Navegando por Autor "Gonçalves, Marta Aparecida Garcia"
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Tese A leitura literária subjetiva no IFRN, Campus Natal-Central: prática docente, romance e tradução intersemiótica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-01) Saraiva, Marília Maia; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; http://lattes.cnpq.br/2300429736914558; Santos, Derivaldo dos; Segabinazi, Daniela Maria; Marques, Ivoneide Bezerra de Araújo Santos; Costa, Maria Edileuza daNeste trabalho, analisamos o ensino de literatura no ensino médio integrado à prática profissional do Campus Natal-Central do Instituto Federal e Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Para isso, partimos de nossa atuação/experiência como docente em turmas do 3º ano do ensino médio técnico integrado à prática profissional dos cursos de Controle Ambiental, Eletrotécnica e Administração do referido Campus. O debate sobre o ensino de literatura no ensino médio regular já é bastante desenvolvido, contando com referenciais teóricos relevantes: Aguiar, Bordini, 1993; Cereja, 2005; Cosson, 2006; Geraldi, 2003; Silva, 2005; Yunes, 2002; Zilberman, 1991. No entanto, estudos sobre o ensino de literatura para o ensino médio integrado à prática profissional ainda são pouco desenvolvidos, demonstrando a importância de nos voltarmos a esse campo, haja vista as especificidades do currículo técnico integrado à prática profissional no ensino médio. Assim, nossa pesquisa, de modo qualitativo e bibliográfico, discute sobre o processo de ensino e aprendizagem de literatura no IFRN, elabora uma proposta didática para a leitura literária do gênero romance e apresenta os resultados dessa proposta em trabalhos desenvolvidos pelos estudantes do 3º ano do ensino médio entre os anos de 2014 e 2017. No desenvolvimento dessa prática, partimos das discussões sobre o letramento literário e da sequência expandida (Cosson, 2006), ampliamos esses direcionamos teóricos e compreendemos a tradução intersemiótica, a partir da leitura subjetiva, como uma alternativa metodológica para o ensino de literatura na educação profissional. Nesse viés, o corpus analítico deste trabalho são as produções de tradução intersemiótica produzidas pelos estudantes a partir da leitura subjetiva do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos. Para dar suporte às discussões sobre leitura subjetiva e tradução intersemiótica, amparamo-nos em Rouxel (2013), Langlade (2013), Jouve (2013), Rezende (2013) e Plaza (2010). Como resultado, constatamos que os estudantes demonstraram interesse no exercício da tradução intersemiótica, pois ficou nítida a afinidade com os signos visuais. Além disso, observamos que o contato com o texto literário também foi enriquecido, pois, para transformar a linguagem literária em outra linguagem artística, foi necessária uma aquisição subjetiva do texto base, consolidando, desse modo, o processo de letramento literário na escola.TCC Além das jaulas: análise do silêncio em Tereza Batista Cansada de Guerra(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-13) Lopes, Clara Sofia Nogueira; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; http://lattes.cnpq.br/4265817673778159; Vargas Welter, Juliane; Santos, Derivaldo dosO presente trabalho analisa o romance Tereza Batista Cansada de Guerra (1972), de Jorge Amado, adotando como objeto de análise o silêncio, a fim de contribuir com estudos acerca da literatura brasileira, bem como, às investigações acerca da obra e do autor. Desse modo, pretende-se analisar a obra em diálogo com a sociedade, buscando compreender no texto o silêncio enquanto violência. Para análise o trabalho adota como aporte teórico os estudos de Dinouart (2001), Orlandi (2007), Barthes (2003), Holanda (1992) e Solnit (2017). Para trabalhar a relação dialogal entre literatura e sociedade, tomamos como fundamentação o método de Candido (1965). Assim, para análise do romance adotamos o contexto como método para análise do texto, e vice-versa, partindo do pressuposto da integração entre ambos, dentro de uma metodologia qualitativa e bibliográfica, de modo que a literatura é compreendida como uma realidade não apenas de linguagem, mas também do social. A partir da análise foi observada uma ligação entre o silêncio e a manutenção de poder, de forma que o regime do silêncio é mantido a fim de sustentar um domínio sobre determinados corpos, os quais o direito à voz política e social não é-lhes considerado como inerente pela sociedade em questão.TCC A aranha sem cano: infância e sexualidade na trilogia "Memórias Inventadas", de Manoel de Barros(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-20) Dias, Vitto Bruno do Carmo; Ferreira, José Luiz; http://lattes.cnpq.br/9934754641478759; Dunder, Mauro; https://orcid.org/0000-0002-2855-4764; http://lattes.cnpq.br/5823862599362727; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498Este trabalho analisa a representação da infância e suas relações com a sexualidade na obra do poeta Manoel de Barros (1916-2014), com o objetivo de compreender como a sexualidade infantil se manifesta em sua obra e como ela se relaciona com as demais características da poética do autor. Para isso, enfocamos nossa análise na sua trilogia poética das Memórias Inventadas (2003; 2006; 2008), mais especificamente, nos poemas “Obrar”, “Parrrede!”, “Circo” e “Estreante”. Como suporte teórico para nossas análises, nos respaldamos no campo da história da infância, com a obra de autores como Peter Stearns (2006) e Philippe Ariès (1986), e na teoria da sexualidade infantil desenvolvida na obra do psicanalista austríaco Sigmund Freud, mais especificamente, em seu livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade [1905]/(2016). Pudemos constatar a manifestação reiterada da sexualidade infantil na obra de Manoel de Barros, sob a rubrica da sexualidade polimorficamente perversa freudiana, não limitada à genitalidade. Isso restaura à representação da infância um elemento importante de sua constituição, mas que não é levado em consideração em outras análises da obra do poeta. Assim, em seu texto, a sexualidade infantil se expressa de forma lúdica, fragmentária, criativa, sem as formações reativas de pudor ou nojo e como uma força de ressignificação constante do mundo e das palavras, o que se associa à desautomatização da linguagem poética praticada pelo eu lírico dos poemas do autor.Dissertação Arar o ensino de literatura a contrapelo: Torto Arado e seu potencial para o letramento literário(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-21) Noro, Natália Souza; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; https://orcid.org/0000-0003-3038-1919; http://lattes.cnpq.br/0618464423625760; Faria Júnior, Fernando Maués de; Almeida, Danielle Grace Rego de; http://lattes.cnpq.br/7219653706022187Um livro com tiragem de cinco mil costuma ser considerado um sucesso de vendas no Brasil. Por sua vez, Torto Arado já alcançou a marca de cem mil cópias vendidas, além de ter conquistado as principais premiações nacionais de romance. Um dos aspectos que se sobressai na justificativa desse êxito é o fato da literatura de Itamar Vieira Junior ser uma literatura das alteridades, dialogando diretamente com os postulados de Benjamin (1987b) ao propor “escovar a história a contrapelo”, que convida não apenas a pensar em uma inversão da ordem, mas a uma nova fundação da tradição dos oprimidos. Com este estudo, objetiva-se então, analisar o romance a partir de suas representações de resistência à barbárie (Benjamin, 1987a; 1987b) e das cicatrizes do colonialismo (Fanon, 1968) para a composição do discurso literário. Dessa interpretação, delimitam-se também apontamentos para um projeto de letramento levando em consideração um percurso didático-metodológico em que se valoriza a leitura literária como experiência (Larrosa, 2002) e compreende a escuta ativa (Bajour, 2012) como importante método de apreensão da realidade por parte dos educandos. Diante das análises suscitadas, conclui-se que Torto Arado traz contribuições enriquecedoras para a formação humana ao se comprometer com um horizonte imaginativo revolucionário para/com os oprimidos, assim como, as temáticas formalizadas em seu discurso apresentam um terreno fecundo para uma educação literária crítica e libertadora.Dissertação A aventura do estranhamento em Palomar, de Ítalo Calvino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-07-31) Silva, Isabel Camila Alves da; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; ; http://lattes.cnpq.br/6172856061439468; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; ; http://lattes.cnpq.br/1809881374621615; Padua, Vilani Maria de; ; http://lattes.cnpq.br/9109063888640129Este estudo tem como objetivo analisar as relações entre homem e espaço da cidade presentes no romance Palomar (1983), última obra de ficção do escritor Italo Calvino (1923-1985), sob a perspectiva do estranhamento, procurando investigar, também, como o autor utiliza conceitos e aspectos do romance de aventura num romance moderno. Através das explorações do senhor Palomar, temos o confronto entre indivíduo e metrópole que, na aparente banalidade de seu cotidiano, proporciona imagens exóticas que dependem de interpretações diferentes do que parece já estabelecido. Além disso, temos na obra o impulso para o desbravamento, o que nos leva a pensar nela como elaboração aventuresca. Nesse sentido, a partir de uma análise imanentista, observaremos como a percepção particular do personagem senhor Palomar caminha para um sentido universal a partir do estranhamento, com a criação de um segundo olhar sobre o que já é conhecido; ele desautomatiza o significado banal de objetos, seres e espaços, redefinindo-os. Para isso, observação e descrição são pontos-chave da narrativa, no trabalho calviniano de discutir a linguagem através da criação de uma poética singular. As perspectivas teóricas que permeiam nosso estudo são, principalmente, a obra ensaística de Calvino (1990; 2009; 2010; 2015) - publicada em jornais e resultado de conferências -, sobretudo no que tange à linguagem, ao conceito de aventura discutido pelo autor, ao deslocamento e à percepção do estrangeiro; as abordagens de estranhamento feitas por Chklovsky (1917) e Friedrich (1978); e o pensamento sobre a cidade a partir das concepções de Baudelaire (2006) e Certeau (1998). Como resultados, chegamos à conclusão de que Palomar é uma obra significativa para Calvino ficcionista e ensaísta. Tanto o pensamento acerca do romance de aventura quanto a cidade como proposta fundamental de sua obra estão presentes em seus ensaios e transformam-se em material para forma e conteúdo de sua escrita literária. Assim, Palomar encerra a produção do autor reunindo num personagem moderno, de forma mais contundente e expressiva, temas como o estrangeiro, o deslocamento, a cidade e a sensação do estranhamento (de leitor e personagens), sempre pensados e discutidos por Calvino.Tese Borges: alegoria, metáfora e morte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-27) Silva, Soliana de Araújo; Sousa, Ilza Matias de; ; http://lattes.cnpq.br/7642478670973822; ; http://lattes.cnpq.br/4600682207678354; Fonseca, Ailton Siqueira de Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/4878147595860938; Medeiros Júnior, Antonio Fernandes de; ; http://lattes.cnpq.br/5180658924051594; Silva, Maria Ivonete Santos; ; http://lattes.cnpq.br/0448370203466337; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498Este trabalho, com vista à defesa de tese, consiste numa discussão, análise e leitura de contos borgeanos, em que a problemática de interesse articula-se à linguagem, ao discurso e à escritura, remetendo-os tanto à Literatura quanto à Filosofia, tanto ao estatuto do ficcional, quanto ao do ontológico. Nessa ótica, pretende-se mostrar a escritura borgeana como urdidura da morte, do alegórico e do metafórico, no sentido de trazer para o ficcional traços distintos do real, elaborando o discurso para além do dito, atingindo os interstícios, o silêncio, as interrupções e a suspensão da representação. Nessa elaboração discursiva, aponta-se uma travessia na letra, afetada por sensações indizíveis, entrecruzando os processos de memória, imaginário e real, nos quais a temporalização faz emergir a diferença e a repetição. Nestas se constituindo agenciamentos territoriais que conduzem os personagens a espaços imaginários como possibilidades do real, permitindo-lhes efetiva mobilidade para desterritorializar-se e reterritorializar-se, conforme as forças de mudança que se manifestam nos seus trilhamentos. Para tanto, coloca-se como escopo uma pesquisa bibliográfica norteada por autores como Maurice Blanchot (2008), Kátia Muricy (1998), João Adolfo Hansen (2006), Susan Sontag (2007), Mário Bruno (2004), Juan Manuel García Ramos (2003), Beatriz Sarlo (2008), Walter Benjamin (1984), Gilles Deleuze (1997; 2006; 2009), Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995; 1996; 1997). O corpus teórico e de discussão constitui-se a partir desses autores, atendendo ao caráter qualitativo implícito na construção desta tese. Quanto ao corpus literário, este é composto pelos contos A escrita do Deus, Os dois reis e os dois labirintos, A loteria em Babilônia, A metáfora, A biblioteca de Babel, O espelho e a máscara, Um teólogo na morte e O morto.Tese Câmara Cascudo e seus "animais escritos" no Canto de Muro(2018-07-02) Santos, Maria das Graças de Aquino; Sousa, Ilza Matias de; ; ; Rangel, Edna Maria; ; Morais Neto, Joao Batista de; ; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; Araújo, Wellington Medeiros de;O trabalho de tese aqui realizado possui como foco o romance Canto de Muro (2006), de Câmara Cascudo (1898 – 1986 – Natal-RN). A partir de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e interpretativista, mostramos que o autor se mantém pesquisador, mesmo na escritura do texto literário, pois o romance foi produzido por meio da observação cotidiana do comportamento dos personagens-animais. Estes, que são considerados ínfimos pela sociedade, como a barata, o morcego, o rato, o escorpião, entre outros, em sua narrativa adquirem novos valores. São ressignificados. Para compreendermos aspectos temáticos presentes nessa obra cascudiana, buscamos apoio nas reflexões de Merleau-Ponty (2002), Didi-Huberman (2010) e de Nancy Huston (2010), no que diz respeito, respectivamente, à poeticidade na observação do mundo, à ausência de uma verdade evidente e à construção das verdades por meio das ficções. Articulamos essas reflexões com o pensamento dos franceses Deleuze e Guattari (1995; 1996; 1997; 2002), com relação ao nomadismo, à escrita como máquina de guerra, à desterritorialização, à literatura menor, ao devir-animal e ao animal- escrita. A partir dessa perspectiva animal, recorremos, ainda, à teoria de Derrida (2011) do animal autobiográfico. Para dialogar com as ideias deste autor, estabelecemos relações com os pensamentos de Nascimento (2012) e Maciel (2016) sobre a animalidade. Em sintonia com as reflexões propostas, contamos com o suporte teórico de Foucault (2013), Rancière (2009), Barthes (2003; 2004), Sousa (2006) e Loth (2014), mostrando que Cascudo se coloca como um pensador que, por meio da escritura literária, contribui para uma visão diferenciada sobre os animais, fugindo, assim, do aspecto antropocêntrico. As questões desenvolvidas por Cascudo, com relação aos animais, dão-se vias transversais, pelo fora, nas dobras, como nos orienta Levy (2011).Tese Capitães da Areia e Tereza Batista: duas fases e duas faces da violência sexual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-28) Costa, Camila Fernandes da; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; http://lattes.cnpq.br/6278510231213410; Duarte, Carina Marques; Ramalho, Christina Bielinski; Almeida, Danielle Grace Rego de; http://lattes.cnpq.br/7219653706022187; Welter, Juliane VargasAo longo dos anos, a literatura, assim como diversos outros veículos culturais, tem refletido e perpetuado perfis estereotipados de mulheres, espelhando as relações sociais e os preceitos da sociedade patriarcal. Esses retratos, muitas vezes, moldam as mulheres dentro de um modelo de submissão, confinamento e silenciamento que perpetuam a prática da violência sexual. Pensando nisso, a presente pesquisa propõe-se a analisar os romances de Jorge Amado, Capitães da Areia (1937) e Tereza Batista Cansada de Guerra (1972), tomando como eixo condutor a análise da representação da violência sexual presente nesses textos literários, vitimando, na primeira, uma personagem secundária e, na segunda, a protagonista. Investigaremos, assim, o modo como as violências que perpassam o estupro se apresentam e reforçam estereótipos ou criticam tais valores que circundam o abuso sexual. Para que essa análise fosse possível, foi essencial o apoio na crítica feminista, sobretudo o seu enfoque no estudo do gênero feminino e suas representações na literatura e os debates em torno da violência sexual e sua relação com o patriarcado. Logo, este trabalho dialoga com os estudos desenvolvidos por Federici (2017), Priore (2015) e Davis (1981) para o entendimento da história das mulheres no Brasil e no mundo, esta última com enfoque para mulheres negras; de Beauvoir (1949), Millett (1970) e Brandão (2006), as quais estabelecem a relação entre a crítica feminista e os estudos literários; Brownmiller (1975), Davis (1981), Negreiros (2021) e Araújo (2022), no que se refere à análise da violência sexual. Além de utilizar como referência a crítica da obra amadiana relacionada aos estudos de gênero por meio da análise de diversos estudos desenvolvidos: Galvão (1976), Duarte (1996), Rayol (2011). O estudo objetiva-se a observar como as vozes presentes nas narrativas se combinam a fim de representar essa violência cometida contra personagens femininas. A partir dessa observação, a pesquisa possui a finalidade de examinar como esses recursos auxiliam na representação das diversas violências que perpassam os romances, levando em conta que cada narrativa possui suas singularidades que ilustram os diferentes contextos sociais, históricos e culturais. Desse modo, para a compreensão desses aspectos, observou-se a literatura sob uma perspectiva histórica e a sua relação com os estudos de gênero. Por meio desse estudo, além da contribuição para os estudos literários acerca das representações femininas, há a colaboração para a análise da representação da violência sexual em textos ficcionais. A partir da análise das narrativas de Jorge Amado, é possível afirmar que as figurações da violência sexual se modificam nas diferentes fases, as quais relacionam-se com as características composicionais presentes em cada momento de produção e com os valores presentes em cada época.TCC Como enxergar a cegueira: écfrase em Ensaio sobre a cegueira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-06) Leiros, Clarissa de Medeiros; Cipriani, Augustto Correa; Gonçalves, Marta Aparecida GarciaO processo de perda da humanidade corrobora com a animalização comportamental dos seres humanos em momentos de crise, nos quais a autopreservação resgata instintos primitivos para a sobrevivência. Diante disso, o presente trabalho propõe a investigação sobre relações de écfrase no romance Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago, bem como busca explanar e interpretar as relações descritivas do romance, nas quais há o destaque de recursos literários utilizados pelo narrador. Para tanto, neste estudo, são fundamentais algumas noções de intermidialidade, as quais permeiam as habilidades narrativas e contribuem para a construção da écfrase em uma narrativa singular. Nesta monografia, utilizou-se como aporte teórico Cerdeira (2011), Vieira (2016) e Mitchell (1996) sobre as dimensões da écfrase e da intermidialidade. Fundamentando-se no método bibliográfico, este trabalho foi construído pela investigação ativa dos textos teóricos para a compreensão dos conceitos aqui evidenciados e, posteriormente, para o estabelecimento entre essas noções e o texto literário. A partir disso, foi compreendido que as noções de écfrase e intermidialidade, bem como a relação palavra e imagem estão ativamente presentes no âmbito narrativo, conferindo à obra transposições midiáticas riquíssimas.Livro Compartilhando Saberes na Construção da Docência no PIBID/UFRN(Editora da UFRN, 2017-11-01) Sá Júnior, Lucrécio de Araújo; Ribeiro, Cynara Teixeira; Gonçalves, Marta Aparecida GarciaEsta obra, resultado de um trabalho contemporâneo, faz circular relatos de práticas e de experiências formativas no PIBID/UFRN nos mais diferentes campos do saber. As dimensões das reflexões adensam-se no desafio de comportar o saber teórico com o saber prático. Os trabalhos desenvolvidos suscitam uma renovação da epistemologia das práticas formativas iniciais no âmbito da docência e trazem uma série de contribuições, desde o debate histórico-crítico que se centra em: 1) relatar a prática de ações coordenadas, por um conjunto de professores formadores que constituem verdadeiras matrizes de intelecção desse tempo determinado; 2) os escritos se situam numa região mediana entre teoria e experiência, e determinam estes dois campos de atuação, Universidade e Escola; 3) expressão de que as matrizes formativas no âmbito das licenciaturas se desenvolvem atualmente com êxito de grandes transformações, que, ao longo desses anos, têm moldado e modificado a configuração do saber docente. Isso faz com que o professor, nesses espaços formativos, assuma diferentes camadas de discursos e práticas que se superpõem (uma vez que são produtos da influência de diferentes matrizes enunciativas), o que torna possível que estas obras sejam estratos, posteriores, de uma arqueologia do saber. Os livros se compõem deste modo de variações e experiências formativas distintas que revelam percepções vividas e associadas a teorias, com estatuto de cientificidade. Sem utilizar os critérios de causalidade histórica tradicional, estas obras, apresentam, de forma não exaustiva, uma descrição de diferentes configurações de saber, que se apresentam em contextos variados.Tese A construção de uma cartografia literária: o humor na obra de Adriana Falcão(2019-06-25) Santos, Concisia Lopes dos; Sousa, Ilza Matias de; ; ; Barbosa, Marcio Venicio; ; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; Morais Neto, João Batista de; ; Silva, Ronie Rodrigues da;Adriana Falcão é uma escritora brasileira contemporânea cuja obra, marcante pela multiplicidade de tendências, ganhou destaque no início deste século, especialmente pela prosa inovadora das histórias que inventa. Com experiência em diferentes áreas de criação – literatura, teatro, cinema e televisão – ela aborda com profundidade e perícia o humor e as questões a ele relacionados, num tipo de escrita que denominamos, com Guattari (2012), como máquina derrisória, compreendida como um movimento artístico capaz de traçar diferentes linhas de fuga criadoras na construção de uma cartografia literária. O objetivo geral deste estudo é cartografar o humor que compõe a escritura da autora, tendo como recorte de sua obra os romances Luna Clara e Apolo Onze (2002), A comédia dos anjos (2004) e Sonho de uma noite de verão (2007). Em termos teóricos, esta pesquisa está fundamentada em Gilles Deleuze, nos conceitos de pensamento nômade (1985) e humor (2011); em Gilles Deleuze e Félix Guattari, a partir dos perceptos, afectos e sensações (1992), de território, assinatura, agenciamento, ritornelo e máquina de guerra (2012; 2014); em Félix Guattari (2012), Félix Guattari e Suely Rolnik (2013), que trazem os agenciamentos coletivos de enunciação; em Roland Barthes (1987), a partir do conceito de mito, e em Graciela Ravetti (2011), com a performance, nomeadamente, bem como em outros teóricos contemporâneos que ofereceram perspectivas para esta abordagem. Em termos metodológicos, esta pesquisa assume um caráter cartográfico (DELEUZE; GUATTARI, 2011), uma vez que não comparece como um método pronto, trazendo uma proposta ad hoc, a ser construído capítulo a capítulo, a partir de uma abordagem geográfica e transversal, o que permite acompanhar os processos que ocorrem a partir de forças ou linhas que atuam simultaneamente, ao mesmo tempo em que sua transversalidade desestabiliza os eixos cartesianos de formas previamente categorizadas.Dissertação A cozinha do sentido de Roland Barthes na ficção do escritor-crítico Silviano Santiago(2017-07-28) Brito, Sílvia Barbalho; Sousa, Ilza Matias de; http://lattes.cnpq.br/7348640936575492; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; Soares, Raimundo Nonato GurgelEste trabalho instaura uma discussão que põe em cena o fazer crítico-literário de Silviano Santiago a partir das ficções O banquete (1977), Uma história de família (1992) e De cócoras (1999), para investigar as potências da literatura quanto aos comportamentos e práticas da linguagem que se vinculam às concepções semiológicas do pensador Roland Barthes, no que concerne às dimensões suplementares da cultura e da civilização revertidas na cozinha do sentido (2001): a realização de uma feitura dos signos a partir da perspectiva de um cozinheiro cuja inventividade atinge uma singular produção do sentido, promovendo a ressignificação de múltiplos afetos, resistências, crenças, proibições ou tabus, morte e vida, transgressões das significações humanas em permanente transformação. Essa constante reelaboração, pulsante nos textos de Silviano Santiago, pode abrir fissuras e minar com as estruturas castradoras do pensamento, o que o situa fora da tradição interpretativa do cânone, do sublime, constituindo um contradiscurso capaz de provocar devires inesperados e insuspeitos. Os movimentos do organismo durante a alimentação (a percepção, a digestão e a excreção – processos de transformação do alimento e do corpo) são nossos desencadeadores da ressignificação dos sentidos. Em confluência com essa inusitada perspectiva barthesiana e a escritura do autor brasileiro, somamos o conceito de percepção de Gilles Deleuze (2007), os devires e a constituição do corpo sem órgãos de Deleuze em parceria com Félix Guattari (1996; 1997), o desconcertante sentimento do animal-estar de Jacques Derrida (2002), bem como outras instâncias da vertente filosófica francesa do século XX. Além dessas contribuições, contamos com as diversas produções críticas de Silviano Santiago, garantindo a heterogenia de seus escritos, uma vez que o escritor-crítico estimula o aproveitamento de sua poética em textos críticos e o entendimento de sua literatura com pulsações ensaísticas. Considerando as afinidades entre saberes como literatura, estética e filosofia, a ficção de Silviano Santiago adentra na cozinha do sentido, manifestando, conforme Barthes, um discurso desconstrutivo que perfura o fascismo da língua (1987), desfixando lugares, fazendo romper fronteiras e instaurando expressões não constituídas (ou ainda porvir), sabores não experimentados, de onde emerge o novo.TCC Da oralidade ao mito: a figura do narrador e a denúncia da tirania no Prometeu de Ésquilo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Silva, Athyrson Souza da; Sousa Junior, Nelson Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/6785044757370616; http://lattes.cnpq.br/2159730973737830; Lima, Tânia Maria de Araújo; http://lattes.cnpq.br/8280794437858524; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498Durante o processo de formação da civilização moderna nos deparamos com vários períodos históricos marcados pela opressão de governos tirânicos. Atualmente, percebemos na cultura contemporânea o crescimento de governos e regimes autoritários que põem em xeque a democracia, os direitos humanos, a liberdade e a vida das pessoas. Em função dessas problemáticas é preciso observar que esses comportamentos de governo estão presentes em ensinamentos da mitologia grega desde o período clássico. Os mitos, em sua grande maioria, eram narrativas orais passadas de geração em geração que contribuíam para a formação moral e social dos cidadãos gregos da época. Fazendo um paralelo entre a sociedade clássica e a sociedade moderna, podemos observar que o discurso de um oprimido se repete, apesar da disparidade temporal. Ademais, com o intuito de analisar as características de um governante opressor, tomamos por base a voz narrativa do personagem Prometeu, na tragédia grega de Ésquilo: Prometeu acorrentado. Nesse sentido, a análise da história contada por Prometeu acaba por evidenciar o aspecto narrativo, na qual o personagem principal conta entre uma cena e outra, as causas que o levaram a tamanho castigo e sofrimento. A partir disso, fazemos uso do recorte textual de O narrador, de Walter Benjamin, destacando as possíveis principais características que constituíram Prometeu como um exímio narrador. Ademais, destacando o contexto da obra, é possível observar evidências de que Zeus mostra-se como um governante autoritário, segundo as afirmativas propostas por Prometeu, enquanto protagonista, em sua fala como exilado e condenado. Por sua vez, a fim de destacar a personalidade tirânica de Zeus, na compreensão da tirania enquanto categoria analítica, faremos uso do recorte textual de A República, de Platão, uma vez que essa obra se insere no eixo de obras que expressam a percepção clássica, relacionada diretamente, portanto, ao período em que Ésquilo se encontra. Ao fim desta análise, tornou-se perceptível como a figura do narrador evidencia as atrocidades de um tirano; e, assim, que um discurso apelativo revelará um bom contador de histórias.Dissertação Da palavra ao traço: a análise dialógica do processo de transposição do cronotopo do sertão, em Grande Sertão: Veredas, para a homônima adaptação em Graphic Novel(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-18) Silva, Laerte Lira da; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; ; http://lattes.cnpq.br/1809881374621615; ; http://lattes.cnpq.br/3092891575861248; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; Lima, Sandra Mara Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/1759229357132295A produção literária de João Guimarães Rosa foi e é ensejadora de inumeráveis ações e eventos no círculo literário, seja nacional ou internacional: são encontros, seminários, palestras, projetos literários diversos, reportagens, além de uma vasta e relevante produção acadêmica e editorial. Sua obra dá suporte ao desenvolvimento de estudos em diferentes áreas, além do diálogo interdisciplinar entre elas, quais sejam: teoria e crítica literária, estudos culturais, filosofia, psicologia, história e linguística, por exemplo. Aos seus mais conhecidos e apreciados contos, são tributárias, importantes traduções intersemióticas, no universo artístico da música, do cinema e da televisão. Nessa conjuntura, especial atenção é dada a sua mundialmente conhecida obra-prima, traduzida para diversos idiomas: o romance Grande Sertão: Veredas (ROSA, 2001). Tal obra também se tornou objeto de tradução em diferentes adaptações artísticas, tal qual a sua prosa contista. Nesse mote, recebeu lugar nas adaptações do universo dos quadrinhos, com a explosão desses objetos artísticos, no mercado editorial brasileiro, no início do século XXI. Em uma era de enorme exploração dos meios e processos tecnológicos, relativos à esfera comunicativa e informativa, como as mídias sociais, por exemplo, ganha relevo a primazia do enunciado verbo-visual (BRAIT, 2013) como uma nova proposta de letramento e possibilidades artístico-literárias. Nesse diálogo entre o verbal e o visual, formando uma unicidade verbovisualizada nas adaptações quadrinísticas, os estudos teóricos fundamentais de Brait (2009; 2013; 2014), Ramos (2019), McCloud (1993; 2005), Eisner (2010) tornaram-se imprescindíveis para o estabelecimento do diálogo interdiscursivo e intersemiótico entre o texto de Rosa (2001) e da Graphic Novel de Guazzelli Filho e Rosa (2016). A partir dos estudos teórico-literários e da linguagem calcados nos textos bakhtinianos (BAKHTIN, 2010; 2011; 2016; 2018b), é possível estender toda a compreensão de suas investigações teóricas para diferentes formas de linguagem e expressão artísticas, além da importância do conceito de cronotopo no processo e acabamento destas mesmas formas e expressões. Tudo isso orientou a atividade analítica de nossa pesquisa, com a percepção e desdobramento de categorias cronotópicas no enredo do romance, a saber, o cronotopo do sertão geográfico e o cronotopo do sertão ideológico, e de como se efetiva o processo de suas respectivas transposições do estritamente verbal à interpretação verbo-visual na obra adaptada. Para isso, analisamos como o cronotopo é representado verbo-visualmente naquelas mesmas categorias, ou seja, o sertão cronotopicamente observado no aspecto geográfico, assim como no ideológico. Nesse processo, foram selecionadas passagens da referida graphic novel que apoiem nossa investigação tanto no primeiro quanto no segundo aspecto; contudo, neste último, nossa análise se deu em torno de dois momentos relevantes para o romance, transpostos para a adaptação, pelo valor tenso e criativo que encerram, quais sejam, o pacto demoníaco nas Veredas Mortas e a travessia pelo Liso do Sussuarão. Dessa forma, analisamos os desdobramentos cronotópicos de acordo com a fundamentação teórica, em cada uma das imagens selecionadas e, sempre que possível ou adequado, tanto na presença quanto na ausência, por meio dos seguintes pontos: as sensações cromáticas e acromáticas produzidas, ou seja, o papel das cores; o enquadramento (sarjeta, lacuna, traço e plano de visão); e os elementos verbo-visuais da composição linguística (letreiramento, texto e balões). Com isso, chegamos a compreender as possibilidades, transformações e dificuldades aferidas no resultado da pesquisa, concluindo que a adaptação foi capaz de responder aos projetos arquitetônicos e composicionais (BAKHTIN, 2010) na transposição da obra literária fonte de forma satisfatória.TCC De quem é o amor? : uma análise da paixão nas três "Cartas I" de Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, e Água viva, de Clarice Lispector(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-08) Bezerra, Maria Clara Lima; Dunder, Mauro; http://lattes.cnpq.br/5823862599362727; http://lattes.cnpq.br/5179465165248478; Machuca, Jaqueline Castilho; http://lattes.cnpq.br/2607443259820653; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498O presente trabalho tem como foco o estudo da paixão como elemento revolucionário por meio da leitura de duas obras: as “Cartas I” de Novas Cartas Portuguesas (Barreno, Costa, Horta, 2010) e Água Viva (Lispector, 2020). Para ser feita a pesquisa, foram estudadas as concepções de “paixão” para a Filosofia (Chauí, 2011 e Lebrun, 1987) e para a Psicanálise (Vieira, 2001), no intuito de desmembrar seus significados e aplicá-los na literária, que conta com a leitura atenta dos textos e posterior comparação por meio de análise de trechos. Além disso, para que fosse integrado o viés feminista que aparece em Novas Cartas Portuguesas, o trabalho teve como base o capítulo “Crítica Feminista” de Lúcia Osana Zolin na obra Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas (Bonicci, Zolin, 2009) e de excertos dos trabalhos de Martins (2006) e Cicco (2016), que tratam, respectivamente, das questões de gênero em Novas Cartas Portuguesas e Água Viva. Por fim, é percebido que essa paixão é um sentimento individual de liberdade, mas também coletivo.Tese De vencedores a vencidos: o desmonte da identidade nacional na prosa de António Lobo Antunes(2018-07-27) Bezerra, Ana Cristina Pinto; Oliveira, Andrey Pereira de; ; ; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; Dunder, Mauro; ; Campos, Maria Elvira Brito; ; Oliveira Neto, Pedro Fernandes de;A fim de analisar o processo de deterioração de um dado modelo de identidade nacional portuguesa, nesta pesquisa focaliza-se o segundo romance publicado por António Lobo Antunes, Os cus de Judas (1979). Dessa maneira, retoma-se o período da Guerra Colonial e o cenário de castração das liberdades individuais no Estado Novo em Portugal, evocados nessa prosa, a fim de compreender, a partir das experiências vividas pela personagem central da obra, de que modo nessa narrativa fora refratado o discurso nacionalista e, por essa medida, fora corrompido nas visões de um presente em ruínas que o texto literário apresenta. Por conseguinte, inerente ao estudo de uma narrativa na qual predomina um amplo processo dialógico, edificado, principalmente, pela atitude contestadora dos discursos oficiais nos textos, é que a fundamentação teórica desta pesquisa realiza-se, substancialmente, a partir dos postulados do Círculo de Bakhtin (Mikhail Bakhtin; Valentin Volochínov; Pavel Medviédev). Nesse sentido, o dialogismo é evidenciado em sua contribuição para o entendimento da conexão estabelecida entre o desmantelamento da identidade nacional e a formalização estética do romance. Além disso, outros estudos que versam sobre a questão da identidade nacional, por exemplo, Stuart Hall (1997), Bauman (2005), além das considerações de Eduardo Lourenço (2001; 2016; 2018) sobre o contexto lusitano, de forma mais específica, entre outros diálogos com autores pertinentes para esta pesquisa, são observados, a exemplo das leituras de Seixo (2002), Arnaut (2009), Cardoso (2011; 2016) no tocante a uma crítica especializada sobre a obra antuniana. Destaca-se, assim, um conjunto de vozes que auxilia a entender como o desmonte do sentimento de nacionalidade é processado para que as suas marcas sejam sentidas pelo/no viés narrativo do texto literário em foco.TCC Denúncia da escravidão e humanização dos personagens negros: estratégias narrativas em “A Escrava”, de Maria Firmina dos Reis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-16) Araújo, Júlia Morais de; Welter, Juliane Vargas; http://lattes.cnpq.br/0733717542150292; Lima, Tânia Maria de Araújo; http://lattes.cnpq.br/8280794437858524; SILVA, GABRIELLA KELMER DE MENEZES; http://lattes.cnpq.br/1821772514149644; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498Este trabalho tem como objetivo analisar as estratégias narrativas utilizadas por Maria Firmina dos Reis no conto “A Escrava” (1887). A investigação parte da hipótese de que Firmina dos Reis emprega uma série de recursos narrativos para evidenciar a brutalidade da escravidão e humanizar os personagens negros, desafiando as representações estereotipadas da época. Ademais, o estudo busca explorar como o conto se alinha aos princípios da literatura afro-brasileira, ao articular temas como a resistência, a preservação da memória negra e a luta antiescravista. Metodologicamente, esta é uma pesquisa de natureza qualitativa, com abordagem bibliográfica e documental, centrando-se na análise das técnicas narrativas utilizadas por Firmina e na fortuna crítica que discute a literatura afro-brasileira. A investigação examina variáveis teóricas, como as estratégias de denúncia das injustiças da escravidão e de humanização dos personagens negros, e variáveis operacionais, que incluem a análise de trechos específicos do conto e dos elementos narrativos utilizados pela autora. Desse modo, a análise dialoga com os estudos de Lígia Chiappini Leite (1985), no que se refere aos artifícios narrativos empregados. Além disso, Antonio Candido (1965) oferece subsídios para a compreensão das interações entre literatura e sociedade, enquanto Eduardo de Assis Duarte (2008) destaca a relevância da obra de Firmina no contexto da literatura afro-brasileira. Os resultados alcançados incluem a demonstração da relevância de “A Escrava” como uma obra que transcende seu contexto histórico, tornando-se significativa para a compreensão da literatura afro-brasileira e do discurso abolicionista.TCC Denúncia da escravidão e humanização dos personagens negros: estratégias narrativas em “A Escrava”, de Maria Firmina dos Reis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-16) Araújo, Júlia Morais de; Welter, Juliane Vargas; http://lattes.cnpq.br/0733717542150292; Lima, Tânia Maria de Araújo; http://lattes.cnpq.br/8280794437858524; Silva, Gabriella Kelmer de Menezes; http://lattes.cnpq.br/1821772514149644; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498Este trabalho tem como objetivo analisar as estratégias narrativas utilizadas por Maria Firmina dos Reis no conto “A Escrava” (1887). A investigação parte da hipótese de que Firmina dos Reis emprega uma série de recursos narrativos para evidenciar a brutalidade da escravidão e humanizar os personagens negros, desafiando as representações estereotipadas da época. Ademais, o estudo busca explorar como o conto se alinha aos princípios da literatura afro brasileira, ao articular temas como a resistência, a preservação da memória negra e a luta antiescravista. Metodologicamente, esta é uma pesquisa de natureza qualitativa, com abordagem bibliográfica e documental, centrando-se na análise das técnicas narrativas utilizadas por Firmina e na fortuna crítica que discute a literatura afro-brasileira. A investigação examina variáveis teóricas, como as estratégias de denúncia das injustiças da escravidão e de humanização dos personagens negros, e variáveis operacionais, que incluem a análise de trechos específicos do conto e dos elementos narrativos utilizados pela autora. Desse modo, a análise dialoga com os estudos de Lígia Chiappini Leite (1985), no que se refere aos artifícios narrativos empregados. Além disso, Antonio Candido (1965) oferece subsídios para a compreensão das interações entre literatura e sociedade, enquanto Eduardo de Assis Duarte (2008) destaca a relevância da obra de Firmina no contexto da literatura afro-brasileira. Os resultados alcançados incluem a demonstração da relevância de “A Escrava” como uma obra que transcende seu contexto histórico, tornando-se significativa para a compreensão da literatura afro-brasileira e do discurso abolicionista.Tese Desejo, estilo de vida e transgressão da identidade em Dancer from the dance de Andrew Holleran e Pela noite de Caio F.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-17) Correia, Romualdo dos Santos; Sousa, Ilza Matias de; ; http://lattes.cnpq.br/7642478670973822; ; http://lattes.cnpq.br/3292292559447164; Barbosa, Márcio Venício; ; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; Paes, Iêdo de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/3281218394136739; Petronilio, Paulo; ; http://lattes.cnpq.br/1801687030702050A partir da investigação e percepção do trabalho literário, esta tese discute aspectos relacionados aos estudos sobre o homoerotismo e estilos de vida nas obras Dancer from the dance (2001) de Andrew Holleran e Pela noite (2010) do autor brasileiro Caio Fernando Abreu. Considerando que as questões sobre beleza, desejo e estilo de vida configuram recortes importantes para as narrativas, propomos uma discussão através da análise das obras que marcam desde os primeiros momentos de liberação sexual nas festas de Nova Iorque com as peculiaridades de estilos próprios que caracterizaram as personagens de Andrew Holleran rostificadas por um ethos que compôs durante aquele momento a abertura para a liberdade sexual de sexualidades desviantes. Em Pela noite, reiteramos uma continuação do momento de abertura no Brasil para as personagens gays de Caio, levando em consideração que o início da década de 1980 constitui para aquelas personagens as primeiras “sombras" da aids e o conhecimento de si, no qual suas personagens convivem com o medo, anonimato e reminiscências da homofobia como pano de fundo para as discussões pontuais que são desencadeadas pelo autor. Para compor um recorte teórico que subsidie este trabalho, elencamos os trabalhos de Michel Foucault (2007, 2010a, 2010b), Eve Kosofsky Sedgwick (2008), Didier Eribon (2008), David Cartier (2004), David Eisenbach (2006) e outras contribuições que foram, sem dúvida, imprescindíveis a este empreendimentoTCC A diáspora angolana em "A geração da utopia", de Pepetela(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-14) Almeida, Igor da Silva Gomes; Gonçalves, Marta Aparecida GarciaO presente trabalho apresenta uma leitura do romance A Geração da Utopia (1991), de Pepetela, com o objetivo de verificar, a partir da ficção, como a situação da diáspora afeta aqueles que a vivenciam. Como embasamento teórico foram consultados autores como Bonnici (2005, 2012) e Leite (2012) para abordar a crítica literária póscolonial; Stuart Hall (2003, 2006) e Said (2003) para discutir diáspora e exílio no mundo pós-Segunda Guerra; Santos (2003), Höring (2015) e Gonçalves (2004) para abordar a colonização portuguesa e o processo de descolonização angolana; além de Mata (1999), Filho (2023), Laranjeira (1995) e Chaves (1999) para debater o autor Pepetela e sua obra literária. Nesse sentido, o trabalho tem caráter bibliográfico, pois se baseia em textos de outros autores. Pela organização interna do romance, optamos por analisar 4 personagens diferentes: Sara, Mundial, Aníbal e Malongo, um a cada capítulo, pois assim seria possível caracterizar os efeitos do exílio na comunidade diaspórica. Dessa maneira, concluímos que tais personagens são afetados pela condição diaspórica, principalmente pelos problemas herdados devido ao colonialismo europeu.