Navegando por Autor "Mendes, Liana de Figueiredo"
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TCC Assimetria flutuante em invertebrados marinhos, oriundos de áreas acometidas pelo petróleo na costa do Rio Grande do Norte em 2019(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-07) Silva, Adrian Pereira da; Mendes, Liana de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/8630238560783274; http://lattes.cnpq.br/1926482145868299; Lima, Mauro Sergio Pinheiro; https://orcid.org/0000-0002-8574-7183; http://lattes.cnpq.br/8283793923960526; Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte; https://orcid.org/0000-0003-4231-4326; http://lattes.cnpq.br/1637582704373062No segundo semestre de 2019 manchas de petróleo de origem desconhecida atingiram a costa brasileira, principalmente na região nordeste do país. Análises recentes do composto concluíram que se trata de um óleo combustível derivado de petróleo altamente tóxico, caracterizado pela presença de inúmeros Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) na constituição química. Estes são de difícil degradação, ou seja, permanecem no ambiente por muitos anos e tendem a bioacumular na cadeia trófica. No estado do Rio Grande do Norte, o óleo atingiu o litoral oriental, região que além das praias arenosas e zonas recifais, também exibem estuários e mangues, ecossistemas de transição entre o ambiente marinho e o de água doce, caracterizados pela elevada biodiversidade e vulnerabilidade à desastres ambientais. Desse modo, faz-se necessária a avaliação dos impactos causados pelo óleo na biota local e no ambiente, objetivo dessa presente pesquisa. Nesse ínterim, certas espécies de crustáceos e moluscos são organismos conhecidos pelo uso potencial como indicadores de estresse ambiental, devido a sensibilidade à poluição. Aqui destacamos os crustáceos, caranguejo-uçá (Ucides cordatus) e camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri), e os moluscos bivalves marisco (Anomalocardia flexuosa) e sururu (Mytella strigata). Entre as ferramentas utilizadas para avaliar a qualidade ambiental foi utilizada a metodologia de Assimetria Flutuante (AF) que se sobressai pela alta sensibilidade em detectar pequenas variações na morfometria corporal dos organismos advindas de uma instabilidade no desenvolvimento do organismo e que pode estar associada ao estresse ambiental. Assim, a análise de AF investigou a possível contaminação em indivíduos das espécies mencionadas, coletados em áreas do RN atingidas pelo óleo. Todos os indivíduos foram fotografados e as fotos posteriormente tratadas em softwares específicos (e.g. tpsDig vs. 2.31; MorphoJ) para a marcação dos marcos anatômicos e realização de teste paramétrico Anova de Procrustes para detectar significância nos valores de AF. Como resultado, não encontramos valores significativos de AF para caranguejo-uçá, porém identificamos valores significantes para ambas as espécies de bivalves analisadas e para camarão. Os dados corroboram o potencial bioindicador das espécies, devido ao modo de vida filtrador/detritívoro e associação ao substrato, além da eficácia da análise de AF para estudos de impacto ambiental. Contudo, novos estudos devem ser realizados para estabelecer correlação causal quali quantitativa entre os valores de AF e o derramamento de petróleo ocorrido em 2019.Dissertação Características limnológicas e estrutura trófica das comunidades de peixes de alguns lagos naturais e artificiais do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-03-21) Rodrigues, Michele de Medeiros; Attayde, José Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; ; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Silva, Gustavo Henrique Gonzaga da; ; http://lattes.cnpq.br/9715919793525325Lagos artificiais devem diferir de lagos naturais em importantes aspectos estruturais e funcionais que precisam ser compreendidos para que possamos manejar adequadamente esses ecossistemas. Este trabalho foi realizado com o objetivo de testar a hipótese de que os lagos artificiais (açudes) na região semi-árida são ambientes mais eutrofizados e túrbidos que possuem uma estrutura trófica distinta dos lagos costeiros naturais que ocorrem no litoral leste úmido do Estado do Rio Grande do Norte. Para testar esta hipótese, 10 lagos naturais e 8 lagos artificiais com cerca de 100 ha foram amostrados entre setembro e novembro de 2005 para determinação de algumas variáveis limnológicas e da abundância das principais espécies de peixes, as quais foram agrupadas em três guildas tróficas: piscívoros facultativos, planctívoros facultativos e onívoros. Os resultados mostram que os lagos artificiais apresentaram concentrações significativamente maiores de nitrogênio e fósforo total, clorofila a e sólidos totais e voláteis em suspensão do que os lagos naturais. Os resultados também mostram que o pH, a alcalinidade total, a condutividade elétrica, a turbidez da água e coeficiente de atenuação vertical da luz nos lagos artificiais foram significativamente maiores do que nos lagos naturais. Nos lagos artificiais, a abundância de peixes planctívoros facultativos também foi significativamente maior, enquanto que a abundância de peixes piscívoros facultativos foi significativamente menor do que nos lagos naturais. Não houve diferenças significativas na abundância de peixes onívoros entre os dois tipos de lagos estudados. Esses resultados sugerem que a maior turbidez da água aliada a outras mudanças na qualidade da água dos lagos artificiais eutrofizados afetam a estrutura trófica das comunidades de peixes reduzindo a importância dos peixes piscívoros e conseqüentemente o comprimento das cadeias alimentaresDissertação Caracterização bioecológica e conservação das comunidades recifais subtidais de Pirangi, RN, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-04-28) Grimaldi, Guido de Gregório; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://lattes.cnpq.br/5333479580157969; Albuquerque, Cristiano Queiroz de; ; http://lattes.cnpq.br/0331386698298354; Venticinque, Eduardo Martins; ; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351Em diversos recifes coralíneos do Caribe e de regiões do Indo-Pacífico, estudos têm relatado críticas mudanças na estrutura das comunidades bentônicas decorrente de distúrbios, em sua maioria, de origem humana. Por essa razão, têm se buscado fazer descrições apuradas de como as diferentes comunidades recifais encontram-se estruturadas, assim como determinar o estado ecológico dos recifes antes que mais mudanças ocorram, de modo que se estabeleça uma referência base que sirva de comparativo para programas de monitoramento. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo geral contribuir diretamente para a ampliação e geração de conhecimento científico na região de Pirangi, sobretudo no que diz respeito aos recifes submersos, de modo a estabelecer uma base de dados (baseline) do atual estado ecológico em que se encontram, servindo como de referência para futuros estudos ecológicos e buscando auxiliar na definição de locais que necessitem de manejo e conservação, ao fornecer as informações científicas necessárias para amparar as tomadas de decisões na área ambiental. Foram estudadas sete formações recifais de 15 à 28m de profundidade, em Pirangi e proximidades, Rio Grande do Norte/Brasil. O artigo 1 caracterizou ecologicamente a região de estudo quanto aos principais descritores da comunidade, sua diversidade e os principais grupos funcionais encontrados. O artigo 2 assinalou as particularidades (estruturais, biológicos e uso antrópico) de cada recife, comparando quanto ao uso e estado ecológico atual, visando assim subsidiar propostas futuras de manejo e então, conservação das áreas recifais na região.Dissertação Conflitos de pesca em áreas marinhas protegidas: revisão sistemática global e delimitação de estoques da sardinha-cascuda (Harengula SP.)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-10) Bennemann, Ana Beatriz Alves; Mendes, Liana de Figueiredo; Lima, Sérgio Maia Queiroz; https://orcid.org/0000-0001-9365-4879; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; http://lattes.cnpq.br/8630238560783274; Gerhardinger, Leopoldo Cavaleri; Schiavetti, Alexandre; Vasconcellos, Anderson Vilasboas deO desconhecimento da taxonomia e estrutura populacional de espécies alvos de conflito de pesca são lacunas que devem ser preenchidas para um manejo correto dos estoques pesqueiros. Conhecer a origem dos conflitos em Áreas Marinhas Protegidas (AMP) também é importante para uma resolução eficaz. Pensando assim, esse trabalho tem dois objetivos principais. Um deles de investigar a estrutura populacional de uma espécie alvo de conflito, a sardinha-cascuda Harengula sp. nas ilhas (AMPs) e costa do Brasil, e por meio de uma revisão sistemática, sobre as variáveis envolvidas na origem dos conflitos de pesca em AMP’s no mundo, encontrar soluções pertinentes para tais conflitos. No primeiro capítulo foram feitas buscas com palavras-chaves envolvendo AMP, conflitos de pesca e parques marinhos na plataforma Scopus, totalizando 269 documentos analisados. Na primeira triagem feita pela leitura dos resumos, 114 artigos foram selecionados para a leitura completa resultando em 58 que entraram para as análises considerando os objetivos da pesquisa. O principal critério para a seleção dos artigos foi a presença de algum tipo de conflito que envolve pesca nas AMPs. Foi encontrado que a principal causa de conflito é a pesca ilegal, seguida de sentimento de exclusão, por parte dos pescadores, no processo de gestão e criação de AMP, e conflito entre pescadores e conservacionistas. A pesca artesanal, assim como embarcações artesanais e petrechos, foram os temas mais citados nos conflitos indicando que pescadores tradicionais estão mais envolvidos em conflitos de pesca. O tipo de gestão mais conflituoso foi o governamental em AMP’s de uso sustentável. No segundo capítulo foram analisadas sequencias da região controle do DNA mitocondrial de 152 de sardinhas do gênero Harengula dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e as ilhas de Fernando de Noronha (FNO) e Abrolhos (ABR). As análises de delimitação de linhagens, fluxo gênico e de variância molecular indicaram três populações: Uma em FNO, onde o conflito entre pescadores e a gestão ambiental é mais exacerbado, com um estoque distinto e diverso a ser manejado separadamente; outra na costa nordeste (incluindo ABR); e outra no sudeste e sul do Brasil. Esse trabalho fornece uma visão ampla das origens dos conflitos de pesca em áreas marinhas protegidas no mundo e contribui ao entendimento de aspectos genéticos de uma espécie-alvo de um conflito de pesca em uma área protegida no Brasil, unindo dois tipos de conhecimentos, o biológico e social, para melhores estratégias de gestão.TCC Dieta do peixe-anfíbio Kryptolebias hermaphroditus Costa, 2011 (Cyprinodontiformes: Rivulidae) em manguezais do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-01) Bennemann, Ana Beatriz Alves; Lima, Sergio Maia Queiroz; Espírito Santo, Helder Mateus Viana; Rezende, Carla Ferreira; Mendes, Liana de FigueiredoUm dos grupos de peixe que mais desperta curiosidade são os rívulos do manguezal do grupo Kryptolebias hermaphroditus. Além de serem os únicos vertebrados autofecundantes conhecidos, apresentam hábito anfíbio com alta tolerância a hipóxia, capacidade de respiração cutânea e longos períodos de dessecação. Por causa de sua reprodução clonal, essa espécie desperta interesse em áreas como genômica ambiental e carcinogênese molecular, pois oferece vantagens para o seu uso em bioensaios em farmacologia e toxicologia, por gerar descendentes com pouca variação genética. Embora exista muita informação sobre K. marmoratus que ocorre nos manguezais do Caribe e da Flórida, quase nada é conhecido sobre a ecologia de K. hermaphroditus dos manguezais brasileiros. Assim o objetivo deste estudo é compreender a ecologia alimentar dessa espécie, comparando fatores sazonais e ontogeneticos enfatizando na exploração dos itens de origem autóctone e alóctone. Foram analisados 140 estômagos de espécimes coletados em manguezais do Rio Grande do Norte (dos rios Ceará-Mirim e Curimataú), sendo 70 do período da seca e 70 do chuvoso. Calculamos a importância relativa de cada item (por meio da frequência numérica, de ocorrência e volumétrica) durante a seca e cheia e comparamos também a dieta dos estados juvenil e adulto. Treze itens diferentes compuseram a dieta de K. hermaphroditus. Foram visualizados itens de origem vegetal, moluscos, crustáceos, microcrustáceos, larvas de insetos e insetos adultos. Os resultados mostram que na estação chuvosa os itens foram mais variados e apresentaram um maior volume em comparação com a seca. Com relação à variação ontogenética, os indivíduos jovens consumiram itens com volume menor, enquanto que os adultos além de consumirem itens com um volume maior, obtiveram uma variedade maior de itens. A dieta de K. hermaphroditus é similar à de K. marmoratus, com predominância de itens autóctones, mas sem canibalismo ou predação de outros peixes, que aconteceu na espécie irmã. Observou-se que não há muita sobreposição no consumo de itens autóctones e alóctones, quando se é consumido itens alóctones o número de itens autóctones por indivíduo diminui. Apesar dos itens com origem autóctone possuírem uma importância maior em ambas as estações, os itens alóctones devem ter um papel importante para a reposição de nutrientes do ecossistema.Dissertação Distribuição e abundância da malacofauna epibentônica no Parracho de Maracajaú, RN, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-03) Martinez, Aline Sbizera; Mendes, Liana de Figueiredo; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; ; http://lattes.cnpq.br/4622328317588092; Vasconcellos, Alexandre; ; http://lattes.cnpq.br/8396727262741273; Matthews-cascon, Helena; ; http://lattes.cnpq.br/3164248161831196Os moluscos apresentam uma grande variedade de táxons e hábitos de vida nos recifes de coral mostrando-se bons indicadores ambientais. É importante conhecer sua istribuição e os fatores de influência a fim de auxiliar no monitoramento de possíveis distúrbios no ambiente marinho. O presente estudo teve por objetivo realizar o levantamento e distribuição dos moluscos epibentônicos no Parracho de Maracajaú. Foram definidos 23 sítios de amostragem nos diferentes habitats do Parracho sendo 11 no habitat recifal, 3 no fundo arenoso e 9 nas fanerógamas marinhas. Foram realizadas amostragens qualitativas e quantitativas através de mergulhos livres e autônomos para obtenção dos dados de moluscos e características do substrato. Em cada sítio foram amostrados 3 transecções em faixa de 10 m², onde os dados foram registrados a cada m² da transecção, sendo então contadas as espécies e valoradas as variáveis ambientais (rugosidade e cobertura do substrato). Os dados foram submetidos a análises multivariadas para encontrar possíveis padrões de distribuição, associadas às variáveis de substrato mensuradas. Também foram calculados os índices de diversidade para os sítios recifais e comparados entre si. Registraram-se 46 espécies, com maior riqueza no habitat recifal, seguida nas fanerógamas marinhas e com menor valor, no fundo arenoso. No habitat recifal, os moluscos apresentaram-se associados à rugosidade e cobertura de algas frondosas e zoantídeos, enquanto nas fanerógamas, os animais exibiram uma variação de riqueza associada ao sedimento lamoso e arenoso. Foram encontradas 3 espécies exploradas comercialmente, sendo necessário o manejo adequado visando a manutenção e conservação dos recursos para a regiãoDissertação Diversidade de cefalópodes e o seu papel no nicho trófico de seus principais predadores nos Arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-12-29) Andrade, Lorena Candice de Araújo; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781872Z1; ; http://lattes.cnpq.br/2492004360417110; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Mendonça, Maísa Clari Farias Barbalho de; ; http://lattes.cnpq.br/9714598282205989O presente estudo teve como objetivo, caracterizar a diversidade de cefalópodes através da análise dos conteúdos estomacais dos peixes capturados nos Arquipélagos de São Pedro e São Paulo (ASPSP) e Fernando de Noronha (AFN). Além disso, verificar a participação dos cefalópodes na dieta dos seus principais predadores. Foram então coletados um total de 723 estômagos de 8 espécies de peixes, capturados através da pesca dos quais, 471 provenientes do ASPSP e 252 do AFN. Foram registrados a ocorrência dos itens alimentares (peixes, cefalópodes e crustáceos) e os cefalópodes encontrados foram identificados até o menor táxon possível, segundo bibliografia especializada. A família Ommastrephidae representou 84,46% de ocorrência no ASPSP e no AFN 63,48%, confirmando a importância desta família na região estudada e também na dieta de seus predadores. Dentre as espécies de maior ocorrência Ornitoteuthis antillarum foi a mais representativa nas duas regiões. Essa espécie apresentou uma média de comprimento do manto de 54,25 mm, demonstrando assim que a maioria desta população se encontra em estágio de desenvolvimento juvenil. A menor espécie encontrada foi Argonauta nodosa com 4,06 mm de comprimento de manto e a maior foi Ommastrephes bartrami com 223,33 mm. No AFN a riqueza de espécies (d) foi de 2,318, o índice de diversidade (H ) foi 1,454 e a medida de equitabilidade (J) de 0,585. No ASPSP foram a riqueza de espécies (d) foi de 2,66, o índice de diversidade de Shannon (H ) para o ASPSP foi 1,013 e a medida de equitabilidade (J) 0,373. AFN tem uma diversidade de cefalópodes maior que ASPSP, confirmando o padrão proposto pela Teoria de Biogeografia de Ilhas. Dentre a ocorrência de itens de presas para todos os predadores analisados, os cefalópodes são presas secundárias. A espécie de cefalópode mais importante na dieta de Thunnus albacares e Acantocybium solandri foi Ornithoteuthis antillarum. Esses predadores apresentam largura de nicho diferente, sendo a dieta de Thunnus albacares mais especializada, porém eles apresentam uma sobreposição de nicho trófico de 84,684%, sugerindo que no ASPSP essas duas espécies possivelmente utilizam nichos semelhantesArtigo Diversidade de peixes recifais na praia de Barra de Tabatinga, Rio Grande do Norte(Revista Bioikos, 2013) Souza, Thaisa Accioly de; Mendes, Liana de Figueiredo; Angelini, RonaldoRecifes rasos são comumente submetidos à pressões antrópicas, devido à fácil acessibilidade. O objetivo deste estudo foi comparar a diversidade, a estrutura da comunidade e a organização trófica em três setores de recifes de corais em Barra de Tabatinga, Nísia Floresta, Rio Grande do Norte entre dezembro de 2011 e março de 2012. Além disso, verificou-se a influência de variáveis ambientais sobre aqueles parâmetros utilizando métodos de censo visual. Foram encontrados 47 espécies de peixes associados aos recifes. A maioria das espécies consumiu invertebrados, padrão já observado para o Nordeste do Brasil. O índice de Shannon do Setor 1 foi diferente dos demais, o que pode estar relacionado ao grau de conectividade durante a maré seca e a proximidade com um manguezal. Por fim, não houve diferenças significativas entre as comunidades de peixes dos setores, o que sugere que a área parece ser uma única unidade. Contudo, pequenas diferenças na composição e abundância de peixes nos setores elevam a diversidade do local. Dessa forma, todos os setores contribuem para a manutenção e a conservação da área. Estes resultados podem ser úteis para futuros estudos de zoneamento e monitoramentoTCC Ilhas de resíduos em malhas urbanas no Município de Extremoz/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-09) Monte, Daniel Vitor Linhares do; Venticinque, Eduardo Martins; Mendes, Liana de Figueiredo; Costa Junior, Cleto José FreireSão depositados resíduos urbanos em locais inadequados, principalmente nos canteiros das vias urbanas. Sabemos que o problema do resíduo urbano historicamente atinge uma esfera global desde o grande consumo a partir da Revolução Industrial no século passado. Acumulado após determinado tempo, o depósito inadequado de resíduo urbano amontoa-se formando o que chamamos neste trabalho de uma Ilha de Resíduo (IR). Inúmeras cidades querem crescer, tornar-se sustentável, para isso, é necessário ter um bom planejamento capaz de pelo menos atenuar esse problema e uma população proativa. Desse modo, ao analisarmos estatisticamente através do Teste G, realizando uma Regressão de Poisson e utilizando o GPS, saberemos quais as Ilhas de Resíduos são permanentes ou não, se a diferença entre regiões geograficamente distintas (litoral e centro urbano) afeta na disposição de resíduo gerado e outros fatores dos quais possam trazer resultados sugestivos serão importantes uma tomada de decisão para uma boa gestão e uma melhor consciência da população.TCC Impactos do turismo na ictiofauna de recifes do nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-11) Silva, Isabela Guimarães Leitão da; Mendes, Liana de Figueiredo; Calado, Janaina Freitas; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; Costa, Tiego Luiz de AraújoA atividade de mergulho recreativo sem o devido controle tem sido associada à mudanças na estrutura da comunidade de peixes. Uma vez que o turismo é considerada uma atividade em ascenção, torna-se fundamental compreender de que modo os impactos turísticos afetam ecossistemas recifais. O presente trabalho avaliou recifes do nordeste brasileiro comparando indicadores de biodiversidade da ictiofauna recifal, tais como riqueza e abundância de espécies, classes de tamanho e categorias tróficas, em áreas turísticas de alto uso, de baixo uso e áreas sem atividade turística. Nas áreas turísticas também foram efetuados estudos comparativos nos períodos anteriores, durante e posteriores à atividade turística. As análises indicaram alta dissimilaridade entre a área de alto uso turístico e as outras duas áreas mencionadas, sugerindo um impacto pontual do turismo nos recifes. Observou-se ainda a dominância de uma única espécie, beneficiada pela presença do turismo. A comparação dos recifes entre períodos indicou que todos foram similares, ou seja, a comunidade de peixes permanenceu estruturalmente semelhante independente do período. Isso mostra que as alterações na ictiofauna obervadas nas áreas de alto uso permanecem, mesmo na ausência do agente causador do impacto, indicando uma perda na resiliência dessas áreas. Os resultados aqui presentes apontam a necessidade de atenção no manejo da atividade turística desse recife, tendo em vista o grau de impacto já sofrido e a continuidade do turismo nessas áreasTCC Implicações das mudanças do Código Florestal na delimitação das Áreas de Proteção Permanente da Zona de Proteção Ambiental 9, Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-11) Rocha, Tiago Dantas da; Plaza Pinto, Míriam; Sucupira, Paulo Augusto Pires; Mendes, Liana de Figueiredo; Souza, Alexandre Fadigas de; Ferreira, Aristotelino MonteiroO Plano Diretor é quem controla o ordenamento urbano de uma cidade. Nesse contexto foram criadas 10 Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) no município de Natal/RN, e atualmente a ZPA 9 encontra-se em processo de regulamentação. Dentre as mudanças causadas pelo novo código florestal de 2012, um dos pontos é a redução da faixa de Área de Proteção Permanente (APPs) para rios, tendo em vista que não se considera mais o leito de maior cheia, e sim o leito regular para delimitação das APPs. Os objetivos do trabalho foram mapear as APPs da ZPA 9 através do código florestal e da CONAMA 303/2002, mapear a vegetação da área, e por último, comparar o mapeamento das APPs do Rio Doce entre o novo e o antigo código florestal para espacializar e quantificar o quanto de vegetação nativa da área deixa de ser protegida utilizando o software ArcGIS. Os resultados demonstram que ocorrerá uma redução de aproximadamente 74% de área que deixará de ser protegida, e nisso ficam inclusas as áreas de brejo e as áreas de mata ciliar, o que impactará negativamente o ecossistema da região. O trabalho torna evidente a fragilidade do código florestal no tocante a proteção de áreas dentro da ZPA, além de recomendar algumas práticas para a recuperação de áreas degradadas dentro do contexto do planejamento urbano e ambiental.Dissertação Influência de um vale na plataforma continental sobre as comunidades de recifes biogênicos no litoral do Rio Grande do Norte(2019-02-22) Torres, Daniel Rovira Pereira; Longo, Guilherme Ortigara; ; ; Ferreira, Carlos Eduardo Leite; ; Oliveira, Jorge Eduardo Lins; ; Mendes, Liana de Figueiredo;Comunidades naturais são estruturadas por fatores físicos e biológicos que determinam as dinâmicas locais de coexistência entre espécies. Em ambientes recifais, condições como dinâmica de correntes, ondas, temperatura, profundidade e disponibilidade de nutrientes tem um papel importante na estruturação das comunidades. Uma limitação frequente em ambientes marinhos é a disponibilidade de nutrientes. O efeito de massa em ilhas onde o aporte temporário de nutrientes alóctones mantém a diversidade em torno de ilhas oceânicas, bem como a transformação de carbono orgânico dissolvido em particulado por esponjas (spongeloop) tem papel importante na manutenção de ecossistemas diversos em condições oligotróficas. A maioria dos recifes brasileiros são de formação rochosa ou arenítica e recebem grande influência de sedimentos e matéria orgânica continental, sendo dominados por macroalgas e com baixa cobertura de corais. Recifes biogênicos ocorrem por exemplo no banco dos Abrolhos e no sul da Bahia onde há alta cobertura de corais. Recentemente foram descritos, sob o ponto de vista geológico, recifes de formação biogênica e alta cobertura de corais na região setentrional do Brasil. Neste trabalho descrevemos a comunidade de bentos e peixes desses recifes utilizando fotoquadrados do substrato bentônico e censos visuais da comunidade de peixes. Três áreas recifais foram escolhidas ao redor de um vale inciso no leito submarino, potencialmente uma fonte importante de nutrientes para os recifes, onde exploramos a variabilidade a leste, oeste e ao centro do canal. Encontramos maior cobertura de corais e menor cobertura de macroalgas nos recifes localizados no centro do vale inciso. A biomassa total de peixes foi similar entre as áreas, porém a distribuição entre grupos funcionais variou. A biomassa de peixes invertívoros e piscívoros foi maior ao centro do vale, potencialmente devido à maior disponibilidade de alimentos. Nossos resultados revelam que o vale pode estruturar comunidades recifais de forma similar ao que ocorre através do efeito de massa em ilhas. O trabalho contribui para a descrição das comunidades biológicas que formam estes recifes biogênicos recém descobertos, bem como para avaliar o efeito do vale inciso sobre estes recifes, preenchendo lacunas no conhecimento à respeito deste tipo de formação recifal no Brasil e gerando informações preliminares que futuramente possam ser utilizadas para guiar o manejo e conservação desses ecossistemas únicos.Dissertação Influência dos fatores abióticos sobre a variação espaço-temporal de paralonchurus brasiliensis (Steindachner, 1875) (pisces, sciaenidae) componente da fauna acompanhante da pesca de camarões no litoral Norte de São Paulo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-29) Costa, Eudriano Florêncio dos Santos; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; ; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032; ; http://lattes.cnpq.br/5423096610643661; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Costa, Rodrigo Silva da;A compreensão dos processos ambientais que controlam a distribuição espaço-temporal dos peixes é de fundamental importância para o manejo e conservação dos estoques pesqueiros. Desse modo, o presente trabalho analisou a influência dos fatores ambientais sobre a variação espaço-temporal de Paralonchurus brasiliensis (Pisces, Sciaenidae) componente da fauna acompanhante da pesca de camarões nas regiões de Ubatuba e Caraguatatuba, litoral norte do estado de São Paulo. As capturas foram realizadas mensalmente, durante o período de janeiro a dezembro de 2002, nas isóbatas de 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35m com o auxílio de um barco de pesca camaroneiro equipado com redes do tipo mexicanas. A temperatura (superfície e fundo), salinidade (superfície e fundo), granulometria e a quantidade de matéria orgânica do sedimento foram determinados em cada transecto. Foram capturados 12.642 espécimes de P. brasiliensis na região de Ubatuba e 17.166 em Caraguatatuba, correspondendo a uma biomassa total de 267 e 339kg, respectivamente. As fêmeas predominaram na população. Os maiores valores de biomassa e número total de indivíduos capturados ocorreram durante o verão e outono, e os menores no inverno e primavera. As maiores abundâncias ocorreram em profundidades entre 15 e 25m. Constatouse que P. brasiliensis é uma espécie associada a águas costeiras. A intrusão da ACAS e a profundidade são fatores ambientais preponderantes que influenciam na distribuição espaço-temporal de P. brasiliensis na região de Ubatuba, enquanto a profundidade e o tipo de sedimento exercem maior influência em áreas abrigadas como CaraguatatubaDissertação Inventário das espécies de peixes da costa do Estado do Rio Grande do Norte e aspectos zoogeográficos da ictiofauna recifal do Oceano Atlântico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-05-04) Garcia Júnior, José; Oliveira, Jorge Eduardo Lins; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781872Z1; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4739386P6; Rosa, Ricardo de Souza; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402H5; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8Considerando a reconhecida importância envolvendo o conhecimento acerca da biodiversidade, o objetivo do presente trabalho foi realizar um inventário detalhado das espécies de peixes presentes na costa do Estado do Rio Grande do Norte. As espécies foram assinaladas através da coleta de exemplares, registros fotográficos, acompanhamentos dos desembarques da frota pesqueira artesanal, consulta às bases de dados de coleções científicas e registros de literatura, durante o período de janeiro de 2004 a janeiro de 2006. Foi registrada a ocorrência de 2 classes, 25 ordens, 106 famílias, 253 gêneros e 440 espécies de peixes. Acredita-se que devido o grande aumento no número de espécies registradas na costa do Estado do Rio Grande do Norte, sua ictiofauna encontra-se razoavelmente conhecidaTese Macrofauna de ambientes não consolidados adjacentes à recifes da área de proteção ambiental dos recifes de corais Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-16) Viana, Marina Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032; ; http://lattes.cnpq.br/0522137540806537; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; Soriano, Eliane Marinho; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786301Y8&dataRevisao=null; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Barreira, Cristina de Almeida Rocha; ; http://lattes.cnpq.br/2312320517388221; Paiva, Paulo Cesar de; ; http://lattes.cnpq.br/1226350276509077Objetivou-se caracterizar, pela primeira vez, os invertebrados bentônicos que habitam a região de fundos moles adjacentes aos recifes da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), a fim de situá-los como importante componente das zonas infralitorais costeiras do Nordeste do Brasil. As áreas de fundos moles, ou não consolidadas, da APARC compreendem regiões de infralitoral, vegetadas pela angiosperma marinha Halodule wrightii, e regiões de infralitoral não vegetadas, ambas submetidas a um considerado estresse hidrodinâmico. Através de mergulho autônomo, foram analisadas amostras biológicas e sedimentares de ambos os habitats, com auxílio de amostrador cilíndrico de PVC. Foram identificados 6160 indivíduos, distribuídos em 16 grandes grupos e 224 espécies, sendo que o grupo macrofaunal mais abundante foi Polychaeta (43%), seguido de Mollusca (25%) e Crustacea (14%), resultado já esperado para ambientes não consolidados infralitorais. No primeiro capítulo, relacionado às áreas vegetadas, foram testadas três hipóteses: a existência de diferenças na estruturação da fauna associada a bancos de H. wrightii, submetidos a diferentes condições hidrodinâmicas; a ocorrência de menores variações temporais sobre a macrofauna associada aos ambientes mais protegidos do estresse hidrodinâmico; e se a diversidade da macrofauna é afetada, tanto pelos predadores bentófagos como pela biomassa da própria H. wrightii. Foi verificado que a macrofauna associada do banco Exposto apresentou diferenças na estruturação quando comparado ao banco Protegido, sendo a granulometria dos bancos, a qual varia conjuntamente com o hidrodinamismo, a responsável por estas variações. Os resultados também apontaram para uma menor variação temporal na estrutura da macrofauna no banco Protegido e uma relação negativa entre a abundância macrofaunal e peixes bentófagos. Já no banco Exposto, foi encontrada uma maior diversidade faunal, provavelmente em função da maior biomassa de gramínea. O segundo capítulo aborda uma comparação entre áreas vegetadas e não vegetadas, pretendendo testar a hipótese de que, em função de uma maior estabilidade sazonal nos ambientes tropicais, a estrutura da fanerógama atuaria na distinção da macrofauna associada entre áreas vegetadas e não vegetadas, ao longo do tempo. Também se esperava que os depositívoros fossem os invertebrados mais representativos nos ambientes não vegetados, partindo da premissa de que o banco de fanerógama funcionaria como fonte de detritos para áreas adjacentes, enriquecendo-as. Todavia, sazonalmente, a complexidade estrutural proporcionada por Halodule discriminou, com mais evidência, a fauna de áreas vegetadas de não vegetadas somente nas extremidades climáticas, isto é, no período Seco (extrema estabilidade climática, com pouca variação no hidrodinamismo) e no período Chuvoso (grande variação do hidrodinamismo e provável soterramento do banco vegetado). Além disso, os elevados teores de matéria orgânica medidos nos bancos arenosos coincidiram com uma destacada importância trófica dos depositívoros, comprovando a hipótese de carreamento de detritos. O último capítulo focou nas áreas não vegetadas, em que se testou a hipótese de que a variação da estrutura da macrofauna perto e longe ocorre em decorrência da granulometria. Neste contexto também foram testadas a hipótese de que a predação por peixes bentófagos teria um baixo efeito na abundância dos grupos da macrofauna em função do alto estresse hidrográfico, abrindo, assim, espaço para outros grupos de predadores bentófagos terem uma maior importância nestes ambientes. Comprovando as hipóteses levantadas, não foi verif icada variação espacial significativa entre as distâncias da borda dos recifes, tanto na abundância das principais famílias identificadas como na estrutura geral das comunidades bentônicas. Entretanto, verificou-se que uma complexa combinação de fatores físicos (tamanho do grão e teor de matéria orgânica derivadas das condições hidrodinâmicas locais) variam conjuntamente com a distância e influencia mais a macrofauna do que os fatores biológicos considerados, como a predação por peixes bentófagos. Com base nos principais resultados encontrados, este trabalho mostrou que as áreas de fundos não consolidados do entorno dos recifes da APARC merecem destaque do ponto de vista ecológico e de conservação, pois evidenciou-se importantes relações da biota com o ambiente e da biota com outros organismos não descritas antes para estas áreasTese Memória de peixe: a cognição em peixes recifais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-14) Silveira, Mayara Cristina Moura Silva dos Prazeres; Luchiari, Ana Carolina; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; http://lattes.cnpq.br/2257599085591584; Silva, Eduardo Bessa Pereira da; Freitas, Eliane Gonçalves de; Mendes, Liana de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/8630238560783274; Giaquinto, Percilia CardosoAprendizagem e memória envolvem a capacidade de ajustar o comportamento em resposta à experiencias. O tempo de armazenamento destas memórias relaciona-se com o tipo de experiencia (aversiva, apetitiva), e com o ambiente ecológico em que a espécie evoluiu (sociabilidade, previsibilidade). O objetivo geral desta tese foi investigar a capacidade de retenção de memória em diversas tarefas utilizando três espécies de peixes: Stegastes fuscus, Acanthochromis polyacanthus e Amphiprion percula. Avaliamos o tempo de retenção de informação em tarefas de condicionamento apetitivo e aversivo (capítulo 1); Investigamos a influência da familiaridade no tempo de manutenção de resposta mnemônica (capítulo 2); e Avaliamos aprendizagem e memória espacial em resposta ao aquecimento ambiental (capítulo 3). Nossos resultados mostraram que a natureza do estímulo não interfere na retenção de informação por até 15 dias em S. fuscus. Através da resposta agonística, observamos que S. fuscus apresenta habilidade de reconhecimento individual e capacidade de lembrar de coespecíficos, habilidade que foi afetada pelo tempo de intervalo para o re-pareamento com o coespecíficos (5, 10 e 15 dias). Além disso, observamos que A. polyacanthus aprende e lembra por 5 dias de uma tarefa de navegação espacial enquanto A. percula não apresenta aprendizagem da tarefa. Dada a importância e vulnerabilidade dos ambientes recifais, a compreensão de aspectos relacionados à memória dos indivíduos pode fornecer à ciência resultados úteis para futuros planos de manejo e conservação, além de contribuir para o conhecimento da biologia dos peixes recifais, que mostram elaborada capacidade cognitiva.TCC Monitoramento da ictiofauna recifal em um recife tropical do Atlântico Sul(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-02) Villavicencio, Lourdes Milagros Mendoza; Mendes, Liana de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/8630238560783274; Costa, Tiego Luiz de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7190702719695690; Freire, Fulvio Aurelio de Morais; https://orcid.org/0000-0003-1580-0222; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032Ecossistemas recifais são usados como áreas de reprodução, alimentação e refúgio por diversas espécies marinhas e apresentando variadas relações interespecíficas, influenciando a teia alimentar. Entre os diversos organismos que os recifes abrigam, os peixes são elementos chave nos recifes e, embora a diversidade destes tenha sido estudada por muito tempo e consequentemente haja um incremento das pesquisas científicas acerca de sua importância econômica e ecológica, ainda existem várias lacunas de conhecimento sobre o tema para várias regiões do Brasil. Em vista disso, torna-se fundamental, o registro de espécies em local específico para o conhecimento, conservação e entendimento do funcionamento do ecossistema. Este estudo tem como objetivo avaliar e compreender as variações da abundância e biomassa de peixes recifais por categoria trófica, considerando áreas com e sem visitação turística, diferentes estações do ano relacionando à cobertura bentônica no recife de Maracajaú. Para procedimentos metodológicos, foram coletados dados de forma periódica mediante registro subaquático utilizando metodologias de censos visuais, utilizando três áreas recifais para análises (Controle, Comunidade, Empresa) de forma sazonal (seco e chuvoso). Com o intuito de verificar as diferenças entre os diferentes grupos, foram empregados o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis e teste de Dunn com ajuste de Bonferroni. Foi explorada a associação da cobertura do substrato entre os tipos de categoria trófica dos peixes mediante a técnica de Análise de Redundância. Os resultados indicaram espécies com maior representatividade: Haemulon aurolineatum, seguido da Stegastes fuscus e Sparisoma frondosum e foram encontradas maiores porcentagens de abundância de indivíduos no período chuvoso em comparação ao período seco. A cobertura predominante é areia em todas as áreas, associando a está cobertura a categoria trófica carnívoro. Este estudo mostra-se inovador uma vez que traz a avaliação de cinco anos de monitoramento de peixes recifais em um recife tropical do Atlântico Sul (Maracajaú), apresentando análises integradas de múltiplas variáveis.TCC Monitoramento de invertebrados bentônicos nos recifes de Maracajaú(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-17) Braz, Natasha Freire; Mendes, Liana de Figueiredo; Agostinho, Lorena Soares; Costa, Tiego Luiz de AraújoOs recifes de corais aportam a maior biodiversidade conhecida em nosso planeta. Eles oferecem abrigo, alimentação e substrato para vários organismos móveis e sésseis, e compondo essa diversidade nos recifes se encontra os invertebrados marinhos participando de funções importantes como cadeia tróficas e consolidação de estruturas, no entanto estudo em cerca da diversidade biológicas desses organismos marinhos no Brasil ainda é escasso, entender a dinâmica de ecossistemas recifais e os organismos associados a tais ambientes é de grande importância, afim de prever e mitigar impactos na abundância e distribuição das espécies, são fundamentais para conservação marinha. Portanto este estudo tem como objetivo de compreender a variação de invertebrados bentônicos nos recifes de Maracajaú ao longo do tempo, em áreas com e sem turismo e em diferentes épocas do ano. Além disso, a coleta de dados foi realizada por meio de censos visuais subaquáticos onde foram amostrados abundância de invertebrados bentônicos nas diferentes subáreas (controle, comunidade e empresa) e de modo sazonal (chuvosa e seca). Com intuito verificar as diferenças entre as diferentes subáreas, foram empregados o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis em diferentes estações dos anos e a análise RDA (análise de redundância) para relacionar a abundância invertebrados móveis com diferentes coberturas de bentos. Os resultados indicaram a presença de ouriço em todas as subáreas e nas diferentes estações do ano, foram encontrados frequência de algas filamentosas e areia nas subáreas (comunidade e empresa). Além disso, foi observado associações entre algas a ouriços e corais duros com poliquetas de fogo. Esta pesquisa traz informações importantes para a gestão da área protegida, uma vez que exibe uma avaliação de cincos anos de monitoramento da área de Maracajaú, com análises sobre a composição e variações da cobertura de bentos, abundância de invertebrados e de modo sazonal.TCC Padrão de branqueamento de Siderastrea stellata (Verril, 1868) em dois complexos recifais areníticos do Atlântico Sul(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-09) Correia, Louize Freyre da Costa; Mendes, Liana de Figueiredo; Ganade, Gislene Maria da Silva; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; Souza, Izabel Maria Matos deOs ecossistemas recifais encontram-se entre os mais diversos do planeta, abrigam cerca de 25% da biodiversidade marinha e atuam no balanço químico global do carbono. Os corais, importantes componentes dos recifes, são considerados bioindicadores das variações climáticas. Tais invertebrados podem perder pigmentação sendo esta uma das respostas às mudanças do meio, resultando no conhecido fenômeno do branqueamento. Nos recifes de Pirangi e Maracajaú foi realizado o monitoramento do branqueamento do coral pétreo mais abundante, Siderastrea stellata (Verril, 1868), associado a dados abióticos como temperatura, transparência e salinidade da água. As coletas de dados em ambos os recifes foram realizadas a cada 2 meses, durante o ano de 2015. Foram selecionadas 18 colônias de corais pétreos da espécie Siderastrea stellata, distribuídas em três classes de tamanhos (medida do diâmetro), totalizando seis colônias por classe de tamanho, em Maracajaú e Pirangi: Colônias pequenas (<5 cm), Médias (5-10 cm) e Grandes (> 10 cm). O branqueamento mensurado entre os dois recifes foi distinto e Maracajaú teve os maiores valores. Também foi analisado o branqueamento por classes de tamanho e as colônias menores apresentaram maiores níveis de branqueamento, também mais acentuado em Maracajaú. Em ambas as áreas houve diminuição do branqueamento ao longo do ano e as médias de branqueamento variaram de forma semelhante ao longo do ano com Pirangi sempre apresentando menores taxas. O branqueamento foi associado a variações na transparência e salinidade da água, independente do recife analisado. As maiores taxas de braqueamento encontrada em colônias menores pode indicar maior fragilidade das mesmas justificada pelo menor diâmetro, e consequentemente menor quantidade de zooxantelas, conferindo menos resistência às colônias. De forma geral, no mês de setembro houve queda dos níveis de branqueamento e nesta época há o aumento de ventos que causam maior suspensão de sedimento, elevando a turbidez das águas. Esta situação difere daquela encontrada em literatura, em que os corais branqueiam mais frente à sedimentação. A menor transparência e salinidade da água encontradas em Pirangi, relacionadas ao menor branqueamento dos corais, 8 quando comparados a Maracajaú, sugere que as colônias talvez estejam mais adaptadas a tais condições adversas constantes e portanto tenha menos branqueamento. Outro aspecto a ser consideradao é que em Maracajaú, o branqueamento mais acentuado pode ser o resultado da maior penetração dos raios ultravioletas devido à maior transparência da água, o que também causa branqueamento. Considera-se que os corais brasileiros sejam mais resistentes aos distúrbios e estresses ambientais e portanto, as condições ideais estabelecidas na literatura mundial para o bom desenvolvimento dos corais, não se aplica perfeitamente aqueles da costa do Brasil.Dissertação Projeto raia de fogo: aspectos populacionais da raia de fogo (Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig, 2000) e pesca de elasmobrânquios no complexo recifal do Parracho de Maracajaú(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-07-09) Costa, Tiego Luiz de Araújo; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; ; http://lattes.cnpq.br/7190702719695690; Rosa, Ricardo de Souza; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402H5; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; ; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995A espécie Dasyatis marianae habita áreas costeiras associadas a recifes de corais, sendo considerada endêmica para o nordeste do Brasil, ocorrendo desde o Estado do Maranhão até o sul da Bahia. Exemplares da espécie são comumente avistados por mergulhadores e pescadores na área do Parracho de Maracajaú, um complexo recifal que faz parte da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), onde foi desenvolvido o presente estudo, acerca da ecologia e biologia da D. marianae, com a finalidade de caracterizar aspectos da estrutura populacional na área do complexo recifal do Parracho de Maracajaú. Foram analisados 120 exemplares capturados pela pesca artesanal local quanto ao tamanho, peso, sexo, estágio de maturação e conteúdo estomacal. A maioria dos indivíduos foram machos adultos (1,7:1) e a maior abundância foi para raias com tamanhos entre 25 e 29cm de LD, onde as fêmeas atingem maiores os tamanhos, característica comum a outras raias. Os exemplares de maior porte foram capturados na área de fanerógamas, que é preferencial para a espécie. A distribuição da espécie na área apresentou uma segregação sexual e ontogenética, onde os juvenis ocorrem próximo à praia, que é uma provável área de berçário e crescimento destes, as fêmeas adultas prevalecem nas fanerógamas, que aparentemente tem uma elevada disponibilidade de presas, e os machos adultos se distanciam mais, ocorrendo numa maior proporção nas áreas mais afastadas, sugerindo um hábito mais exploratório quando comparado às fêmeas. A avaliação do sistema reprodutivo apontou 3 ciclos reprodutivos anuais, um filhote por gestação e mostrou que os machos maturam com menor tamanho que as fêmeas. Os filhotes de D. marianae nascem com tamanho de 12 a 15cm de LD. Quanto à dieta, a espécie foi caracterizada como carnívora carcinofágica especialista. A realização de censos visuais em diferentes localidades permitiu avaliar a densidade de D. marianae nos ambientes distintos do complexo. A espécie ocorre em maior número nas fanerógamas, ambiente muito importante para a conservação da espécie. De 100 indivíduos de D. marianae marcados na área do complexo recifal registrou-se uma taxa de recaptura de 3%. Alguns aspectos comportamentais foram avaliados, como padrão de atividade diurna, interação de limpeza com Pomacanthus paru e peixes seguidores como Lutjanus analis e Carangoides bartholomaei. De forma geral, muitas das informações obtidas deverão ser usadas para o manejo adequado da espécie