Navegando por Autor "Gavilan, Simone Almeida"
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Dissertação Análise morfológica do trato digestório de peixes-boi marinhos (Trichechus manatus manatus, LINNAEUS, 1758) na Região Nordeste do Brasil(2019-08-20) Pinheiro, Rebeca Taínes do Nascimento; Gavilan, Simone Almeida; ; ; Santos, Pedro Paulo de Andrade; ; Silva, Flávio José de Lima;Estudos morfológicos do trato digestório são relevantes para o conhecimento da biologia e compreensão de hábitos alimentares de forma a ampliar os esforços de conservação das espécies. Desta forma nosso objetivo foi analisar macro e microscopicamente o trato digestório do peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus). Foram coletadas amostras de 20 animais que encalharam mortos no litoral do nordeste brasileiro ou que vieram à óbito durante o processo de reabilitação em cativeiro entre julho de 1995 a março de 2017. A análise macroscópica do trato gastrointestinal foi realizada a partir do acompanhamento in loco das necropsias do Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN). Para avaliação microscópica, os fragmentos teciduais coletados durante a necropsia foram fixados com formol a 10% e submetidos ao processamento histológico de rotina, com cortes de 5 µm de espessura, e posteriormente submetidos ao método de coloração em Hematoxilina-Eosina (H.E.), método de Verhoeff e o método de ácido periódico-Schiff (PAS). Neste estudo, observou-se que o tubo digestório é formado pelas quatro camadas histológicas (mucosa, submucosa, muscular e serosa ou adventícia). Macroscopicamente, neonatos e adultos apresentam as mesmas estruturas do trato digestório. Microscopicamente, no esôfago, as glândulas esofágicas estão ausentes e há fibras elásticas na submucosa e entre a camada muscular externa e a adventícia. O estômago possui a estrutura denominada glândula cárdica, que microscopicamente, apresenta diferenças ontogenéticas. Na ampola duodenal e nos divertículos foram identificadas as glândulas duodenais na submucosa. Na porção luminal da camada mucosa da ampola cecal, cólon e reto observou-se epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. O trato digestório dos peixes-boi marinhos da espécie Trichechus manatus manatus assemelha-se ao que tem sido relatado aos animais da Ordem Sirenia, porém, apresentando algumas particularidades histológicas em maior evidência.Dissertação Análise morfológica do trato gastrointestinal de bobo-pequeno (Puffinus puffinus) e suas causas de encalhe na costa da bacia Potiguar, Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-05) Teixeira, Gabriel Dutra; Farias, Daniel Solon Dias de; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; https://orcid.org/0000-0002-5923-8625; http://lattes.cnpq.br/7813685791586480; https://orcid.org/0000-0002-2316-7634; http://lattes.cnpq.br/1020321982578181; Fragoso, Ana Bernadete Lima; Oliveira, Radan Elvis Matias deO Puffinus puffinus é uma ave marinha migratória que, durante a época não-reprodutiva, realiza sua migração para o Atlântico Sul, atravessando o Hemisfério por volta do mês de setembro. A zona costeira do Nordeste brasileiro, em particular a Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e Ceará), é reconhecida como um ponto crucial nas rotas migratórias para essa espécie. Nessa região, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar (PMP – BP) registra anualmente diversos espécimes de aves, vivos e mortos, que encalham ao longo desse litoral. Este estudo tem como objetivo analisar o padrão morfológico do trato gastrointestinal do bobo-pequeno, Puffinus puffinus, bem como os aspectos anatomopatológicos desses órgãos em espécimes encalhados na costa do Rio Grande do Norte e Ceará. Os dados foram coletados através do PMP-BP, por monitoramento diário no período de 2011 a 2022. Os animais vivos foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Fauna Marina do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN), em Areia Branca/RN, enquanto os animais mortos foram submetidos à necropsia no Laboratório de Biota Marinha da UERN, onde foram coletadas amostras do trato gastrointestinal. O material coletado foi processado histologicamente no Laboratório de Morfofisiologia dos Vertebrados, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Registraram-se 66 indivíduos durante o período monitorado, sendo 14 machos, 17 fêmeas e 35 com sexo indeterminado. Dentre eles, 43 foram classificados como adultos e 12 como juvenis. A análise espaço-temporal revelou que 33 animais encalharam no estado do Ceará e 33 indivíduos no Rio Grande do Norte, no período de setembro a fevereiro. Na análise de causa mortis, identificou-se que resíduos sólidos, trauma mecânico e contaminação por óleo, categorias de origem antropogênica, totalizaram aproximadamente 33%. Outras causas incluíram esgotamento energético, sepse e parasitose. A análise histológica do trato digestório revelou a presença das quatro túnicas características do sistema, as camadas mucosa, submucosa, muscular e adventícia/serosa. O esôfago se apresenta com a região da mucosa bastante pregueada revestido por epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado, seguido de lâmina própria com diversas glândulas mucosas. Presença da muscular da mucosa dando seguimento para a submucosa. Camada muscular bem desenvolvida, apresentando uma camada interna circular e uma mais externa longitudinal. Por fim há a camada serosa, composta por tecido conjuntivo frouxo, permitindo assim irrigação sanguínea. O pró-ventrículo é a porção glandular do estômago, logo em sua camada mucosa é caracterizada por ser pregueada. O epitélio de revestimento é cilíndrico simples nos pregueamentos, enquanto nos sulcos formados pelas depressões das pregas é caracterizado como cúbico simples. A submucosa é constituída majoritariamente pelas glândulas proventriculares. A muscular e serosa se mantém padrão. No ventrículo observamos vilosidades que compõem o epitélio de revestimento. Essa superfície de revestimento é composta por epitélio cilíndrico simples alternando para cúbico simples. Não é identificado a muscular da mucosa. A camada da submucosa é fina e aglandular, A camada muscular é mais desenvolvida, porém o padrão se mantém, junto com a camada serosa. No intestino delgado, a camada mucosa o epitélio de revestimento das vilosidades e criptas é epitélio cilíndrico simples com microvilosidades. A camada muscular da mucosa é bem desenvolvida. A camada submucosa é quase imperceptível. Por fim, a camada muscular e a camada serosa vão apresentar a mesma configuração já evidenciada pelos outros tecidos. A interpretação e organização dos laudos de necrópsia somados a análise histológica de tecidos oferecerão respostas mais completas dentro do campo de estratégias de conservação a favor desses animais.Livro Aprendendo com o MCM: atividades lúdicas para o ensino de ciências morfológicas(2024-05-06) Nascimento, Renata Swany Soares do; Melo, Clara de Souza; Teixeira, Gabriel Dutra; Teixeira, Júlia Robert de Sousa; Gavilan, Simone Almeida; Camillo, Christina da SilvaCom o objetivo de promover a divulgação científica de forma divertida e interativa, esta obra apresenta propostas de atividades lúdicas para crianças e jovens com ênfase nas ciências morfológicas, envolvendo temas de anatomia humana e comparada associados à educação para saúde e ecologia. O livro foi planejado para ser de fácil aplicação, com material de baixo custo, podendo ser utilizado por professores ou familiares, em ambientes como residências ou escolas, e ainda em locais abertos como parques, praças e jardins. Quanto às atividades propostas, há jogos sensoriais, jogos de memória e adivinhação, quiz, trabalhos manuais como origami e montagem do esqueleto em papel, jogos ativos como caça ao tesouro e cama de gato, dentre outros, que propõem-se a colaborar com o desenvolvimento completo dessas crianças e jovens.TCC Avaliação das ocorrências de predação em ninhos de tartarugas marinhas na Bacia Potiguar: distribuição, predador dominante e estratégias para redução(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-09) Melo, Clara de Souza; Gavilan, Simone Almeida; Ventura, Aline da Costa Bomfim; https://orcid.org/0000-0003-4678-7534; http://lattes.cnpq.br/9247608045557514; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; 0000-0002-0446-7893; http://lattes.cnpq.br/9406184746126033; Rossi, Silmara; http://lattes.cnpq.br/9669052831360938; Farias, Daniel Solon Dias de; https://orcid.org/0000-0002-5923-8625; http://lattes.cnpq.br/7813685791586480; Corso, Gilberto; https://orcid.org/0000-0003-1748-4040; http://lattes.cnpq.br/0274040885278760A região da Bacia Potiguar está localizada, em sua maior parte, no litoral setentrional do Rio Grande do Norte é considerada uma importante área de desova para duas espécies de tartarugas marinhas: a Tartaruga-Oliva (Lepidochelys olivacea) e a Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata). Ambas as espécies estão ameaçadas de extinção principalmente devido a diversas ameaças antrópicas, como a captura acidental em redes de pesca, o tráfego de veículos e a presença de resíduos sólidos na praia. Após a desova, os ovos passam pelo período de incubação de, em média, 60 dias e, a partir do momento em que estão expostos na praia, ficam mais vulneráveis à predação antrópica e natural. O objetivo do trabalho foi de avaliar as ocorrências de predação dos ninhos de tartarugas marinhas presentes na região da Bacia Potiguar, visando a conservação das espécies. O estudo foi realizado utilizando dados de 12 anos de monitoramento de praias, realizado pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) e constatou que a taxa de predação na região é de, aproximadamente, 20,5%. Além de se distribuírem de forma irregular entre os anos, as predações foram mais frequentes entre os meses de janeiro a abril. Os eventos de predação dos ninhos foram concentrados no município de Macau/RN em volta de um predador dominante: a raposa da espécie Cerdocyon thous. As características individuais de cada ninho, como medidas de profundidade e diâmetro, não influenciaram nos eventos de predação e não foi observada uma relação entre tempo de incubação e predação dos ninhos. Para controlar o número de ninhos predados na região da Bacia Potiguar, sugere-se a utilização de telas e gaiolas plásticas e o uso de bandeiras próximas aos ninhos para evitar a aproximação do predador e, consequentemente, o consumo dos ovos.Tese Avaliação de abordagens para divulgação científica de impactos à fauna marinha em comunidades litorâneas do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-27) Santana, Vinícius Gabriel da Silva; Araújo, Magnólia Fernandes Florêncio de; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; https://orcid.org/0000-0001-8811-7921; http://lattes.cnpq.br/4511989641459455; https://orcid.org/0000-0002-9474-1189; http://lattes.cnpq.br/5134985293427059; Duarte, Fábio Teixeira; Silva, Flávio José de Lima; Menezes, Maria da Conceição Vieira de Almeida; Soares, Maria José NascimentoA divulgação científica dos impactos de origem antrópica à fauna marinha, realizada por meio de exposições científicas no Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) e no Projeto Parceiros do Mar, foi estudada. Objetivamos avaliar a divulgação para as comunidades litorâneas sobre os impactos à fauna marinha e a sustentabilidade e, especificamente, caracterizar as ações do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN); refletir sobre os aspectos da Ciência da Sustentabilidade que vêm sendo incorporados às ações educativas do Projeto Parceiros do Mar; analisar como professores da educação infantil e de ciências do ensino fundamental identificam temáticas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na exposição científica do Projeto Parceiros do Mar e suas contribuições à educação escolar. Para tanto, 17 membros do PCCB-UERN preencheram a um questionário e participaram de entrevistas sobre formação e experiências educacionais, planejamento e execução das ações e dificuldades e soluções encontradas. Além disso, 29 professores da educação infantil e de ciências do ensino fundamental de Areia Branca/RN avaliaram a exposição científica do Projeto Parceiros do Mar, por meio de questionário. Eles apontaram a presença/ausência dos temas dos ODS em cada elemento da exposição e responderam o que mais chamou sua atenção. A análise dos dados incluiu estatística descritiva para questões fechadas e investigação qualitativa para as abertas, utilizando a Técnica de Elaboração e Análise de Unidades de Significado. Os resultados foram quantificados em gráficos e tabelas. Como resultados, as ações do PCCB-UERN ocorrem em todo o litoral potiguar, especialmente zonas urbanas, comunidades pesqueiras e ribeirinhas, para um público majoritariamente infantojuvenil. A abordagem expositiva-dialogada foi adotada por 14 membros e as estratégias de jogos e cartilhas e atividades lúdicas foram adotadas por 16 membros. 24% dos participantes identificaram a dispersão como desafio. Sobre as ações do Projeto Parceiros do Mar, destacam-se como aspectos da Ciência da Sustentabilidade contemplados a participação ativa do público, a contextualização das problemáticas socioambientais em escalas espaciais e temporais, a interdisciplinaridade nos conteúdos abordados e a coprodução de conhecimento com as comunidades. Para os professores que visitaram a exposição científica, os ODS mais contemplados foram o 4, voltado a Educação de Qualidade, e 14, sobre Proteger a Vida na Marinha. Os professores conceberam outros ODS ao longo da exposição indicando uma abordagem holística que contempla aspectos socioambientais, econômicos e culturais. Foram notadas lacunas em questões relacionadas a igualdade de gênero e redução de desigualdades. Doze professores mencionaram que a exposição enriquece o conhecimento sobre biodiversidade marinha. Nove destacaram sua contribuição para abordar questões socioambientais locais. Três reconheceram seu papel em estimular práticas de cuidado ambiental, enquanto dois mencionaram sua adaptação para a educação infantil. Conclui-se que as exposições científicas realizadas pelos Projeto Parceiros do Mar e as ações educativas do PCCB-UERN têm sido eficazes na promoção da conscientização sobre a conservação da fauna marinha, demonstrando que a sustentabilidade pode ser abordada de forma eficaz em espaços como esses. ODS às quais seu projeto tem aderência: 4 - Educação de Qualidade 14 - Vida na ÁguaTCC Avaliação morfológica de corpo caloso e córtex cerebral em delfinídeos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-01) Cavalcante, Raquel Marinho de Souza; Gavilan, Simone Almeida; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Silva, Flávio José de LimaOs Cetáceos são representados por golfinhos (Odontoceti) e baleias (Mysticeti) e são caracterizados como mamíferos com vida totalmente adaptada ao ambiente aquático. Os Odontocetos atuais possuem significante encefalização, apresentando um cérebro desenvolvido em forma e tamanho. Descrições detalhadas sobre a morfologia macroscópica do cérebro desses animais é difícil de se obter. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar morfologicamente estruturas cerebrais, sendo ressaltado o corpo caloso e córtex cerebral, de dois indivíduos do grupo Odontoceti, sendo abordadas as espécies Feresa attenuata e Stenella attenuata. Para isso, foram coletados, por meio de necropsias, cérebros de golfinhos encalhados mortos em estágio inicial de decomposição. A área de coleta compreendeu praias do litoral do Rio Grande do Norte entre os anos de 2016 e 2017. O material de estudo foi fixado em formaldeído 10%, e posteriormente pesado. As análises foram realizadas por meio de secções coronais, onde as estruturas de interesse foram medidas com o auxílio de um software. É relevante destacar que cérebro de Odontocetos é um dos maiores encontrados no reino animal, se comparados em proporção ao corpo. Em relação às espécies analisadas, o cérebro de Feresa attenuata apresentou maiores dimensões e maior massa cerebral, quando comparado ao Stenella attenuata. Além disso, o corpo caloso se mostrou ser uma estrutura pouca desenvolvida em Odontocetos. Em relação ao córtex cerebral desse grupo, ele apresentou ter maior espessura nas regiões que compreendem o córtex pré motor e motor. Por fim, vale ressaltar que todas as características da neuroanatomia de Odontocetos abordadas apresentam íntima relação com a fisiologia e os comportamentos desses animais.TCC Biologia reprodutiva de Chelonia mydas encalhadas no nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-06-25) Fabrício, Marília Anielle da Silva; Gavilan, Simone Almeida; Rossi, Silmara; Ventura, Aline da Costa BomfimChelonia mydas (Linnaeus, 1758) é a espécie de tartaruga marinha que mais encalha na região da Bacia Potiguar e atualmente se encontra classificada como “em perigo” de extinção. Apesar do grande número de estudos reprodutivos, são poucas as pesquisas que avaliam aspectos histológicos relacionados ao desenvolvimento gonadal desses répteis. O objetivo do trabalho foi caracterizar a proporção sexual de tartarugas marinhas da espécie C. mydas encalhadas na região da Bacia Potiguar/RN-CE, além de descrever macro e microscopicamente os estágios de maturação gonadal e relacioná-los com as classes de tamanho dos animais. Foram avaliados animais encalhados entre as praias de Icapuí/CE e Caiçara do Norte/RN. Os espécimes mortos ou que vieram a óbito durante a reabilitação na Base do Projeto Cetáceos da Costa Branca, foram necropsiados por uma equipe veterinária e foi realizada a biometria, verificando-se o Comprimento Curvilíneo da Carapaça (CCC). As gônadas foram coletadas e fixadas em formol a 10%, submetidas à preparação histológica para coloração de Hematoxilina-Eosina, e analisadas em microscópio óptico. De janeiro de 2011 a dezembro de 2015 foram registrados 3.337 encalhes de C. mydas na área estudada. Analisou-se microscopicamente 78 amostras de tecido gonadal, 53 de fêmeas e 25 de machos. Foram estabelecidos três estágios de maturação gonadal: pré-púbere, púbere e maduro, de acordo com as características das células germinativas, os quais foram relacionados com os dados de CCC. Os resultados obtidos indicaram que o tamanho não é uma medida precisa para classificar maturação gonadal, sendo essenciais as análises histológicas, considerando também fatores como sazonalidade. Entretanto, esse trabalho forneceu dados inéditos sobre a proporção sexual de C. mydas encalhadas na bacia Potiguar e informações importantes sobre morfohistologia gonadal em diferentes fases de sua vida, podendo ser usados para subsidiar propostas de conservação para a espécie em questão.Dissertação Caracterização citoarquitetônica do córtex auditivo primário e secundário de Golfinho-Clímene (Stenella clymene): a quimera acústica do Atlântico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-23) Santoro, Giovanna Almeida; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; http://lattes.cnpq.br/1921953377145496; Fragoso, Ana Bernadete Lima; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de PaivaA audição é um sentido fundamental para odontocetos, essencial para comunicação e percepção ambiental, refletida inclusive em adaptações neuroanatômicas de acordo com os hábitos de cada espécie. Apesar da importância, o estudo neurológico de cetáceos enfrenta desafios devido à dificuldade de acesso a amostras e raridade de espécies, resultando em lacunas e controvérsias na literatura, além de espécies sem qualquer descrição neuromorfológica. O golfinho Stenella clymene está entre as espécies não descritas e sua caracterização torna-se ainda mais urgente devido a sua origem filogenética: a única espécie de golfinho híbrida na natureza. Á vista disso, o presente estudo aborda a citoarquitetura do córtex auditivo de Stenella clymene, uma espécie de golfinho endêmica do Oceano Atlântico, para a qual dados neuroanatômicos são inéditos, incluindo também a área auditiva secundária, pouco caracterizada em todo o táxon cetáceo. Além disso, buscou-se compará-los com suas ascendências filogenéticas de modo a relacionar com sua natureza híbrida. Adicionalmente, foi elaborado e detalhado um protocolo de perfusão e coleta de encéfalos de pequenos cetáceos, visando otimizar a qualidade das amostras e a comparabilidade entre os estudos, uma vez que não há documentos completos dessa natureza nas publicações científicas. As amostras foram obtidas de um espécime resgatado vivo no litoral do nordeste brasileiro, mas que veio a óbito durante a reabilitação. O resgate foi conduzido pelas instituições locais responsáveis. A análise histológica identificou cinco camadas corticais em ambas as áreas auditivas, com a ausência de uma típica camada IV definida, embora uma distinção morfológica possa sugerir o contrário. Foram observadas variações em espessuras e características morfológicas entre A1 e A2, corroborando segregação hierárquicas, assim como divergências inter-hemisféricas e funcionais relevantes. Achados de estruturações citoarquitetônicas ainda não detalhadas em outros cetáceos foram descritos por este estudo. Embora haja similaridades com Stenella coeruleoalba, diferenças com outras espécies indicam variabilidade. Os resultados ampliam o conhecimento sobre a organização cortical cetáceos, além da caracterização inédita de Stenella clymene e detalhamento de A2. Desse modo, fornecem uma base para futuras investigações sobre a função auditiva e as adaptações ecológicas e comportamentais das espécies, além da viabilização de mais estudos comparativos pelo aumento da padronização metodológica do protocolo produzido.Dissertação Caracterização citoarquitetônica e neuroquímica do sistema dopaminérgico mesencefálico de tartaruga marinha (Chelonia mydas)(2018-05-15) Siqueira, Leonardo Lucas do Nascimento; Gavilan, Simone Almeida; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; ; ; ; Silva, Flávio José de Lima;São conhecidas no mundo sete espécies de tartarugas marinhas, dentre essas, há registros de ocorrência de cinco espécies no litoral do Brasil: Dermochelys coriacea, Chelonia mydas, Caretta caretta, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea. De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, todas as espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil, se encontram ameaçadas de extinção, estando C. mydas classificada como “Em perigo” e E. imbricata “Criticamente em perigo”. As espécies C. caretta, L.olivacea e D. coriacea estão classificadas como “Vulneráveis”. Embora se saiba sobre a morfologia externa do sistema nervoso de tartarugas marinhas, pouco se conhece sobre a neurobiologia desses animais. O sistema dopaminérgico tem papel crítico em uma grande variedade de funções e está presente no sistema nervoso central de todos os vertebrados, sendo responsável pela neurotransmissão de dopamina. A dopamina é reconhecida pela atividade que exerce no controle de processos complexos, como programação da atividade motora e comportamentos motivados. Entendendo a importância deste neurotransmissor e a carência de trabalhos que descrevam a citoarquitetura do encéfalo de tartaruga marinha, esta pesquisa se propôs a caracterizar pela primeira vez os grupamentos neuronais dopaminérgicos do mesencéfalo em tartaruga verde (C. mydas). Para isto, foram utilizados dois métodos: o método de Nissl para descrever a citoarquitetura e a imunoistoquímica para TH como forma de marcar os neurônios DA. Foram utilizados quatro exemplares de C. mydas encalhadas que vieram a óbito na base de Reabilitação do Projeto Cetáceos da Costa Branca ou que foi encontrado morto durante o monitoramento de praias entre os anos de 2016 a 2017. Os animais foram necropsiados e retirados o encéfalo, tendo passado pelo procedimento de perfusão (formol 4%) ou não (fixado em formol 10% por imersão). Após fixados, os encéfalos foram mantidos em sacarose 30% até ser realizada a microtomia através de criostato. As lâminas confeccionadas foram descritas utilizando microscópio óptico, sendo realizadas capturas de imagens através de câmera acoplada ao microscópio. O mesencéfalo de tartaruga verde apresenta um padrão de organização neuronal semelhante ao encontrado em outros répteis. Os neurônios DA imunorreativos podem ser divididos em um grupamento ventromedial (área tegmental ventral/A10), um grupamento dorsolateral (substância negra/A9) e uma extensão caudal de A9 (homólogo reptiliano de A8 em mamíferos/RA8). Os neurônios destes grupamentos são bipolares ou multipolares e ovoides, fusiformes ou triangulares em forma. Desta forma, viabilizamos as primeiras descrições do sistema dopaminérgico que podem auxiliar no entendimento de questões ecológicas e fornecer bases neuroanatômicas para futuros estudos funcionais da motricidade.Dissertação Caracterização macro e microscópia da língua e esôfago de tartarugas marinhas (testudines)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-11-06) Cavalcante, Raquel Marinho de Souza; Gavilan, Simone Almeida; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; http://lattes.cnpq.br/7941162122157295; Ladd, Fernando Vagner Lobo; http://lattes.cnpq.br/0907170560632356; Moura, Geraldo Jorge Barbosa de; http://lattes.cnpq.br/1348666346504103Estudos sobre a biologia básica de tartarugas marinhas nos permite tomar importantes decisões de manejo para a conservação desse grupo taxonômico. Ainda há escassez de informações que relacionem hábitos alimentares com a morfologia interna do trato gastrointestinal superior (língua e esôfago) desses animais. Além disso, não há estudos que comprovem a função da língua no processo de digestão. Por esse motivo, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar a morfologia macro e microscópica de língua e esôfago de tartarugas marinhas, estabelecendo comparações entre as espécies e seus hábitos alimentares. Durante o período de janeiro de 2018 a novembro de 2019, foram avaliadas amostras de língua e esôfago de tartarugas marinhas encalhadas mortas ou que vieram á óbito na Base de Reabilitação do PCCB-UERN, em todo o litoral do RN e litoral leste do CE. Os animais foram necropsiados e os órgãos de interesse foram dissecados conjuntamente e fixados em formol 10%. Posteriormente, foi realizado o registro fotográfico, pesagem e biometria e em seguida, as amostras de língua foram encaminhadas para clivagem histológica, enquanto as amostras de esôfago foram destinadas para o processamento da técnica estereológica. Como resultados, vale destacar os achados histológicos inéditos referentes à língua das tartarugas marinhas. Foi observado que a superfície dorsal é revestida por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado com papilas em formato filiforme e fungiforme. Além disso, outra novidade é que em C. mydas, observou-se glândulas salivares, enquanto em C. caretta, foi descrito um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado com células caliciformes. A presença de glândulas e células caliciformes sugere a secreção de saliva e muco, respectivamente, pelo órgão. Além disso, nas análises estereológicas do esôfago, foi observado que a espécie C. mydas possui maior densidade de volume (Vv) e volume total (Vtot) na camada muscular, enquanto que a espécie C. caretta, apresentou maiores valores para a camada mucosa. O maior desenvolvimento da camada muscular no esôfago de C. mydas, é justificado pelo fato de sua dieta ser rica em macroalgas e fanerógamas, itens alimentares que possuem em sua composição celulose e hemicelulose, sendo necessário que eles passem pelo processo de fermentação durante a digestão. Dessa forma, uma camada muscular bem desenvolvida no esôfago permitiria maior motilidade do órgão, promovendo a mistura do conteúdo alimentar durante a fermentação, além de permitir uma intensa digestão mecânica do alimento por meio das papilas esofágicas. A partir dos achados, pode-se inferir que para ambas espécies foram descritas papilas filiformes. Em C. mydas foram descobertas papilas fungiformes, que possuem função gustatória, sugerindo a possível presença de botões gustativos. Por fim, pode-se afirmar que o esôfago apresenta diferenças morfológicas e funcionais para as duas espécies, condizentes com hábitos alimentares distintos.Dissertação Colisão de aves marinhas migratórias em linha de energia no Nordeste brasileiro: avaliação espaço-temporal e descrição da histologia gonadal em áreas não reprodutivas com fins de conservação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-03) Revorêdo, Rafael Ângelo; Gavilan, Simone Almeida; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; http://lattes.cnpq.br/0390075488105226; Nascimento, Renata Swany Soares do; http://lattes.cnpq.br/6385207984942429; Damasceno, João Paulo Tavares; http://lattes.cnpq.br/3135587620225939Entre os impactos antrópicos sofridos pelas aves, as colisões desses animais em estruturas lineares, especialmente em linhas de energia, se mostram cada vez mais frequentes e alarmantes. Estudos sobre esse tema, entretanto, são ainda recentes e escassos, especialmente na América do Sul e no Brasil. Aves migratórias são animais que geralmente se destacam nesse tipo de impacto, dentre as quais tem-se as espécies marinhas Sterna dougallii (ROST) e Sterna hirundo (COTE) que migram para costa sul-americana durante o inverno boreal e podem ser encontrados no litoral do Rio Grande do Norte (RN). Representantes dessas duas espécies começaram a ser encontrados pelas equipes de monitoramento de praia do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN), próximos a uma linha de distribuição de energia, com sinais de colisão, em uma praia do litoral do RN entre os anos de 2010 e 2020. Amostras dos tecidos dos animais que não sobreviveram foram armazenados no banco de amostras biológicas do PCCBUERN. Por serem aves com uma sazonalidade reprodutiva bem definida, suas gônadas passam por mudanças periódicas, porém pouco se sabe sobre a biologia reprodutiva a nível histológico, assim como sobre o estágio gonadal dos animais que que são impactados pela linha de distribuição no nordeste brasileiro. Frente a essa casuística, a presente pesquisa buscou caracterizar os eventos de colisões de aves em uma linha de energia no município de Galinhos/RN, diante de modificações do ambiente associadas a construção de um parque eólico, assim como descrever a morfologia das gônadas e o estágio gonadal de indivíduos envolvidos na problemática. Os dados de colisão (local, data, biometria do animal) foram coletados entre 2010 e 2020 diariamente e ininterruptamente através do monitoramento da faixa de praia onde está a linha de distribuição. As aves encontradas tinham suas coordenadas registradas e caso estivessem vivas eram encaminhadas para o Centro de Reabilitação de Fauna Marinha do PCCB-UERN. A partir das gônadas de 62 aves que foram a óbito, as quais foram fixadas em formol 10% e submetidas a rotina laboratorial para preparação de lâminas histológicas, foi analisada a biologia reprodutiva incluindo descrição histológica gonadal, estágio gonadal e proporção entre os sexos. As análises histológicas das gônadas revelaram um padrão correspondente ao de outras espécies de aves. Os ovários apresentaram a região do córtex com folículos em diferentes fases de maturação e também uma região medular bem pronunciada; os testículos apresentaram túbulos seminíferos com lúmens estreitados e epitélio seminífero sem produção de espermatozoides, assim como um tecido intersticial bem desenvolvido. Quanto aos registros de colisões, essa pesquisa indicou que houve um aumento significativo na frequência de colisão de aves com a linha de distribuição de energia, coincidindo com a instalação de um parque eólico em uma praia vizinha, e que se manteve mesmo após a instalação de sinalizadores em parte dos fios da linha. Pesquisas demonstram que parques eólicos podem causar deslocamento em rotas de voos de aves, o que pode indicar uma possível influência do parque no aumento das colisões. Em suma essa pesquisa aponta eventos de colisão de aves em linhas de energia nunca antes registrados no RN por falta de monitoramento, indica a possível influência de um parque eólico nesse processo e elucida aspectos histológicos da biologia reprodutiva das espécies de aves impactadas.Tese Conflitos de atividades antrópicas com a conservação das tartarugas marinhas na região da Bacia Potiguar, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-04-19) Ventura, Aline da Costa Bomfim; Pontes, Cibele Soares; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0003-1993-0032; http://lattes.cnpq.br/3943018673158703; https://orcid.org/0000-0003-4678-7534; http://lattes.cnpq.br/9247608045557514; Silva, Flavio José de Lima; http://lattes.cnpq.br/1421802360229451; Santos, Pedro Paulo de Andrade; Carvalho, Rodrigo Guimarães de; Rossi, SilmaraO Brasil possui uma zona costeira que está ameaçada por atividades econômicas e acelerado processo de urbanização, resultando em desequilíbrio do ecossistema e diminuição da qualidade socioambiental. As atividades socioeconômicas existentes na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil, representam riscos às espécies de tartarugas marinhas que ocorrem na região. Foram analisadas amostras de gônadas e dados obtidos de encalhes e ninhos de tartarugas marinhas entre os anos de 2010 e 2021 durante as atividades do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar para avaliar os potenciais impactos das atividades antrópicas sobre as tartarugas marinhas, bem como a ecologia de nidificação e maturação reprodutiva desses animais. Os sinais de interação antrópica foram classificados em 12 categorias (oito relacionadas à atividade pesqueira). Foram analisados 6.007 encalhes, incluindo quatro espécies de tartarugas marinhas (Chelonia mydas, Tartarugaverde; Eretmochelys imbricata, Tartaruga-de-pente; Lepidochelys olivacea, Tartaruga-oliva; Caretta caretta, Tartaruga-cabeçuda), e evidências de interação antrópica foram observadas em 12,88% (n = 774) dos encalhes. Chelonia mydas representou 94,05% (728/774) do total de registros com interação antrópica, e encalhes relacionados à pesca representaram 81,65% (632/774). Indivíduos jovens foram mais afetados do que adultos, da mesma forma fêmeas foram mais afetadas do que machos. Icapuí/CE e Areia Branca/RN, municípios bastante populosos, apresentaram maiores registros de encalhes com indícios de interação antrópica. Nossas análises revelaram que encalhes com interações antrópicas relacionadas à pesca ocorreram ao longo do ano, entretanto um maior número de registros ocorreu na estação seca e na temporada da pesca da lagosta. Os municípios de Macau/RN e Guamaré/RN foram as áreas prioritárias de reprodução das tartarugas marinhas, com maior número de ninhos registrados (60,70% e 20,82%, respectivamente). A época de nidificação para Eretmochelys imbricata ocorreu entre dezembro e maio e para Lepidochelys olivacea de março a agosto. Tartarugas-de-pente apresentaram maior tamanho das ninhadas, tempo de incubação, número de ovos não eclodidos e número de filhotes mortos quando comparado com tartarugas-oliva; no entanto, apresentaram menor sucesso de eclosão. Precipitação entre 0 e 22 mm e umidade relativa (UR) maior que 69% aumentaram a taxa de sucesso de eclosão para E. imbricata; entretanto, chuvas acima de 11 mm e UR 64% tiveram o mesmo efeito para L. olivacea. Existe influência antrópica sobre os níveis de postura reprodutiva das fêmeas e sobre os filhotes e ninhos desses animais; construções, luminosidade, atividade pesqueira, predação humana e resíduos antropogênicos foram os principais indicadores de impactos encontrados na área. O comprimento da carapaça das tartarugas marinhas não é apropriado para identificar o estágio de maturação reprodutiva quando utilizado de forma isolada, sendo a análise histológica uma técnica adequada para este fim, portanto, recomenda-se adotar o tamanho mínimo no qual é observada atividade reprodutiva no tecido gonadal, através da análise histológica, como base para o tamanho reprodutivo inicial. Somado a isto, a análise histomorfométrica oferece oportunidade para aumentar a compreensão sobre os atributos que influenciam na maturação sexual desses animais. Os resultados dessa pesquisa fornecem subsídios para medidas de manejo, mitigação e adoção de políticas públicas para minimização dos impactos sobre as tartarugas marinhas, ajudando a conservá-las.TCC Dados biométricos de peixes-boi marinhos (Trichechus manatus manatus; Linnaeus, 1758) mantidos em reabilitação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do PCCB-UERN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-14) Silva, Maria Rosiemilly da; Gavilan, Simone Almeida; Farias, Daniel Solon Dias de; 0000-0002-5923-8625; http://lattes.cnpq.br/7813685791586480; 0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; 0000-0001-8627-4878; https://lattes.cnpq.br/0104353221997365; Ventura, Aline da Costa Bomfim; 0000-0003-4678-7534; http://lattes.cnpq.br/9247608045557514; Freire, Augusto Carlos da Bôaviagem; 0000-0003-1705-2096; http://lattes.cnpq.br/5659236090242487O peixe-boi marinho (Trichechus manatus) é um mamífero marinho pertencente à ordem Sirenia e à família Trichechidae. No Brasil, a espécie ocorre desde o Amapá até Alagoas, exibindo uma distribuição descontínua e com diversas fontes de impactos antrópicos. O litoral do estado do Rio Grande do Norte (RN) e do estado do Ceará (CE), no Nordeste do Brasil, apresenta alta incidência de encalhes de neonatos de peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus), demandando medidas de conservação e manejo da espécie. O objetivo deste estudo foi analisar características do crescimento de peixe-boi marinho mantido em reabilitação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN). Foram examinados dados biométricos de envergadura dorsal (ED; cm), comprimento total (CT; cm), peso corporal (PC; kg) e idade (meses) de 19 indivíduos (dez fêmeas e nove machos). Os neonatos de peixe-boi marinho foram encontrados encalhados entre o período de 21 de outubro de 2017 e 01 de fevereiro de 2022 na Bacia Potiguar, compreendendo os estados do RN e CE. Na análise de dados foi utilizada a estatística descritiva para verificar as relações das medidas de ED, CT e PC em relação à idade; e a função linear para obter uma estimativa da linha de crescimento do peixe-boi marinho em reabilitação. Também foi realizado o teste t de Student a fim de detectar presença ou ausência de diferenças morfométricas significativas entre os sexos no momento do resgate. Nos resultados deste estudo, os neonatos de peixe-boi marinho apresentaram valores médios de CT e PC semelhantes aos indivíduos encalhados em outras localidades. No momento do resgate, as fêmeas obtiveram maiores valores médios de peso corporal que os machos, apesar de não haver diferenças significativas entre as medidas biométricas (CT; PC) entre os sexos. Os resultados também indicam que as diferenças nos valores das medidas ED e PC entre os sexos, principalmente o PC, aumentam conforme a idade do peixe-boi marinho. A análise de dados biométricos de peixe-boi marinho neste estudo contribui para a avaliação do crescimento desses animais em reabilitação, além de acrescentar informações sobre a sua biologia na literatura e auxiliar na conservação da espécie.TCC Design expográfico para o Museu de Ciências Morfológicas da UFRN: Um estudo para o projeto da Sala do Mar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-18) Silva, Ivana S. A.; Torres, Lorena; https://lattes.cnpq.br/2239987668935865; Gavilan, Simone Almeida; Romani, ElisabethA proposta deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é oriunda de um projeto de extensão para a exposição "Sala do Mar" no Museu de Ciências Morfológicas da UFRN. Um projeto de extensão possui caráter educativo, social e cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico, que ampliam a atuação do campus universitário para as necessidades da comunidade. O MCM existe desde 2009 com o propósito de divulgação do conhecimento científico referente às formas dos seres vivos, com ênfase na educação ambiental, isto motivou o projeto de extensão universitária e, consequentemente, este TCC. O projeto expográfico para sala do Mar, busca propor caminhos para promover novas experiências ao público, isso ocorrerá neste trabalho através da renovação dos mobiliários expositivos e do desenvolvimento de uma ação sentipensante, transformando a exposição em uma experiência inovadora para o museu. Para o desenvolvimento do projeto, foram utilizadas as etapas de planejamento propostas por Franco (2018) e o percurso metodológico descrito no Universal Methods of Design (2012), com algumas adaptações. Esta estrutura possibilitou a idealização do projeto atendendo os objetivos elegidos, resultando no mobiliário expositivo para a sala do mar, com o desenho detalhado dos suportes e as atividades para a tornar a exposição sentipensante.TCC Distribuição espaço-temporal e possível influência do vento no registro de aves marinhas do gênero Sterna e Thalasseus resgatadas na praia de Galinhos/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-18) Teixeira, Gabriel Dutra; Gavilan, Simone Almeida; Rossi, Silmara; https://orcid.org/ 0000-0003-0281-7236; http://lattes.cnpq.br/9669052831360938; https://orcid.org/ 0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; https://orcid.org/ 0000-0002-2316-7634; http://lattes.cnpq.br/1020321982578181; Revorêdo, Rafael Ângelo; https://orcid.org/ 0000-0003-3819-814X; http://lattes.cnpq.br/0390075488105226; Farias, Daniel Solon Dias de; https://orcid.org/ 0000-0002-5923-8625; http://lattes.cnpq.br/7813685791586480Espécies do gênero Sterna e Thalasseus, tais como Sterna hirundo (trinta-réis-boreal), Sterna dougallii (trinta-réis-róseo), Thalasseus acuflavidus eurygnathus (trinta-réis-de-bico-amarelo) e Sterna hirundinacea (trinta-réis-de-bico-vermelho), Ordem Charadriiformes e família Laridae, têm sido registradas na Bacia Potiguar, nordeste brasileiro. Na região de Galinhos, no Rio Grande do Norte, foi verificada a problemática de colisão dessas aves com linhas de distribuição de energia. Existem vários fatores que podem influenciar uma ave de colidir, e o objetivo deste trabalho foi analisar dados dos registros de resgates dessas quatro espécies do gênero Sterna e Thalasseus e indivíduos Sterna spp., com informações sobre a temporalidade dessas colisões e como a velocidade e direção do vento dessa região afetam nesse quesito. Os dados foram levantados através de registros de campo obtidos por meio da avaliação de indivíduos vivos e mortos, registrados entre 2010 e 2021, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar (PMP-BP), executado pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN). Os resultados referentes aos aspectos temporais indicam o predomínio de resgates nos anos 2017 e 2020, com maior frequência de ocorrência no período entre outubro e março, pelo turno da manhã. Não houve correlação entre a velocidade do vento e as resgates, mas a análise da direção do vento mostrou uma forte relação entre as colisões e ventos em direção ao sul. Com os resultados da análise obtidos, revela-se uma melhor compreensão deste cenário de impacto antrópico sobre essas quatro espécies de aves migratórias registradas na área de estudo, destacando a necessidade de políticas públicas que considerem medidas mitigadoras para a solução do problema das colisões com linhas de energia.TCC Distúrbios congênitos do sistema nervoso central em recém-nascidos: análise das incidências no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-11) Alberto, Natan Pereira de Medeiros; Nascimento, Renata Swany Soares do; http://lattes.cnpq.br/6385207984942429; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; Soares, Angela Maria de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/9312458190693413Distúrbios congênitos (DCs) são condições que afetam o desenvolvimento e funcionamento de determinado sistema ou órgão do feto. Malformações no desenvolvimento do cérebro e da medula espinal resultam em distúrbios congênitos do sistema nervoso central (SNC). Com o intuito de averiguar o cenário atual de distúrbios congênitos no território potiguar, esse trabalho teve como objetivo avaliar a incidência de DCs do SNC no Estado do RN no período de 2010 a 2020. O SINASC foi o sistema utilizado para a coleta de dados. No RN a incidência de DCs do SNC de 2010 a 2020 foi de 12,5 a cada 10.000 nascimentos. Os anos que tiveram as incidências mais altas foram de 2015, 2016 e 2017, período que coincidiu com a epidemia do ZIKV no Brasil. As MCs do SNC mais frequentes foram: anencefalia, microcefalia, hidrocefalia congênita não especificada e espinha bífida não especificada. Quanto à distribuição geográfica, os municípios que tiveram as maiores incidências foram: São Miguel do Gostoso, Lajes, Tangará, Lagoa de Pedras e Lagoa Salgada. Ao avaliarmos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), foi observada uma correlação inversamente proporcional fraca, onde quanto menor o IDH, maior é a incidência dessas condições.Dissertação Fase lunar e comportamento de Eretmochelys imbricata (LINNAEUS, 1766) no Rio Grande do Norte(2018-07-26) Nakamura, Milena Felix; Corso, Gilberto; Soares, Bruno Lobão; ; ; ; Maggi, Bruno de Souza; ; Lima, Gustavo Zampier dos Santos; ; Gavilan, Simone Almeida;Alguns animais percebem as mudanças ocasionadas pelos ritmos ambientais e sincronizam os seus ciclos biológicos a fim de aumentar as chances de sobrevivência e/ou aumentar seu sucesso reprodutivo. Neste trabalho foi analisado os comportamentos de desova em relação ao tipo de fase lunar da tartaruga de pente no litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte. Os registros foram provenientes dos monitoramentos noturnos e diurnos do TAMAR-RN, ocorridos nas temporadas reprodutivas de 2006/2007 a 2015/2016. As dez estações reprodutivas apresentaram número total de registros de 4807, e dentre estes, os registros com presença de horário do flagrante foi 1301. As temporadas analisadas apresentaram picos de registros mensais ocorrendo nos meses de janeiro a março. Os horários de maior frequência de indivíduos flagrados na praia ocorreu entre 20-22hs. Em relação a visibilidade lunar no momento das ocorrências do processo de nidificação, os registros do tipo “com desova” (CD) foram observados em maior quantidade no momento em que não houve presença da lua no céu, enquanto que “meia-lua” (ML) e “sem desova” (SD) ocorreram de forma homogênea, sem relação aparente com a visibilidade da lua no céu. O número de registros de espécimes na praia perdurou de forma heterogênea em todas as fases lunares, apresentando maior frequência de registros durante a lua crescente e minguante comprovadas pelo teste de Kuiper. Observou-se que a frequência mínima ocorreu especificamente durante os dias de lua cheia e lua nova. O intervalo internidal da espécie Eretmochelys imbricata é de aproximadamente metade do ciclo lunar. O cálculo do ângulo lunar para tartarugas remigrantes constatou a ausência de preferência para a desova nas mesmas fases lunares ao longo de várias estações.Dissertação Mediação de aulas práticas no museu: estratégias para fortalecer a aprendizagem no ensino médio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-09) Santos, Eduardo Lúcio Primo dos; Camillo, Christina da Silva; Nascimento, Renata Swany Soares do; https://orcid.org/0000-0002-1586-5256; http://lattes.cnpq.br/0021644707162925; http://lattes.cnpq.br/0805542059194370; Gavilan, Simone Almeida; Paiva, Monique Danyelle Emiliano BatistaBuscar métodos adequados para estimular o cognitivo e vivenciar experiências no ensino de ciências e biologia em ambientes não formais de ensino podem colaborar com a fixação do conteúdo e melhorias no aprendizado de estudantes. Nesse contexto, o presente trabalho foi formulado visando avaliar como o Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFRN pode contribuir para o aprendizado dos alunos do Ensino Médio acerca da morfologia humana através de aulas práticas. Esse espaço museal, aqui também reconhecido como espaço não formal de educação, possui um vasto acervo de peças formolizadas, taxidermizadas e também plastinadas, dispostas em três salas de exposição: Morfologia Humana, Fauna Marinha e Biodiversidade Animal, e conta com a presença de monitores capacitados para conduzir os visitantes em uma fascinante viagem ao conhecimento. Desse modo, participaram da pesquisa 63 (sessenta e três) alunos de 6 (seis) turmas da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Edgar Barbosa, localizada na cidade do Natal/RN. Inicialmente, foram avaliados os conhecimentos prévios dos alunos através do questionário 1, o qual também serviu de elemento norteador para a preparação da aula teórica. No segundo momento, o professor de biologia das turmas ministrou uma aula teórica em sala de aula sobre a morfologia do sistema respiratório humano, e após 24 horas os alunos responderam ao questionário 2 contendo 10 (dez) questões de múltipla escolha, referente ao assunto estudado. No terceiro momento, os alunos participaram de uma aula prática no auditório do MCM sobre o referido sistema, sendo dessa vez ministrada pelos monitores do museu. No MCM os alunos foram separados em grupos e em seguida conduzidos para um estande, organizado com várias peças anatômicas (sintéticas, formolizadas e/ou plastinadas), no qual eles recebiam as informações repassadas pelo monitor sobre uma região do sistema respiratório, tendo acesso a visão e/ou tato das peças disponíveis. Após 24h da aula prática, os alunos responderam ao questionário 3, idêntico ao anterior, objetivando quantificar e comparar os resultados entre esses dois momentos. Houve diferença estatisticamente significativa entre as respostas dos questionários 2 e 1, 3 e 1 e nenhuma diferença entre as respostas obtidas nos questionários 3 e 2. Assim, compreendemos que o MCM pode contribuir com o fortalecimento da aprendizagem para alunos do Ensino Médio, mostrando-se importante para a comunidade escolar, como um espaço não formal de ensino.Dissertação Morfologia do complexo tímpano-periótico de cetáceos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-11-30) Corrêa, Gabriela Colombini; Gavilan, Simone Almeida; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; http://lattes.cnpq.br/9222604660734522; Morell, Maria; http://lattes.cnpq.br/5679637906365477; Silva, Flávio José de Lima; http://lattes.cnpq.br/1421802360229451O presente estudo tem por objetivo descrever a morfologia do complexo ósseo tímpanoperiótico (T-P) de diferentes espécies de cetáceos, bem como investigar a influência das atividades de pesquisas sísmicas nos encalhes desse grupo. Os dados analisados neste trabalho foram obtidos pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca-UERN (PCCB/UERN), em parceria com o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), durante a execução de Projetos de Monitoramento de Praias, ou através de acionamentos pela comunidade. Exemplares mortos ou que vieram a óbito durante a reabilitação tiveram seus complexos timpânicos removidos durante a realização de necropsias ou procedimentos de análise de carcaça, sendo identificados em direito e esquerdo e submetidos ao processo de maceração. Para cada exemplar foram registrados dados referentes à fase de desenvolvimento, sexo e espécie. Foram coletados 57 complexos T-P de 31 indivíduos de cetáceos, distribuídos em 6 espécies: Peponocephala electra (N = 4), Pseudorca crassidens (N = 2), Sotalia guianensis (N = 39), Stenella attenuata (N = 4), Stenella longirostris (N = 4) and Tursiops truncatus (N = 4). Foi realizada a biometria e descrição morfológica para cada complexo de cada espécie, sendo avaliadas as possíveis variações ontogenéticas e taxonômicas. As seis espécies compartilharam de características morfológicas semelhantes por pertencerem a mesma família (Delphinidae) porém, as espécies S. guianensis, S attenuata e S. longirostris apresentaram um maior número de características em comum, o que pode indicar uma maior relação evolutiva entre estas. Não foram observadas variações ontogenéticas significativas para as espécies S. guianensis, P. electra e S. longirostri, na qual apresentaram amostras em diferentes faixas etárias para comparação. Foi observado que as características morfológicas mais representativas para a identificação da espécie foram, para o timpânico: o processo posterior, as proeminências interna e externa e o processo sigmóide. Para o periótico: a porção coclear e as aberturas do aqueduto coclear e vestibular e a crista parabular. Ainda com os dados obtidos a partir do monitoramento de praias, foi realizada uma descrição da diversidade e padrões de encalhes de cetáceos, nos períodos de ocorrência de dois projetos de Pesquisas Sísmicas, denominados de PCS01 e PCS02 sendo comparados com os mesmos períodos em anos anteriores, sem a ocorrência das atividades de pesquisa sísmica, o PSS01 e PSS02. Foi possível observar, durante o período das atividades sísmicas 01 e 02, a redução do número de registros de encalhes nas áreas de maior impacto, concomitante com o aumento desses em outras áreas menos impactadas. Sugere-se a partir deste resultado, um possível afastamento ou alteração de rota, em decorrência do impacto causado pelos ruídos sísmicos. Além disso, foram apresentados três casos de encalhes que apresentaram alterações morfológicas e sinais de embolia gasosas, compatíveis com possíveis impactos causados pelas atividades sísmicas.Dissertação Situação da Lontra longicaudis no Rio Grande do Norte: habitat e estratégias para conservação na Mata Atlântica nordestina do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-23) Sousa, Rafael Turíbio Moraes de; Corso, Gilberto; http://lattes.cnpq.br/0274040885278760; http://lattes.cnpq.br/3893867147648686; Venticinque, Eduardo Martins; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; Silva, Flávio José de Lima; http://lattes.cnpq.br/1421802360229451; Gavilan, Simone Almeida; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302A Lontra longicaudis (Olfers, 1818) é um mamífero carnívoro representante da família Mustelidae e subfamília Lutrinae com membranas interdigitais nos dedos das patas que permitem uma excelente adaptação ao estilo de vida semiaquático. É um animal arisco e de difícil visualização, devido a seus hábitos noturnos e crepusculares, principalmente no Nordeste do Brasil. Uma das maneiras de se estudar o habitat da espécie é através da observação indireta, juntamente com vestígios como carcaças, rastros, latrinas, muco anal e fezes. Existem diversas espécies de mustelídeos que interagem com populações pesqueiras por todo território mundial originando conflitos entre humanos vs animais, contudo há poucos estudos que abordam esse tema no território brasileiro. Apesar da distribuição da espécie ser considerada pelo IUCN (International Union for Conservation of Nature) como “Dados Insuficientes”, estudos recentes descrevem que a espécie é classificada como “Quase ameaçada” no Nordeste do Brasil e “Vulnerável” no domínio de Mata Atlântica devido ao alto nível de degradação do hábitat, especificamente o desmatamento das margens dos rios, pela pesca predatória, piscicultura e carcinicultura. Objetivando a descrição do habitat da Lontra longicaudis no Rio Grande do Norte, um amplo registro fotográfico do habitat da L. longicaudis, com destaque para os locais das latrinas, os locais de tocas, os locais de passagem de indivíduos e os locais típicos de alimentação. Posteriormente, objetivando a minimização do conflito entre lontras e pescadores da região ribeirinha do Estado, propusemos uma solução para melhoria dos apetrechos (covos) dos pescadores destruídos pelas lontras. Para isso, ciclos de entrevistas não sistemáticas (autorização ICMBio nº 32910) foram realizadas em cinco comunidades pesqueiras da Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíras, entre os anos de 2018 e 2019, que ainda realizam a pesca do camarão de rio Macrobrachium sp. (Ordem: Decapoda; Família: Palaemonidae) utilizando covos artesanais, confeccionados com material oriundo da vegetação local. A principal preocupação apontada foi o interesse da L. longicaudis sobre os covos utilizados para pesca, os quais, são periodicamente quebrados pela lontra. Então, uma técnica que utiliza canos de PVC para a confecção dos covos foi apresentada e prontamente aceita pela população ribeirinha da APA Bonfim-Guarairas/RN, a qual prontamente logrou êxito para a pesca artesanal e gerou subsídios para conservação da L. longicaudis. Dentre as ideias elaboradas e discutidas com a população ribeirinha, faz-se necessário uma série de medidas públicas, em especial: melhoraria da legislação vigente; maior investimento em educação e programa de proteção ambiental; aperfeiçoamento do controle da poluição e desmatamento. Finalmente, um Estratégias e Ações das Lontras para o estado do Rio Grande do Norte foi elaborado no intuito de ser uma ferramenta essencial no norteamento de pesquisas, fomento de dados ecológicos e manejo eficiente e equilibrado das áreas habitadas pela lontra neotropical.