Navegando por Autor "Melo, Átila Dantas Escóssia de"
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TCC Caracterização da comunidade e identificação da distribuição dos grupos funcionais de macroalgas do recife de Maracajaú-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-13) Melo, Átila Dantas Escóssia de; Marinho-Soriano, Eliane; Câmara, Marcos Rogério; Oliveira, Sérgio Ricardo deRecifes de corais integram os ecossistemas de maior produtividade e riqueza de espécies do planeta, proporcionam serviços necessários para a subsistência de milhares de pessoas. Macroalgas são importantes componentes nesses ambientes e podem ser utilizadas como bioindicadores. O presente estudo caracterizou a comunidade de macroalgas no recife de Maracajaú – RN (5°24'40" S - 35°18'40" W). Foram definidas 4 estações de coleta (E1: borda interna do recife; E2: região central; E3: área de turismo; E4: borda externa) e a partir da aplicação do método do fotoquadrado, imagens foram registradas ao longo de transectos para a captura da flora marinha (45 em cada estação). As macroalgas presentes em cada imagem foram identificadas em nível taxonômico de gênero. Uma análise de similaridade (índice de Jaccard) foi realizada e o software CPCe 4.1 foi utilizado para verificar a cobertura dos grupos funcionais de macroalgas em cada área do recife. Foram identificados um total de 13 gêneros de macroalgas, Dictyopteris, Dictyota, Padina, Sargassum, Lobophora, Udotea, Caulerpa, Gelidium, Octhodes, Gracilaria, Laurencia, Jania e Lithothamium. Os grupos morfofuncionais registrados foram o das algas foliáceas, coriáceas, ramificadas, calcária articuladas e incrustantes. Além de uma espécie de fanerógama marinha (Halodule wrightii) e outros organismos. A E1 apresentou principalmente algas do grupo foliáceas (20,18%) e fanerógamas (34,3%). A E2 apresentou maior cobertura de foliáceas (49,35%), algas calcárias incrustantes (17,78%) e Turf (13,78%) também foram grupos representativos. A área de turismo (E3) apresentou coberturas de Turf (26,62%) e foliáceas (24,51%), porém a maior porcentagem foi de corais e Zooantídeos (40,98%). A composição da E4 foi principalmente algas calcárias incrustantes (53,30%), além de 11,02% de foliáceas e 9,43% de coriáceas. O índice de Jaccard revelou que E2 e E3 foram as mais similares (0,714). A borda externa (E4) foi um pouco mais similar com E3 (0,625) e E2 (0,5) do que a borda interna, E1 (0,214). A E1 foi a menos similar entre as demais. Os grupos morfofuncionais das coriáceas e calcárias incrustantes se concentraram na borda externa do recife, revelando que estes grupos teriam maior tolerância à ação das ondas e correntes. As foliáceas estiveram presentes em todo o recife, porém a região central, onde não ocorre influência do turismo, registrou as melhores condições para o estabelecimento desse grupo. As ramificadas foram pouco ocorrentes, e o maior registro foi na borda externa. A flora marinha apresentou diferentes composições de comunidade e distribuição dos grupos funcionais ao longo do recife de Maracajaú, que variaram, principalmente, de acordo com o substrato e hidrodinâmica de cada área analisada.Dissertação Variação espaço-temporal de assembleias de peixes em poças de maré em manguezal(2019-03-01) Melo, Átila Dantas Escóssia de; Espírito Santo, Helder Mateus Viana; ; ; Barletta, Mário; ; Giarrizzo, Tommaso;Florestas intertidais de mangue desempenham papéis importantes para a persistência de espécies de peixes, fornecendo alimento e abrigo contra predadores para peixes marinhos e estuarinos de pequeno porte. Apesar do grande avanço no conhecimento científico de sistemas estuarinos e manguezais nas últimas décadas, pouco se sabe sobre a dinâmica de comunidades de peixes nos ambientes temporários dos manguezais. Este trabalho busca entender como as espécies de peixe se distribuem dentro da floresta de mangue ao longo do estuário (dinâmica espacial), entre períodos de um ciclo sazonal (dinâmica temporal) e de acordo com características de microhabitat. Realizamos cinco expedições de campo entre novembro de 2017 e setembro de 2018 no manguezal do rio Ceará-Mirim (Extremoz, RN). As amostragens foram feitas em 17 parcelas de 10m x 10m distribuídas ao longo do estuário, onde coletamos peixes nas marés baixas com esforço amostral padronizado. Variáveis físico-químicas e de microhabitat (raízes, poças, tocas, propágulos, cobertura de dossel, profundidade e quantidade de poças) foram aferidas em cada parcela. Foram coletados 1189 indivíduos pertencentes a 10 espécies: Kryptolebias hermaphroditus (52% da abundância total), Poecilia vivipara (24%), Ctenogobius smaragdus (11%), Ctenogobius shufeldti (2%), Ctenogobius boleosoma (2%), Evorthodus lyricus (3%), Dormitator maculatus (1%), Eleotris pisonis (1%), Guavina guavina (4%) e Erotelis smaragdus (<1%). Abundância, diversidade e riqueza, foram maiores no período chuvoso. P. vivipara e as espécies de Gobiidae seguiram esse padrão, com abundâncias maiores durante esse período. K. hermaphroditus e as espécies de Eleotridae foram mais constantes ao longo do ano. Encontramos uma relação inversa entre diversidade e abundância ao longo do estuário, em que quanto mais próximo ao mar, maior diversidade e menor abundância, contrastando com as áreas mais acima do estuário com menor diversidade e maior abundância. P. vivipara ocorreu principalmente nas áreas mais acima do estuário, enquanto C. boleosoma e o E. pisonis tenderam a ocorrer mais próximas ao mar. As outras espécies ocorreram de forma mais constante ao longo do estuário. Além disso, as diferentes características de microhabitat dentro das florestas de mangue também se mostraram importantes na distribuição das espécies. Encontramos evidências de que as assembleias de peixes nas florestas de mangue, são moduladas tanto pelas chuvas ao longo do ano, quanto pela proximidade com o mar e pelas características de microhabitat e discutimos isso em frente ao conhecimento atual sobre peixes residentes em manguezais.