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Navegando por Autor "Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva"

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    Tese
    Análise textual dos discursos: responsabilidade enunciativa no texto jurídico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-06-21) Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; Rodrigues, Maria das Graças Soares; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783941Y9; ; http://lattes.cnpq.br/5704494493911440; Passeggi, Luís álvaro Sgadari; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783922T2; Galvão, Marise Adriana Mamede; ; http://lattes.cnpq.br/1829337364208280; Marquesi, Sueli Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6803520489692073; Alves, Virgínia Colares Soares Figueirêdo; ; http://lattes.cnpq.br/7462069887119361
    Esta investigação objetiva descrever, analisar e interpretar a Responsabilidade Enunciativa (RE) em Petições Iniciais, gênero discursivo circunscrito ao domínio jurídico. Para tanto, elegemos como objeto o estudo das seções Dos fatos e Da fundamentação jurídica , da petição, compreendendo, assim, respectivamente, a narração dos eventos, que deu margem à propositura da ação judicial, e à exposição do direito que ampara a pretensão da parte autora. Ancoramos a discussão no campo da Linguística, mais precisamente, na Análise Textual dos Discursos (ATD), cujas bases teóricas decorrem da Linguística Textual (LT) e da Linguística Enunciativa. Colocamos em relevo, particularmente, o modo como o autor dos textos, objetos de análise, faz uso das estratégias discursivas que indicam a RE. Dessa forma, a relevância deste estudo reside na construção da crítica ao texto jurídico, pois empreende uma abordagem dialógica do ponto de vista, suscitando não apenas questionamentos sobre a maneira como uma instância linguística concebe um objeto de discurso, mas também discutindo as questões de linguagem inerentes à escrita especializada e, nesse aspecto, contribuindo com o trabalho dos operadores do Direito acerca das várias maneiras de construção da RE no corpo do texto peticional. Selecionamos duas categorias de análise que, segundo Adam (2011), caracterizam na materialidade textual o grau de RE dos enunciados proposicionais: os diferentes tipos de representação da fala e as indicações de quadros mediadores. Nesse sentido, objetivando tal tarefa, baseamo-nos nos estudos acerca do ponto de vista realizados por Rabatel (2003, 2009a, 2010) no que concerne à abordagem enunciativa, inserindo o estudo do PDV no arcabouço das teorias polifônicas e dialógicas para estudar a RE a partir dos diferentes tipos de representação da fala que compreendem as formas de transmissão do discurso e o papel do sujeito enunciador no tocante à responsabilidade e à imputação pelos conteúdos proposicionais. Da mesma forma, tencionando estudar as indicações de quadros mediadores, observamos os postulados de Guentchéva (1994, 1996), que desenvolve a noção de categoria gramatical do mediativo (MED), a qual permite marcar linguisticamente o distanciamento ou engajamento do enunciador diante das informações expressas. No que concerne à metodologia, adotamos a pesquisa de base qualitativa, de natureza interpretativista e introspectiva, haja vista que este estudo focaliza processos e estratégias subjacentes ao uso da linguagem. O corpus da pesquisa é constituído por Petições Iniciais, que ensejaram ações oriundas na Vara Cível da Comarca de Currais Novos-RN. A análise dos dados mostra que um objeto de discurso é sempre perspectivado e manifesta o ponto de vista de um ou mais enunciadores. Como consequência, o produtor do texto, ao utilizar-se dos PDV de outros enunciadores, influencia e estabelece a orientação argumentativa do texto. Da mesma forma, evidencia a relevância do uso das construções mediatizadas no texto jurídico, pois funcionam como estratégias atenuantes da responsabilidade do produtor do texto com o que é dito, e ao mesmo tempo visa um discurso de autoridade pela entrada das fontes do direito. Ainda, revela a importância documental e interacional dessa prática, ao mesmo tempo que expõe dificuldades de natureza composicional e normativa no que concerne aos aspectos legais e linguísticos
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    Dissertação
    A argumentação na petição inicial
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-10-10) Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; Rodrigues, Maria das Graças Soares; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783941Y9; ; http://lattes.cnpq.br/5704494493911440; Oliveira, Maria Bernadete Fernandes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793534Y1; Alves, Virgínia Colares Soares Figueirêdo; ; http://lattes.cnpq.br/7462069887119361
    Esta pesquisa investiga efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos lingüísticos da argumentação em um corpus constituído por peças jurídicas (Petições Iniciais), que ensejaram ações oriundas do Juizado Especial Cível da Comarca de Currais Novos (RN). Para tanto, estabelecemos uma relação entre o Direito e a Lingüística, mediada pelo enfoque da Semântica Argumentativa, focalizando, de modo especial, o uso de operadores argumentativos, os quais insertos na própria língua, na sua gramática, assumem a orientação do discurso e o uso de modalizadores, mecanismos importantes na construção do sentido do texto e na sinalização do modo como aquilo que se diz é dito. Desta maneira, iniciamos a investigação deste gênero elegendo como objeto de estudo a seção dos fatos , que compreende a parte da Petição Inicial onde é explicitada a narração dos eventos que deram margem à propositura da Ação. Em face do objeto de estudo e objetivo a serem alcançados recorremos, metodologicamente, à noção de Retórica desde a antiguidade clássica até o aparecimento da Nova Retórica presente em Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005), que, na atualidade, está compreendida nos estudos da Pragmática e conectada às teses centrais do pensamento de Ducrot (1977, 1980, 1987). Tais referenciais nos permitiram uma melhor compreensão da produção do discurso jurídico por parte dos operadores do Direito, bem como, analisar de forma ampla efeitos de sentidos decorrentes do uso de marcas lingüísticas da argumentação no discurso jurídico. Os dados mostraram que tais marcas constituem-se elementos indispensáveis à construção do tecido textual, particularmente, no âmbito da argumentação jurídica, pois encaminham o discurso para determinadas conclusões. Contudo, observamos que nos textos produzidos pelos advogados, o uso desses recursos lingüísticos nem sempre ocorre de forma adequada. Os textos analisados mostraram também que é possível desvendar, através dos recursos lingüísticos, as estratégias argumentativas empregadas pelos autores para convencimento do magistrado, tornando evidente que a linguagem é mais que um sistema de signos, que ela permite enxergar além do limite das palavras e enunciados. Por fim, constatamos que as categorias analisadas, quando usadas, adequadamente, são elementos que engendram manobras argumentativas de eficácia no texto jurídico, sendo peças fundamentais, atribuidoras de força argumentativa ao texto, fazendo o discurso avançar, não só o jurídico, mas, aquele produzido em qualquer domínio do conhecimento
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    Dissertação
    A concordância verbal numa perspectiva sociointerativa para o ensino de língua portuguesa
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-10) Ferreira, Sara Alexandre; Medeiros, Mario Lourenço de; http://lattes.cnpq.br/5849717780585240; http://lattes.cnpq.br/1199553129466610; Gomes, Gianka Salustiano Bezerril de Bastos; http://lattes.cnpq.br/1654659618556304; Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; http://lattes.cnpq.br/5704494493911440
    Dentre as várias atribuições que competem às aulas de Língua Portuguesa, uma delas é também ensinar aos alunos a norma culta, oferecendo-lhes a oportunidade de aprimorar o conhecimento gramatical ao escrever gêneros textuais em que precisam utilizar adequadamente as regras prescritivas. No que concerne ao uso da concordância verbal, devemos levar em conta a riqueza da variação linguística no sentido de orientar os discentes a reconhecer as diferenças dialetais que têm, considerando o contexto em que se encontram, e as condições de produção textual apresentadas. Para tanto, nosso objeto de pesquisa diz respeito ao uso da concordância verbal na produção de textos dos alunos. E como objetivo geral deste trabalho, apresentamos uma proposta de intervenção pedagógica sobre o uso da concordância verbal na produção escrita dos gêneros música e notícia em seus respectivos contextos de interação. Em termos específicos, nos propomos a: identificar casos de variação linguística da concordância verbal em textos do gênero música; aplicar as regras gramaticais prescritivas do uso da concordância verbal em produção de textos do gênero notícia; e por fim, distinguir nos gêneros música e notícia o uso da concordância verbal nas variedades culta e popular, adequando-o devidamente em cada contexto interacional. O cenário escolhido para esta pesquisa foi uma escola pública municipal da cidade de Fortaleza-CE, cujos participantes são os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Quanto à metodologia da nossa proposta, trata-se de uma pesquisa-ação (LÜDKE; ANDRÉ, 1986; THIOLLENT, 2011) com abordagem qualitativo-interpretativista na geração de dados. (BODGAN; BIKLEN, 1994). Em relação aos instrumentais de operacionalização, propomos: um questionário (diagnóstico), fotografias das ações de todo o processo pedagógico e registros documentados no diário de campo. Também propomos que o corpus deste trabalho sejam os textos produzidos pelos alunos, aplicados e desenvolvidos nas etapas da sequência didática, nos termos apresentados por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). Nosso referencial teórico é estruturado nos conceitos de: língua e linguagem (CAMPOS, 2014; KOCH, 2015; AVELAR, 2017; TERRA, 2018); tipos de norma linguística (BAGNO, 2001; 2002; 2003; FARACO, 2008; FARACO; ZILLES, 2017) e gramática da Língua Portuguesa (TRAVAGLIA, 2000; 2004; FRANCHI, 2006; BRITTO, 2007; BAGNO, 2001a; 2001b; 2009a); a variação linguística nos diversos contextos de interação de fala e de escrita (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005; 2019; BAGNO, 2007; 2009b; 2013; 2015; COELHO et al., 2015); os pressupostos conceituais e teóricos de gêneros textuais (ANTUNES, 2009; 2014; 2017; MARCUSCHI, 2010); e por fim, o tratamento da concordância verbal em gêneros textuais escritos (TRAVAGLIA, 2000; 2004; MELLO, 2005; AZEREDO, 2018). Desse modo, esperamos que a aplicação das regras da concordância verbal dos gêneros textuais música e notícia seja uma oportunidade para o aluno lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos do dia a dia, uma vez que tudo que fazemos linguisticamente é feito por meio de algum gênero. Para tanto, sugerimos que o professor de Língua Portuguesa explore em sala de aula a variabilidade da concordância verbal, considerando que esta prática pode proporcionar ao aluno a oportunidade de desenvolver sua competência linguística e comunicativa de maneira mais consciente e em diferentes situações de interação de fala e de escrita, correspondendo, desta forma, às expectativas da presente proposta interventiva.
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    Tese
    A figura feminina e suas representações textual-discursivas em textos do jornal O Porvir (Currais Novos/Rio Grande do Norte - 1926-1929)
    (2017-08-11) Oliveira, Karla Geane de; Passeggi, Luis Alvaro Sgadari; http://lattes.cnpq.br/4021473858264190; http://lattes.cnpq.br/9592887154036623; Rodrigues, Maria das Graças Soares; http://lattes.cnpq.br/1239053356970371; Medeiros, Mario Lourenço de; http://lattes.cnpq.br/5849717780585240; Cabral, Ana Lucia Tinoco; http://lattes.cnpq.br/5049660159367139; Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; http://lattes.cnpq.br/5704494493911440; Tomazi, Micheline Mattedi; http://lattes.cnpq.br/4783716565631781
    A figura feminina é um dos participantes essenciais nos textos do jornal O PORVIR (1926-1929). Esta tese apresenta um estudo das representações textual-discursivas dessa figura. O trabalho parte do princípio de que as representações textual-discursivas são atividades de textualização operacionalizadas nos e pelos textos e interpretadas semanticamente. O quadro geral que orienta a pesquisa é o da Análise Textual dos Discursos, uma abordagem teórica e descritiva do campo da Linguística Textual proposta por Adam (2011), focalizando o conceito de representação discursiva. O presente estudo traz a noção de representação textual-discursiva a partir da interlocução entre os trabalhos de Adam (1999, 2008, 2011) e os de Grize (1996, 1997). O estudo parte da hipótese geral de que todo texto (re)constrói representações textual-discursivas, pelo menos em três instâncias, quais sejam: do enunciador, do coenunciador e dos temas tratados, e que não se trata de relações diretas e simples. Além disso, é o interpretante quem reconstrói essas representações textual-discursivas, a partir dos enunciados, por conseguinte, das esquematizações, textualizados por intermédio de estratégias linguísticas diferentes, em função de um projeto de dizer do enunciador na construção de sentidos do texto, incluindo as modificações progressivas de um referente que não apenas retomam mas também instauram (re)categorizações desse objeto de discurso na continuidade textual. O objetivo é examinar as representações textual-discursivas da figura feminina em textos do jornal O PORVIR (1926-1929). A metodologia consiste em uma pesquisa documental, de métodos mistos, com uma estratégia de investigação concomitante (CRESWELL, 2010). Os dados são uma coletânea de 10 textos selecionados nesse periódico. Para a análise dessas representações textual-discursivas, este estudo utiliza operações de textualização específicas: referenciação, modificação da referenciação, predicação, modificação da predicação e conexão. Os resultados apontam diferentes representações textual-discursivas da figura feminina, entre elas, como mãe, no ambiente da vida familiar. Essa representação textual-discursiva mais abrangente evidencia duas perspectivas distintas na continuidade textual, quais sejam: a mãe romântica, idealizada, mais próxima dos papéis prototípicos da figura da mãe já instaurados socialmente; e a agente social, responsável pela formação da família e pela preparação dos sujeitos para constituir a sociedade. A figura feminina, como mulher em uma perspectiva ampla, aparece em sua forma romântica, idealizada e também inserida no âmbito religioso. A representação textual-discursiva da figura feminina, de outro modo, tem por base o seu contexto geográfico e a perspectiva negativa dessa figura, a partir da qual recebe qualificação com atributos depreciativos. Ademais, há, ainda, representações textual-discursivas da figura feminina relacionadas à faixa etária, ao comportamento feminino e aos processos de tornar-se eleitora, conquistando o direito ao voto. Esses processos conjecturam representações textual-discursivas da figura feminina quanto à sua emancipação e cidadania, vivendo a transição para a vida pública. Trata-se de representações textual-discursivas (re)construídas consoante cadeias referenciais complexas, instauradas segundo estratégias linguísticas diferentes. Os processos de (re)construção dessas representações textual-discursivas surgem na continuidade textual e dizem respeito aos recursos de construção de sentidos do texto. Além disso, as estratégias linguísticas de introdução e de retomada do referente afetam a complexidade das representações textual-discursivas operacionalizadas. As recategorizações (re)constroem representações textual-discursivas da figura feminina mais complexas, as quais caracterizam/qualificam de forma peculiar o objeto de discurso. Esse comportamento linguístico não ocorre com frequência com os casos de designação imediata ou tardia desse objeto nos dados analisados, uma vez que, (re)constroem representações textual-discursivas da figura feminina que a perspectivam de forma mais generalizada. As retomadas do objeto de discurso no texto têm origem em vários tipos de processos de referenciação, quais sejam: anáforas resumidoras, anáforas associativas, anáforas pronominais e anáforas especificadoras. As anáforas pronominais têm grande recorrência, corroborando a manutenção de representações textual-discursivas da figura feminina no processamento da unidade texto. Concernente às predicações, a figura feminina preenche papéis semânticos de agente, paciente e experienciador. As conexões operam representações textual-discursivas dessa figura a partir do estabelecimento de diferentes relações semânticas entre as unidades textuais.
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    Tese
    A responsabilidade enunciativa no gênero discursivo defesa contra a acusação e ao pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-30) Medeiros, Maria das Vitórias dos Santos; Rodrigues, Maria das Graças Soares; http://lattes.cnpq.br/1239053356970371; http://lattes.cnpq.br/5580658901723144; Passeggi, Luís Álvaro Sgadari; Medeiros, Célia Maria de; Azevedo, Josilete Alves Moreira de; Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; Marquesi, Sueli Cristina
    Os domínios discursivos jurídico e político apresentam uma variedade de gêneros discursivos textuais. É o caso do nosso objeto de investigação: Defesa à acusação e ao pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Vanna Rousseff, ocorrido em 2016. Para realizar a pesquisa, propusemos como objetivo geral analisar o Ponto de Vista (PDV), a Responsabilidade Enunciativa (RE) e a Argumentação no texto da defesa a respeito da Denúncia por Crime de Responsabilidade nº 1, de 2015. Estabelecemos como objetivos específicos: i) identificar as marcas linguísticas que contribuem para a construção do PDV; ii) identificar a materialização da (não) assunção da responsabilidade enunciativa; iii) reconhecer os organizadores e marcadores argumentativos que contribuem para a construção do PDV do autor; iv) descrever as estratégias linguísticas que direcionam para a (não) assunção da responsabilidade enunciativa. A escolha desse gênero se justifica por seu significado social, já que se trata de um caso que envolveu o país, implicando consequências políticas, econômicas e sociais, além de apresentar características que são pertinentes à nossa abordagem teórica. O corpus favorece a convocação de diferentes vozes, muitas vezes instaurando o uso da argumentação discursiva. A pesquisa seguiu uma metodologia qualitativa, de caráter interpretativista, do tipo documental. Nossa ancoragem teórica está embasada nos estudos de Adam (2011, 2018, 2018a), o qual objetiva estudar a produção (con)textual de sentidos em textos concretos. Nessa direção, entre os níveis propostos, focalizaremos o PDV, a responsabilidade enunciativa e a orientação argumentativa. Dialogando com essa abordagem, trazemos os estudos de Rabatel (2008, 2009, 2015, 2016, 2017), acerca dessas categorias, configurando, assim, uma abordagem enunciativa e discursiva. Igualmente, acompanhamos Guentchéva (1994, 2011, 2014) para tratarmos da mediatividade e da evidencialidade. A análise dos dados revela a ocorrência do PDV do L1/E1(locutor enunciador primeiro), em relação à responsabilidade enunciativa em dois movimentos: (1) a imputação, ou seja, da não assunção da responsabilidade enunciativa e (2) da assunção da responsabilidade enunciativa. Os fatores mais evocados pelo L1/E1, o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardoso, foram: discurso reportado (direto e indireto), o quadro mediativo (enunciadores segundos), índices de pessoa, expressões verbais em primeira pessoa, expressões modais (lexemas avaliativos), além de marcas tipográficas (em negrito e itálico) e sinal gráfico das aspas. A argumentação se manifesta também a partir de lexemas avaliativos que revelam o posicionamento do L1/E1. O uso desses dispositivos enunciativos, no gênero discursivo textual em análise, revela posicionamentos enunciativo-argumentativos de L1/E1 em relação aos PDV de enunciadores-segundos. Isso ocorre das seguintes formas: (1) o acordo, por meio da conjunção do PDV do L1/E1 com o do e2, e (2) o desacordo, por meio de dispositivos textuais que refutam o PDV de e2, revelando, assim, ponto de vista contrário. Por fim, a análise mostra que o gerenciamento das vozes e a organização dos PDV orientaram a construção da visada argumentativa em defesa da acusada.
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    Tese
    Responsabilidade enunciativa no gênero jurídico contestação
    (2016-12-05) Medeiros, Célia Maria de; Rodrigues, Maria das Graças Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1239053356970371; ; http://lattes.cnpq.br/8518022738115962; Galvão, Marise Adriana Mamede; ; http://lattes.cnpq.br/1829337364208280; Cabral, Ana Lúcia Tinoco; ; http://lattes.cnpq.br/5049660159367139; Lourenço, Maria das Vitórias Nunes Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5704494493911440; Giering, Maria Eduarda; ; http://lattes.cnpq.br/9369529788005920
    A exemplo dos vários domínios discursivos, o jurídico, também, dispõe de uma pluralidade de gêneros discursivos textuais, os quais podem, igualmente, constituir o objeto de análise na interface Linguagem e Direito. Entre os gêneros que circulam no domínio em foco, estabelecemos como objetivo geral investigar, nesta tese, o gênero jurídico Contestação, no que concerne ao fenômeno da responsabilidade enunciativa (RE). Propusemos como objetivos específicos identificar, descrever, analisar e interpretar nas seções “Das preliminares” e “Do mérito”, que compreendem a defesa no plano processual e material da Contestação: i) a estrutura composicional e sequencial; ii) os pontos de vistas assumidos pelo locutor enunciador primeiro (L1/E1) e enunciadores segundos (e2); iii) as marcas linguísticas que apontam a assunção da responsabilidade enunciativa e/ou um quadro mediativo. A escolha desse gênero tem sua relevância por ser um gênero recorrente no processo civil e apresentar características próprias com exigências previstas na legislação, além de possuir caráter prático. Optamos pela análise das seções Das preliminares e Do mérito porque nessas partes estão o núcleo da narração e exposição dos argumentos, o uso de discurso citado e, portanto, a entrada de outras vozes (requerente(s), doutrinadores, legisladores, juristas), possibilitando, assim, o estudo das marcas textuais reveladoras de responsabilidade enunciativa. A pesquisa seguiu a metodologia qualitativa do tipo documental, de caráter qualitativo-interpretativista. O corpus é constituído por 8 (oito) Contestações, produzidas por diferentes advogados, as quais foram protocoladas no 2º Juizado Especial Cível da Zona Sul da Comarca de Natal-RN, no período de 2013 a 2014. As Contestações analisadas relacionam-se a temas referentes ao direito do consumidor. Nossa ancoragem teórica situa-se na abordagem da análise textual dos discursos (ATD), enfoque desenvolvido por Adam (2011), que objetiva analisar a produção co(n)textual de sentido, fundamentada na análise de textos concretos. Essa perspectiva tem como bases teóricas a linguística textual (LT) e a linguística enunciativa (LE). No que se refere ao ponto de vista (PDV), acompanhamos os estudos de Rabatel (2008, 2008a, 2009, 2015, 2015a) e, para o quadro mediativo, seguimos Guentchéva (1994, 1996, 2011, 2014), uma vez que se constituem como noções basilares para o tratamento da responsabilidade enunciativa. Quanto ao discurso jurídico, focalizamos nos estudos de Rodrigues, Passeggi e Silva Neto (2014), Rodrigues (2016b, 2016c), Rodrigues e Passeggi (2016), Lourenço (2008, 2015), Pinto (2010), Gomes (2014), Tullio (2012), Palaia (2010), Cabral (2016), dentre outros. Selecionamos duas categorias de análise que, segundo Adam (2011), caracterizam na materialidade textual o grau de RE dos enunciados proposicionais: as modalidades, que são determinantes dos locutores, dos enunciadores e dos pontos de vista. Igualmente, a indicação de quadros mediadores, através de marcas linguísticas que apontam a não assunção da RE. A análise dos dados de pesquisa demonstra que na Contestação, enquanto gênero discursivo textual, predomina a sequência argumentativa, visto que, além de ser marca prototípica do discurso jurídico, o produtor do texto, ao assumir a RE e utilizar-se dos PDV de outros enunciadores, influencia e estabelece a orientação argumentativa do texto. No que se refere ao quadro mediativo, observamos que a entrada de fontes do direito funciona como estratégia do que é dito pelo locutor enunciador primeiro (L1/E1) para assinalar o desengajamento em relação ao conteúdo proposicional do seu dizer. Nesse sentido, a Contestação coloca em evidência dois pontos de vista distintos (autor e réu), expondo a adesão do réu a um ponto de vista que se opõe ao do autor. Isso ocorreu, principalmente, nas seções “Da preliminares” e “Do mérito”, zonas textuais que apontam, por um lado, enunciadores como responsáveis pelo conteúdo proposicional enunciado, por outro lado, enunciadores que não se engajaram no que diz respeito ao conteúdo proposicional enunciado.
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