Navegando por Autor "Fonseca, Luan Souza da"
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Dissertação Desempenho de espécies nativas e da composição de comunidades plantadas ao longo de 5 anos de restauração na caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-23) Fonseca, Luan Souza da; Ganade, Gislene Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/3024078007563102; http://lattes.cnpq.br/5708628364290327; Vieira Filho, Edson Aparecido; https://orcid.org/0000-0001-7991-1007; http://lattes.cnpq.br/8253488441150588; Lopes, Milena Cordeiro de AmorimA restauração de ecossistemas é o foco desta década, buscando a reversão da degradação de ambientes, como a Caatinga, que integra os ambientes semiáridos que cobrem 47% da superfície terrestre e abarca uma alta diversidade distribuída em 912.000km² do território brasileiro. O objetivo deste trabalho foi identificar espécies e composições de comunidades que possam garantir um maior sucesso de restauração na Caatinga. Para isso, analisamos por cinco anos a primeira coorte do experimento BrazilDry localizado na Floresta Nacional de Açú (Rio Grande do Norte, Brasil), um experimento que manipula riqueza e composição de espécies. Testamos quais espécies e comunidades apresentam: (1) estabilidade na mortalidade da primeira coorte (apenas para espécies) em termos de porcentagem de sobrevivência, (2) média em altura, (3) crescimento anual médio, (4) produção de biomassa fotossintetizante, e (5) diâmetro acima do solo (DAS). Todas as variáveis investigadas se mostraram significaticamente diferentes entre espécies. Encontramos que apenas a Amburana cearensis não apresentou sobrevivência de espécimes da primeira após 5 anos e 12 espécies apresentam alguma estabilidade na curva de sobrevivência da coorte. A Mimosa tenuiflora foi a espécies que apresentou as maiores médias em todas as variáveis analisadas. Para as composições de espécies dentro de comunidades plantadas, apenas a sobrevivência e a biomassa fotossintetizante diferiram significativamente, onde a monocultura de M. tenuiflora apresentou as maiores médias. A curva de sobrevivência de algumas espécies apresenta alguma estabilidade entre 2 a 4 anos, no entanto não podemos considerar estabilidade em todas elas. A sobrevivência das composições apresenta bons resultados, não somente entre monoculturas de espécies de alta sobrevivência, mas plantadas em comunidades de níveis de diversidade diferentes. A biomassa fotossintetizante nas comunidades foi impulsionada pela presença da espécies M. tenuiflora, devido a sua alta produção foliar ao longo dos anos. Assim, a identidade genética das espécies e os seus estágios de sucessão podem explicar o acúmulo de biomassa fotossintetizante ao longo do tempo dentro de comunidades. Este trabalho traz uma seleção de espécies nativas e comunidades que desempenham bons resultados ao longo de 5 anos de restauração na Caatinga, apresentando seus potenciais na recuperação de áreas degradadas.TCC Potencial de uso da Anadenanthera colubrina para restauração da Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-06) Fonseca, Luan Souza da; Ganade, Gislene Maria da Silva; Lopes, Milena Cordeiro de Amorim; Venticinque, Eduardo Martins; Mazzochini, Guilherme GerhardtA Caatinga é uma floresta seca brasileira que ocupa uma grande parte do Nordeste e uma pequena parte do estado de Minas Gerais. Suas características climáticas associadas ao processo de desmatamento têm aumentado a susceptibilidade dessas florestas ao processo de desertificação. Esse quadro crítico representa um grande desafio para projetos de restauração nesse ecossistema. Na busca por espécies nativas com potencial de uso para restaurar esse ambiente, selecionamos a Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan como uma espécie com alto potencial para aumentar o sucesso de projetos de restauração, por ser uma espécie pioneira e de ampla distribuição na Caatinga. Diante desses aspectos, este trabalho objetivou avaliar se o plantio de A. colubrina é uma estratégia viável a ser usada em programas de restauração desse ecossistema. Para validar esta espécie como como uma boa alternativa para uso, várias características relacionadas à sua produção, desempenho no campo e adequabilidade ao ambiente degradado precisam ser estudadas. O desempenho de A. colubrina foi monitorado em resposta a diferentes tratamentos de germinação, crescimento em casa de vegetação, e sobrevivência em campo em relação à estação seca e à herbivoria. Também modelamos a distribuição potencial dessa espécie em toda a área de ocorrência da Caatinga visando áreas prioritárias para seu uso em programas de restauração. Os resultados demonstram um desempenho promissor de A. colubrina para todos os diferentes processos estudados. A espécie apresentou quase 100% de germinação das suas sementes sem a necessidade do uso de tratamentos de quebra de dormência. A taxa relativa de crescimento da parte aérea e da raiz não diferiram nos experimentos de alta e baixa disponibilidade de água o que demonstra que ela pode ser produzida em casa de vegetação sem grandes gastos de água. A sua sobrevivência em campo foi alta e não apresentou relação com a taxa de herbivoria da espécie. O modelo de distribuição de espécie apresentou um bom desempenho em sua adequabilidade, podendo apresentar sucesso de restauração em quase toda da Caatinga. Nossos resultados apontam que a A. colubrina é uma boa opção a ser utilizada em programas de restauração, devido a fácil produção e alta sobrevivência após o plantio no campo.