Navegando por Autor "Morais, Ildone Forte de"
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Tese E-book sobre estratégias educacionais para auxiliar docentes da graduação em enfermagem no ensino de pessoas com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-18) Ferreira, Lucas Batista; Medeiros, Soraya Maria de; https://orcid.org/0000-0003-2833-9762; http://lattes.cnpq.br/2068281775213576; http://lattes.cnpq.br/1553668235081566; Morais, Ildone Forte de; Costa, Raphael Raniere de Oliveira; Menezes, Rejane Maria Paiva de; Cavalcante, Rosângela DinizOs transtornos do neurodesenvolvimento inserem-se num grupo de condições caracterizadas por déficits no desenvolvimento ou diferenças nos processos cerebrais, com prejuízos na evolução pessoal, social, acadêmica ou ocupacional do ser. Dentre essas condições está o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade definido por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade. Tal transtorno pode transcender a infância, ou seja, persistir e ser diagnosticado em adolescentes e adultos, inclusive naqueles matriculados em instituições de ensino superior, sendo um dos responsáveis pelo baixo desempenho acadêmico e o insucesso profissional dessas pessoas. Diante disso, os docentes de enfermagem podem estar diante de estudantes diagnosticados com o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, e não dispor de conhecimentos profundos sobre o transtorno e/ou instrumentos metodológicos, que sejam capazes de auxiliar sua atuação profissional de modo inclusivo. Dessa forma, a tese teve por objetivo desenvolver um e-Book sobre estratégias educacionais para auxiliar docentes da graduação em enfermagem no ensino de pessoas com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade. Trata-se de um estudo metodológico operacionalizado em três etapas, a saber: 1) Revisão de escopo com o objetivo de mapear as estratégias para o ensino de estudantes universitários com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade e identificar as estratégias recomendadas para o ensino desses estudantes que cursam a graduação em enfermagem; 2) Construção do e-Book; 3) Validação de conteúdo e aparência. Para validação de conteúdo considerou-se o Índice de Validade de Conteúdo global, com ponto de corte ≥ 0,90; e o Coeficiente Kappa, com no mínimo uma concordância substantiva (0,60-0,79). Já para a validação de aparência considerou-se o Índice de Validade de Aparência global, com ponto de corte ≥ 0,90. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CAAE: 81507724.0.0000.5537) e obedeceu aos fundamentos éticos da resolução nº 466/2012 do conselho nacional de saúde. A revisão de escopo resultou em 14 artigos científicos, as estratégias mapeadas foram classificadas em gerais e ativas, entre elas: tempo extra e flexibilização de horário para realizar avaliações; e aprendizagem baseada em problemas. Já no contexto da enfermagem identificaram-se: promover melhor processo de comunicação, organização e priorização de atividades durante a prática clínica. Após a construção do e-Book, realizou-se a etapa de validação, para isso participaram 10 juízes especialistas para validação de conteúdo (oito enfermeiros e dois psicólogos) e cinco juízes para validação de aparência (designers gráficos) que resultou nos seguintes índices: Índice de Validade de Conteúdo global de 0,97; Coeficiente Kappa global de 0,90; e Índice de Validade de Aparência global de 0,91. Conclui-se que o e-Book desenvolvido nesta tese oferece ao docente do curso de graduação em enfermagem um recurso didático prático, contendo estratégias educacionais que podem ser aplicadas no ensino de pessoas com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, auxiliando-o na adaptação de suas abordagens pedagógicas para atender às necessidades específicas desse público.Tese PET-Saúde interprofissionalidade: intencionalidade e contribuições dos projetos para a indução de mudanças na formação em saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-21) Morais, Ildone Forte de; Medeiros, Soraya Maria de; https://orcid.org/0000-0003-2833-9762; http://lattes.cnpq.br/2068281775213576; http://lattes.cnpq.br/4105309896093472; Valença, Cecilia Nogueira; https://orcid.org/0000-0003-3998-3983; http://lattes.cnpq.br/2788316719185705; Forte, Franklin Delano Soares; Silva, Jennifer do Vale e; Costa, Marcelo Viana da; https://orcid.org/0000-0002-3673-2727; http://lattes.cnpq.br/1801687907907663; Dantas, Rodrigo Assis Neves; https://orcid.org/0000-0002-9309-2092; http://lattes.cnpq.br/9161806467102041Introdução: o debate sobre a reorientação da formação em saúde se faz cada vez mais necessário em função da transição epidemiológica e demográfica, além das complexas necessidades de saúde. Ademais, ainda é hegemônico o modelo de ensino uniprofissional pautado em silos e no tribalismo das profissões. Diante disso, a Educação Interprofissional em saúde constitui uma abordagem que visa fortalecer a colaboração e o trabalho em equipe na atenção à saúde do usuário, família e comunidade. Para isso, o PET-Saúde Interprofissionalidade tem sido uma estratégia na promoção de mudanças no ensino das profissões de saúde no Brasil. Contudo, a presença de distintas profissões num mesmo espaço, não configura a interprofissionalidade. Objetivo: analisar a intencionalidade e as contribuições dos projetos PET-Saúde Interprofissionalidade para a indução de mudanças na formação em saúde. Método: pesquisa qualitativa com abordagem compreensiva. Três unidades acadêmicas de uma universidade pública do estado do Rio Grande do Norte configuraram o cenário investigativo. Em decorrência das restrições de contato presencial impostas pela pandemia da COVID-19, a produção de dados ocorreu na modalidade remota por meio da plataforma Google Meet, em salas virtuais restritas a realização de entrevistas individuais online com tutores, preceptores e estudantes do PET-Saúde Interprofissionalidade. Essa técnica foi complementada pela realização de uma sessão online de grupo focal com os preceptores. A amostra não probabilística foi constituída por 22 sujeitos com vivências e experiências no programa. O material produzido foi submetido a análise de conteúdo em três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. A primeira permitiu uma visão panorâmica do material empírico e a sistematização de uma pré-classificação dos elementos em dois eixos temáticos. Nas etapas seguintes, os agrupamentos de segmentos textuais foram consolidados e seus núcleos de sentido foram identificados, possibilitando a organização das categorias temáticas analisadas à luz do referencial teórico, conceitual e metodológico da educação interprofissional e da prática colaborativa. A investigação foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o número 4.630.008. Resultados: as percepções sobre a intencionalidade do PET-Saúde Interprofissionalidade abrangem aspectos como ambiente de conhecimento compartilhado; aprofundamento teórico, distanciamento em relação a educação tradicional uniprofissional e a ideia de algo similar ao conceito de Educação Interprofissional. Estes elementos expressam que as experiências de aprendizagem compartilhada são relevantes, mas não representam a essência de uma intervenção pautada na Educação Interprofissional, que é fomentar o desenvolvimento de competências colaborativas. Essa iniciativa proporcionou contribuições associadas a revisão dos Projetos Pedagógicos de Cursos; pautou a discussão da Educação Interprofissional nos Núcleos Docentes Estruturantes de alguns cursos de graduação; estimulou a implantação de disciplinas com caráter interprofissional; fortaleceu a integração ensino-serviço e contribuiu com a implantação de Comissão Permanente em Educação Interprofissional. Apesar dessas características positivas, o programa enfrentou obstáculos vindos da hegemonia da formação uniprofissional; das cobranças por produtividade da gestão dos serviços de saúde; rotatividade de integrantes; dificuldades para conciliar horários e, principalmente, do impacto da pandemia da COVID-19 no redesenho das propostas planejadas e das intervenções implementadas. Os projetos executados revelaram a demanda de ações estruturantes e longitudinais, as quais exigem políticas de educação na saúde que viabilizem a sustentabilidade da Educação Interprofissional. Considerações finais: o desenvolvimento de competências colaborativas deve ser claramente compreendido e salvaguardado como intencionalidade da Educação Interprofissional nas iniciativas com essa perspectiva. Isso demanda estratégias e políticas sustentáveis nos níveis macro, meso e micro, que considerem a interprofissionalidade como abordagem permanente na reorientação da formação e qualificação da força de trabalho em saúde para o efetivo trabalho em equipe.Dissertação Saúde da família: uma estratégia de mudança no processo de produção dos serviços de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-11-27) Morais, Ildone Forte de; Germano, Raimunda Medeiros; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721938D8; ; http://lattes.cnpq.br/4105309896093472; Nogueira, Jordana de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/8338527087554463; Simpson, Clélia Albino; ; http://lattes.cnpq.br/3568948187738623; Medeiros, Soraya Maria de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760209A3&dataRevisao=nullO presente estudo tem como objetivo analisar, na visão de enfermeiros, as mudanças no processo de produção dos serviços de saúde, após a implantação do Programa Saúde da Família (PSF). Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, que utiliza entrevistas semi-estruturadas como principal ferramenta de abordagem empírica. Foram entrevistadas seis enfermeiras da cidade de Caicó/RN, que trabalhavam na atenção básica, antes da implantação do PSF, e continuam trabalhando. Pela análise empreendida, as principais mudanças verificadas no processo de produção dos serviços de saúde com a implantação do PSF, no contexto da atenção básica, foram: a adscrição e vínculos com a comunidade; acolhimento e humanização do atendimento; diminuição das internações hospitalares; fortalecimento da prevenção de agravos e promoção da saúde; melhoria dos indicadores de saúde; enfim, ações que sinalizam para a realização dos princípios da integralidade, eqüidade e universalidade, conforme preconiza o Sistemaùnico de Saúde (SUS). No entanto, apesar dos aspectos positivos identificados, o PSF apresenta algumas fragilidades, tais como: a dificuldade do trabalho coletivo; descompasso entre a formação dos profissionais e as exigências do modelo de saúde atual; alta rotatividade dos profissionais de saúde e precarização do trabalho. Além disso, foram apontadas algumas estratégias que podem ser utilizadas para melhor orientação do processo de produção dos serviços de saúde, como a intersetorialidade, educação permanente, desprecarização do trabalho e melhoria na condução da gestão dos serviços de saúde. Assim, concluímos que o PSF apresenta mudanças significativas no processo de produção dos serviços de saúde para a consolidação do SUS, embora esteja inserido em um contexto de adversidades que podem ser superadas através da luta coletiva dos distintos atores sociaisDissertação O trabalhador da Atenção Primária à Saúde e os impactos psicossociais decorrentes da sua atuação em tempos de pandemia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-04-22) Lucena, Brunno Alves de; Valença, Cecilia Nogueira; https://orcid.org/0000-0003-3998-3983; http://lattes.cnpq.br/2788316719185705; https://orcid.org/0000-0002-4574-667X; http://lattes.cnpq.br/4481225631774178; Tavora, Rafaela Carolini de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-0644-668X; http://lattes.cnpq.br/4017906740512071; Morais, Ildone Forte deObjetivou-se com esse estudo analisar as implicações que o cenário pandêmico da COVID-19 tem acarretado na saúde mental dos trabalhadores da APS, em um município do interior do Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo descritivo e exploratório. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2020 e março de 2021, por meio de entrevista semiestruturada, por contato telefônico, em que os profissionais responderam às perguntas verbalmente e sendo posteriormente transcritas, assegurando o rigor ético quanto ao anonimato e confidencialidade dos participantes. O tratamento e a organização dos discursos foram realizados por intermédio do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires (IRAMUTEQ), que realiza análises quantitativas de dados textuais pautadas em contextos e classes de conteúdo baseado na similaridade do vocabulário ou usadas em contextos similares, associando a um mesmo campo léxico. A partir da Classificação das categorias pelo IRAMUTEQ, procedeu-se a interpretação das mesmas, por meio da análise de conteúdo, percorrendo as etapas apontadas por Bardin, a fim de se extrair os conteúdos relevantes para discussão com base na literatura. Este estudo obteve licenciamento pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí (FACISA) / Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN de acordo com o CAAE: 39785420.9.0000.5568 e parecer número 4.428.312. Entre os trabalhadores participantes da pesquisa, houve uma predominância de pessoas do sexo feminino (70,0 %), com idade de 31 a 40 anos (55,0 %), sendo casados ou com união estável (75,0 %). Quanto ao nível de escolaridade, percebeu-se a predominância de profissionais que cursaram até o ensino médio (55,0%). A maior parte da população estudada, atuam como Agentes comunitários de saúde (25,0%), com carga horária de 40 horas semanais (85,0%), com renda mensal de até 3 salários mínimos (70,0%), com mais de 10 anos de atuação na Unidade Básica de saúde (45,0%). Da análise lexical por CDH do IRAMUTEQ foram desveladas quatro dendogramas com os seguintes temas: Classe 1: “Trabalho em saúde em tempos de pandemia: estigma, preconceito e discriminação”, que evidencia o estigma social e os comportamentos discriminatórios sofridos pelos trabalhadores da APS participantes dessa pesquisa, bem como os processos sociais de exclusão, resultantes da criação de preconceitos e da potencialização de estereótipos vinculados a atitudes e crenças negativas dirigido a esses trabalhadores. Classe 2: “A organização do trabalho e o adoecimento dos trabalhadores”, que discorre com base nos relatos dos entrevistados, sobre as transformações que ocorreram nas relações profissionais, no aumento de solicitação de demandas, nos diferentes modelos de gestão, remuneração variável, aumento de controles e processos de registros em decorrência da pandemia. Classe 3: “O sofrimento nosso de cada dia”, que apresenta relatos resultantes da relação do trabalhador com o processo de trabalho na APS durante o curso da pandemia, considerando as vivências de prazer, sofrimento, desgaste, satisfação e adoecimento. E a classe 4: “ As dores que trago aqui no peito”, em que se buscou analisar termos na fala dos entrevistados, que remetem a possíveis repercussões na saúde mental dos mesmos, correlacionando com os aspectos da literatura referentes ao tema. Conclui-se que por meio dessa pesquisa foi possível compreender os impactos do processo de trabalho durante o curso da pandemia da COVID-19 na saúde mental dos trabalhadores da APS.