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Navegando por Autor "Moreira, Victor de Paiva"

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    Dissertação
    Frugivoria em Myrteae (Myrtaceae) nas Américas
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-31) Moreira, Victor de Paiva; Staggemeier, Vanessa Graziele; https://orcid.org/0000-0003-4911-9574; http://lattes.cnpq.br/4357034543526737; https://orcid.org/0000-0002-9837-8380; http://lattes.cnpq.br/4501919971368014; Pinto, Miriam Plaza; Gressler, Eliana
    Myrtaceae é uma das famílias mais ricas em espécies dentre as Angiospermas e desempenha um papel crucial na ecologia da região tropical, especialmente nas Américas, onde está representada pela tribo Myrteae. Este grupo possui ampla diversidade de frutos carnosos que são utilizados como recurso pela fauna, contando com o papel dos frugívoros para dispersão de suas sementes. Essa interação planta-animal afeta o sucesso evolutivo de ambas as linhagens e espera-se que a seleção de frutos pelos frugívoros explique a elevada diversidade de espécies desta tribo. Com base nisso, dividimos essa dissertação em dois capítulos. O primeiro capítulo objetivou revisar o consumo de frutos de Myrteae neotropicais por animais a partir de uma busca sistemática na literatura por meio das bases de dados Web of Science, Scopus e SciELO e em referências adicionais citadas nestes estudos. Encontramos 324 fontes de informações. As pesquisas foram desenvolvidas do México ao sul do continente americano, abrangendo 18 países, com uma elevada concentração de estudos no Brasil (188 estudos de 324 encontrados; 58%). Registramos ao todo 1858 interações de frugivoria, envolvendo 200 espécies da tribo Myrteae e 292 espécies de frugívoros (152 espécies de aves, 106 de mamíferos, 17 de peixes, 8 de formigas, 8 de répteis e 1 de crustáceo). Deste total, 722 interações foram registros únicos entre espécies identificadas (i.e. descartando registros duplicados encontrados em diferentes estudos e registros em que uma das espécies envolvidas ou ambas estavam indeterminadas em nível específico). Cerca de 40% dos estudos registraram interações envolvendo espécies de Myrteae com algum nível de incerteza taxonômica (espécie ou gênero). As interações ocorreram com pelo menos 19 gêneros de Myrteae, sendo que dentre as interações em espécies identificadas, Eugenia foi o mais estudado aparecendo em 165 estudos (51% do total). Esse gênero também teve mais espécies estudadas, pelo menos 65, e mais interações registradas (541 no total, sendo 371 com espécies identificadas de animais). No segundo capítulo, filtramos o banco de dados inicial para as interações em que a taxonomia da planta e do animal eram conhecidas até o nível específico e apenas para vertebrados (já que interações com formigas e crustáceos são exceções nos padrões de dispersão de Myrteae), para então caracterizar as associações entre os caracteres dos frutos e sementes e seus frugívoros testando a hipótese da síndrome de dispersão de sementes e seu impacto na especiação de Myrteae. A partir de 225 estudos, encontramos 1019 interações (sendo 697 únicas) entre 254 espécies de vertebrados e 163 espécies de Myrteae. Primatas consumiram 79 espécies de Myrteae (127 interações únicas) e as aves 42 espécies (221 interações únicas), enquanto outros vertebrados foram menos importantes na dispersão do grupo. A grande maioria das espécies de Myrteae apresentou frutos pretos, pequenos e com uma única semente que foram dispersos por todos os grupos visitantes, mas em especial pelas aves. O segundo grupo de frutos mais importante inclui os amarelos e grandes com muitas sementes, característicos dos gêneros Psidium e Campomanesia, os quais foram mais visitados por primatas. Outras síndromes de dispersão não foram claras, havendo grande sobreposição nas características de frutos e sementes que são consumidas por aves e mamíferos. Mesmo quando subdividimos os mamíferos de acordo com suas ordens, as síndromes de dispersão não foram evidenciadas em Myrteae. Além disso, encontramos uma tendência de amostragem nos estudos de frugivoria com elevada concentração de dados para a região do domínio do Paraná e, por esta razão, para remover um possível efeito biogeográfico, as métricas de redes foram calculadas apenas para este domínio (105 espécies de Myrteae, 139 espécies de animais, 568 interações, 422 interações únicas). A rede apresentou modularidade, mas sem um padrão evidente associado às características funcionais dos frutos ou aos animais que os consomem. Poucos módulos apresentaram características notáveis, como ausência de frutos pequenos no módulo 1, exclusividade de mamíferos no 5 e predomínio de aves e frutos pequenos no 8 e 9, provavelmente por um efeito de muitas interações com baixa frequência obscurecerem a identificação de padrões mais gerais. Muitas interações importantes ocorreram com primatas, alguns deles se comportando como espécies conectoras e centros de módulos, incluindo espécies ameaçadas de extinção como Brachyteles arachnoides, Leontopithecus caissara e L. chrysopygus, reforçando a importância na manutenção da regeneração natural das florestas dessa província. Num cenário de elevadas ameaças, tais espécies seriam as primeiras a desaparecer, afetando a conservação desses ambientes. Encontramos ainda uma tendência, embora não significativa, de que linhagens produtoras de frutos grandes e amarelos tenham taxas de especiação mais baixas. Enquanto linhagens produtoras de frutos pequenos e pretos, as quais são consumidas por todos os grupos de frugívoros, possuem taxas de especiação mais variadas, mas são as únicas com taxas de especiação mais altas dentro da tribo Myrteae. O banco de dados desta dissertação oferece avanço para o conhecimento das interações de frugivoria em Myrteae nas Américas e identifica lacunas de conhecimento, sugerindo direções para futuros estudos. Além disso, a análise da rede de interação sob uma perspectiva macroevolutiva trouxe pistas sobre o entendimento de como a escolha de frutos pelos frugívoros pode ter moldado a evolução e os padrões de diversificação em plantas.
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