Navegando por Autor "Jorge, Nathália Cristina Lopes de"
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Dissertação Prospecção química, antioxidante e toxicológica das Esponjas Marinhas Suberites aurantiacus, Mycale angulosa e Halichondrida da Bacia Potiguar - RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-10) Jorge, Nathália Cristina Lopes de; Santos, Elizeu Antunes dos; Santos, Paula Ivani Medeiros dos; https://orcid.org/0000-0003-4372-2161; http://lattes.cnpq.br/6762251930590306; https://orcid.org/0000-0002-8495-8253; http://lattes.cnpq.br/0256467676093786; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; Gomes, Dayanne LopesAs esponjas marinhas são organismos bastante promissores na busca por moléculas bioativas com uma gama de atividades biológicas já reportadas na literatura científica, com destaque para os agentes antioxidantes. Sabendo que o estresse oxidativo está associado a várias condições de saúde, tais como: câncer, Parkinson, Alzheimer, entre outros, a busca por compostos que atuem no controle oxidativo se torna elemento chave na busca por novos tratamentos. A Bacia Potiguar do RN possui um vasto litoral com uma rica diversidade de espécies de esponjas marinhas, mas que em contrapartida é pouco explorada quanto ao seu potencial biotecnológico. Neste trabalho, realizamos a prospecção química, antioxidante e toxicológica de três espécies de esponjas coletadas no litoral da Bacia Potiguar: Suberites aurantiacus, Mycale (Zygomycale) angulosa e Halichondrida. Foram realizadas extrações sequenciais com n-hexano (HE) para preparo dos extratos e posteriormente em clorofórmio/metanol (CM), cujos extratos obtidos somente com HE foram denominados: HESUB, HEMYC e HEHALI, e os extratos obtidos com CM: CMSUB, CMMYC e CMHALI para S. aurantiacus, M. angulosa e Halichondrida, respectivamente. Os extratos em CM foram caracterizados quimicamente por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC/MS) e avaliados quanto à sua atividade antioxidante pelos métodos: Capacidade Antioxidante Total (CAT), poder Redutor, sequestro de íons (superóxido, DPPH, Radical Hidroxila (OH • ) e atividade Quelante de Íons (Ferroso (Fe2+) e Cuproso (Cu2+)). Os extratos CM das três esponjas também foram submetidos a ensaios toxicológicos in vitro com eritrócitos humanos e in vivo com larvas de Tenebrio molitor. A caracterização química por GC/MS revelou padrões químicos específicos para os gêneros das esponjas estudadas. Os extratos apresentaram álcoois, alcaloides, compostos fenólicos e lipídios (destes, principalmente a classes dos esteróis, estanóis, ácidos e álcoois graxos). Nos testes antioxidantes in vitro os extratos apresentaram a capacidade de sequestrar os radicais DPPH (CMHALI 60,91% ± 3,05; CMSUB 59,32% ± 3,71 e CMMYC 53,78% ± 6,96 com 1000 µg/mL) e os radicais hidroxila (CMSUB 96% ± 0,04 na concentração de 2000 µg/mL; CMMYC 37% ± 0,17 e CMHALI 54% ± 0,086 com 1000 µg/mL de extrato) e de quelar íons cobre (CMHALI 113,5% ± 1,93; CMSUB 112,1% ± 5,81 e o CMMYC com 110,6% ± 3,19 de atividade com 25 µg/mL de extrato), com destaque para a atividade quelante de cobre para os três extratos. Os ensaios toxicológicos in vitro e in vivo revelaram que em ambos os testes, em diferentes concentrações, as amostras não apresentaram efeitos tóxicos. Além disso, foram realizados ensaios antibacterianos pelo método de MIC (Concentração inibitória mínima) contra as bactérias patogênicas Staphylococcus aureus e Escherichia coli, porém não foi observada tal atividade. Os resultados aqui apresentados sugerem que as esponjas marinhas desse litoral possuem propriedades farmacológicas que podem ser investigadas visando o isolamento dos metabólitos que são responsáveis pelas atividades antioxidantes apresentadas. Além disso, existe a possibilidade de investigar o potencial desses metabólitos frente a outras atividades biológicas.