Navegando por Autor "Lima, Artemilson Alves de"
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Tese Comensalidade: comer e estar junto em A Comédia Humana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-25) Dantas, Rebekka Fernandes; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; ; http://lattes.cnpq.br/7485072412990541; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://lattes.cnpq.br/7945742180527825; França, Fagner Torres de; ; http://lattes.cnpq.br/9989009345118785; Jacob, Michelle Cristine Medeiros; ; http://lattes.cnpq.br/1788932483645882; Lima, Artemilson Alves de; ; http://lattes.cnpq.br/6247523502996479; Lima, Hermano Machado Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243A comensalidade ou o ato de comer e beber junto é frequentemente desconsiderada ao tratarmos das questões e dos problemas alimentares. Um espaço majoritário é reservado ao que comemos, e só marginalmente pensamos no “como” comemos. No entanto, já se sabe que a comensalidade afeta a alimentação, de modo que o Guia Alimentar para a População Brasileira reserva um capítulo inteiro a este elemento do sistema cultural alimentar. Para pensá-la, escolho partir da literatura, pois compreendo-a como uma ficção que permite uma reflexão sobre a realidade, uma vez que nela, o real e a ficção estão em intercâmbio constante. Comer junto parece acompanhar um modo de estar juntos e conviver no mundo. Diante disso, meu objetivo é compreender onde se especializa, pela comensalidade, o estar junto na obra A Comédia Humana. O estar junto, nesse caso, não é dual nem plural, nem busca uma fusão de corpos, mas se volta para o Outro. Quanto à metodologia, realizarei uma análise temática de cinco obras selecionadas de Balzac: Memórias de duas jovens esposas, Eugênia Grandet, História da grandeza e da decadência de César Birotteau, Coronel Chabert e Ilusões perdidas. Nelas encontrei respectivamente cinco espaços de comensalidade distintos: o corpo, a sala de jantar, o salão, o escritório e o restaurante.Tese Critical art ensemble: a máquina de guerra e os arsenais antropotécnicos da revolta(2019-08-23) Medeiros, Lucas Fortunato Rêgo de; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; ; França, Fagner Torres de; ; Oliveira, Márcio Romeu Ribas de; ; Lima, Artemilson Alves de; ; Capistrano, Pablo Moreno Paiva;Esta pesquisa versa sobre arte e política contemporâneas. O objeto de análise que dará acesso privilegiado às atuais relações estabelecidas entre arte e política é o coletivo Critical Art Ensemble (CAE), um grupo de artistas e ativistas dos Estados Unidos que há três décadas tem se dedicado a produzir uma arte com forte teor político. Nesta Tese, o CAE é considerado um dos expoentes da arte-revolta, conceito construído por meio de uma nomadologia da arte contemporânea que busca rastrear as experiências da revolta artística ao longo da história moderna. Segundo o argumento defendido nesta pesquisa, as vanguardas do século XX, ao se contraporem igualmente ao espetáculo e ao estado, construíram uma máquina de guerra para a qual a arte é política continuada por outros meios. Em sua rica história, as linhagens da arte-revolta inventaram diversas matrizes de ação que se oferecem às novas gerações como táticas de intervenção criativa na esfera pública normalmente dominada pelas instâncias políticas institucionais. Nas décadas recentes, a convergência das práticas artísticas com as lutas políticas desencadeou a emergência de micropolíticas da criação, assim denominadas toda sorte de ações individuais e coletivas que se ocupam deliberadamente da inovação e da invenção na arena da cultura. Por meio de mídia tática, performances, intervenções, ações diretas criativas, arte socialmente engajada, uma multiplicidade de grupos dão vida à resistência cultural no interior das sociedades capitalistas. Prolongando no presente o ímpeto da arte-revolta, o Critical Art Ensemble opera uma máquina de guerra com os arsenais antropotécnicos da revolta elaborados ao longo de sua carreira, que abrangem teoria crítica engajada, plágio utópico, teatro recombinante, estética do distúrbio, mídia tática, resistência eletrônica e biologia contestatária. Da teoria crítica à resistência aos maiores complexos tecnopolíticos da atualidade, o CAE encampa sua guerrilha artística com determinação e inventividade. Com o objetivo de compreender o papel da arte-revolta no tempo presente, seus dilemas, suas táticas e possibilidades de ação, a pesquisa tomará a produção teórica e prática do Critical Art Ensemble como via de acesso e objeto de análise.Tese Escaladas da contracultura: Natal, década de 1980(2017-11-06) Lima, Artemilson Alves de; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; http://lattes.cnpq.br/6247523502996479; Costa, João Bosco Araújo da; http://lattes.cnpq.br/4418972852075556; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; Morais Neto, João Batista de; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Lima, Hermano Machado Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243A contracultura é conhecida como um fenômeno da segunda metade do século XX. Suas origens remontam ao final da década de 1940, com os “uivos” da geração beat, cuja visibilidade começa na década de 1950. Todavia, o que se considera como sendo o estouro desse fenômeno acontece, de fato, durante os anos de 1960, tendo, como principal vitrine, o Maio de 1968 na França, com desdobramentos na segunda metade da década de 1960 e durante a década de 1970, em alguns países da Europa e nos EUA, com a explosão do rock’in roll e do movimento hippie, influenciando gerações de jovens no mundo inteiro. No Brasil, alcança seu auge na década de 1970, com repercussões na década de 1980. Em ambos os contextos, a contracultura valeu-se da arte e da literatura, nas quais encontrou o ambiente mais fértil de expressão. Esta tese versa sobre alguns aspectos do ativismo intelectual e artístico em Natal, na década de 1980, como um fenômeno que se insere no contexto da expressão contracultural. Na construção de seu arcabouço teórico, toma-se como principal referência o conceito de contracultura em Roszack (1972), para quem a contracultura foi uma forma de contestar a racionalização da sociedade tecnocrata que se consolida depois da Segunda Guerra Mundial, apresentando como traço mais marcante a excessiva racionalidade das relações econômicas e socioculturais, em todos os âmbitos da vida, nas Sociedades Ocidentais. Também se ancora, teoricamente, nos postulados de Goffman e Joy (2007), que reconhecem o período acima referenciado como o mais significativo, embora optem por analisar a contracultura como um fenômeno próprio da cultura, independentemente do tempo e do espaço e deem preferência ao uso do termo “contraculturas” para designar as inúmeras experiências de contestação e de negação às estruturas do establishment, em diversas experiências históricas, chegando mesmo a considerá-las como uma tradição de ruptura. A narrativa das expressões contraculturais na cidade de Natal, na década de 1980, procura trazer à luz algumas manifestações da contracultura, quem eram os sujeitos que as protagonizaram, como estes se expressavam e interagiam, enfim quais os grupos de artistas que fizeram parte dessas manifestações na cidade de Natal durante a década de 1980. Para isso, recorreu-se à pesquisa ivestigativa, fazendo ancoragem em parte significativa da produção artística e literária de alguns desses sujeitos, tanto aqueles de representação individual quanto aqueles que compunham/representavam um coletivo, situados, todos eles, no circuito contracultural da cidade, no período em destaque. Numa complementação necessária, ainda se apoia na concepção moriniana de acontecimento-de-caráter-modificador (MORIN, 2005), para narrar como essa experiência da contracultura constituiu-se em um fenômeno que incorpora a busca de expressão de uma cultura-revolta (KRISTEVA, 2000). Além do mais, também adota, como centralidade teórica, a noção sloterdjikiana da antropotécnica, a partir da metáfora da escalada do monte improvável da cultura pelo estabelecimento das tensões verticais (SLOTERDJIK, 2013). Tomando-se, em particular, a narrativa da experiência contracultural natalense, no período focalizado, conclui-se, em caráter provisório, que tal experiência pode, com legitimidade, ser considerada como uma manifestação contracultural e, não obstante – como tantas outras em diferentes lugares –, faz parte de um movimento de transformação da cultura, que se pode situar nos marcos das teses defendidas pelos autores, isto é, como acontecimento-de-caráter-modificador, vez que constitui parte de uma cultura-revolta que pode ser compreendida à luz do processo de ressubjetivação dos sujeitos em seu exercício de ascese individual, que acaba por determinar as transformações na cultura.Dissertação Isso é muito Black Mirror: narcisismo digital e vigilância algorítmica na composição da crise ética contemporânea(2020-03-23) Silva, Igor Gacheiro da; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; ; Lima, Artemilson Alves de; ; França, Fagner Torres de;Em dezembro de 2011, uma emissora de TV britânica exibiu o primeiro episódio de Black Mirror, um seriado distópico que em breve será tratado como um cânone das produções artísticas do Ocidente. Caracterizado por exibir prognósticos relacionados aos avanços do campo da produção de tecnologias digitais, esse seriado, composto hoje por vinte e dois episódios, constrói alegorias que remetem à correspondência entre os desdobramentos de tais avanços e a corrosão dos acordos éticos na contemporaneidade. É com o olhar direcionado para essa correspondência que a presente dissertação foi construída. Isso significa dizer que tomamos como corpo de análise central do nosso trabalho a série Black Mirror; e que nosso objetivo principal com esta pesquisa foi aprofundar uma reflexão sobre os processos que conectam ou envolvem os recursos digitais e a patente crise ética na sociedade líquido-moderna (BAUMAN; DONSKIS, 2014). Nessa incursão cognitiva, elegemos como mais relevantes dois fenômenos que denunciam os impactos dessa crise: o narcisismo digital e a vigilância algorítmica, ambos representados em Black Mirror, respectivamente nos episódios Queda Livre e Toda a Sua História. Os conceitos de antropotécnica e exercícios antropotécnicos (SLOTERDIJK, 2018) nos serviram como ferramentas ideais para cumprirmos nosso objetivo. A obra do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han também ancorou nossa investida, trazendo à luz o pressuposto de que a vida na Esfera Digital descamba num contexto de absolutização das subjetividades e de uma consequente desnarrativização da vida.Tese O romance sociológico em Michel Houellebecq(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-30) Cruz, Raphael de Souza; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; http://lattes.cnpq.br/7701490909644633; Medeiros, Lucas Fortunato Rêgo de; http://lattes.cnpq.br/5873773076234008; Lima, Artemilson Alves de; Silva, Gustavo de Castro da; Lima, Hermano Machado FerreiraEste trabalho analisa a obra romanesca do escritor Michel Houellebecq, partindo da premissa de que a literatura, e os textos do autor francês em particular, têm dimensões epistêmicas (Sevänen, 2018) e instauram discursividades (Foucault, 2001) acerca das patologias sociais contemporâneas. A literatura, tal como as ciências humanas, produz orientações discursivas sobre realidades diversas. A questão que se impõe é sobre a possibilidade de situar o texto de Houellebecq frente à condição de fundador de discursividade sobre fenômenos sociais, sobretudo ao mal-estar da civilização atual. É um mal-estar ligado a uma crise do que se chama de “Humanismo”, tal como discutida por Martin Heidegger (2005) e, mais recentemente, reelaborada por Peter Sloterdijk (2000; 2008). É não mais um descontentamento decorrente da repressão de um homem primitivo, mas do tensionamento do indivíduo civilizado entre forças inibidoras e desinibidoras. Ecoa, no entanto, a mesma angústia com o declínio do corpo e com o “inferno do outro” presentes em Freud (2011). Mais ainda, é, também, uma crise de instituições fundamentais da modernidade (Bauman, 2001; 2014). O objetivo central desta tese é analisar esse mal-estar contemporâneo através do Romance Sociológico.