Navegando por Autor "Lima, Victor Hugo Belarmino"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese As experiências urbanas de homens gays afeminados na cidade do Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-09) Lima, Victor Hugo Belarmino; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; Leite, Jader Ferreira; https://orcid.org/0000-0002-6045-531X; http://lattes.cnpq.br/0115447283248209; https://orcid.org/0000-0002-5000-2915; http://lattes.cnpq.br/9681334300604531; http://lattes.cnpq.br/0850788198186894; Paiva, Fernando Santana de; Fonseca, Lázaro Batista da; Dimenstein, Marcela; Farias, Tadeu MattosA afeminação gay é ainda um tema acadêmico que tem recebido pouca atenção no contexto brasileiro, ou seja, a maior parte dos estudos não se propõe a investigar a afeminação e os elementos a ela associados como uma categoria analítica indispensável em estudos de revisão e/ou empíricos, sobretudo quando se considera o recorte temático da experiência urbana desses sujeitos. Considerando essa lacuna, esta pesquisa objetivou investigar a experiência urbana de homens gays afeminados nos espaços da cidade. Para isso, aplicou-se um formulário eletrônico junto a 240 participantes autoidentificados gays, o qual estava composto por 51 questões de múltipla escolha, organizadas em torno de três eixos (cotidiano, sociabilidade e isolamento social). Dentre os 240 participantes, 43 sujeitos consentiram participar da segunda etapa da pesquisa, que consistiu na aplicação do SRQ-20. Dentre os 43 participantes, 8 sujeitos autoidentificados gays afeminados foram entrevistados, compondo a terceira etapa da pesquisa. A quarta, e última, etapa da pesquisa consistiu em um Grupo de Conversa com 5 participantes autoidentificados gays afeminados. Encontrou-se que, no geral, as experiências urbanas homossexuais são atravessadas por violências, discriminações e preconceitos, reverberando em medo de circular pela cidade. Desvelou-se que, seja em espaços públicos ou privados, seja dentro ou fora da comunidade LGBTQIA+ há a imposição do padrão cis-heterohomonormativo. Tal imposição insere de forma mais precária os gays afeminados nos espaços urbanos, visto que esses escapam ainda mais às expectativas sociais normativas e aos ordenamentos urbanos. Contudo, ser gay afeminado não implica em passividade diante dessas opressões, já que o medo encontra resistência nas apropriações individuais e coletivas pela comunidade LGBTQIA+, suscitando contra-usos nos diversos espaços da cidade que ocupam.Tese Mobilidade urbana e gênero: efeitos no acesso e permanência de mulheres no ensino superior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-24) Silva, Anderson de Andrade; Dantas, Cândida Maria Bezerra; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; https://orcid.org/0000-0002-5000-2915; http://lattes.cnpq.br/9681334300604531; http://lattes.cnpq.br/8181024208435709; http://lattes.cnpq.br/1902877114575191; Costa, Maria da Graça Silveira Gomes da; Lima, Victor Hugo Belarmino; Gomes, Maria Aparecida de França; Santoro, Paula FreireA cidade é entendida como uma forma particular de organizar o espaço natural, atrai e reúne indivíduos, constrói não só intervenções espaciais, mas principalmente formas específicas e complexas de sociabilidades. O urbano se estabelece em uma relação dialógica entre o construído e o vivido, a partir da apropriação dos seus usuários e, consequentemente, contextualiza os processos de subjetivação neles presentes. Neste cenário, algumas categorias podem servir de lente para análise da cidade. Uma que desponta é a categoria de gênero, justamente por abrigar em si os marcos sociais que definem as diferenças entre homens e mulheres, bem como por denunciar uma relação desigual e hierarquizada de poder. A organização do espaço urbano não escapa aos imperativos produzidos nas relações dicotômicas de gênero, a cidade também é um meio para reproduzir essas diferenças. Neste contexto, a mobilidade urbana torna-se um catalizador desses aspectos, podendo limitar, segregar ou impedir a circulação na cidade de alguns grupos sociais. Considerando a magnitude dos estudos que possuem a mobilidade urbana como seu campo de investigação, metodologicamente propomos um recorte e analisaremos a mobilidade urbana especificamente de mulheres universitárias, regularmente matriculadas em cursos presenciais. Consideramos o ensino superior como um espaço em disputa, em que a circulação pela cidade é uma necessidade e está associada à questão do acesso e permanência dessas estudantes. Desse modo, objetivamos analisar a mobilidade urbana de mulheres universitárias e seus efeitos no acesso e permanência no ensino superior, utilizando a perspectiva interseccional, na busca de compreender a relação entre a mobilidade e a permanência ou evasão de mulheres no ensino superior. A pesquisa foi realizada na cidade do Natal/RN, com mulheres de 18 anos ou mais, regularmente matriculadas em Instituição de Ensino Superior da Cidade. Como ferramentas de pesquisa, utilizamos um questionário eletrônico como primeira aproximação do público-alvo e, em um segundo momento, realizou-se um Grupo Focal que teve o uso do método photovoice com elemento norteador. Como resultados analisados, destacamos a importância da mobilidade urbana para as estudantes, os dados produzidos reforçam a ideia de que a mobilidade é um fator condicionante no acesso e permanência no ensino superior.Dissertação Produção de sentido em um grupo reflexivo para homens autores de violência(2019-01-22) Lima, Victor Hugo Belarmino; Leite, Jader Ferreira; ; ; Beiras, Adriano; ; Scott, Juliano Beck;Esta pesquisa procurou analisar a produção de sentidos sobre gênero e violência contra a mulher por profissionais e por homens envolvidos em um grupo reflexivo para homens autores de violência contra a mulher, na cidade de Natal/RN. Para tanto, realizou-se observação participante durante 10 sessões, com registros em diário de campo. Em um segundo momento foram feitas entrevistas semiestruturadas com dois homens integrantes do grupo e duas profissionais facilitadoras. A análise dos dados foi amparada na perspectiva do construcionismo social. Os repertórios discursivos sobre as relações de gênero e a violência contra a mulher revelam ainda ser comum os homens reforçarem modelos estereotipados, naturalizados e essencialistas de masculinidade-feminilidade. Diferentes sentidos foram produzidos pelas facilitadoras: significam as relações de gênero de forma muito semelhante às teorias feministas, ressaltando a qualidade de ser socialmente produzido e processual das construções de gênero. Apesar dessa diferença, algumas instituições em comum atravessam a produção destes sentidos, como a religião, a família e, mais recentemente, a instituição justiça. Acerca desta última, revelou-se produzir diferentes significações aos seus integrantes: ora como instância de punição ou injustiça – aos homens –, ora como espaço de reflexão e desconstrução de normas sociais – às facilitadoras. O campo e os dados das entrevistas revelaram dificuldades provenientes de diferentes ordens: tanto operacional/metodológicas, institucional/burocráticas, mas, sobretudo, de ordem relacional/afetiva, ou seja, acerca do vínculo conseguido com estes homens ser sustentado pelo frágil “acordo judicial”. De modo geral, o grupo demonstrou ser um ambiente propício de produção, circulação e atualização de repertórios discursivos, no entanto estes deslocamentos discursivos não acontecem de forma homogênea, tampouco sem dificuldades e tensões. Neste sentido, novos estudos abordando aspectos interativos e relacionais se fazem necessários para qualificar estas intervenções.