Navegando por Autor "Maux, Ana Andréa Barbosa"
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Dissertação Do útero à adoção: a experiência de mulheres férteis que adotaram uma criança(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-28) Maux, Ana Andréa Barbosa; Dutra, Elza Maria do Socorro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767284P4&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/1396156130526048; Melo, Symone Fernandes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775191U0; Féres-carneiro, Terezinha; ; http://lattes.cnpq.br/5713789523733634Mesmo com todas as mudanças e rupturas em relação aos papéis sociais exercidos pela mulher, a literatura tem confirmado que a maternidade ainda se configura como um dos principais papéis que ela espera desempenhar ao longo da vida. Quando não consegue engravidar ou levar adiante uma gestação, algumas mulheres encontram, na adoção de uma criança, uma alternativa para exercer o papel materno. Este trabalho buscou compreender a vivência de ser mãe por adoção no caso de mulheres férteis, mas cujo companheiro é infértil. Partiu-se de um referencial fenomenológico-existencial, utilizando-se como instrumento metodológico a narrativa. Participaram cinco mulheres, cujos processos de adoção tramitaram em uma Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Natal/RN. Os resultados mostram que, na constituição de sua subjetividade, a mulher constrói uma idéia de si mesma como alguém cujo principal papel consiste em colocar filhos no mundo, embora ela também considere natural sua participação em outras atividades fora do ambiente doméstico. Em casos de infertilidade masculina, há uma tendência para que a mulher também assuma a condição de infértil. A adoção passa a ser vista como alternativa para realizar o desejo de ser mãe e, ao mesmo tempo, agradar o marido, garantindo a continuidade daquela relação amorosa. Através dos cuidados maternos ela se descobre mãe, o que acrescenta um novo sentido para sua vida e o sentimento de realização, independente de ter gerado o filho. Contudo, também existe frustração, às vezes acompanhada de sofrimento, pela ausência da gravidez e parto. Ao final, o estudo enseja reflexões de que, para se realizar como mãe, a mulher não precisa, necessariamente, gerar filhos, sendo a maternidade uma das inúmeras possibilidades que lhes são apresentadas, e que ela pode escolher, ou não, realizarTese Masculinidade a prova: um estudo de inspiração fenomenologico - hermeneutico sobre a infertilidade masculina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-20) Maux, Ana Andréa Barbosa; Dutra, Elza Maria do Socorro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767284P4&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/1396156130526048; Boris, Georges Daniel Janja Bloc; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792707D4; Silva, Geórgia Sibele Nogueira da; ; http://lattes.cnpq.br/1062059652170019; Sá, Roberto Novaes de; ; http://lattes.cnpq.br/5093366488220824Culturalmente, procriar é compreendido como uma situação que o sujeito deve vivenciar em algum momento de sua vida. Descobrir-se incapaz de cumprir tal destino naturalizado parece ser desencadeador de sofrimento, frustração e sentimentos de incapacidade e impotência. Especificamente para o homem, a infertilidade está estreitamente relacionada à perda de masculinidade, de virilidade. Ele fracassa em seu papel de macho . O presente estudo buscou compreender os impactos que a infertilidade produz na existência do homem que recebe tal diagnóstico, tanto nos modos de perceber a si mesmo quanto no papel conjugal, sexual e profissional. Configura-se como uma pesquisa de inspiração fenomenológico-hermenêutica, baseada em ideias do filósofo Martin Heidegger. Participaram do estudo sete homens heterossexuais, casados e com diagnóstico de infertilidade, sendo realizadas duas entrevistas individuais. A análise do material compreendeu tanto o material das narrativas quanto as afetações da pesquisadora por ocasião do contato com os colaboradores e suas narrativas, por meio da interpretação fenomenológico-hermenêutica. Os resultados corroboram dados da literatura, os quais afirmam a dificuldade dos homens, imersos em um contexto que exige que eles sejam viris, potentes e invulneráveis, de se preocuparem com as questões relacionadas à saúde e à doença. Assim, a possibilidade de alguma condição que dificulte a sua capacidade reprodutiva, ultrapassa os limites aceitáveis no horizonte cotidiano de sentido que compõe as vidas destes homens, não sendo reconhecida como uma condição presente no modelo de masculinidade no qual eles se reconhecem. Isto leva a um questionamento a respeito de sua masculinidade, de seu papel na relação conjugal e na própria existência. Reconhecerem-se na condição de homens inférteis vai além de um diagnóstico médico e está relacionado à construção de novos sentidos existenciais. A partir da aproximação com tal condição, redirecionam suas escolhas, resgatando o projeto de ser si-mesmos e possibilitando continuarem se reconhecendo homens. Na relação conjugal, fazem o que estiver ao seu alcance para garantir, de alguma forma, que as esposas se sintam satisfeitas e, através destas ações, eles permanecem exercendo o papel de provedores da família, demonstrando serem capazes de ampará-las e protegê-las, tendo, na reprodução assistida ou da adoção de uma criança, alternativas viáveis para concretizar o desejo de deixar um legado e de prover à família e a sociedade. Outro resultado observado diz respeito à condição ontológica de solicitude que caracteriza o ser humano. Várias formas como os homens são 10 tratados pelas pessoas que estão mais próximas demonstram um tipo de solicitude no qual, ao mesmo tempo em que são valorizadas características como força, virilidade e determinação, não é permitido que os homens se aproximem de sofrimento, poupando-os de situações emocionalmente difíceis, como é o caso do diagnóstico de infertilidade. Ao final, o estudo enseja reflexões sobre a necessidade de proporcionar espaços de acolhimento e de escuta aos homens e às suas expressões de sofrimento, bem como o reconhecimento de sua capacidade de superação das situações dolorosas e difíceis