Navegando por Autor "Guimarães, Adriele Falcão Ferreira"
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TCC Fatores associados ao medo de parto em gestantes de risco habitual.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-04) Guimarães, Adriele Falcão Ferreira; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; Lima, Mateus Dantas de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; Souza, Rafaela Jéssica Silveira de; Leite, Marília Caroline Ventura MacêdoIntrodução: A experiência do parto é um evento multidimensional, influenciado por aspectos individuais, culturais e sociais, sendo o medo de parto uma das condições mais comuns entre as gestantes. O medo do parto manifesta-se como uma ansiedade intensa, que pode variar de leve a incapacitante, afetando significativamente o bem-estar e a funcionalidade da mulher durante a gestação, com implicações nos desfechos perinatais e na saúde mental. Objetivo: Analisar os fatores sociodemográficos e obstétricos associados ao medo de parto em gestantes de risco habitual. Métodos: Este é um estudo do tipo transversal observacional, realizado entre março e novembro de 2024, no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal/RN. A amostra foi composta por 75 gestantes de risco habitual, com idade acima de 18 anos e período gestacional entre 10 e 30 semanas. As participantes responderam a um questionário sociodemográfico e obstétrico, elaborado pelos pesquisadores para caracterizar a amostra. O Wijma Delivery Expectancy/Experience Questionnaire Version A (W-DEQ-A) foi o instrumento escolhido para mensurar o medo de parto, este questionário, composto por 33 itens, solicitava que a gestante respondesse utilizando uma escala de 0 a 5, refletindo suas percepções sobre o trabalho de parto e o parto iminente. Abordou-se uma gama de aspectos, incluindo as sensações antecipadas durante o processo, as expectativas quanto à dor, a autoconfiança e a crença na capacidade corporal, bem como as inquietações acerca do bem-estar do bebê. Resultados: As participantes (n=75) apresentaram média de idade cronológica de 30,21 ± 4,88 anos e idade gestacional de 21,64 ± 5,78 semanas. Os dados descritivos revelaram que a maioria estava no segundo trimestre da gestação (64%), possuía ensino superior (88%), pertencia à classe C pelo CCEB (46,7%), não realizava atividade física (66,7%), e realizava acompanhamento gestacional privado (93,3%). Adicionalmente, 72% das gestantes sentiam dor lombopélvica durante a gestação e não a sentiam previamente. Em relação ao medo do parto, o escore médio foi de 77,57 ± 8,25, sendo que 68% (n=51) apresentaram alto medo e 26,7% (n=20) tocofobia. Nas análises de associação, observou-se uma relação estatisticamente significativa apenas entre o medo do parto e a idade gestacional (p=0,032). Variáveis como dor lombopélvica (p=0,439), classe social (p=0,119), acompanhamento privado (p=0,701) e atividade física (p=0,545) não apresentaram associação significativa com o medo do parto. Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que o medo de parto é um fenômeno prevalente em gestantes de risco habitual e que sua intensidade aumenta com o progresso da gestação.