Navegando por Autor "Guerra, Gerlane Coelho Bernardo"
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Tese Análise do perfil cromatográfico, do teor de marcador, e avaliação da atividade cicatrizante de feridas pépticas e de pele e da toxicidade do extrato aquoso das folhas de Bryophyllum pinnatum (Lam.) Pers. e Kalanchoe laciniata (L.) DC.: potencial aplicação do desenvolvimento de insumo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-04) Araújo, Edilane Rodrigues Dantas de; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; https://orcid.org/0000-0002-2768-0793; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; http://lattes.cnpq.br/4189208604689711; Esposito, Debora Araújo; Ferreira, Leandro de Santis; Martins, Rand Randall; Gonçalves, Reggiani VilelaBryophyllum pinnatum e Kalanchoe laciniata (Crassulaceae), ambas conhecidas como “coirama” e “saião”, são utilizadas na medicina tradicional para tratar úlceras gástricas e na cicatrização de feridas de pele, diante disso, o presente estudo objetiva avaliar o perfil cromatográfico, o teor do marcador químico, as atividades antiúlcera (via oral) e cicatrizante de feridas de pele (via tópica) dos extratos aquosos de suas folhas frente a um modelo de úlcera gástrica crônica induzida por ácido acético e um modelo de indução de feridas de pele, respectivamente, bem como avaliar a toxicidade aguda e subcrônica dos extratos e a atividade gastroprotetora do flavonoide majoritário de B. pinnatum, quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-O-α-Lramnopiranosídeo, frente a lesões gástricas agudas induzidas por etanol e indometacina. Em relação ao conteúdo de fenóis totais, os extratos de B. pinnatum e K. laciniata apresentaram, respectivamente, teores de 80,87 ± 4,96 e 72,07 ± 4,78 mg (mg de ácido gálico/g do extrato seco) e de flavonoides totais de 38,97 ± 4,72 e 33,83 ± 4,28 mg (mg de quercetina/g do extrato seco). Enquanto a formulação em gel de B. pinnatum a 5% apresentou conteúdo de fenóis totais igual a 2,77 ± 0,06 mg (mg de ácido gálico/g da formulação em gel) e flavonoides totais igual a 1,58 ± 0,03 mg (mg de quercetina/g da formulação em gel). Os constituintes majoritários dos extratos foram analisados por cromatografia líquida ultrarrápida. Entretanto, apenas o método para B. pinnatum foi validado de acordo com a legislação nacional e seus flavonoides majoritários quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-α-L-ramnopiranosídeo (Bp1), canferol 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-α-L-ramnopiranosídeo (Bp2) e quercetina-3- O-ramnopiranosídeo (Bp3) apresentaram, respectivamente, teores de 33,12 ± 0,056, 3,98 ± 0,049 e 4,26 ± 0,022 mg/g de extrato seco. Não foram observados sinais de toxicidade aguda ou subcrônica, sendo a dose letal estimada > 2.000 mg/kg, conforme guia da OCDE. No modelo de úlcera gástrica crônica avaliado, B. pinnatum e K. laciniata (250 e 500 mg/kg) reduziram significativamente o índice de ulceração (p < 0,0001 para ambas espécies e doses), promoveram o reequilíbrio do estresse oxidativo com aumento dos níveis de glutationa (GSH) e da expressão da superóxido dismutase (SOD) e redução dos níveis de malonaldeído (MDA), bem como a modulação de marcadores inflamatórios com a redução da atividade da mieloperoxidase (MPO), dos níveis da interleucina-1β (IL 1-β) e do fator de necrose tumoral-α (TNF-α), aumento de interleucina 10 (IL 10), diminuição da expressão da ciclooxigenase-2 e do fator de transcrição NF-kB (p65). Adicionalmente, o tratamento com K. laciniata estimulou a expressão do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) observado por imunohistoquímica e a restauração do conteúdo de muco observado por coloração com ácido periódico + reativo de schiff. O pré-tratamento com Bp1 (5 mg/kg) reduziu as lesões gástricas induzidas por etanol (p < 0,0001) e indometacina (p < 0,001), aumentou os níveis de GSH, diminuiu os níveis de MDA, reduziu a atividade da MPO e os níveis das citocinas IL 1-β e TNF-α, aumentou os níveis da IL 10 e apresentou efeito citoprotetor na análise histopatológica. As formulações em gel contendo os extratos estimularam a cicatrização de feridas de pele, com redução da área da ferida, diminuição de infiltrado inflamatório, redução dos níveis teciduais de IL 1-β e TNF-α e estimulação da angiogênese com aumento da expressão de VEGF. Estes achados podem servir de subsídio para o desenvolvimento de insumos ou de um produto acabado como um fitoterápico a partir dos extratos obtidos de B. pinnatum e K. laciniata para uso como gastroprotetor ou no tratamento de úlcera gástrica e uso tópico para estimular a cicatrização de feridas de pele.Tese Análise fitoquímica e avaliação das atividades anti-inflamatória, antipeçonhenta e citotóxica de extratos aquosos de Aspidosperma pyrifolium e Ipomoea asarifolia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-17) Lima, Maira Conceição Jerônimo de Souza; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; ; http://lattes.cnpq.br/2695792864798488; Blanco, Benito Soto; ; http://lattes.cnpq.br/5009042939501223; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Scortecci, Kátia Castanho; ; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; Melo, Paulo de Assis; ; http://lattes.cnpq.br/6954875796234519Envenenamentos causados por animais peçonhentos são um grave problema de saúde pública, enquadrando-se nesse cenário, principalmente, os escorpiões e as serpentes. Tityus serrulatus é considerado o escorpião mais venenoso da America do Sul, devido à alta toxicidade do seu veneno, responsável por causar acidentes graves, principalmente em crianças. A espécie Bothrops jararaca é uma serpente que possui no seu veneno uma mistura complexa de enzimas, peptídeos e outras moléculas. As toxinas do veneno de B. jararaca induzem respostas inflamatórias locais e sistêmicas. O tratamento de escolha para os casos graves de envenenamento é a administração intravenosa do antiveneno especifico. Porém, nem sempre esse tratamento está acessível para os moradores de zonas rurais, que fazem uso de extratos de plantas medicinais. Nesse contexto, extratos aquosos, frações e compostos isolados de Aspidosperma pyrifolium (pereiro) e Ipomoea asarifolia (salsa), usadas na medicina popular, foram objeto de estudo deste trabalho para avaliar a atividade anti-inflamatória nos modelos de peritonite induzida por carragenina e peritonite induzida pelo veneno de T. serrulatus (VTs), e nos no modelo de edema local e infiltrado inflamatório induzido pelo veneno de B. jararaca, administrados pela via intravenosa. Os resultados dos ensaios de citotoxidade utilizando o ensaio MTT demonstraram que os extratos aquosos das espécies vegetais apresentaram baixa toxicidade para células provenientes de fibroblasto de embrião de camundongo (3T3). A análise química dos extratos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência revelou a presença do flavonóide rutina, na A. pyrifolium, e rutina, ácido clorogênico e ácido caféico, na I. asarifolia. Quanto à avaliação farmacológica, os resultados demonstraram que o pré-tratamento com extratos aquosos e frações reduziram a migração de leucócitos totais para a cavidade abdominal no modelo de peritonite causada por carragenina e no modelo de peritonite induzida por veneno de T. serrulatus. Ainda, esses grupos apresentaram atividade antiedematogênica, no modelo de edema local causado pelo veneno de B. jararaca, e reduziram o infiltrado inflamatório para o músculo. Os soros (antiaracnídico e anti-botrópico) específicos para cada veneno atuaram inibindo a ação inflamatória dos venenos e foram utilizados como controles. Os compostos identificados nos extratos, rutina, ácido clorogênico e ácido caféico, também foram testados e, assim como os extratos das plantas, exibiram efeitos anti-inflamatórios significativos, nas doses testadas. Dessa forma, esses resultados dão evidências, às plantas estudadas, de potencial atividade anti-inflamatória. Esse é o primeiro estudo que avaliou os possíveis efeitos terapêuticos de A. pyrifolium e I. asarifolia, mostrando o potencial terapêutico que essas espécies possuem.Artigo Anestésicos locais: revisando o mecanismo de ação molecular(Conselho Federal de Farmácia, 2006) Araújo, Aurigena Antunes de; Silva, Inara Dantas da; Diniz, Rodrigo dos Santos; Guerra, Gerlane Coelho BernardoOs anestésicos locais são bases fracas que agem no axônio, bloqueando de modo reversível a geração e condução do impulso nervoso. Esses fármacos têm ação sob qualquer parte do sistema nervoso e em qualquer tipo de fibra. O seu uso têm se dado em larga escala na clínica médica e odontológica. Além de se prestarem ao uso nos procedimentos cirúrgicos, estão sendo associados ao tratamento da dor crônica, com os opióides, o que reduz a tolerância destes, no tratamento da artrite reumatóide e câncer (ROCHA et al, 2002). O primeiro anestésico local foi à cocaína, extraído de folhas de Erythroxylon coca, isolado em 1860, por Albert Niemann. Outros anestésicos locais, do tipo éster, surgiram depois, entre eles, a procaína (1905), tetracaína (1932) e cloroprocaína (1952). Os anestésicos locais do tipo amida foram introduzidos, em 1948, com a lidocaína, que serviu de padrão para síntese de outros anestésicos locais dentro deste grupo (CATTERAL& MACKIE, 2003).Dissertação Atividade anti-inflamatória e antinociceptiva dos extratos brutos e frações de Eugenia uniflora e Libidibia ferrea in vivo(2017-06-29) Falcão, Tamires Rocha; Araújo, Aurigena Antunes de; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; http://lattes.cnpq.br/3531154240424211; http://lattes.cnpq.br/9703962688376811; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; Batista, Leônia Maria; http://lattes.cnpq.br/0601720493634706A espécie Libidibia ferrea pertence a família Fabaceae, popularmente conhecida como pau-ferro ou jucá, sendo utilizada na medicina tradicional como antibacteriana, antiulcerogênica, anti-inflamatória e analgésica. Eugenia uniflora pertence família Myrtaceae, sendo conhecida como pitanga, utilizada popularmente no tratamento de diarreia, inflamação, hiperglicemia e hipertensão. Considerando a importância das plantas medicinais como fonte de novos medicamentos úteis para o tratamento de diversas doenças, e o envolvimento do processo inflamatório em inúmeras afecções, e os fortes indícios de atividade farmacológica associada à presença de substâncias bioativas presente nestas espécies, delineou-se um estudo pré-clínico com o objetivo de avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva dos extratos brutos e frações de Libidibia ferrea e Eugenia uniflora, por meio do modelo de peritonite induzido por carragenina, teste de placa quente e contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos Swiss espécie Mus musculus. A partir dos materiais vegetais secos e triturados, obteve-se por métodos gerais de farmacognosia extratos brutos e frações de Eugenia uniflora (extrato bruto aquoso, fração aquosa, fração hexânica e fração acetato de etila) e de Libidibia ferrea (extrato bruto aquoso, extratos brutos extraídos com etanol 20, 40, 60 e 80%, fração acetato de etila e fração aquosa). As análises cromatográficas dos extratos brutos e frações permitiram separar e identificar os taninos hidrolisáveis ácido gálico, com tempo de retenção de aproximadamente 8,7 minutos, e o ácido elágico, com tempo de retenção de 25,1 minutos, foi detectado ainda o flavonoide miricitrina, confirmada com os dados cromatográficos dos padrões. Na avaliação da migração leucocitária, o extrato bruto frações de Eugenia uniflora e Libidibia ferrea nas doses de 50 mg/kg, 100 e 200 mg/kg reduziram o número de células inflamatórias para o sítio da inflamação (p<0,001) comparando os grupos tratados com o grupo controle positivo. A diminuição do influxo celular foi acompanhada de uma marcante diminuição da atividade da mieloperoxidase, redução de MDA, e mostrou proteger contra a depleção de glutationa (p<0,001). A administração dos extratos brutos e frações produziu uma resposta antinociceptiva periférica em todas as doses testadas, reduzindo significativamente o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos, porém demonstrou ter atividade analgésica central pouco significativa, sendo avaliada pelo teste de placa quente. Os resultados descritos indicam que estas plantas possuem atividades anti-inflamatórias e antinociceptivas. No entanto, outros estudos são necessários para elucidação de suas propriedades farmacológicas, estudos de análise em nível sistêmico e propriedades toxicológicas.TCC Avaliação da atividade anti-inflamatória do extrato aquoso de Libidibia ferrea em modelos animais de peritonite e artrite(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-11-25) Rodrigues, Cássio Alexandre Oliveira; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; https://orcid.org/ 0000-0003-3700-856X; http://lattes.cnpq.br/6280233630813832; Zucolotto, Silvana Maria; https://orcid.org/0000-0002-2768-0793; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; https://orcid.org/0000-0003-4221-9580; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218A Libidibia ferrea é uma planta medicinal pertencente à família Fabaceae, bastante comum no Norte e Nordeste brasileiro conhecida popularmente por Jucá ou Pau-Ferro, cujos estudos vêm relatando seu potencial terapêutico frente a uma variedade de doenças. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória do extrato aquoso de Libidibia ferrea (LfAE) em modelos animais de inflamação. A resposta anti-inflamatória foi avaliada através dos modelos de migração de leucócitos em peritonite induzido por carragenina e artrite induzido por zymosan, onde os animais foram tratados 1 hora antes da indução da inflamação. No modelo de artrite foi analisado a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), conteúdo de glutationa total, níveis de malondialdeído (MDA) e influxo de leucócitos no líquido sinovial, além da análise histopatológica. O LfAE diminuiu o número de leucócitos totais no líquido peritoneal no modelo de peritonite em cerca de 72% (p<0,001) nas doses de 100 e 300 mg/kg e 87% (p<0,001) na dose de 200 mg/kg. No modelo de artrite reduziu os níveis de MPO em cerca de 85±7% (p<0,001) para as três doses testadas, reduziu os níveis de MDA em 30% (p<0,05) para a dose de 100 mg/kg e 62% (p<0,001) para as doses de 200 e 300 mg/kg, reduziu influxo de leucócitos no líquido sinovial em cerca de 76±2% (p<0,001) nas três doses testadas, além de ter prevenido a redução dos níveis de glutationa total e melhorado os parâmetros histopatológicos, apresentando uma significante atividade anti-inflamatória. Conclui-se que o LfAE possui uma importante atividade anti-inflamatória o que pode contribuir para o desenvolvimento de medicamento fitoterápico ao mesmo tempo que confirma o seu uso popular no tratamento de processos inflamatórios.Dissertação Avaliação da atividade anti-inflamatória do extrato aquoso, frações e compostos identificados nos frutos de Hancornia Speciosa Gomes (Apocynaceae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-19) Rêgo, Manoela Torres do; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; Bitencourt, Mariana Angélica Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/0893922249078027; ; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; ; http://lattes.cnpq.br/0735782214033188; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Soares, Luiz Alberto Lira; ; http://lattes.cnpq.br/4290808161139329Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae), conhecida popularmente por ‘mangabeira’, é usada na medicina popular para o tratamento de desordens inflamatórias, hipertensão, dermatites, diabetes, doenças hepáticas e desordens estomacais. No que diz respeito aos frutos de H. speciosa, a etnobotânica indica o uso principalmente para o tratamento de inflamação e tuberculose, entretanto não há relatos de estudos que comprovem sua possível atividade biológica. O estudo tem como objetivo avaliar a atividade antiinflamatória do extrato aquoso dos frutos de H. speciosa Gomes. O extrato aquoso foi preparado por decocção, posteriormente submetido a um fracionamento por meio de partição líquido-líquido e os metabolitos secundários identificados por Cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de arranjos de diodos (CLAE-DAD) e Cromatografia líquida acoplada ao detector de arranjo de diodo e ao espectrômetro de massa (CLDAD-EM). As propriedades anti-inflamatórias do extrato aquoso, frações diclorometano (CH2Cl2), acetato de etila (AcOEt) e n-butanol (n-BuOH), bem como a rutina e o ácido clorogênico foram investigadas usando modelos in vivo e in vitro. Testes in vivo compreenderam edema de orelha induzido por xilol, onde foi mensurado a formação do edema; peritonite induzida por carragenina onde foi avaliado os leucócitos totais em 4h e bolsa de ar induzida por zimosam que foi mensurado a contagem total de leucócitos e contagem diferencial em 6, 24 e 48 horas. Os testes in vitro avaliaram os níveis de citocinas IL-1β, IL-6, IL- 12 e TNF-α usando ELISA a partir do modelo de peritonite induzido por carragenina. Os resultados demonstraram a presença de rutina e ácido clorogênico no extrato aquoso dos frutos de H. speciosa por CLAE-DAD e CLDAD-EM. O extrato aquoso e frações, bem como a rutina e ácido clorogênico inibiram significativamente o edema de orelha induzido por xilol e reduziram a migração celular em modelos animais, tanto na peritonite induzida por carragenina como na bolsa de ar induzida por zimosam. Além disso, foi observada a redução dos níveis de expressão de citocinas IL-1β, IL-6, IL-12 e TNF-α. Este é o primeiro estudo que demonstra o efeito anti-inflamatório do extrato aquoso dos frutos de Hancornia speciosa contra diferentes agentes inflamatórios em modelos animais, sugerindo que suas moléculas bioativas, especialmente rutina e ácido clorogênico contribuem, em parte, para o efeito anti-inflamatório do extrato aquoso. Estes resultados suportam a utilização de H. speciosa na medicina popular e revelam que o extrato aquoso apresenta um potencial terapêutico para o desenvolvimento de uma droga herbal com propriedades anti-inflamatórias.Dissertação Avaliação da atividade anti-inflamatória e antioxidante do Lactobacillus Rhamnosus EM1107 em modelo experimental de periodontite induzida em ratos diabéticos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-23) Silva, Natália Teixeira da; Araújo, Aurigena Antunes de; ; http://lattes.cnpq.br/3531154240424211; ; http://lattes.cnpq.br/7467353968533692; ; http://lattes.cnpq.br/3108920381652785; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Aquino, Sabrina Garcia de; ; http://lattes.cnpq.br/3583392685215930A doença periodontal e o diabetes compartilham mecanismos imuno-inflamatórios crônicos semelhantes e possuem uma relação bidirecional bem estabelecida na literatura. A terapia probiótica, que por sua vez exerce efeitos sobre o microbioma e também sobre o sistema imune do hospedeiro, tem sido sugerida como uma alternativa ou complemento à terapia periodontal não cirúrgica. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Lactobacillus rhamnosus EM1107 sobre a inflamação e estresse oxidativo em modelo experimental de periodontite induzida por ligadura em ratos diabéticos. Foi realizado ensaio pré-clínico, in vivo, randomizado, cego e controlado, sendo composto por 45 ratos Wistar machos, os quais foram divididos aleatoriamente em cinco grupos com 9 animais cada: controle, ligadura, ligadura/DM, ligadura/EM1107, ligadura/DM/EM1107. Os animais foram pré-tratados com probiótico via gavagem oral durante os 30 dias de experimento. A indução do diabetes aconteceu através de injeção de STZ por veia peniana no 14º dia do experimento e a colocação da ligadura para indução da Doença Periodontal ocorreu no 19º dia. No 30º de experimento dos animais foram eutanasiados. As amostras de tecido gengival obtidas foram analisadas através do ensaio ELISA para dosagem das concentrações teciduais das citocinas IL-1β e TNF-α e da espectroscopia UV-VIS para determinação dos níveis de malondialdeído (MDA) e glutationa (GSH). Foi realizado também análise bioquímica para dosagem de ALT, ureia e glicose. O tratamento com L. rhamnosus EM1107 reduziu significativamente as concentrações de citocinas inflamatórias IL-1β e TNF-α nos grupos tratados com L. rhamnosus EM1107 (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação a modulação do estresse oxidativo (p>0,05). A análise dos parâmetros bioquímicos revelou diferença estatisticamente significativa apenas para a dosagem de glicose entre os grupos diabéticos e não diabéticos (p<0,001). Esse estudo sugere efeito anti-inflamatório do Lactobacillus rhamnosus EM1107 na periodontite induzida por ligadura em ratos diabéticos.Dissertação Avaliação das atividades anti-inflamatória, cicatrizante e antiofídica de um gel contendo extrato hidroetanólico das folhas de Jatropha mollissima (Pohl) Baill(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-03-29) Passos, Júlia Gabriela Ramos; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; Silva, Juliana Félix da; https://orcid.org/0000-0003-3131-9025; http://lattes.cnpq.br/7927574480239375; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; http://lattes.cnpq.br/1969453327313987; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Luna, Karla Patrícia de OliveiraAcidentes provocados por serpentes são considerados um grande problema de saúde pública em várias regiões do mundo. O gênero Bothrops é responsável pela maioria dos acidentes ofídicos no Brasil. O principal tratamento específico disponível para a picada dessas serpentes é o soro antibotrópico, porém o mesmo apresenta algumas limitações, tais como: não combater os efeitos locais de forma eficaz, difícil acesso em algumas regiões, além do alto custo. Plantas do gênero Jatropha (Euphorbiaceae) são frequentemente indicadas pela medicina tradicional, em algumas regiões do Brasil, para reverter os danos induzidos por picadas de serpentes e também com função anti-inflamatória. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar o potencial anti-inflamatório, cicatrizante e antiofídico contra a peçonha da serpente Bothrops jararaca do extrato hidroetanólico das folhas de Jatropha mollissima (Pohl) Baill. incorporado em uma formulação desenvolvida para aplicação por via tópica. Foram realizados ensaios para avaliar a atividade anti-inflamatória tópica desta formulação nos modelos de edema de pata induzido por carragenina e edema de orelha induzido por aplicação única (inflamação aguda) ou aplicações múltiplas (inflamação crônica) de óleo de cróton. Também foram realizados testes para avaliar a atividade cicatrizante da formulação, enquanto o teste de irritação cutânea foi conduzido para analisar a segurança durante o uso tópico das formulações desenvolvidas. Foi possível observar que o gel apresenta ação antiinflamatória nos modelos de inflamação aguda induzida por carragenina, observado através da diminuição da espessura da pata, além de inibir os modelos de inflamação aguda e crônica induzidas por óleo de cróton, observados através da diminuição da espessura da orelha, além da diminuição de parâmetros inflamatórios e oxidativos. Também foi revelado que o gel apresenta atividade cicatrizante, uma vez que o mesmo diminuiu de forma significativa o tamanho da ferida em relação ao grupo placebo. O gel não provocou irritação cutânea nos camundongos, mostrando-se seguro para uso tópico. A eficácia do gel contendo o extrato hidroetanólico das folhas de J. mollissima sozinho e em associação com o soro comercial antibotrópio-crotálico polivalente quanto ao seu potencial antiofídico frente os efeitos locais do envenenamento por B. jararaca foi avaliada no modelos de edema de pata, hemorragia muscular e dermonecrose induzidos por esta peçonha. Como resultado, foi observado que as atividades edematogênica e hemorrágica induzidas pela peçonha foram inibidas tanto pelo gel, como pela sua associação com o soro antiofídico, uma vez que estes tratamentos reduziram o edema, além de diminuírem de maneira significativa a concentração de hemoglobina no músculo inoculado com peçonha, tendo consequentemente um potencial antihemorrágico significativo. Neste estudo foi demonstrado também que o soro antiofídico sozinho não foi capaz de inibir a dermonecrose induzida no dorso dos animais, diferentemente do gel JmF 5%, que inibiu o tamanho do halo dermonecrótico de forma significativa. Em conclusão, os resultados demonstram que o gel contendo o extrato hidroetanólico das folhas de J. mollissima apresenta potencial atividade anti-inflamatória, cicatrizante e antiofídica, atuando sobre os efeitos locais da peçonha, sugerindo que esta formulação de uso tópico possui um importante potencial antiofídico como alternativa complementar ao tratamento dos efeitos locais induzidos pelo envenenamento botrópico, além de atuar como potencial cicatrizante e anti-inflamatório tópico.Dissertação Avaliação de toxicidade e da atividade anti-inflamatória intestinal do extrato aquoso das folhas de Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-04-06) Silva, Valéria Costa da; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Araújo, Aurigena Antunes de; ; ; ; Silva Júnior, Edilson Dantas da; ; Queiroga, Rita de Cássia Ramos do Egypto;Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult., popularmente conhecida como “salsa” ou “salsa brava”, pertence à família Convolvulaceae. Estudos anteriores com o extrato de I. asarifolia e de seus compostos majoritários, ácido clorogênico, ácido cafeíco e rutina, revelaram excelente atividade anti-inflamatória. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis efeitos tóxicos do extrato aquoso das folhas de I. asarifolia (IA), por meio dos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica, bem como avaliar o efeito preventivo do extrato frente à inflamação intestinal induzida pelo ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS). Nos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica foram realizadas administrações em dose única (2000 mg/kg) e doses seriadas por 28 dias (50, 100 e 200 mg/kg) de IA, respectivamente; no ensaio de colite aguda, ratas pré-tratadas com extrato IA (25, 50 e 100 mg/kg) ou sulfassalazina 250 mg/kg receberam instilação intracolônica de DNBS em etanol a 50% (v/v) para avaliação do efeito preventivo de IA. A análise hematológica, hepática, renal e de avaliação do sistema nervoso central nos ensaios de toxicidade, não revelaram efeitos tóxicos. Enquanto que no modelo de colite, IA apresentou efeito protetor frente à inflamação intestinal induzida pelo DNBS, com melhora no índice de atividade da doença, no dano macroscópico intestinal e na relação peso/comprimento colônico. O pré-tratamento com o extrato promoveu downregulation de importantes moléculas envolvidas em vias de sinalização da inflamação intestinal como JNK1, NF-κB-p65 e STAT3, enquanto que SOCS1 teve upregulation. Consequentemente, IA promoveu downregulation de IL-17 e iNOS e redução nos níveis de IL-1β e TNF-α, marcadores pró-inflamatórios. Por outro lado, aumentou significativamente IL-10, uma importante citocina anti-inflamatória. O efeito anti-inflamatório de IA também foi confirmado pela redução da atividade da MPO colônica. Em asssociação a estes resultados, houve uma melhora significativa do estresse oxidativo com redução do MDA e aumento da GSH, resultados que podem ser atribuídos ao rico conteúno de fenóis e flavonoides totais do extrato. Adicionalmente, o efeito de IA foi confirmado na avaliação histológica, demonstrando preservação da citoarquitetura colônica, o que corrobora com os dados referentes à upregulation para MUC2, glicoproteína envolvida na integridade da barreira intestinal. Diante dos resultados apresentados, concluímos que o extrato de I. asarifolia apresenta baixa toxicidade e atividade protetora frente a inflamação intestinal, revelando potencial para possível aplicação adjuvante no controle da DII humana.Tese Avaliação do potencial de extratos ricos em flavonoides de Kalanchoe laciniata (L.) DC e Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken no tratamento de doença inflamatória intestinal: um estudo fitoquímico, de segurança e eficácia em modelos in vivo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-26) Andrade, Anderson Wilbur Lopes; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; ; http://lattes.cnpq.br/1460612070343601; Vigo, Cleverson Luiz dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/5836396293829704; Damasceno, Renan Oliveira Silva; ; http://lattes.cnpq.br/7699067518129569; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; Silva Júnior, Edilson Dantas da; ; http://lattes.cnpq.br/5459705151588106As doenças inflamatórias intestinas (DIIs) como a colite ulcerosa e a doença de Crohn são caracterizadas por uma inflamação crônica no intestino. Atualmente, existem várias estratégias terapêuticas para tratar as DIIs. Porém, a maioria dos tratamentos de escolha estão associados a efeitos adversos graves, o que justifica a busca por novos tratamentos adjuvantes. Nesse sentido, destaca-se o interesse por plantas ricas em compostos fenólicos com propriedades imunomoduladoras e antioxidantes, como é o caso da Kalanchoe laciniata e da Bryophyllum pinnatum, pertencentes à família Crassulaceae. Estas plantas são usadas popularmente no Brasil para o tratamento de desordens gastrointestinais, da inflamação em geral, dentre outras. Dessa forma, foi avaliado se os extratos (hidroetanólico a 50%) das folhas da K. laciniata (HEKL) e da B. pinnatum (HEBP) demonstram sinais de citotoxicidade (células RAW 264.7) e toxicidade aguda (14 dias) e subcrônica (28 dias) e se apresentam efeito anti-inflamatório intestinal em dois modelos de colite: indução por ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS) em ratos (protocolo preventivo) e por dextrano sulfato de sódio (DSS) em camundongos (protocolo curativo). Inicialmente, os extratos passaram pela etapa de investigação fitoquímica quanto a avaliação do teor de fenois e de flavonoides totais. Em relação ao conteúdo dos fenois totais, o HEKL e HEBP demonstraram, respectivamente, teores de 75,1±6,32 e 96,7±7,34 mg (ácido gálico/g do extrato) e de flavonoides totais iguais a 37,4±4,82 e 64,3±4,16 mg (quercetina/g do extrato). Foram desenvolvidos métodos analíticos por cromatografia líquida ultrarrápida para avaliar os constituintes majoritários das duas espécies. Entretanto, somente o método para o HEBP foi validado de acordo com a legislação nacional vigente sendo que seus flavonoides majoritários quercetina 3-O-α-L- arabinopiranosil (12) α-L-ramnopiranosídeo, canferol 3-Oα-L-arabinopiranosil (12) α-L-ramnopiranosídeo e quercetina-3-O- ramnopiranosídeo apresentaram, respectivamente, teores de 35,56±0,09, 4,66±0,08 e 4,56±0,03 mg por g de extrato. Os HEKL e HEBP não evidenciaram sinais de citotoxicidade e nos ensaios toxicológicos, os extratos testados não alteraram de forma significativa (p < 0,05) os parâmetros avaliados (comportamental, locomotor, hematológico, bioquímico, entre outros) e não causaram morte nos animais (dose letal mediana estimada maior que 2000 mg/kg). Em relação ao efeito anti-colítico nos modelos de DNBS e DSS, foi observado que os extratos apresentam efeitos quimiopreventivos e anti-inflamatórios por meio da redução no escore do índice de atividade da doença (p < 0,05) e nos danos macroscópicos e microscópicos. Os extratos promoveram a regulação negativa (p < 0,05) do receptor do tipo Toll e da expressão do gene do fator nuclear kappa B p65, causando a uma supressão (p < 0,05) dos mediadores próinflamatórios (fator de necrose tumoral alfa e interleucinas (IL) 1β, IL-6, IL-17) e oxidativos (óxido nítrico), quimiocinas (proteína quimioatraente de monócitos-1 e proteína inflamatória de macrófagos-2), moléculas de adesão intercelular do tipo 1. Essa propriedade imunomoduladora e antioxidante foi proposta como um dos possíveis mecanismos de ação dos extratos. A melhora na inflamação intestinal também foi associada a uma diminuição no estresse oxidativo e infiltração de leucócitos exercida pelos extratos. Além disso, o HEKL e HEBP contribuíram com a manutenção da integridade da barreira epitelial intestinal ao restaurar a expressão das proteínas (p < 0,05) associadas à proteção da mucosa (mucina (MUC) 2 e MUC3, ocludina, zonula oclusão do tipo 1, fator trifólio, villin). Com base na constatação que os extratos não apresentaram efeitos tóxicos nas doses avaliadas, bem como nos efeitos benéficos nos modelos DNBS e DSS, pode se inferir que o HEKL e o HEBP são seguros e que possuem efeito anti-inflamatório frente aos modelos aplicados possivelmente pelas propriedades antioxidante e imunomoduladora dos seus flavonoides. Estes achados tornam os extratos bons candidatos para avaliação da eficácia e segurança clínica de uma terapia adjuvante para as DIIs.Dissertação Avaliação do potencial probiótico do lactobacillus plantarum CNPC003 e lactobacillus mucosae CNPC007 em modelo de inflamação intestinal em animais(2020-02-27) Almeida, Marília Virgo Silva; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Araújo, Daline Fernandes de Souza; ; ; ; Silva Júnior, Edilson Dantas da; ; Queiroga, Rita de Cássia Ramos do Egypto;A Doença Inflamatória Intestinal (DII), caracterizada por apresentar uma inflamação crônica não controlada na mucosa intestinal, engloba, principalmente, duas patologias: a Colite Ulcerativa (UC) e a Doença de Crohn (DC). Nestas, o sistema imunológico local permanece cronicamente ativado e o intestino cronicamente inflamado, devido a uma incapacidade de diminuição das respostas inflamatórias. A produção e liberação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e citocinas próinflamatórias pelos fagócitos desempenham um papel importante na fisiopatologia da DII. Falhas terapêuticas e efeitos adversos do arsenal medicamentoso de escolha, têm incentivado os pesquisadores a estudar alternativas no controle do processo inflamatório intestinal, dentre as quais se incluem as bactérias probióticas. Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória intestinal do prétratamento com os probióticos Lactobacillus plantarum CNPC003 (LP) e Lactobacillus mucosae CNPC007 (LM) em modelo de colite experimental aguda induzida por ácido dinitrobenzenosulfônico (DNBS) em ratos. Desta forma, foram utilizados ratos Wistar fêmeas divididos em 5 grupos experimentais (n=7): Grupo saudável: Saudável (S) que recebeu solução salina; Grupos colíticos: Controle DNBS (DNBS) que recebeu solução salina; e os colíticos tratados com os probióticos: LP, LM e fármaco padrão sulfassalazina (SSZ) na dose 250 mg/kg. Os respectivos pré-tratamentos de cada grupo foram administrados por gavagem durante 17 dias antes da indução da inflamação intestinal. Após os tratamentos, no 17º dia, a colite foi induzida pela administração intracolônica de 30 mg de DNBS (etanol a 50%, v/v) e, então, as administrações foram continuadas até o 19º dia. No 20º dia, setenta e duas horas após a indução, todos os animais foram eutanasiados. Foram avaliados parâmetros macroscópicos, microscópicos, marcadores inflamatórios como mieloperoxidase (MPO), sintase do óxido nítrico induzida (iNOS), metaloproteínase-9 (MMP-9), a via de sinalização fator nuclear kappa B (NF-κB) e as citocinas fator de necrose tumoralα (TNF-α), interleucina-10 (IL-10), interleucina-β (IL-1β), interleucina-17 (IL-17), do estresse oxidativo (malondialdeido) e da integridade de barreira intestinal mucina-2 (MUC-2), zona de oclusão-1 (ZO-1) e ocludina (OCL). O pré-tratamento com probióticos foi capaz de atenuar a severidade do dano colônico provocado pelo DNBS, observado na redução do escore do dano macroscópico (p<0,05 vs. DNBS). Esse efeito foi associado a uma redução na atividade de MPO, MMP-9 e iNOS (p<0,05 vs. DNBS) e nos níveis de citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-17 (p<0,05 vs. DNBS). Por outro lado, os probióticos aumentaram os níveis colônicos da IL-10, bem conhecida como uma citocina anti-inflamatória. O efeito benéfico dos probióticos na inflamação intestinal induzida pelo DNBS também foi demonstrado pela capacidade de reduzir o estresse oxidativo colônico, observado pela redução de malondialdeido (MDA) (p<0,05 vs. DNBS). Adicionalmente, LP aumentou a expressão de marcadores envolvidos na integridade epitelial como OCL e ZO-1, enquanto LM aumentou a expressão de OCL, MUC-2 e ZO-1 (p<0,05 vs. DNBS). Desta forma, os probióticos LM e LP destacam-se por apresentar um potencial anti-inflamatório intestinal que poderá ser uma alternativa na prevenção da DII.Dissertação Caracterização química e efeito preventivo do extrato hidroetanólico liofilizado do cladódio de Cereus jamacaru P.DC. (Mandacaru) em modelo experimental de doença inflamatória intestinal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-28) Melo, Nadja Maria da Costa; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Araújo, Daline Fernandes de Souza; 04748892463; http://lattes.cnpq.br/4876007142880494; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; http://lattes.cnpq.br/0184785975512819; Morais, Ana Heloneida de Araújo; http://lattes.cnpq.br/1233944493334651; Damasceno, Renan Oliveira Silva; http://lattes.cnpq.br/7699067518129569As doenças inflamatórias intestinais (DII) são patologias crônicas inflamatórias associadas a alterações genéticas e fatores ambientais. Os medicamentos disponíveis para o tratamento, podem provocar efeitos adversos, mostrando a necessidade de busca por novas estratégias terapêuticas. Destacam-se os alimentos ricos em compostos bioativos, com atividade anti-inflamatória como Cereus jamacaru P. DC. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o perfil físico-químico, fitoquímico e efeito anti-inflamatório do Extrato Hidroetanólico Liofilizado do cladódio de Cereus jamacaru P.DC. (mandacaru) em modelo experimental de doença inflamatória intestinal aguda induzido por DNBS. Os cladódios do mandacaru foram coletados na cidade Jucurutu/RN, retirados os espinhos, cortados, secos e triturados, passando pormacerações com etanol e água, obtendo o Extrato Hidroetanólico Liofilizado de Cereus jamacaru (EHCJ). A fitoquímica do EHCJ foi realizada por cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massas para avaliar a presença de compostos fenólicos. No estudo da atividade anti-inflamatória intestinal foram utilizados Rattus norvegicus (Wistar) (n = 8/grupo), peso 230 ± 20 g distribuídos aleatoriamente, nos grupos: controle normal, DNBS, sulfassalazina 250 mg/Kg e EHCJ (50, 100 e 200 mg/Kg/dia). Foram avaliados o Índice de atividade da doença (IAD), sinais preliminares de toxicidade aguda, macroscópicos, microscópicos, compostos voláteis e os ácidos graxos presentes no material fecal. Ademais, marcadores inflamatórios como dosagem da mieloperoxidase (MPO), a expressão do gene da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK), da proteína metaloproteínase 9 (MMP-9) e do gene e da proteína do fator kappa B (NF-κB p65); dosagens de citocinas (TNF-α, IL-10 e IL-1β); avaliação do estresse oxidativo pela dosagem do malondialdeido (MDA) e glutationa reduzida (GSH); integridade da barreira intestinal por meio da expressão do gene ocludina (OCL), expressão das proteínas mucina 2 (MUC-2) e zôna de oclusão (ZO-1) todos em tecido colônico. Na fitoquímica foram identificados os compostos derivados do ácido benzoico, sacarídeo, Kampferol-3- O-dirhamnosil-hexosideo, Isorhamnetina-3-O-dirhamnosilglicosídeo, Kaempferol-3-O- rutinosídeo, Isorhamnetina-3-O-rutinosídeo e o Ácido oxodi- hidroxi-octadecenóico. Por meio da GC-MS dos materiais fecais identificou-se dezoito compostos, sendo eles ácidos graxos, hidrocarbonetos, esteróis e fenol. No modelo de colite, o EHCJ em todas as doses testadas foi capaz de provocar quimioprevenção observada por meio do IAD (p <0,05). Ainda, protegeu contra os danos colônicos induzidos pelo DNBS com menor escore do dano macroscópico (p<0,05). O EHCJ promoveu menor atividade da MPO (p<0,05), menor atividade do MDA (p<0,01) e maiores níveis de GSH (p<0,05) para todas as doses testadas. O EHCJ ainda provocou menores níveis teciduais das citocinas TNF-α (p<0,0001) e IL- 1β (p<0,05) e maiores de IL-10 na dose de 200 mg/Kg (p<0,01). O efeito preventivo também foi demonstrado pela maior expressão do gene OCL e menor expressão dos marcadores das vias MAPK (p<0,01) e NF-κB p65 (p<0,0001) no cólon. As análises histopatológicas mostraram que o EHCJ apresentou menor densidade do infiltrado (p<0,001) e a imuno-histoquímica exibiu maior imunorreatividade para MUC-2 (p<0,01) e ZO-1 (p<0,05) e menor para as proteínas NF-κB p65 (p<0,05) e MMP-9 (p<0,05). Dessa forma, os resultados pré-clínicos indicam que o EHCJ é benéfico na quimioprevenção da colite, podendo, no futuro se tornar uma alternativa no tratamento da DII humana.Dissertação Controle de qualidade físico-químico e biodisponibilidade relativa em ratos de suspensões orais de naproxeno sódico obtidas de farmácias de manipulação na cidade do Natal RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-02-26) Solon, Lilian Grace da Silva; Soares, Luíz Alberto Lira; ; ; http://lattes.cnpq.br/7383710777903556; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Barichelo, José Mário; ; http://lattes.cnpq.br/8192385731123737Os medicamentos vendidos nas farmácias de manipulação têm sido notificados pela ANVISA quanto à resposta terapêutica reduzida ou por toxicidade. Disto e visando avaliar a qualidade dos produtos magistrais o presente trabalho objetivou realizar ensaios de controle de qualidade e biodisponibilidade relativa em suspensões de naproxeno sódico na concentração de 25 mg/mL, obtidas de seis farmácias de manipulação na cidade do Natal (A, B, C, D, E e F) e de uma suspensão de referência (R). No controle de qualidade físico-químico foram realizados ensaios para determinação do teor, pH, homogeneidade, volume e características organolépticas. O método utilizado no doseamento mostrou precisão, exatidão, linearidade e especificidade. As formulações obtidas nas farmácias B, C e E apresentaram um teor abaixo das especificações, enquanto que a formulação F apresentou um teor acima do recomendado pela Farmacopéia Americana. Em relação ao pH as suspensões C, E e F apresentaram resultados fora das especificações farmacopéicas. Desta forma, apenas as suspensões R, A e D foram selecionadas para o ensaio de biodisponibilidade relativa. As suspensões R, A e D foram administradas oralmente em ratos Wistar e o sangue foi coletado em intervalos de 10, 20, 40 e 60 min, 3, 4, 6, 24 e 48 h. O plasma obtido foi então armazenado em freezer a 80 ºC para posterior análise em CLAE. O método utilizado apresentou especificidade, linearidade (R2 = 0,9987), precisão, exatidão, adequada recuperação e estabilidade. As condições cromatográficas utilizadas na metodologia foram: fluxo 1,2 mL/min, a fase móvel constituiu tampão fosfato de sódio monobásico 0,01 M pH 4,0 e acetonitrila (50:50, v/v), coluna C18 e comprimento de onda em 280 nm. O índice de confiança de 90% para as razões de Cmax e ASCt se encontrou dentro do intervalo de 80 125% proposto pelo FDA apenas para a suspensão obtida da farmácia de manipulação D, sendo, portanto considerada bioequivalente para a taxa de absorção nas condições propostas por este estudo. Assim, os resultados obtidos indicam a necessidade de uma maior fiscalização pelos órgãos competentes de forma a garantir a segurança do paciente e qualidade do medicamento produzido pela farmácia de manipulaçãoArtigo Determination of carbamazepine in pharmaceutical formulations(Universidade de São Paulo, USP, 2010) Araujo, Aurigena Antunes de; Solon, Lílian Grace da Silva; Oliveira, Ana Isabel Maia de; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Soares, Luiz Alberto LiraThe aim of this study was to evaluate the quality of five different solid formulations of carbamazepine. The reference formulation was Tegretol® 200.00 mg (Novartis) and the others were: generic formulation of carbamazepine 200.00 mg (National Industry), similar formulation of carbamazepine 200.00 mg (National Industry), and two formulations of carbamazepine 200.00 mg acquired from two different compounding pharmacies. The latter consisted of capsules obtained in Natal, the capital city of the Brazilian State of Rio Grande do Norte. The quality of samples was evaluated through physical and physical-chemical tests, including: weight, diameter, thickness, content, dissolution, disintegration, hardness, friability and moisture. The results of friability analysis showed that all formulations met Brazilian and United States Pharmacopeia (USP) specifications. In spite of having a higher hardness compared to the reference, the generic formulation had a lower disintegration time. This could be associated to the presence of crospovidone in its formulation. Results of this study showed that all formulations had dissolutions which were in accordance with Brazilian Pharmacopoeia specifications, and quality control tests. An exception was found for the similar formulation, which had a hardness parameter that exceeded the USP standard. However, this difference was not significant given the similar formulation's satisfactory disintegration time.Dissertação Efeito de frações obtidas da fucoidana de Fucus vesiculosus em modelo experimental de artrite induzida por Zymosan(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-06-15) Cardoso, Maria Leila; Leite, Edda Lisboa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783254U6&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/1865651741457385; Carvalho, Maria Goretti Freire de; ; http://lattes.cnpq.br/8934375314306198; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876A fucoidana de Fucus vesiculosus é conhecida por exibir funções biológicas diversas. Este trabalho analisou a ação terapêutica de populações obtidas da fucoidana comercial (F. vesiculosus) no modelo de artrite induzida por zymosan. Após fracionamento com acetona obteve-se três populações de fucoidana que foram denominadas de fucoidanas F1 (52,3%), F2 (36,7%) e F3 (10,7%). As análises químicas demonstraram que F1, dentre as fucoidanas obtidas, foi a que apresentou a maior quantidade do íon sulfato. O perfil eletroforético mostra que a fucoidana comercial ou total (FT), diferente das outras fucoidanas e dos padrões de glicosaminoglicanos, se mostrou bastante polidisperso, o que indicou que essa é constituída por uma mistura de polissacarídeos sulfatados. Por outro lado, as fucoidanas obtidas a partir de FT mostraram apenas uma banda eletroforética com uma polidispersão bem menor do que aquela observada para FT. A fucoidana F2 apresentou uma migração intermediária entre as fucoidanas F1 e F3. Devido a pequena quantidade de massa obtida de F3, utilizou-se apenas as fucoidanas F1 e F2 nos ensaios da artrite induzida. Após 1 hora da indução foram administradas F1 ou F2 (10, 25 e 50 mg/Kg i.p) ou diclofenaco sódico (10 mg/Kg i.p) ou lumiracoxibe (5 mg/Kg v.o) ou L-NAME (30 mg/Kg i.p). Após 6 h, foram realizadas as análises do influxo celular e níveis de nitrito e a análise histopatológica. As fucoidanas F1 e F2 foram mais potentes tanto na diminuição do número de leucócitos, quanto na quantidade de oxido nítrico encontrado no lavado. O que indica que o mecanismo antiinflamatório dessas fucoidanas não está só relacionado com o bloqueio das selectinas, mas também com a inibição da síntese do oxido nítricoTese Efeito inibitório do decocto das folhas de Jatropha gossypiifolia L. contra a toxicidade local e sistêmica da peçonha da serpente Bothrops erythromelas(2018-06-28) Silva, Juliana Félix da; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; ; Silva, Marcelo de Sousa da; ; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; Silveira, Edilberto Rocha; ; Luna, Karla Patrícia de Oliveira;Serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos na América Latina. A soroterapia antipeçonhenta, entretanto, ainda apresenta baixa eficácia quanto aos efeitos locais, difícil acesso em algumas regiões, além de alto custo e potencial risco de reações adversas. Diante desse cenário, o principal objetivo deste trabalho é contribuir com alternativas complementares à soroterapia, com ênfase na espécie Bothrops erythromelas, que é uma serpente de relevância epidemiológica na região Nordeste do Brasil, porém que, até o momento, ainda carece de estudos mais aprofundados na literatura, além de não estar incluída na mistura antigênica para a produção dos soros antibotrópicos brasileiros. Para tanto, duas frentes de trabalho principais foram conduzidas: (1) caracterização dos efeitos tóxicos locais e sistêmicos induzidos por essa peçonha, de modo a melhor compreender sua toxicidade e assim desenvolver estratégias mais eficazes para o seu tratamento; e (2) avaliação da eficácia do decocto das folhas de Jatropha gossypiifolia frente os efeitos tóxicos da peçonha em estudo, objetivando o seu emprego como matéria-prima para futuros produtos fitoterápicos antiofídicos, que possam vir a complementar a eficácia da soroterapia atual. Por meio de estudos de envenenamento experimental em camundongos, observou-se que a peçonha de B. erythromelas produziu intenso quadro inflamatório local, envolvendo a participação direta de componentes enzimáticos da peçonha, bem como de mediadores inflamatórios endógenos, os quais podem ser empregados como alvos terapêuticos para o tratamento do envenenamento local. Em relação à toxicidade sistêmica, a peçonha induziu, em camundongos, pronunciados efeitos na hemostasia, além de hemorragia sistêmica e toxicidade renal e hepática, que puderam ser visualizados por meio da alteração de diversos parâmetros hematológicos, hemostáticos e bioquímicos. Através de estudos de inibição desses efeitos, observa-se que, em geral, os soros antiofídicos testados de fato apresentam limitada eficácia contra as atividades enzimáticas in vitro e os efeitos locais da peçonha in vivo, apesar da existência de reconhecimento imunológico, o que indica a presença de reatividade cruzada com componentes altamente imunogênicos, porém toxicologicamente pouco relevantes para a ação tóxica dessa peçonha. O decocto das folhas de J. gossypiifolia, por sua vez, foi capaz de reduzir significativamente os efeitos locais e sistêmicos induzidos pela peçonha, o que pôde ser associado à sua ação direta sobre as toxinas ofídicas, bem como a uma ação indireta sobre os mediadores endógenos. Um gel fitoterápico para utilização como adjuvante de uso tópico no tratamento do envenenamento ofídico foi desenvolvido e resultados promissores foram obtidos quando se observou que a associação desse gel ao soro antipeçonhento foi capaz de aprimorar significativamente a efetividade do tratamento do dano tecidual local induzido por B. erythromelas. Análises fitoquímicas indicaram que os flavonoides são os compostos majoritários da espécie vegetal, podendo ser, ao menos parcialmente, a principal classe de substância responsável pelas atividades apresentadas. Em conclusão, os resultados obtidos demonstram a potencialidade da espécie vegetal J. gossypiifolia como adjuvante no tratamento dos envenenamentos botrópicos, podendo esse estudo ser um pontapé inicial para o futuro desenvolvimento de produtos fitoterápicos antiofídicos com matéria-prima genuinamente brasileira para complementação da atual soroterapia no tratamento de acidentes botrópicos.Dissertação Efeitos hepatoprotetores do carvedilol em modelo de esteato-hepatite alcoólica induzida em ratos wistar(2017-06-23) Garcia, Vinícius Barreto; Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/1903940945895093; http://lattes.cnpq.br/7995466298895632; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; Vieira, Jeymesson Raphael Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6727125662817949A Doença Hepática Alcoólica (DHA) corresponde a diversas patologias hepáticas reversíveis e irreversíveis que ocorrem em resposta à ingestão do etanol, dentre elas a esteato-hepatite alcoólica que, embora reversível, ainda não possui terapia farmacológica específica. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos hepatoprotetores do carvedilol (CARV) em ratos com esteato-hepatite alcoólica. Para isso, ratos Wistar foram divididos em 5 grupos: controle negativo, controle positivo, CARV 1mg, CARV 3mg e CARV 5mg (5 animais por grupo – sendo os grupos CARV duplicados). Durante 28 dias consecutivos os animais foram submetidos à gavagem oral de solução salina (NaCl 0,9% - controle negativo) ou solução alcoólica a 30%, 7g/kg (grupo controle positivo e grupos CARV). Os grupos CARV recebiam a dose respectiva do fármaco por gavagem 1h antes da solução alcoólica. O sangue dos animais foi coletado via punção cardíaca para dosagem de triglicerídeos (TG) e transaminases hepáticas (AST e ALT) e as amostras hepáticas foram submetidas à análise colorimétrica do malonaldeído (MDA), mieloperoxidase (MPO) e glutationa reduzida (GSH), à análise imuno-enzimática (ELISA) das citocinas Interleucina 1 beta (IL-1β), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina 10 (IL-10), à PCR quantitativa em tempo real (RT-qPCR) dos genes pró-colágenos I e III, Fator Nuclear κB (NF- κB) e TNF-α e à análise histopatológica por Hematoxilina e Eosina, Picro-Sirius, Imuno-histoquímica para COX-2, RANK, RANKL, IBA-1, ICAM-1, SOCS-1, SOD-1 e GPx-1 e imunofluorescência para IL-1β e NF- κB. Todas as técnicas utilizadas demonstraram que o efeito hepatoprotetor do carvedilol se dá por meio da regulação que ele desempenha sobre as Células de Kupffer e Células Estreladas, levando a respostas anti-inflamatórias, antioxidantes e anti-fibróticas.Artigo Effect of Dexamethasone-Loaded PLGA Nanoparticles on Oral Mucositis Induced by 5-Fluorouracil(MDPI, 2021-01-04) Ribeiro, Susana Barbosa; Araújo, Aurigena Antunes de; Oliveira, Maisie Mitchele Barbosa; Silva, Alaine Maria dos Santos; Silva Júnior, Arnóbio Antônio da; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Brito, Gerly Anne de Castro; Leitão, Renata Ferreira de Carvalho; Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de; Garcia, Vinícius Barreto; Vasconcelos, Roseane Carvalho; Medeiros, Caroline Addison Carvalho Xavier deOral mucositis (OM) is characterized by the presence of severe ulcers in the oral region that affects patients treated with chemotherapy. It occurs in almost all patients who receive radiotherapy of the head and neck, as well as patients who undergo hematopoietic cell transplantation. The pathophysiology of OM is complex, and there is no effective therapy. The aim of this study was to evaluate the effect of dexamethasone-loaded poly(D,L-Lactic-co-glycolic) nanoparticles (PLGA-DEX NPs) on an OM model induced in hamsters. The NPs were synthesized using the emulsification-solvent evaporation method and were characterized by the size, zeta potential, encapsulation efficiency, atomic force microscopy, physicochemical stability, and the in vitro release. The OM was induced by the administration of 5-FU on the first and second days and mechanical trauma on the 4th day of the experiment. PLGA-DEX NPs were administered to treat OM. The animals were euthanized on the 10th day. Macroscopic and histopathological analyses were performed, measurement of malonaldehyde (MDA) and ELISA was used to determine the levels of IL-1β and TNF-α. Immunoexpressions of NF-κB, COX-2, and TGF-β were determined by immunohistochemistry, and qRT-PCR was used to quantify the gene expression of the GILZ, MKP1, and NF-κB p65. The PLGA-DEX NPs (0.1 mg/kg) significantly reduced macroscopic and histopathological scores, decreased MDA, TNF-α and IL-1β levels, immunostaining for NF-κB, COX-2, TGF-β, and suppressed NF-κB p65 mRNA expression, but increased GILZ and MKP1 expressionTese Effects of Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dick extract on experimental models of intestinal inflammation and metabolic syndrome(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-03) Tavares, Emanuella de Aragão; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; https://orcid.org/0000-0002-2768-0793; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; https://orcid.org/0000-0003-4823-0211; http://lattes.cnpq.br/9967017709735330; Silva Júnior, Arnobio Antônio da; Rezende, Adriana Augusto de; Nogales, Alba Rodríguez; Baratto, Leopoldo ClementeINTRODUÇÃO. As doenças inflamatórias intestinais (DII’s) e a síndrome metabólica são duas condições de saúde em ascensão em todo o mundo, principalmente nos países desenvolvidos (1–3). As DII’s, incluindo a doença de Crohn e a colite ulcerativa, são doenças crônicas que afetam o trato gastrointestinal e podem causar sintomas como rectorragia, diarreia com muco ou sangue, dor abdominal, fadiga e perda de peso (4). A síndrome metabólica, por sua vez, é um conjunto de condições médicas, incluindo obesidade abdominal, hipertensão arterial, aumento dos níveis de açúcar no sangue e dislipidemia (5). Ambas são enfermidades multifatoriais e complexas, cuja etiopatologia envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. No caso das DII’s, acreditase que a interação entre a microbiota intestinal, o sistema imunológico e os fatores ambientais possam desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento. Além disso, fatores como o tabagismo, o estresse e o uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides também podem contribuir para o desenvolvimento das DII’s (6,7). Assim como as DII’s, a síndrome metabólica também está associada a uma inflamação crônica implicada na sua patogênese. O conjunto de fatores de risco, como obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial e dislipidemia aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (8). A inflamação crônica ocorre quando o sistema imunológico do corpo é ativado persistentemente, o que leva à produção contínua de citocinas pró-inflamatórias e a um estado inflamatório crônico. O tratamento da síndrome metabólica muitas vezes envolve a redução da inflamação crônica por meio de mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos regulares e controle do estresse, além de medicamentos para controlar a pressão arterial, reduzir os níveis de açúcar no sangue e reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos. Embora as DII’s e a síndrome metabólica sejam condições diferentes, elas podem estar relacionadas em certos indivíduos, e um melhor entendimento da inflamação crônica pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos complementares para ambas as condições (9). Evidências clínicas mostram que o uso de fenólicos isolados ou de extratos ricos em fenólicos administrados em combinação com medicamentos já utilizados na terapia das DII’s e da síndrome metabólica contribuem com a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e para manter a doença no estado remissivo (10,11). Os polifenóis são metabólitos secundários produzidos por vegetais que possuem propriedade antioxidante e anti-inflamatória, o que os torna eficazes na prevenção e tratamento dessas doenças. Sua notável capacidade anti-inflamatória e antioxidante se deve a múltiplos alvos de ação, como a inibição da produção ou da ação de mediadores pró-inflamatórios ou até mesmo sob a forte influência que pode exercer sobre a microbiota intestinal (12–14). Neste cenário, a cactácea Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck, conhecida popularmente como palma, palma-forrageira e palma “doce” ou “miúda”, é uma boa fonte de compostos bioativos anti-inflamatórios. Os seus cladódios são ricos em polissacarídeos e polifenois (15), e têm sido amplamente utilizados para fins agrícolas, alimentares e medicinais (16). É tradicionalmente utilizada como anti-inflamatório e curativo no tratamento de doenças como colesterol elevado, tensão arterial, problemas renais e urinários, e no tratamento da diabetes (17,18). Estudos anteriores relataram o potencial antibiótico e antifúngico da N. cochenillifera em ensaios in vitro (19,20). Além disso, foi observada a redução da glicemia em estudos in vivo (21) e em um ensaio clínico piloto (22). Em relação ao efeito anti-inflamatório, a administração oral do extrato hidroetanólico dos cladódios de N. cochenillifera demonstrou uma significativa atividade anti-inflamatória em modelos de indução de granuloma e úlcera gástrica em roedores (23,24). Os polifenois presentes no extrato de N. cochenillifera já são considerados uma fonte promissora de agentes bioativos. No entanto, quando se trata de doenças inflamatórias intestinais, direcionar esses ativos para a região do cólon e reduzir as concentrações de extratos vegetais necessárias para alcançar atividade farmacológica ainda são desafios a serem superados. O desenvolvimento de sistemas de administração de medicamentos capazes de transportar as substâncias ativas do extrato até o tecido do cólon é uma alternativa promissora para melhorar a biodisponibilidade oral e prolongar sua retenção no cólon. Os sistemas nanoestruturados têm demonstrado propriedades interessantes e promissoras nesse sentido, como a melhoria da estabilidade, solubilidade e biodisponibilidade de compostos naturais, além de possibilitar o controle da liberação dos compostos bioativos e redução das doses e frequências de administração (25–27). Estratégias que envolvam a encapsulação do extrato de N. cochenillifera e o direcionamento da sua liberação para a região do cólon podem potencializar sua eficácia e reduzir a dose terapêutica necessária. Considerando o potencial bioativo da N. cochenillifera, é relevante destacar que esta espécie é uma excelente escolha para o desenvolvimento de um insumo nacional, devido à sua adaptação à região nordeste do Brasil e à presença de cultivos estabelecidos. Isso possibilita o desenvolvimento de toda cadeia produtiva no país, desde o cultivo até o insumo e/ou o produto acabado, o que pode ter impactos positivos na economia local, como a geração de empregos e o fomento ao desenvolvimento sustentável da região. Nesse contexto, essa proposta visa realizar um estudo fitoquímico do extrato de Nopalea cochenillifera e avaliar o efeito anti-inflamatório em modelos in vivo de inflamação intestinal e de síndrome metabólica. OBJETIVO. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo fitoquímico do extrato hidroetanólico dos cladódios de Nopalea cochenillifera, bem como avaliar a toxicidade e eficácia nos modelos in vivo de inflamação intestinal e de síndrome metabólica. Além disso, este trabalho teve como objetivo desenvolver e caracterizar um sistema nanoparticulado carregado com o extrato de N. cochenillifera e avaliar o efeito farmacológico do extrato livre (NCE) e associado a nanopartículas (NPE). Assim, foram propostos cinco objetivos específicos: 1. Caracterizar físico-quimicamente o extrato de N. cochenillifera, determinar o teor dos compostos fenólicos totais e flavonoides totais e o perfil cromatográfico por cromatografia liquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas (CLAEEM). 2. Avaliar a toxicidade oral aguda do extrato hidroetanólico de N. cochenillifera em ratas. 3. Avaliar o efeito anti-inflamatório intestinal de diferentes doses do extrato hidroetanólico de N. cochenillifera em modelo de inflamação intestinal experimental induzida por ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS) em ratas. 4. Desenvolver, caracterizar e avaliar os efeitos de um sistema nanoparticulado carregado com o extrato hidroetanólico de N. cochenillifera em um modelo de inflamação intestinal experimental induzida por dextrano sulfato de sódio (DSS) em camundongos. 5. Avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de N. cochenillifera em um modelo experimental de síndrome metabólica induzida por dieta rica em gordura em camundongos. METODOLOGIA. 1. Preparação e caracterização físico-química do extrato hidroetanólico de N. cochenillifera (NCE) Os cladódios de N. cochenillifera foram coletados, em seguida fragmentados em pedaços menores, secos em estufa de ar circulante, triturados e submetidos a extração pelo método de maceração com solvente hidroetanólico na proporção 1:10 (p/v). Na análise físico-química do NCE, determinou-se o pH, a acidez titulável, teores de umidade, cinzas, extrato etéreo, fibra bruta, proteínas e carboidratos totais. Estas análises foram realizadas conforme recomendado pelos métodos da AOAC (2020). O teor de fenólicos total do extrato de NCE foi determinado com base no método do reagente Folin-Ciocalteu (28) e o teor de flavonoides totais foi determinado pelo método colorimétrico do cloreto de alumínio (29). O perfil cromatográfico foi determinado por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas com fonte de ionização por electrospray (CLAE-IES-EM). 2. Avaliação da toxicidade oral aguda de NCE em ratos A toxicidade aguda por via oral do extrato de N. cochenillifera foi realizada seguindo os critérios recomendados pela OECD, 2001 (Guidelines for Testing of Chemicals) (30). Foram utilizados Ratos da linhagem Wistar (Rattus norvegicus). O grupo teste recebeu uma dose única de 2000 mg/kg de NCE. Nos dias 1, 7 e 14 após administração de NCE, os animais do grupo teste e controle, foram submetidos ao teste comportamental e motor (Teste de campo aberto e rota-rod). No 15º dia, os animais foram anestesiados e feito uma coleta de sangue por punção cardíaca para a realização de exames hematológicos e bioquímicos. Os órgãos (fígado, rim e baço) dos animais foram examinados macroscópica e microscopicamente. 3. Estudo da atividade anti-inflamatória intestinal “in vivo” A indução da inflamação intestinal foi realizada por ácido DNBS em ratas Wistar (31) e por DSS em camundongos C57BL/6J (32). No estudo com DNBS, os animais receberam três diferentes doses de NCE (100, 200 e 300 mg/kg/dia). No estudo com DSS, foi investigado o efeito anti-inflamatório do extrato livre (200 mg/kg/dia) e incorporado a nanopartículas poliméricas. Em ambos, o índice de atividade da doença (IAD) foi avaliado pela variação do peso corporal, presença de hemorragia retal e consistência das fezes (32). Após eutanásia, a expressão de marcadores inflamatórios e oxidativos, bem como análises macro e microscópica foram avaliadas nas amostras de cólon. Uma avaliação da permeabilidade intestinal pelo método de administração oral de FITC-dextrano foi realizada apenas com os animas submetidos a indução inflamatória intestinal por DSS (33). 4. Obtenção e caracterização das nanopartículas poliméricas As nanopartículas carregadas com extrato de N. cochenillifera (NPE) foram preparadas pelo método de nanoprecipitação (34,35). As nanopartículas foram caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta, eficiência de encapsulação (EE) e morfologia. A estabilidade física das nanopartículas foi avaliada durante um período de 30 dias. 5. Estudo do efeito do extrato de N. cochenillifera (NCE) em um modelo de síndrome metabólica Camundongos machos C57BL/6J foram divididos aleatoriamente em quatro grupos experimentais: controle (dieta padrão); controle + NCE (dieta padrão, tratados com NCE (200 mg/kg)), controle (dieta rica em gordura) e controle + NCE (dieta rica em gordura, tratados com NCE (200 mg/kg). Ao longo do período experimental de 10 semanas, foram avaliados o peso corporal e a ingestão de água e comida (36). Uma semana antes da eutanásia, os camundongos foram privados de alimentos por 6 horas e um teste de tolerância à glicose foi realizado. Ao final do experimento, os animais foram anestesiados e feito uma coleta de sangue por punção cardíaca para a realização da medição os níveis plasmáticos de glicose. Fígado, baço, rins, cólon, gordura abdominal, epididimal e marrom, foram coletados, pesados e analisados macroscopicamente. Amostras de fígado, cólon e/ou tecido adiposo foram analisados microscopicamente e processados para determinações bioquímicas a fim de avaliar a expressão gênica de diferentes marcadores por PCR quantitativo em tempo real (Rt-qPCR). RESULTADOS. O teor de fenólicos totais e flavonoides totais por grama de extrato seco foi de 67,85 mg e 46,16 mg/g, respectivamente. Através da análise por CLAE-IES-EM, foi caracterizado um total de 25 compostos tais como sacarídeos, ácidos orgânicos, ácidos fenólicos e flavonoides. No estudo de toxicidade, a dose de 2000 mg/kg de extrato administrada por via oral não mostrou sinais de toxicidade, mortalidade ou alterações significativas nos parâmetros comportamentais, bioquímicos e hematológicos. Quanto aos efeitos anti-inflamatórios intestinais na indução com DNBS, a análise macroscópica do cólon indicou que o NCE diminuiu o índice de atividade da doença (IAD). As concentrações de interleucina 1 beta (IL-1β) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) diminuíram, a de interleucina 10 (IL-10) aumentou e os níveis de malondialdeido (MDA) e mieloperoxidase (MPO) diminuíram quando comparados com o grupo controle. Além disso, foi observada uma diminuição da expressão gênica de marcadores inflamatórios como proteína quinase ativada por mitógeno 1 (MAPK-1) e fator nuclear kappa B (NF-κB p65) nas amostras de cólon. A integridade epitelial foi melhorada segundo as análises histopatológica e imunohistoquímica. Os grupos que receberam doses de 200 e 300 mg/kg apresentaram melhores resultados. Análises físico-químicas mostraram que as nanopartículas carregadas com extrato (NPE) são esféricas com carga superficial positiva, tamanho de 76,45 nm, potencial zeta positivo, alta eficiência de encapsulamento (EE = 100%) e estáveis por 30 dias. Quanto aos efeitos antiinflamatórios intestinais na indução com DSS, foi observado que o tratamento com o extrato livre NCE (200 mg/kg) e com NPE (4 mg/kg) também reduziram o índice de atividade da doença (IAD), preveniram o encurtamento do cólon e promoveram redução na expressão de marcadores inflamatórios como IL-1β, TNF-α, interleucina 6 (IL-6), receptor toll-like tipo 4 (TLR-4), proteína quimiotática de monócitos 1 (MCP-1), proteína inflamatória de macrófagos 2 (MIP-2), molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1) e óxido nítrico sintase induzível (iNOS). Uma melhora da integridade da mucosa intestinal dos animais tratados com NCE e NPE também foi observada mediante um aumento na expressão de marcadores de barreira como Zona de oclusão 1 (ZO-1), Ocludina (OCLN) e Mucina 3 (MUC-3), os achados histopatológicos corroboraram com estes resultados. Os efeitos do NCE também foram positivos no modelo de síndrome metabólica induzida em camundongos utilizando dieta rica em gordura. A administração de NCE em camundongos obesos reduziu significativamente o ganho de peso corporal, quando comparado ao grupo não tratado, embora não tenham sido observadas diferenças significativas no consumo de energia entre estes grupos. A administração de NCE também reduziu a glicemia basal e a resistência à insulina, mostrou uma melhora no perfil lipídico plasmático em comparação com os camundongos obesos não tratados e resultou significativamente em um aumento da expressão do transportador de glicose GLUT-2 no fígado, evidenciado pela melhora dos níveis de glicose no sangue dos camundongos obesos tratados. A expressão do receptor de leptina (Leptin-R) no tecido hepático dos camundongos obesos tratados foi reduzida, mas houve uma recuperação significativa com o tratamento com NCE. Além disso, foi observado um aumento na expressão do receptor alfa ativado por proliferador de peroxissomo (PPAR-α) no grupo tratado. A expressão proteica da proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina (AMPK) e da fosfoinositídeo 3-quinase (PI3K) no fígado dos camundongos alimentados por HFD foi diminuída, porém, houve uma recuperação significativa nos animais tratados. Análises da expressão dos marcadores de barreira intestinal (ZO-1 e MUC-3) em amostras de cólon de camundongos obesos tratados indicaram que o extrato conseguiu melhorar a integridade da barreira intestinal, a qual é normalmente comprometida em camundongos obesos. CONCLUSÃO. Em relação aos efeitos de NCE do modelo de inflamação intestinal por DNBS e de NCE e NPE no modelo por DSS, foi observado que ambos apresentaram efeito preventivo e antiinflamatório por meio da redução no escore do índice de atividade da doença e nos danos macroscópicos e microscópicos do cólon. Através das análises moleculares realizadas, foi possível observar que NCE e NPE diminuíram os níveis de mediadores inflamatórios e oxidativos, e promoveram a regulação negativa da expressão de genes de importantes vias inflamatórias e oxidativas. Além disso, NCE e NPE contribuíram para a melhora da integridade epitelial de acordo com as análises de marcadores de barreira e através das técnicas histológicas. O extrato livre e o associado a nanopartículas apresentaram resultados semelhantes, no entanto, a dose de NCE incorporado no NPE foi 50x menor que a dose de extrato livre avaliado no ensaio de indução inflamatória intestinal por DSS. Nos ensaios de síndrome metabólica induzida por dieta, o NCE apresentou uma melhora no perfil metabólico dos camundongos obesos, assim também como uma significativa redução do ganho de peso corporal. Estes efeitos foram associados a uma melhora no estado inflamatório sistêmico e diferentes mecanismos parecem estar envolvidos, destacamos os possíveis efeitos imunomoduladores dos fenólicos, já que esses compostos podem ter efeitos benéficos na regulação de genes envolvidos em processos metabólicos, inflamatórios e de estresse oxidativo. No entanto, é necessário realizar mais estudos para entender completamente os mecanismos subjacentes. Os resultados pré-clínicos in vivo indicam que NCE livre ou incorporado a nanopartículas é benéfico na prevenção da colite induzida e na síndrome metabólica, portanto, os resultados deste estudo dão suporte a futuras investigações sobre o potencial terapêutico do extrato de N. cochenillifera no tratamento das doenças inflamatórias intestinais e da síndrome metabólica e indica seu potencial promissor como um ingrediente bioativo para o desenvolvimento de um fitoterápico ou um suplemento funcional inovador no tratamento complementar destas doenças.Dissertação Estudo das atividades antiinflamatória e antinociceptiva do extrato seco padronizado de Phyllanthus niruri L(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Porto, Cínthia Raquel da Costa; Soares, Luiz Alberto Lira; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; http://lattes.cnpq.br/4290808161139329; http://lattes.cnpq.br/5130924482564483; Almeida, Maria das Graças; http://lattes.cnpq.br/8644617307948221; Maia, Maria Bernadete de Sousa; http://lattes.cnpq.br/0046739385454383; Leite, Edda Lisboa; http://lattes.cnpq.br/7712988818433906As atividades antiinflamatória e antinociceptiva foram estudadas para o extrato seco padronizado de Phyllanthus niruri L., (PnSDE) em modelos experimentais de inflamação e dor. A atividade antiinflamatória do PnSDE foi avaliada por meio dos modelos de edema de pata induzido por carragenina, migração leucocitária induzida por tioglicolato e artrite induzida por zymosan. A atividade antinociceptiva foi avaliada utilizando os testes de Randall e Selitto, retirada da calda e placa quente. Este estudo mostrou que o extrato seco padronizado de Phyllanthus niruri L (PnSDE) apresentou importante atividade antiinflamatória frente aos modelos experimentais de edema de pata, migração leucocitária e artrite induzida por zymosan. Assim, o PnSDE, nas doses utilizadas reduziu de forma significativa a resposta vascular no processo inflamatório induzido por carragenina e inibiu a migração leucocitária para o local da inflamação induzida por tioglicolato. Em relação ao modelo de artrite, o PnSDE conseguiu reduzir de maneira significativa os níveis da enzima mieloperoxidase e provocar uma elevação dos níveis de glutationa total. Neste modelo, a análise histopatológica das sinóvias revelou uma significativa redução dos eventos inflamatórios avaliados no tecido inflamado. Na avaliação imunohistoquímica das sinóvias, os resultados sugerem que o extrato pode ter contribuído com a redução da expressão para RANKL, RANK, OPG, COX-2, MMP-2 e MMP-9. Na avaliação da atividade antinociceptiva, os ensaios realizados evidenciaram que o PnSDE exibiu uma marcante atividade antinociceptiva periférica e central. Em conclusão, este estudo sugere que o extrato seco padronizado de Phyllanthus niruri L. possui potentes atividades antiinflamatória e antinociceptiva. Este estudo contribui para uma possível obtenção de uma preparação fitoterápica, utilizando o extrato seco padronizado de Phyllanthus niruri (PnSDE), validando o seu uso para o tratamento da dor e distúrbios inflamatórios.