Navegando por Autor "Mello, Thayná Jeremias"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Impactos locais e globais sobre ambientes marinhos do Arquipélago de Fernando de Noronha(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-28) Mello, Thayná Jeremias; Longo, Guilherme Ortigara; Longhini, Cybelle Menolli; http://lattes.cnpq.br/9860249629296525; http://orcid.org/0000-0003-2033-7439; http://lattes.cnpq.br/3947302863354812; http://lattes.cnpq.br/9172625490436543; Ferreira, Carlos Eduardo Leite; Fabian, Sá; Araújo, Maria Christina Barbosa de; Fernandes, Vinicius José GiglioOs recifes e demais ambientes marinhos enfrentam ameaças significativas devido a impactos humanos, incluindo poluição, turismo desordenado e mudanças climáticas globais. Dentre as estratégias de conservação desses ambientes, destacam-se as Unidades de Conservação (UCs). No Brasil, o arquipélago de Fernando de Noronha (FN) é protegido por duas UCs, uma delas de proteção integral (Parque Nacional – PN) e uma de uso sustentável (Área de Proteção Ambiental – APA). Entretanto, o local tem sofrido com impactos crescentes devido à expansão do turismo e ocupação da Ilha, e às mudanças climáticas. O objetivo geral desta tese foi avaliar múltiplos impactos locais e globais sobre ambientes marinhos de FN, e o papel das UCs do arquipélago na mitigação destes impactos. No Capítulo 1 investigamos a presença de lixo marinho nas praias de FN e sua distribuição relacionada a fatores oceanográficos e turismo. Encontramos maior abundância de plásticos em áreas desabitadas a barlavento, apesar de estarem dentro do PN com normas mais restritivas, enquanto na costa de sotavento, próxima a áreas urbanas e dentro de uma UC menos restritiva, havia mais plásticos descartáveis e bitucas de cigarro. No Capítulo 2 investigamos a dinâmica temporal do bentos de uma poça de maré e observamos que a anomalia de temperatura foi o principal fator que afetou a saúde dos corais e sua comunidade de endossimbiontes. Embora o soterramento sazonal tenha causado alta variabilidade temporal na cobertura bentônica, não afetou a saúde dos corais. A quantidade de turistas mergulhando no local também não influenciou a saúde dos corais, indicando que os impactos do turismo podem ser reduzidos quando adequadamente manejados. No Capítulo 3, mapeamos e quantificamos a poluição marinha em FN (nutrientes, metais, microplásticos, esteróis e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos - HPAs), caracterizando suas fontes e avaliando seus impactos nas comunidades recifais. Detectamos poluentes tanto na APA quanto no PN. Embora as concentrações de nutrientes na água do mar estivessem em conformidade com a legislação na maior parte das amostras, os efluentes das estações de tratamento de esgoto não atendiam os padrões legais. A assinatura isotópica de macroalgas indicou a presença de nitrogênio derivado de esgoto em toda a APA, sendo que áreas com enriquecimento de nutrientes apresentaram comunidades bentônicas distintas e com maior biomassa algal. A análise dos sedimentos revelou baixos níveis de HPAs e esteróis fecais, com exceção das amostras do Porto. Observamos concentrações de metais relativamente altas no sedimento em algumas estações amostrais, o que pode estar relacionado tanto a fontes antrópicas quanto à origem vulcânica do arquipélago. Microplásticos foram encontrados em todas as amostras de água e sedimentos, tanto na APA quanto no PN. Destacamos a necessidade urgente de melhorar a gestão do esgoto para proteger o ecossistema marinho em FN, promovendo sua resiliência em face das mudanças climáticas. Ressaltamos a vulnerabilidade do PN, na costa sotavento a poluentes gerados na APA e na costa barlavento a poluentes transportados pelas correntes a partir de fontes distantes. As informações geradas por este trabalho servirão como referência para iniciativas de monitoramento e para melhorar estratégias de gestão para a conservação de FN e de outras UCs.TCC Monitoramento e análise sobre o padrão de acúmulo de resíduos sólidos marinhos em praias(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-26) Silva, Renata Rafaela do Nascimento; Dias, Juliana Déo; Menezes, Maiara; http://lattes.cnpq.br/4271682919434387; http://lattes.cnpq.br/8119278936427700; Ramirez, Franco Andrés Teixeira de Mello; http://lattes.cnpq.br/0167291397076936; Mello, Thayná Jeremias; http://lattes.cnpq.br/9172625490436543A geração e acúmulo de resíduos antropogênicos em ambientes marinhos já é uma realidade vivenciada em todo o planeta e essa poluição tem gerado inúmeras consequências. Identificar possíveis padrões no acúmulo de resíduos marinhos contribui para descrever o grau de poluição local e fornece dados importantes para discutir estratégias de manejo e delinear novos estudos. Este trabalhou buscou compreender o padrão do acúmulo de resíduos em quatro praias do litoral potiguar (Redinha, Mãe Luiza, Pirangi do Norte e Búzios) ao longo do ano de 2021, através de amostragens mensais. As hipóteses testadas foram: 1) o plástico é o material mais abundante em todas as praias avaliadas devido sua alta produção, uso e descarte; e 2) existe variação temporal na quantidade de resíduos marinhos, sendo o período chuvoso o com maior nível de poluição. Após contagem e classificação dos resíduos encontrados nas praias avaliadas (plástico, metal, vidro, borracha, madeira processada, e roupas/tecidos) nossos resultados comprovaram que o plástico foi o material mais abundante, com uma proporção superior a 85% em todos os pontos de coleta. Cada praia apresentou um perfil diferente referente aos resíduos encontrados, e isto pode estar relacionado a aspectos de urbanização e a política de gestão de resíduos. Não houve diferença na quantidade de resíduos entre as estações de seca e chuva, entretanto eventos de poluição de grande escala foram registrados neste estudo, e resultados como este revelam a importância de monitorar e compreender os padrões de acúmulo de resíduos para contribuir no combate a poluição marinha.TCC Saúde dos corais Siderastrea stellata e Montastraea cavernosa e seus preditores ambientais em recifes tropicais costeiros e oceânicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-14) Pacheco, Maria Carolina de Oliveira; Longo, Guilherme Ortigara; Longhini, Cybelle Menolli; http://lattes.cnpq.br/9860249629296525; Mello, Thayná Jeremias; http://lattes.cnpq.br/9172625490436543Os recifes têm sido ameaçados pelas mudanças globais que causam o aumento da frequência e severidade dos eventos de branqueamento de corais. No oceano Atlântico-Sul, os corais são mais resistentes e resilientes a esses eventos, o que provavelmente está relacionado às suas adaptações às condições marginais dos diferentes recifes aqui encontrados. Avaliar a saúde dos corais brasileiros e a dinâmica das condições ambientais em campo nos ajuda a entender quais fatores determinam a saúde desses corais e como o ambiente pode influenciar sua resistência e resiliência frente às ameaças globais. Durante cerca de dois anos, monitoramos a saúde dos corais Siderastrea stellata, dominante em ambientes rasos (até 3m), e Montastraea cavernosa, dominante em ambientes mais fundos (até 30m), por meio de modelos 3D gerados por fotogrametria. Este monitoramento ocorreu no litoral do Rio Grande do Norte e na ilha de Fernando de Noronha, e foi feito por meio de modelos 3D nos quais medimos a porcentagem dos indicadores de saúde em cada uma das colônias. Compilamos dados gerados por satélites, referentes a ondas de calor e coeficiente de atenuação da luz na água (KD) e associamos sua variação ao perfil de saúde das colônias observadas. Os preditores ambientais dos corais mostraram-se diferentes nos recifes costeiros e oceânicos, com a turbidez sendo mais relevante nos recifes rasos costeiros. Nos recifes rasos oceânicos, os corais sofrem maior influência das dinâmicas próprias desses locais e não respondem à turbidez, mas sim à temperatura. S. stellata, que habita recifes mais rasos e instáveis, apresentou saúde mais variável que M. cavernosa, que habita recifes mais fundos e, por isso, menos expostos a variações nas suas condições ambientais. De modo geral, o principal preditor da variação da saúde dos corais foram as ondas de calor, o que nos mostra que os corais brasileiros estão bem adaptados às condições adversas locais, mas seguem susceptíveis aos efeitos das mudanças climáticas.