Navegando por Autor "Marcelino, Cristiane Maria Diógenes Nunes"
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Dissertação Compreendendo a experiência de pessoas portadoras de transtorno mental: histórias de vidas severinas repletas de possibilidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-11-23) Marcelino, Cristiane Maria Diógenes Nunes; Dutra, Elza Maria do Socorro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767284P4&dataRevisao=null; ; Moreira, Virgínia; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780268J9; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763508E6O presente trabalho tem como objetivo compreender a experiência de pessoas portadoras de transtorno mental, atendidas em um ambulatório da rede substitutiva de atenção e cuidados em saúde mental da cidade de Natal (RN). O transtorno mental vem sofrendo um crescimento vertiginoso no mundo contemporâneo, sendo fonte de intenso sofrimento psíquico. Além de fortemente marcado por um histórico de isolamento e preconceito, tem sido alvo de verdadeiras atrocidades cometidas em nome da preservação de uma suposta normalidade. A compreensão e tratamento desse transtorno recebe interferências da cultura e do período histórico em que está inserido. Foram realizadas entrevistas semi-dirigidas com um grupo de usuários, com o propósito de dar voz à sua singularidade e subjetividade, valorizando a forma como cada um percebe a sua própria experiência. As mesmas foram gravadas e posteriormente transcritas, identificando os núcleos de significados. Os resultados foram analisados sob o olhar da perspectiva Humanista Fenomenológica Existencial, que aponta para o desvelar do fenômeno, sem partir de verdades apriorísticas, destacando a existência do transtorno mental enquanto uma possibilidade de ser, permeado pelo sofrimento psíquico e influenciado por questões sociais relevantes, assumindo contornos muito particulares para cada indivíduo. Alguns avanços foram percebidos, inclusive pelos usuários, com relação à mudança de paradigma na maneira de cuidar, embora ainda se constate uma ênfase no recurso médico e medicamentoso. As mudanças apontam para a necessidade de ofertar serviços substitutivos ao modelo asilar e hospitalocêntrico, além de aceitar o portador de transtorno mental enquanto um cidadão, portador de direitos e devendo ser acolhido e respeitado pela sociedade. Apesar da dor expressada e da estreita ligação desta com o suicídio, seus relatos são permeados de perspectivas e atitudes de enfrentamento diante das vicissitudes da vida, apontando para novas possibilidades de ser, recriando-se a si mesmo