Navegando por Autor "Marcelino, Nara Juscely Minervino de Carvalho"
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Dissertação As sentenças com é ruim que no português brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-01-31) Marcelino, Nara Juscely Minervino de Carvalho; Martins, Marco Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/3589064971368456; ; http://lattes.cnpq.br/8884340698559757; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Quarezemin, Sandra; ; http://lattes.cnpq.br/6947094106086321Embasados em trabalhos sobre a estrutura das sentenças copulares no Português Brasileiro (PB), conforme a teoria da gramática, analisamos nesta dissertação as sentenças copulares complexas encabeçadas pela estrutura é ruim que no PB, trazendo a hipótese de que elas podem ter uma leitura predicacional (PRED) e outra especificacional (ESP). Revelamos que, apesar de serem superficialmente idênticas, o que contribui para que as distintas leituras sejam desencadeadas é a configuração estrutural da sentença e a forma como aparecem os seus constituintes: naquelas de interpretação PRED, que as definimos como Sentença Copular Comum (ou SCC), checamos que o constituinte ruim, e somente ele, é o predicador de uma Small Clause, e surge na estrutura no lugar mesmo em que é pronunciado, não passando por processo de movimento, de onde insere ampla predicação sobre todo o sujeito, que é o CP encaixado; naquelas é ruim que de entendimento ESP, que chamamos de Sentença Copular de Negação (ou SCN), tendo em vista a expressão fixa negar ou corrigir o que é afirmado na encaixada, verificamos que o ruim faz parte dessa expressão fixa, e já cristalizada, a qual aparece na estrutura por meio de movimento, nascendo como adjunto de IP e sendo alçado até o especificador de FocP (ou SpecFocP), onde adquire função discursiva de foco. Além da forma como o ruim ou a expressão fixa surge nessas sentenças, a relação entre a cópula e o verbo principal também contribui para distinguir as sentenças: 1) quanto à flexão de modo, quando é uma SCC, a cópula deve estar no modo indicativo, e o verbo principal, no subjuntivo; quando é uma SCN, cópula e verbo principal devem estar sempre no modo indicativo; 2) quanto à flexão de tempo, tanto a cópula quanto o verbo principal das SCC podem ser flexionados, enquanto nas SCN, o verbo principal pode variar entre presente, passado e futuro, mas a cópula deve aparecer, necessariamente, na terceira pessoa do presente do indicativo, o que vem confirmar nossa hipótese de que há uma expressão fixa nas estruturas copulares com é ruim que ESP. Outras duas evidências são apontadas como características que distinguem a sentença com é ruim que PRED da sentença com é ruim que ESP: 1) na semântica, o constituinte ruim equivale a não é bom, que tem valor apreciativo, quando a leitura for PRED; o par é ruim equivale a não, nas ESP; 2) na prosódia, há uma discreta elevação sonora do ruim sobre os demais constituintes das SCC, PRED, enquanto há uma acentuada elevação acústica sobre o ruim das SCN, ESP. Nossa pesquisa está fundamentada em autores como Zanfeliz (2000), Modesto (2001), Mioto (2003), Kato & Ribeiro (2006), Lobo (2006), Quarezemin (2006, 2009, 2011, 2012) e Resenes (2009), pesquisadores que dedicaram atenção à formação e construção das construções clivadas e focalização, baseando-se na perspectiva da corrente gerativa da linguísticaTese Sentenças de Negação com É ruim e Nem a pau no Português Brasileiro(2018-07-30) Marcelino, Nara Juscely Minervino de Carvalho; Martins, Marco Antonio Rocha; ; ; Martins, Ana Maria; ; Silva, José Romerito; ; Tavares, Maria Alice; ; Araújo, Rerisson Cavalcante de;Esta Tese se propõe a analisar a configuração sintática e a compatibilidade semântica entre as Sentenças de Negação do Português Brasileiro (PB) realizadas com os marcadores é ruim e nem a pau e o contexto em que essas sentenças são inseridas, considerando, entre outros, os pressupostos da Gramática Gerativa. No PB, as sentenças de negação são divididas em Sentenças de Negação Proposicional (SNP), Sentenças de Negação Regular (SNR), Sentenças de Negação Metalinguística (SNM), Sentenças de Negação Enfática (SNE) e Sentenças de Negação Anafórica (SNA). As sentenças com é ruim e nem a pau são, em sua maioria, Sentenças de Negação Metalinguística, uma vez que, só podendo ser efetivadas mediante uma pressuposição concretamente efetivada, estabelecem contraste ao conteúdo proposicional da pressuposição, de modo a retificar alguma variável do seu valor de verdade. Tendo em vista a projeção sintática de uma sentença, o é ruim é projetado sempre em Complementizer Phrase (CP), uma vez que é estabelecido numa sentença de Inflectional Phrase (IP) pleno, cujo verbo principal aparece no Indicativo, com núcleo e argumentos ocupando, devidamente, suas posições. O nem a pau, por sua vez, ora aparece em CP, ora em Adverbial Phrase (AdvP), como constituinte adjunto. Apesar de serem constituintes que estabelecem negação, esses marcadores podem ser originados em posições distintas, o que depende de eles serem constituintes periféricos ou adjuntos. Se periféricos, sofrem merge externo em CP, onde também se realizam; se adjuntos, são adjungidos a alguma projeção máxima, sobre a qual insere seu escopo. Dentre esses marcadores, o é ruim é sempre um Marcador de Negação Metalinguística (MNM) periférico, gerado e realizado diretamente em CP. O nem a pau, no entanto, é um constituinte periférico ou adjunto. Sendo assim, dependendo da posição em que se realize, se acima ou abaixo do verbo, e da pressuposição que o anteceda, se uma sentença de afirmação ou de negação, o nem a pau pode ser um MNM, um MNR ou um IPN. Se a pressuposição é uma sentença de afirmação, ele é um MNM ou um MNR apenas se estiver acima do verbo. Se estiver abaixo do verbo, ele é um Item de Polaridade Negativa (IPN) que estabelece relação com o não que nega a afirmação da mesa pressuposta. Em todos os casos, o nem a pau é um marcador periférico. Se a pressuposição é uma sentença de negação, o nem a pau também tem leitura de MNM, de MNR ou de IPN, sendo que ele é um MNM ou um MNR, portanto, marcador periférico, se aparecer acima do verbo. Se estiver abaixo, ele é um IPN que nega a negação na pressuposição, sendo gerado em posição de adjunto.