Navegando por Autor "Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Aplicação dos íntrons do grupo I do mitogenoma de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii para identificação de espécies e sua associação com susceptibilidade a antifúngicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-17) Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva; Theodoro, Raquel Cordeiro; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; http://lattes.cnpq.br/4820520662037366; Medeiros, Silvia Regina Batistuzzo de; https://orcid.org/0000-0003-2431-0479; http://lattes.cnpq.br/5882662534904226; Andrade, Vania Sousa; Teixeira, Marcus de MeloOs complexos de espécies de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii são compostos por fungos patogênicos que matam mais de 112.000 pessoas anualmente em todo o mundo, sendo a meningoencefalite o principal sintoma da criptococose. Características como virulência e susceptibilidade a antifúngicos podem variar dentro de cada espécie segundo o genótipo fúngico: C. neoformans é dividido nos tipos moleculares VNI, VNII, VNIII e VNIV e C. gattii em VGI, VGII, VGIII e VGIV. Sendo assim, é necessário e urgente um diagnóstico diferencial com marcadores moleculares específicos. Os íntrons autocatalíticos do grupo I podem ser um alvo potencial para distinção entre os tipos moleculares dessas leveduras já que possuem polimorfismos quanto a sua presença e sequência de pares de bases. Além disso, como o auto-splicing destes elementos é vital para a célula fúngica, eles são considerados importantes alvos terapêuticos, uma vez que estão ausentes no genoma humano. Com base nisso, este estudo objetivou avaliar a presença de íntrons do grupo I nos genes mitocondriais cob e cox1 de isolados fúngicos do gênero Cryptococcus, buscar ORFs com genes de endonucleases nas sequências intrônicas, averiguar o potencial uso desses elementos genéticos como marcadores moleculares para diferenciação de genótipos e/ou espécies e analisar sua relação com a susceptibilidade a antifúngicos, além de estudar sua origem, distribuição e evolução através de análises filogenéticas. Os dados obtidos da amplificação de íntrons dos genes cob e cox1 mostraram que o complexo C. neoformans possui em média menos íntrons em seu mitogenoma e que há um grande polimorfismo de presença e de tamanho destes elementos entre e dentro dos genótipos, o que impossibilita o uso de um único marcador intrônico para diferenciar genótipo e/ou espécie nos complexos C. neoformans e C. gattii. Contudo, a diferenciação entre as espécies é possível com combinações de PCRs dos íntrons de mtLSU e cox1 para espécies de C. neoformans e dos íntrons de mtLSU e cob para C. gattii. Aproximadamente 80,5% dos íntrons sequenciados possuíam homing endonucleases e as análises filogenéticas mostraram que íntrons que ocupam o mesmo sítio de inserção formam clados monofiléticos e provavelmente possuem como ancestral comum um íntron que invadiu esse sítio antes da divergência entre as espécies. Houve apenas um caso de invasão heteróloga oriunda provavelmente de transferência horizontal entre um isolado do genótipo VGIV e outros fungos. Quanto aos ensaios de susceptibilidade aos antifúngicos, viu-se que os valores de concentração inibitória mínima do fluconazol, 5-flucitosina e pentamidina se mostraram estatisticamente associados aos complexos de espécies, tendo o C. gattii maiores MICs para o fluconazol e o C. neoformans maiores MICs para 5-flucitosina e pentamidina. A presença de íntrons se mostrou relacionada com a susceptibilidade à anfotericina-B, para a qual uma maior quantidade de íntrons esteve associada a menores valores de MIC e à 5-flucitosina e pentamidina, para as quais a influência da presença de íntrons variou entre os complexos: quanto à 5-flucitosina, a presença de íntrons se relacionou com menor susceptibilidade em C. neoformans e maior em C. gattii, e o cenário oposto foi visto para pentamidina, para a qual os íntrons estiveram associados à maior susceptibilidade em C. neoformans e menor em C. gattii.TCC Introns do grupo I no mitogenoma de fungos: aspectos evolutivos e sua relevância na micologia médica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-23) Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva; Theodoro, Raquel Cordeiro; Martins, Daniella Regina Arantes; Scortecci, Kátia CastanhoOs introns do grupo I (IGI) são pequenos RNAs (250-500 nt) capazes de catalisar seu próprio splicing a partir do RNA precursor. Estão amplamente distribuídos pela árvore da vida e possuem intrincadas relações com seus genomas hospedeiros. Neste trabalho reunimos informações publicadas na literatura científica e no banco de dados MitoFun a respeito de introns mitocondriais do grupo I no Reino Fungi, principalmente em fungos patogênicos, a fim de compreender, sob uma perspectiva evolutiva, a distribuição desses elementos em genes e genomas e seu possível impacto na morfologia e função mitocondrial, bem como sua influência sobre a aptidão do seu hospedeiro em aspectos como a virulência e suscetibilidade à antifúngicos. A literatura existente evidencia a relação entre presença e ausência de introns autocatalíticos com diferenças no padrão de fissão e tubulação mitocondrial, respectivamente, e sugere que cepas com mais introns no mitogenoma são menos virulentas e mais sensíveis a drogas como 5-fluocitocina e anfotericina B. Nossos achados confirmam a maior presença desses elementos nos genes mitocondriais cox1, cob e rnl, tanto no que diz respeito ao número de introns como de sítios de inserção. Interessantemente, nossos dados revelam que fungos patogênicos possuem em média menos introns autocatalíticos do que os demais, sugerindo que a distribuição de IGI não é esporádica, mas pode estar vinculada ao estilo de vida do fungo e a diferentes pressões evolutivas.Artigo Invasive fungal infection by Cryptococcus neoformans var. grubii with bone marrow and meningeal involvement in a HIV infected patient: a case report(BMC, 2019-03) Vechi, Hareton Teixeira; Theodoro, Raquel Cordeiro; Oliveira, Andrea Lima de; Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva; Soares, Rodolfo Daniel de Almeida; Freire, Munya Gandour; Bay, Mônica BaumgardtBackground: Cryptococcosis is a common opportunistic infection in patients infected by Human Immunodeficiency Virus (HIV) and is the second leading cause of mortality in Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) patients worldwide. The most frequent presentation of cryptococcal infection is subacute meningitis, especially in patients with a CD4+ T Lymphocytes count below 100 cells/μL. However, in severely immunosuppressed individuals Cryptococcus neoformans can infect virtually any human organ, including the bone marrow, which is a rare presentation of cryptococcosis. Case presentation: A 45-year-old HIV-infected male patient with a CD4+ T lymphocyte count of 26 cells/μL who presented to the emergency department with fever and pancytopenia. Throughout the diagnostic evaluation, the bone marrow aspirate culture yielded encapsulated yeasts in budding, identified as Cryptococcus sp. The bone marrow biopsy revealed a hypocellularity for age and absence of fibrosis. It was observed presence of loosely formed granuloma composed of multinucleated giant cells encompassing rounded yeast like organisms stained with mucicarmine, compatible with Cryptococcus sp. Then, the patient underwent a lumbar puncture to investigate meningitis, although he had no neurological symptoms and neurological examination was normal. The cerebrospinal fluid culture yielded Cryptococcus sp. The species and genotype identification step showed the infection was caused by Cryptococcus neoformans var. grubii (genotype VNI). The patient was initially treated with amphotericin B deoxycholate plus fluconazole for disseminated cryptococcosis, according to guideline recommendations. However, the patient developed acute kidney injury and the treatment was switched for fluconazole monotherapy. The symptoms disappeared completely with recovery of white blood cells and platelets counts. Cerebrospinal fluid cultures for fungi at one and two-weeks of treatment were negative. Conclusions: Bone marrow infection caused by Cryptococcus neoformans is a rare presentation of cryptococcosis. The cryptococcal infection should be included for differential diagnosis in HIV-infected patients with fever and cytopenias, especially when CD4+ T lymphocytes count is below 100 cells/μL.