando comparado as enseadas com setores mais externos. Já em Baía Formosa os animais se concentraram mais no setor externo. Nestas áreas os grupos maiores estavam engajados em comportamentos de deslocamento e forrageio. A presença de imaturos foi maior nas enseadas em Tabatinga e Pipa, confirmando a sugestão destas enseadas serem importante para o cuidado parental. No geral, não houve diferenças quanto ao período do dia que os animais usaram os diferentes setores das áreas. Sotalia guianensis apresenta várias características que a tornam vulnerável, como pequenas populações concentradas em manchas de hábitat favorável ao longo da costa. Espera-se que os dados deste trabalho, além de oferecer novas informações para o conhecimento teórico da espécie, sirvam de subsídios para um manejo adequado da área no sentido de assegurar a permanência dos animais na área, seu padrão comportamental natural e o fluxo genético entre as comunidadesDissertação Estudo sobre orçamento de atividade do Boto Cinza (Sotalia guianensis) no litoral sul do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-12-08) Queiroz, Rose Emília Macedo de; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/2145581439035628; Silva, Flávio José de Lima; ; http://lattes.cnpq.br/1421802360229451; Andriolla, Artur; ; http://lattes.cnpq.br/5917373551645478Uma análise fundamental da Ecologia Comportamental é a construção do Orçamento de Atividades que pode ser definida como a quantificação do tempo que cada animal utiliza em atividades que são importantes para sua sobrevivência e reprodução. Inicialmente desenvolvida para estudos teóricos sobre Forrageio Ótimo, recentemente a construção de Orçamentos de Atividades vem sendo empregada para análises na área da Biologia da Conservação. Entretanto, a mensuração do comportamento através de uma metodologia adequada e que permita a comparação entre amostras diferentes é um desafio para os pesquisadores na área de Etologia, sendo este ainda maior para os estudiosos do comportamento de cetáceos devido à dificuldade de visualização destes animais. O presente trabalho vem somar esforços para trabalhar dois aspectos da literatura especializada em Cetologia: i) explorar as possíveis variações de resultados na quantificação de estados comportamentais decorrentes da aplicação de diferentes métodos de coleta de dados, e ii) descrever o orçamento de atividades de uma população de boto cinza, Sotalia guianensis, que freqüenta as águas costeiras do litoral sul do estado do Rio Grande do Norte. Os resultados mostraram que a utilização de diferentes métodos de observação e de registro resulta em diferenças significativas, mas de pequena magnitude, na quantificação da freqüência comportamental. O orçamento de atividades do boto cinza na enseada estudada foi semelhante ao encontrado em outras populações desta espécie habitando ambientes tipicamente estuarinos. Não foram encontradas variações decorrentes da influência da maré ou da hora do dia, porém foram verificadas diferenças significativas a depender da posição dos animais dentro das enseadas. Estes resultados são discutidos considerando a flexibilidade alimentar e comportamental do boto cinza, buscando contribuir para ampliação do conhecimento científico da espécie e oferecer informações que serão úteis em estudos comparativos e para análises na determinação de áreas de conservação da espécieDissertação Etnobiologia do boto cinza (Sotalia guianensis, van Bénéden, 1864) por comunidades pesqueiras do Rio Grande do Norte, Basil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-10-29) Manzan, Maíra Fontes; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; ; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; ; http://lattes.cnpq.br/099923467454402; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; Souza, Shyrley Pacheco de;A etnobiologia estuda o Conhecimento Ecológico Local (Local Ecological Knowledge LEK) e o uso e gestão de recursos naturais por comunidades locais visando compreender como o ambiente é percebido, conhecido e classificado por grupos humanos. Em comunidades de pescadores artesanais, o LEK agrega informações empíricas a respeito da biologia de espécies aquáticas e pode complementar os achados científicos, especialmente em situações de difícil obtenção de dados, como em estudos sobre os aspectos comportamentais essencialmente submersos de cetáceos. Os cetáceos, representados pelas baleias e golfinhos, constantemente são alvos de atividades antrópicas, destacando-se a captura acidental de espécies costeiras de pequeno porte, a exemplo do boto cinza (Sotalia guianensis), objeto deste trabalho. Estudos etnobiológicos em comunidades pesqueiras são de grande importância e possibilitam esclarecer aspectos da biologia e conservação desta espécie. Embora bastante estudado ao longo de sua distribuição, ainda existem diversas lacunas no conhecimento sobre S. guianensis. Nesse sentido, o LEK de pescadores artesanais, torna-se uma ferramenta adicional, podendo confirmar e até acrescentar informações sobre a espécie. Este trabalho investigou o LEK de pescadores artesanais, expostos diuturnamente a populações residentes de S. guianensis, por meio de 116 entrevistas semi-estruturadas. Os pescadores foram indagados a respeito da biologia e classificação do S. guianensis, além de possíveis interações com a espécie. As comunidades estudadas foram Tibau do Sul (n=39), Pipa (n=36) e Baía Formosa (n=41), todas localizadas no litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Pressupôs-se que haveria diferenças entre as comunidades em relação ao LEK dos pescadores, devido tanto à diversidade dos ambientes pesqueiros (lagunar e marinho), quanto ao grau de interferência do turismo. Constatou-se que o conhecimento dos pescadores é apurado, embora difira conforme a comunidade estudada. Os pescadores entrevistados informaram corretamente características gerais do S. guianensis como aspectos morfológicos, habitat, distribuição, sazonalidade e aspectos comportamentais. Observou-se que houve interferência do turismo sobretudo na designação popular da espécie. Os resultados também sugerem que pescadores de ambiente marinho possuem maior conhecimento sobre a espécie. Evidenciou-se que populações locais acumulam conhecimento de acordo com o ambiente que utilizam, o que torna importante levar em consideração o conhecimento local e a participação popular nos sistemas de manejo de forma a manter este compartilhamento de informações com pesquisadores e gestoresTCC Etograma e descrição de novo display comportamental de Tropidurus semitaeniatus, um lagarto endêmico da Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-05-18) Coelho, Felipe Eduardo Alves; Garda, Adrian Antonio; Ferreira, Renata Gonçalves; Pessoa, Daniel Marques de AlmeidaO comportamento agonístico de uma espécie diz respeito aos comportamentos agressivos, de fuga e conciliação contra outros indivíduos da mesma espécie ou de espécies distintas. Estes embates podem ser custosos para ambos indivíduos envolvidos e para evitar maiores prejuízos, displays comportamentais podem indicar o potencial do adversário antes que ocorram lesões físicas. Conhecer o etograma dos comportamentos agonísticos das espécies pode ser útil no manejo e em programas de conservação. Etogramas são listas descritivas dos comportamentos observados em uma espécie e organizados em categorias. As observações podem ser realizadas por meio de diferentes métodos, até mesmo durante experimentos comportamentais ex sittu. Existem muitos trabalhos sobre a história natural, ecologia trófica e autoecologia de Tropidurus semitaeniatus, uma espécie de lagarto endêmica da Caatinga. Apesar do repertório comportamental de várias famílias diferentes de lagartos terem sido descritos, permitindo comparações filogenéticas, não há na literatura etogramas publicados para lagartos do gênero Tropidurus. Nós produzimos um etograma detalhado para a espécie e descrevemos um novo comportamento não reportado para Tropiduridae: a exibição do dorso. Descrevemos os comportamentos agonísticos a partir de vídeos de interações entre machos gravados em laboratório. Os comportamentos exibidos com mais frequência foram lamber, morder, postura de intimidação e cabecear. Estudos de campo para complementar o etograma e experimentos para testar hipóteses quanto ao significado de comportamentos ambíguos podem ajudar a avançar o conhecimento sobre os comportamentos dessa espécie.Dissertação Fidelidade à área e padrão de associação em Sotalia guianensis, baseado na técnica de foto-identificação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-10-30) Ananias, Sandra Mara de Araújo; Yamamoto, Maria Emília; ; http://lattes.cnpq.br/1410667846560350; ; http://lattes.cnpq.br/6075432767504112; Monteiro Filho, Emygdio Leite de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/3477638766859403; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726Os padrões comportamentais acompanham as mudanças ambientais, incluindo fidelidade à área e associação entre indivíduos. Dentre as diversas técnicas utilizadas para o registro desses padrões comportamentais, a foto-identificação tem sido sugerida como ferramenta adequada por apresentar inúmeras vantagens. Baseada nessa técnica, esta pesquisa verificou, entre agosto de 2005 e janeiro de 2006, fidelidade à área e padrões de associação utilizados por indivíduos da espécie Sotalia guianensis, nas enseadas do Distrito de Pipa, litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte. Além disso, para mensurar os padrões de associação utilizou-se do índice de similaridade de Jaccard ou Half-Weight Index (HWI). Durante o período de observação, 22 indivíduos não foram reavistados, 11 recapturados e 36 novos registros foram obtidos. Atualmente, estão catalogados 69 indivíduos. A taxa de residência apontou heterogeneidade de permanência na área estudada e os padrões de associação entre os indivíduos foto-identificados parecem ser específicos de determinados contextos comportamentais. Enquanto que a comparação das associações entre as diferentes faixas etárias mostrou que determinados indivíduos interagiram em maior freqüência com indivíduos imaturos. Observou-se, ainda, fluidez no padrão de associações entre os indivíduos amostrados. Sugere-se que a população de S. guianensis que utilizam a região de Pipa apresenta elevada plasticidade
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