Navegando por Autor "Gomes, Zarah Trindade"
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TCC Caracterização litofaciológica e paleontológica dos icnossítios Crispim (ou Recanto) e Lagoa do Forno III, Bacia Rio do Peixe, Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-11) Macêdo, Paloma Barbalho da Cunha; Ghilardi, Aline Marcele; Gomes, Zarah Trindade; Buck, Pedro Victor; Aureliano Neto, TitoEste trabalho teve como objetivo caracterizar litofaciológica e paleoicnologicamente dois icnossítios inéditos da Sub-bacia de Sousa, na Bacia do Rio do Peixe (BRP), Nordeste do Brasil: Lagoa do Forno III e Crispim (ou Recanto). A BRP é uma bacia interiorana do Cretáceo Inferior formada por reativações tectônicas ao longo de zonas de cisalhamento neoproterozoicas. As análises realizadas combinaram descrições macroscópicas das rochas, elaboração de seções colunares dos afloramentos, identificação de estruturas sedimentares biogênicas e abiogênicas, fotogrametria e modelagem tridimensional de icnofósseis, além de uma abordagem de análise litofaciológica para caracterização dos depósitos. No Icnossítio Lagoa do Forno III, foram identificadas paleotocas atribuíveis a pequenos vertebrados, pegadas de dinossauros mal preservadas, e um nível fossilífero contendo somatofósseis desarticulados e fragmentados, incluindo escamas e ossos de peixes e uma costela de tetrápode indeterminado. Já no Icnossítio Crispim, foram registradas pegadas e pistas intermediariamente preservadas atribuídas a saurópodes, terópodes e ornitópodes, além de bioturbações de invertebrados escavadores. Os pacotes sedimentares foram atribuídos à Formação Rio Piranhas (Lagoa do Forno III) e à Formação Sousa (Crispim), com base na análise integrada de litofácies e estruturas sedimentares. Destacam-se, respectivamente, a ocorrência inédita de paleotocas e a rara presença de somatofósseis no primeiro sítio, e a icnoassociação diversa no segundo, um padrão pouco documentado na BRP. Os resultados ampliam o conhecimento sobre a diversidade paleoicnológica da BRP e reforçam o seu potencial científico, patrimonial e educativo. Contudo, identificou-se que ações de geoconservação e valorização do patrimônio fossilífero regional são urgentes, antes que icnossítios relevantes como esse sejam perdidos, por processos naturais e/ou antrópicos.TCC Dinossauros saurópodes da Bacia Bauru (cretáceo), Centro-Sul do Brasil: uma revisão bibliográfica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-17) Gomes, Zarah Trindade; Ghilardi, Aline Marcele; Bandeira, Kamila Luisa Nogueira; http://lattes.cnpq.br/9936981889817493; http://lattes.cnpq.br/5761534317977568; http://lattes.cnpq.br/2539616567160937; Aureliano Neto, Tito; http://lattes.cnpq.br/3666297020355529; Santos, Claude Luiz de Aguilar; http://lattes.cnpq.br/1463570305864949A Bacia Bauru é uma bacia interior, de idade cretácica, localizada no Sudeste do Brasil, que possui grande importância paleontológica devido aos abundantes fósseis de vertebrados, especialmente, dinossauros. Fósseis de dinossauros saurópodes são especialmente abundantes em seus estratos, porém, a maior parte dos trabalhos produzidos até o momento sobre esses registros foram focados em descrição e sistemática. Proporcionalmente, poucos trabalhos focaram em aspectos da paleobiologia e paleoecologia dos saurópodes da bacia. O presente trabalho realizou um levantamento bibliográfico das espécies, bem como de outros espécimes descritos como saurópodes para a Bacia Bauru, além de realizar uma discussão sobre a abundância, diversidade, distribuição e sucessão ao longo do tempo desses animais. Foram encontradas 10 espécies formalmente descritas de saurópodes para a bacia, todos são considerados titanossauros, a maioria Aeolosaurini, além de pelo menos um Saltaraurinae e uma forma relacionada aos Lognkosauria. Apenas 9 espécies são consideradas válidas na atualidade e pelo menos uma espécie adicional já foi reconhecida na literatura, mas a sua descrição ainda não foi formalmente publicada. Foram encontrados, adicionalmente, 15 trabalhos descrevendo materiais atribuídos a saurópodes, mas que não tiveram diagnóstico além de clados mais abrangentes como Titanosauria ou Lithostrotia. Com o levantamento dos dados, observa-se uma relação entre as características dos ambientes deposicionais e a qualidade de preservação dos espécimes. Além disso, pode-se inferir uma relação entre tamanho do corpo e segregação de nichos, na qual tamanhos distintos teriam possibilitado a convivência destes animais nos diferentes ambientes ao longo do tempo. A realização de inferências paleobiológicas e paleoecológicas melhor embasadas sobre saurópodes da Bacia Bauru, todavia, depende de estudos mais detalhados dos sítios em que foram coletados esses materiais e também de análises tafonômicas aplicadas. Isso pode ajudar a ampliar consideravelmente o conhecimento sobre a ecologia e evolução de saurópodes do Gondwana durante o Cretáceo.Dissertação O registro icnológico de Sauropoda (dinosauria) da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-19) Gomes, Zarah Trindade; Ghilardi, Aline Marcele; Aureliano Neto, Tito; https://orcid.org/0000-0001-9136-0236; http://lattes.cnpq.br/5761534317977568; http://lattes.cnpq.br/2539616567160937; Tavares, Sandra Aparecida Simionato; Buck, Pedro VictorO estudo icnológico de trilhas e pegadas atribuídas a dinossauros saurópodes auxiliam no reconhecimento do icnoprodutor, compreensão da sua biomecânica, na recuperação de aspectos paleoecológicos e, principalmente, no entendimento da macroevolução do grupo. A Bacia do Rio do Peixe, localizada no Nordeste do Brasil, é composta por um grupo de mesmo nome do Cretáceo Inferior (Berriasiano-Hauteriviano), que apresenta uma grande abundância de icnofósseis de dinossauros, incluindo pegadas de ornitísquios, terópodes e saurópodes. Atualmente, no Grupo Rio do Peixe são conhecidos 40 icnossítios formalmente descritos, doze deles com registros de pegadas de saurópodes. O presente trabalho realizou um levantamento de icnossítios com pegadas e trilhas de saurópodes no Brasil. Observou-se que o registro icnológico brasileiro de Sauropoda carece de descrições mais detalhadas e informações importantes para a compreensão da distribuição e diversidade do grupo. Além do levantamento de icnossítios, foi realizada a descrição de uma nova localidade com pegadas de saurópode no Grupo Rio do Peixe, na Formação Sousa. Esta localidade, denominada ‘Sítio Feijão’, inserida na área do município de São João do Rio do Peixe-PB, apresenta uma trilha bem preservada (SJFE-A), com sete pegadas, de dinossauro saurópode de grande porte, além de outras cinco trilhas atribuídas a terópodes e tetrápodes indeterminados (SJFE-B a SJFE-F). A trilha SJFE-A, atribuída a Sauropoda, apresentou características morfológicas singulares, que permitiram a descrição de um novo icnogênero e icnoespécie. Dentre estas características estão pes arredondados com a margem interna mais retilínea que a externa, com cinco dígitos, sendo os três últimos voltados para fora, baixa heteropodia (aproximadamente 1:2), trilha com bitola estreita, manus com cinco calosidades e garra do dígito I não aparente. Estas características permitiram a interpretação de um icnoprodutor Titanosauriformes, embora não seja possível especificar um grupo menos inclusivo. A trilha SJFE-A, até o momento, é o único registro para a Bacia do Rio do Peixe com manus bem preservada, associada ao seu pes correspondente, o que permite uma discussão mais aprofundada sobre a afinidade do icnoprodutor. Esta descoberta contribui para a compreensão da morfologia e da evolução da postura e locomoção em Titanosauriformes, trazendo evidências de que a perda das falanges da manus ocorreu antes da evolução dos membros robustos e arqueados em Titanosauriformes derivados.