Navegando por Autor "Moreira, Letícia Gondim Lambert"
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Dissertação Alcaloides tropânicos de Erythroxylum pungens O. E. Shulz (Erythroxylaceae): do contexto edafoclimático da caatinga à investigação comportamental em Zebrafish (Danio rerio Hamilton)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-28) Moreira, Letícia Gondim Lambert; Giordani, Raquel Brandt; Luchiari, Ana Carolina; ; ; ; Andrade, Jean Paulo de; ; Menezes, Fabiano Peres; ; Ferreira, Leandro de Santis;A biodiversidade brasileira oferece enorme riqueza de flora, oportunidade singular para a atividade de bioprospecção. Dentre as moléculas bioativas, encontradas na maioria dos organismos vegetais, os alcaloides representam uma ampla variedade de estruturas químicas. Dentre os biomas brasileiros, a Caatinga, vegetação predominante da região Nordeste, oferece patrimônio biológico que não pode ser encontrado em nenhum outro local do planeta. É neste ambiente xérico que se encontra a Erythroxylum pungens O.E Shulz, espécie arbórea-arbustiva com grande potencialidade em alcaloides bioativos pouco explorados. O objetivo deste trabalho foi a bioprospecção de alcaloides tropânicos de Erythroxylum pungens O. E. Shulz, coletadas em ambiente natural, a avaliação do efeito do estresse hídrico em plantas jovens e avaliação do potencial bioativo in vivo em organismo modelo Danio rerio (zebrafish), bem como, análise in silico do alcaloide tropânico majoritário. No Capítulo 1, realizou-se o experimento de estresse hídrico por meio da suspensão de rega em espécimes de E. pungens até 20 dias. Concluímos que E. Pungens consegue armazenar altos índices de prolina, aminoácido osmoregulador e protetor, o qual foi mensurado por espectofotômetro a 520 nm. Também, por análises por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM), foi possível observar que a produção diferenciada de alcaloides tropânicos está relacionada mais com a fase de desenvolvimento do que com a condição de estresse hídrico o qual a planta foi submetida. No capítulo 2, por meio de análises espectroscópicas realizadas por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM), foram identificados 12 alcaloides tropânicos neste estudo, sendo três destes inéditos para a espécie. O alcaloide majoritário do caule foi isolado e realizada a atividade biológica com ele. Realizou-se o ensaio de toxicidade, para as larvas, a dose letal foi de LC50 = 18,4 ± 1,7 µM/L. Entretanto, não houve toxicidade em experimento com até 116,7 µM/L.com peixes adultos. No ensaio comportamental de campo aberto com zebrafish adultos para avaliar a atividade bioativa do alcaloide tropânico majoritário dos caules, o 3-(2-metilbutiriloxi)tropan-6,7-diol mostrou ação psicoestimulatória a 116,7 µM/L. No teste in silico, os alvos envolvidos nas vias antidepressivas foram identificados atracando com o alcaloide. 3-(2-metilbutiriloxi)tropan-6,7-diol parece estar envolvido em alterações comportamentais do zebrafish e merece investigação futura como uma possível nova molécula no tratamento de sintomas depressivos, ou possível efeito alucinógeno.TCC Influência da sazonalidade no teor de fenólicos e no perfil cromatográfico do extrato hidroetanólico das cascas de Commiphora leptophloeos (imburana)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-18) Souza, Débora Karoline Nascimento; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Lacerda, Cintia Gabriela de Souza; http://lattes.cnpq.br/3179409838577058; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; http://lattes.cnpq.br/5575997557217170; Giordani, Raquel Brandt; http://lattes.cnpq.br/5032750980466610; Moreira, Letícia Gondim Lambert; http://lattes.cnpq.br/3046831133212359A espécie Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett, conhecida popularmente como imburana ou umburana-do-cambão, é nativa do Brasil, não endêmica, e atualmente está presente em quase todas as regiões brasileiras com exceção da região Sul. A espécie é comumente encontrada no bioma Caatinga. A planta é utilizada na marcenaria, construção civil, aplicação em sistemas agrícolas, manutenção da biodiversidade e na medicina popular na forma de infusos e decoctos para o tratamento de doenças estomacais, tosse, bronquite, enjoos, problemas relacionados ao trato urinário e diabetes. Estudos farmacológicos in vivo com a espécie evidenciaram o seu potencial no tratamento de doenças inflamatórias e candidíase resistente ao fluconazol. Em relação à composição química, é relatada principalmente a presença de flavonoides glicosilados nas folhas e de taninos condensados do tipo procianidinas na casca. No entanto, não há estudos que avaliem o impacto do efeito sazonal na produção dos metabólitos secundários da espécie. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a influência da sazonalidade no teor total de fenólicos e no perfil cromatográfico do extrato da casca do caule de Commiphora leptophloeos. O estudo foi realizado por meio de coleta mensal da matéria-prima vegetal, no período de agosto de 2023 a março de 2024. Para isso, foram preparados três extratos independentes de cada coleta. Sequencialmente, foi realizado o doseamento dos compostos fenólicos, além da avaliação do perfil fitoquímico por meio da Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada ao Detector de Arranjo de Diodo (CLUE –DAD). O doseamento dos compostos fenólicos foi analisado por meio de testes estatísticos ANOVA e, como post hoc, o teste de turkey utilizando o programa GraphPad Prism version 6.0. Como resultado, para o doseamento dos compostos fenólicos, embora tenha sido observado um menor teor desses metabólitos no mês de novembro, e um maior teor entre os meses de fevereiro e março, não houve diferença significativa entre ambas as amostras. Em relação ao perfil fitoquímico, também não foi detectada alteração qualitativa no fingerprint tanto na CCD, quando na CLUE – DAD durante os meses de coleta. Neste estudo preliminar foi observado que os períodos de seca e chuva, característicos do bioma caatinga não influenciaram de forma significativa o teor de fenólicos total das cascas do caule e não interferiram de forma qualitativa no perfil cromatográfico da espécie.