Navegando por Autor "Muniz, Marina Paes Maurício"
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Dissertação Crítica do trabalho no capitalismo: trabalho alienado, fetichismo da mercadoria e teoria do valor em Karl Marx(2019-08-19) Muniz, Marina Paes Maurício; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; ; ; Silveira, Maracajaro Mansor; ; Araújo, Paulo Henrique Furtado;O objetivo deste trabalho é defender que a superação do capitalismo implica emancipar os sujeitos de trabalhar nos termos da produção de mercadorias. As relações de produção capitalistas são aqui apreendidas como relações alienadas. Inicialmente, a partir dos Manuscritos econômico-filosóficos, tratar-se-á da relação estabelecida por Marx entre trabalho alienado e propriedade privada, destacando tal obra enquanto o primeiro esforço feito por Marx na direção de seus estudos sistemáticos sobre as relações capitalistas de produção. Em seguida, vemos que em O capital Marx avança ao desvelar o duplo caráter do trabalho representado nas mercadorias e, consequentemente, o tipo de dominação que a lógica própria do valor nos subsume. Conforme demonstra Lukács em sua Ontologia, destaca-se que o trabalho é categoria fundante, gênese ontológica do ser social posto que se trata de uma ação teleológica dos sujeitos em seu metabolismo com a natureza. Ao mesmo tempo, como demonstrado em O Capital, o trabalho é o único tipo de atividade capaz de produzir valor, forma social tomada pela riqueza no capitalismo. A contribuição de Postone é utilizada para reafirmar que a lógica do capital consiste num movimento ensandecido de auto expansão do valor – portanto, do trabalho -, deixando claro que não é possível superar o capitalismo sem abolir o valor, ou o trabalho, enquanto mediador social. Assim, será possível defender que o caminho para realizar a liberdade humana requer a superação de duas coisas, que na verdade representam uma só: a ruptura com a lógica do valor e, consequentemente, com o tipo de trabalho que o produz.Tese Teoria do valor e alienação em Marx: uma crítica (nada tradicional) da dominação social no capitalismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Muniz, Marina Paes Maurício; Menezes, Antônio Basílio Novaes Thomaz de; Braga, Henrique Pereira; http://lattes.cnpq.br/5195640047312319; http://lattes.cnpq.br/6870318551925967; Siqueira, Álvaro Martins; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; Fontes, Márcia dos Santos; Araújo, Paulo Henrique FurtadoO fio condutor desta tese é a íntima relação entre a categoria da alienação (Entfremdung) e a teoria do valor de Karl Marx, que aparece pela primeira vez, ainda de forma incompleta, nos Grundrisse. Para defender a existência dessa relação intrínseca e suas consequências, consideramos desde o começo das investigações de Marx acerca das relações de produção burguesas, com os Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, até a formulação mais desenvolvida, em O Capital (1867), assim como as contribuições de outros autores qualificados. No primeiro capítulo, analisamos os Manuscritos Econômico-Filosóficos à luz da teoria do valor desenvolvida em O Capital, articulando a noção de ser genérico presente nessa obra com as ideias presentes na Ontologia do Ser Social de Gyorgy Lukács. No segundo capítulo, evidenciamos a clareza de Marx, nos Grundrisse, de que a especificidade do capitalismo está em seu processo de produção, centrando a crítica no valor como forma de riqueza historicamente específica e, consequentemente, no tipo de trabalho que o cria. Para mostrar que o enfoque na dominação abstrata não entra em contradição com o fato de que o capitalismo emerge e se expande às custas de determinados povos e vidas, tratamos das pré-condições históricas para o estabelecimento dessa lógica, aliando crítica do valor e crítica do patriarcado através das contribuições de Silvia Federici e Roswitha Scholz. O terceiro capítulo explicita a conexão entre alienação e teoria do valor, utilizando O Capital de Marx e a reinterpretação de Moishe Postone, trazendo para o centro as categorias fundamentais para a apreensão de nossa lógica de produção: mercadoria, valor, trabalho abstrato e capital. Concluímos a tese defendendo que a dinâmica alienada do capital efetiva uma temporalidade específica, constituindo uma forma particular de dominação social que é impessoal e abstrata, decorrente da própria dinâmica alienada do sistema capitalista.