Navegando por Autor "Nóbrega, Antonio José Sarmento da"
Agora exibindo 1 - 8 de 8
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica(2016-02-16) Nóbrega, Antonio José Sarmento da; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; ; ; http://lattes.cnpq.br/2911134983219799; ; http://lattes.cnpq.br/5986468588038833; Gualdi, Lucien Peroni; ; http://lattes.cnpq.br/3486514016305167; Britto, Raquel Rodrigues;INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por fraqueza muscular progressiva da musculatura periférica e respiratória. O acometimento muscular respiratório gera fraqueza, reduzindo a expansibilidade pulmonar e diminuindo a capacidade de produzir tosse, favorecendo aumento da morbidade e mortalidade associadas a infecções respiratórias agudas. A técnica de Air Stacking (AS) favorece a insuflação pulmonar que pode resultar na expansão do pulmão, otimização da pressão de retração pulmonar, aumento do pico de fluxo de tosse (PFT) e eliminação de secreção. OBJETIVOS: Os objetivos foram divididos entre dois estudos: Estudo 1) Realizar um protocolo prévio para análise e descrição das variações no PFT, distribuição dos volumes na parede torácica (PT) e seus compartimentos (Caixa torácica pulmonar - CTp, Caixa torácica abdominal - CTa e abdômen - AB), padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios antes e após a técnica de AS em sujeitos jovens saudáveis adotando a postura de 45o de inclinação de tronco; Estudo 2) Avaliar e comparar os efeitos agudos da aplicação da técnica de AS nas variações do PFT e volumes da PT em sujeitos com ELA versus saudáveis pareados e observar a segurança da utilização da técnica, por meio da Pletismografia Optoeletrônica (POE) utilizando a postura de 45o de inclinação de tronco. METODOLOGIA: Para estudo 1 foram avaliados indivíduos saudáveis alocados em um único grupo. Para o estudo 2, sujeitos com ELA foram alocados no grupo experimental (GE) e sujeitos saudáveis pareados quanto a idade, gênero e índice de massa corpórea foram alocados no grupo controle (GC). Em ambos estudos, os sujeitos foram avaliados quando a função pulmonar, força muscular respiratória, PFT, volumes da PT, padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios e distribuição em seus compartimentos antes (PreAS) durante (AS) e após (PósAS) a técnica de AS. RESULTADOS: No estudo 1 foram avaliados 20 sujeitos saudáveis e observados aumentos (média ± desvio padrão) significantes no PFT (1,76 ± 0,08 L/s, p < 0,05), nos momentos AS e PósAS comparado com PreAS; Capacidade inspiratória (CI) (~600 ± 0,15 ml), sendo maior entre os momentos CIM e CIpre; Variação de volume da PT e volume inspiratório final (ΔVif) (p < 0,0001), sendo maiores nos compartimentos da CTp e CTa; Volume minuto (VE) (p < 0,0001) e índice de velocidade dos músculos inspiratórios (p < 0,0001), expiratórios (p < 0,0001) e diafragma (p < 0,0005). No Estudo 2 foram avaliados 18 sujeitos (9 com ELA). Na análise intragrupo foram observados aumentos significativos (p < 0.0005) no PFT (4,4 ± 2,2L vs 7 ± 4,1L/s; 7,6 ± 3,1L vs 11,6 ± 4,5L/s) e CI (1,7 ± 0,4L vs 2,2 ± 0,6L; 3,1 ± 0,6L vs 3,6 ± 0,9L) entre os momentos AS e PreAS dos grupos GE e GC, respectivamente. Análise intergrupo mostrou que este aumento do PFT e da CI (59% e 29,4%, respectivamente) foi significantemente maior (p < 0,0001) no GE. A contribuição em volume dos compartimentos da PT para a CI ocorreu de formas diferentes em ambos os grupos. Durante a realização da técnica, foi observado que o compartimento AB obteve uma maior contribuição (0,69 ± 0,2 vs 0,92 ± 0,4L) para o aumento da CI no GE (p < 0,005); diferentemente do GC, onde a maior contribuição (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,5L) foi observada no compartimento CT (p = 0.004). Com relação a capacidade vital, somente o GE obteve aumentos após a realização da técnica (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,7, p < 0,05). CONCLUSÃO: Nos presentes estudos a técnica de AS mostrou ser segura e eficaz no aumento do PFT e volumes pulmonares. Nos sujeitos saudáveis a técnica talvez atue aumentando a complacência pulmonar, diferentemente dos sujeitos com ELA que provavelmente atue no recrutamento alveolar ventilando as áreas pulmonares mais distais, antes hipoventiladas.Tese Comparação do desempenho cardiopulmonar, metabólico, da cinética de oxigênio e da ventilação de mulheres obesas durante testes de esforço cardiopulmonar em esteira e bicicleta ergométrica(2018-04-26) Cruz, Nicole Soares Oliver; Bruno, Selma Sousa; ; ; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; ; Souza, Gerson Fonseca de; ; Campos, Shirley Lima; ; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti;Introdução: Testes de esforço cardiopulmonar máximo (TECP) realizados em bicicleta ou esteira ergométrica medem de forma objetiva a capacidade funcional e quantificam a limitação ao exercício. Nestes testes, a análise do consumo de oxigênio no pico da atividade (VO2PICO) e do limiar ventilatório (LV), são medidas úteis para avaliar o desempenho cardiorrespiratório em diversas populações. Diversos protocolos de exercício utilizando bicicleta ou esteira ergométrica são usados para avaliação do desempenho, entretanto, para indivíduos obesos, não se sabe qual dos ergômetros promove maior desgaste físico, qual melhor avalia a performance física destes sujeitos e ainda possui maior aceitabilidade por esses indivíduos. Além disso, para esta população, pouco ainda é conhecido sobre o comportamento da cinética de oxigênio e da ventilação, ou seja, sua taxa de incremento (ͲVO2 e ͲVE) e o entendimento dos sistemas de energia durante o esforço utilizando diferentes tipos de exercício (caminhada x ciclismo). Objetivos: comparar o desempenho cardiorrespiratório, metabólico, a cinética de oxigênio e da ventilação de mulheres obesas durante testes de esforço cardiopulmonar utilizando esteira convencional e bicicleta ergométrica por meio de protocolos incrementais de rampa e de testes de carga constante em duas diferentes intensidades de exercício. Materiais e Método: A amostra foi composta por 40 obesas voluntárias, baseado em cálculo amostral, randomizadas em dois grupos de 20 obesas cada que realizaram TECP em esteira ou bicicleta. Foi realizada avaliação clínica, antropométrica e de adiposidade (Peso, Altura, IMC-índice de massa corporal, IAC-índice de adiposidade corporal, RCQ-relação cintura-quadril, CQ-circunferência quadril, CC-circunferência cintura, CP-circunferência pescoço) e espirométrica (CVFcapacidade vital forçada, VEF1-volume expiratório forçado no 1° segundo, PFE-pico de fluxo expiratório, VVM-ventilação voluntária máxima). Em ambos os testes foram tomadas as medidas ventilatórias (VE-ventilação por minuto, VE/VO2-equivalente ventilatório de oxigênio, VE/VCO2-equivalente ventilatório de dióxido de carbono, RER-razão de troca gasosa) e metabólicas (VO2-consumo de oxigênio, VCO2-produção de dióxido de carbono) dos gases expirados (breath-by-breath) com sistema de análise de gases respiratórios (CortexBiophysik-Metamax3B), além das variáveis de percepção de esforço (fadiga e dispneia – Borg6- 20), de FCmax (Frequência cardíaca máxima) e pressões arterial sistólica e diastólica. Prosseguindo com o protocolo de avaliação, em um segundo momento, 30 obesas realizaram dois testes de carga constante com intensidades distintas (25%< LV e 25% > LV), com descanso de 30 minutos entre os testes, para avaliação da cinética de oxigênio e da ventilação. Nestes, foram tomadas as medidas da cinética como o tempo de atraso(TA), taxa de incremento (Ͳ) do VO2 e VE e amplitude (A). Foi utilizado o software Sigma Plot 11.0 para análise da cinética e o software Statistic 10.0 para a análise estatística dos demais desfechos, sendo atribuído um nível de significância de 5% para testar as hipóteses. Resultados: a amostra estudada apresentou alto grau de obesidade (IMC= 43,5±6,6kg/m², porém sem distúrbios ventilatórios presentes. Ambos os grupos apresentaram homogeneidade com relação as suas características antropométricas e ventilatórias. Durante TECP incremental, foram as obesas do grupo esteira (GE) que possuíam maior resposta cardiopulmonar e metabólica vista pelo VO2pico (18,1±3,3ml/kg/min x 12,2±2,1 ml/kg/min) e VEpico (62,9±13,5L x 42,1±8,3L) com p<0,05. Entretanto, foi este mesmo grupo que interrompeu o TECP mais precocemente (153,4s), e com uma menor reserva ventilatória (42,3±19,4L x 58,7±27,1L) quando comparado ao grupo bicicleta (GB). Correlações existentes entre as medidas antropométricas com as variáveis de desempenho entre os grupos, observou que apenas o GE teve o desempenho final do teste influenciado pelas medidas antropométricas como peso (r=-0,56, p=0,01) e IMC (r=-0,55, p=0,02). Analisando a cinética de oxigênio e da ventilação, em teste infra limiar, foi encontrada diferença (p<0.05) para o VO2 estado estável(VO2SS), onde o GE apresentou aumento do VO2SS em relação ao GB (GE=1.144L/min, GB=0.905L/min; p<0.05). Já no teste supra LV, observamos um maior componente lento da VE (CLVE) para as obesas do GE (GE=10.0L.min1 , GB=5,2L.min-1 ; p=0.02). Conclusão: em TECP ficou evidente em nossa amostra que a obesidade parece influenciar mais negativamente o teste realizado em esteira, fazendo com que as obesas interrompam este teste mais precocemente, necessitando de um maior consumo de oxigênio e resposta ventilatória para finalizar o exercício. Para a cinética de oxigênio e da ventilação, aparentemente o tipo de exercício realizado não influenciou a resposta da curva de VO2 e VE quando o exercício foi realizado infra LV. Entretanto, para o teste supra LV, um adicional componente ventilatório (CLVE) foi necessário para que as obesas conseguissem finalizar a atividade, sugerindo que esta atividade torna-se mais difícil para esta população.Tese Desenvolvimento de equipamento de avaliação de parâmetros articulares em indivíduos com insuficiência venosa crônica(2018-11-23) Volpe, Esther Fernandes Tinôco; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; ; ; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; ; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; ; Nascimento, George Carlos do; ; Ferezini, Joceline Cassia;Introdução: A avaliação do movimento humano constitui um importante parâmetro para tomada de decisão terapêutica e referência de evolução após programas de reabilitação. Muitos equipamentos vêm sendo desenvolvidos, mas poucos deles apresentam precisão de medidas satisfatórias associadas a facilidade de transporte, manuseio e monitoramento remoto. Diversas doenças crônicas se caracterizam pelo comprometimento do movimento articular. Dentre elas, a insuficiência venosa crônica (IVC) apresenta mudanças fisiopatológicas nos músculos dos membros inferiores, com ênfase nos músculos do tríceps sural e consequente diminuição no movimento da articulação talo crural. O desenvolvimento de instrumentos de avaliação do movimento humano e programas de exercícios voltados para sua recuperação podem auxiliar os profissionais de saúde e beneficiar os pacientes com insuficiência venosa crônica na diminuição das queixas funcionais e melhora na qualidade de vida. Objetivos: 1) Desenvolver e realizar pedido de patente de um dispositivo para mensuração digital, equipamento terapêutico e monitoramento remoto de parâmetros articulares da articulação talocrural e 2) Identificar e comparar as diferenças funcionais entre as classificações inicias da IVC CEAP 2 e CEAP 3 e comparar a amplitude articular de movimento (AAM) em repouso, a atividade mioelétrica e o comportamento hemodinâmico durante os testes de esforço físico de acordo com a classificação; 3) Avaliar os efeitos de um programa de exercícios supervisionados de fortalecimento dos músculos tríceps sural no desempenho físico, AAM e atividade mioelétrica dos músculos dos membros inferiores, hemodinâmica cardiovascular e qualidade de vida relacionada à saúde em indivíduos com IVC. Metodologia: O estudo foi composto por três tipos de modalidades de pesquisa integradas: 1) Desenvolvimento tecnológico e depósito de patente de um dispositivo para avaliação de parâmetros articulares; 2) Estudo observacional de caráter transversal 3) ensaio clínico aleatório controlado com avaliador cegado. Resultados: 1) criação de um dispositivo de avaliação do movimento humano aplicada à área da saúde, denominado: “Dispositivo Medidor Digital, Equipamento Terapêutico e Monitoramento Remoto de Parâmetros Articulares” com depósito da patente no INPI (BR 10 2018 016524 0); 2) Elaboração de um protocolo de exercícios de fortalecimento dos músculos do tríceps sural, direcionado à indivíduos com IVC; 3) Estudo transversal que apontou uma diferença significativa entre os grupos CEAP 2 e 3. Onde os pacientes com CEAP 3 apresentaram maior IMC (p < 0,0001) e menor AAM de flexão plantar direita e esquerda (p = 0,01 e p = 0,009 respectivamente). A análise de variância apontou uma interferência na intensidade da doença em relação a atividade mioelétrica durante o teste da ponta do pé nos quatro grupos musculares avaliados: tibial anterior direito e esquerdo (p = 0,01 e 0,0007) e gastrocnêmio medial direito e esquerdo (0,007 e 0,03). Adicionalmente, houve uma correlação entre o desempenho do teste da ponta do pé e a AAM de flexão plantar direita e esquerda (r= 0,56; p< 0,0001 e r= 0,38; p= 0,02), o IMC (r = - 0,49; p = 0,002), a atividade mioelétrica dos músculos gastrocnêmio medial direito nos momentos 25%(r = -0,42; p = 0,01), 50% (r = -0,39; p = 0,02), 75% (r= -0,41; p = 0,01) e 100% (r= -0,42; p= 0,01) e gastrocnêmio medial esquerdo nos momentos 50% (r = -0,37; p= 0,02), 75% (r= -0,52; p=0,001) e 100% (r= - 0,46; p= 0,006). 3) Ensaio clínico randomizado. Os pacientes do GI apresentaram melhora no desempenho funcional (p< 0,0001) assim como os do GC (p=0,02). Houve uma diminuição da atividade mioelétrica no músculo gastrocnêmio durante a realização do teste da ponta do pé (p = 0,01) nos momentos 25% e 50% nos pacientes do GI, bem como, diminuição da dispneia após realização do teste da ponta do pé (p= 0,04). A qualidade de vida foi impactada positivamente nos domínios: V3 (p =0,01), V5 (p =0,03), V7 (p =0,04) e V8 (p =0,04) nos pacientes do GI. Conclusão: O presente estudo proporcionou a criação de um protótipo, portátil e preciso, para avaliação angular, treinamento terapêutico e monitoramento remoto a ser utilizado em pacientes com IVC. Os resultados do estudo transversal apontaram importantes diferenças antropométricas e clínicas no desempenho de testes de exercícios em pacientes com IVC mesmo em fases iniciais da doença e o ensaio clínico aleatório demonstrou uma melhora no desempenho físico, atividade mioelétrica dos membros inferiores e qualidade de vida, nos indivíduos tratados.Tese Efeitos do treinamento muscular respiratório com diferentes modalidades em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva (DPOC) - ensaio clínico aleatório controlado(2018-08-31) Farias, Catharinne Angélica Carvalho de; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; ; ; ; Souza, Gerson Fonseca de; ; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; ; Campos, Shirley Lima;Introdução: O Treinamento Muscular Respiratório (TMR) em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ainda não apresenta consenso sobre os efeitos que poderiam adicionar à Reabilitação Pulmonar (RP). Objetivo: Diante disso, nosso objetivo foi propor um protocolo de RP associado à diferentes modalidades de TMR e avaliar seus efeitos adicionais nos desfechos primários da capacidade de exercício e dispneia em indivíduos com DPOC. Métodos: Tratou-se de um ensaio clínico aleatório controlado cego, composto por pacientes com diagnóstico de DPOC, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: Reabilitação Pulmonar (RP), RP associado ao treinamento muscular inspiratório com carga de resistência ao fluxo cônico (RP+ TMRRFC) e RP associado ao TMR modalidade de endurance por hiperpneia normocapnica (RP+ TMRHN). O protocolo teve duração de 10 semanas, com frequência de 3 dias semanais supervisionados e dois dias sem supervisão, composto de educação em saúde, técnicas de conservação de energia, treinamento aeróbico individualizado em esteira com carga de 70% da velocidade máxima alcançada no teste incremental e fortalecimento muscular periférico para todos os grupos. O grupo RP+TMRRFC realizou treinamento com carga inicial de 35% da pressão inspiratória máxima (PImáx) obtida na avaliação inicial com progressões de 5% a cada semana, até um limite de 80% da PImáx, reavaliada e ajustada semanalmente. O grupo RP+TMRHN realizou treinamento com uma bolsa de reinalação equivalente a 50% da capacidade vital, uma frequência respiratória de 35 vezes o valor do volume expiratório forçado no primeiro segundo, com incrementos de 2 a 3 minutos por semana, até atingir, o tempo máximo de 20 minutos. Foram avaliadas as características antropométricas, função pulmonar, força e resistência muscular respiratória (PImáx, SPImáx, SNIP, PEmáx e VVM), capacidade de exercício (6MWT e ISWT), volumes da parede torácica no teste de endurance, força muscular periférica, sensação de dispneia e fadiga (BORG0-10), estado de saúde (CAT), risco de exacerbação e de mortalidade dos sujeitos (BODE), antes e após o período de intervenção. A análise estatística foi realizada pelo teste de Shapiro-Wilk, Anova One-way, Chi quadrado e Anova Two-way com Pos hoc de Bonferroni, de acordo com a distribuição dos dados. Foi considerado um p < 0,05 e utilizado o software GraphPad Prism, 6.0 . Resultados: Foram avaliados 34 sujeitos e treinados 33 pacientes, sendo 17 (51,5%) do gênero feminino, 66,2(±4,9) anos e IMC 28,0(±4,3) kg/m2 . Nos desfechos primários, encontramos após as 10 semanas, aumento na capacidade do exercício nos grupos RP+TMRRFC e RP+TMRHN (p˂0,0001), sendo que, na análise intergrupos, o grupo RP+TMRHN foi superior no ISWT ao grupo RP (Pos hoc de p<0,005). Encontramos ainda, redução nas sensações de dispneia e fadiga após o 6MWT e ISWT, nos três grupos (p<0,001), sem diferença entre eles. Além disso, houve aumento na PImax em todos os grupos (p<0,0001), na SPImáx apenas no grupo RP+TMRRFC (p<0,0001) e melhora na SNIP nos grupos que realizaram RP + TRM, com p<0,0001. No grupo RP+TMRHN observamos melhora na PEmáx (p<0,0001) com Pos hoc de 0,004 em relação ao grupo RP, e na força de preensão manual (p˂0,0001). Verificou-se ainda que nos três grupos, houve redução do risco de mortalidade (p˂0,0001), com melhora no estado de saúde no RP+ TMRRFC (p<0,001). O grupo RP+ TMRRFC apresentou uma redução no risco de exacerbação (p=0,0006) e uma melhora no CAT (p=0,0001). Conclusões: A associação do TMR aos programas de RP proporcionou ganhos adicionais sobre a capacidade de exercício, o estado de saúde, a força muscular respiratória e periférica, além dos benefícios encontrados em todos os grupos com redução do risco de exacerbação, mortalidade, dispneia e fadiga. Apesar de não conseguirmos diferenciar qual modalidade de TMR foi superior, acreditamos que a RP deve ser enfatizada e o TMR adicionado à RP em programas futuros para essa população.Tese Estudo dos volumes da parede torácica na doença respiratória restritiva e análise de instrumentos para reexpansão pulmonar em sujeitos saudáveis(2018-07-27) Florêncio, Rêncio Bento; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; ; ; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; ; Souza, Gerson Fonseca de; ; Ferezini, Joceline Cassia; ; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti;Introdução: O sistema respiratório é composto por várias estruturas do ponto de vista morfofuncional, porém a parede torácica e os pulmões exercem grande influência sob o processo de ventilação pulmonar. Adicionalmente, tal processo depende do controle neurológico pelo sistema nervoso central (SNC), responsável pelo controle e geração do ritmo respiratório graças a diversos grupos neuronais. Após a geração do ritmo respiratório a ventilação pulmonar é iniciada pela contração ativa dos músculos inspiratórios, capaz de gerar uma diferença de pressão entre o meio externo e interno da caixa torácica (CT). Quaisquer que sejam as situações que limitem a mobilidade da CT ou que afetem diretamente os músculos respiratórios, pode comprometer a eficiência do padrão ventilatório e dos volumes pulmonares, como é o caso de algumas doenças neurológicas que evoluem com padrão ventilatório restritivo e dependem de terapias complementares para a reexpansão pulmonar. Objetivos: 1) Avaliar e comparar a cinemática da parede torácica e seus compartimentos durante respiração espontânea em sujeitos com doença restritiva versus indivíduos saudáveis; 2) Avaliar e comparar a cinemática da parede torácica de sujeitos saudáveis submetidos à utilização de três diferentes dispositivos para reexpansão pulmonar. Metodologia: 1) Setenta e seis indivíduos foram avaliados (29 saudáveis; 27 com doença de Parkinson – DP; e 20 após acidente vascular cerebral – AVC), por meio da função pulmonar (espirometria), força da musculatura respiratória (manovacuometria). Posteriormente, os sujeitos foram colocados em posição sentada para avaliação da variação dos volumes da parede torácica e seus compartimentos e assincronia toracoabdominal por meio da pletismografia optoeletrônica (POE) durante 3 minutos em respiração tranquila. Os sujeitos também foram separados em grupos de acordo com o tempo de diagnóstico para avaliação e comparação da variação dos volumes e assincronia. 2) Doze indivíduos saudáveis, de ambos os gêneros, com função pulmonar e força da musculatura respiratória normais, foram avaliados por meio da POE, para avaliação da variação dos volumes da parede torácica e seus compartimentos durante o uso de três diferentes recursos para promover reexpansão pulmonar: espirometria de incentivo orientada a volume (EI-v), pressão expiratória positiva (PEP) e a combinação das duas técnicas citadas anteriormente (EI-vp). As avaliações foram distribuídas em três dias distintos, sendo um dia para cada recurso e no primeiro dia já realizadas as provas de espirometria e manovacuometria. Os sujeitos foram randomizados (“randomization.com”) quanto a ordem de execução dos recursos e avaliação na POE, que ocorreu em 3 momentos consecutivos: 2 minutos de respiração tranquila (ou “quiet breathing – QB”), 2 minutos de protocolo do recurso randomizado e 2 minutos de respiração tranquila em recuperação (“recovery”). O alvo da respiração na EI-v foi definido como 80% da capacidade inspiratória previamente avaliada na espirometria. A respiração com o recurso PEP adotou um padrão ventilatório livre, porém foi estabelecida carga de 10 cmH2O para todos os sujeitos. Resultados: 1) O volume do compartimento caixa torácica pulmonar (VCTp) foi significativamente menor nos sujeitos com doença restritiva em comparação aos saudáveis (p<0,05). Sujeitos pós-AVC com movimento paradoxal apresentaram menores volumes para a parede torácica e seus compartimentos, quando comparados aos saudáveis (p < 0,05), enquanto que os indivíduos do grupo DP com movimento paradoxal apresentaram menores valores apenas para VCTp (p < 0,05); 2) Durante o uso da EI-vp foi observada uma maior variação de volume na parede torácica (VPT) e seus compartimentos quando comparada a EI-v (p<0,05) e apenas para VPT e caixa torácica pulmonar (VCTp) quando comparada a PEP (p<0,05). O dispositivo EI-vp foi capaz de gerar uma menor assincronia entre os compartimentos CTp versus abdome (AB) [p<0,05] e CTp versus caixa torácica abdominal (CTa) quando comparado ao EI-v (p<0,05). Conclusão: 1) Sujeitos pós-AVC e com doença de Parkinson apresentam prejuízo no padrão ventilatório, com redução dos volumes da parede torácica e presença de assincronia toracoabdominal, mesmo na ausência de prejuízo importante da função pulmonar. Ademais, metade dos indivíduos pós-AVC e com DP apresentaram movimento paradoxal. 2) A utilização combinada da EI-v com PEP foi capaz de aumentar os volumes da parede torácica e seus compartimentos, bem como melhorar o sincronismo entre os compartimentos, surgindo como uma ferramenta importante no tratamento de doentes com padrão ventilatório restritivo.Tese Métodos de normalização e análise da atividade elétrica dos músculos respiratórios em indivíduos com esclerose lateral amiotrófica e sujeitos saudáveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-16) Lima, Thiago Bezerra Wanderley e; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; http://lattes.cnpq.br/7633205019993454; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; Samora, Giane Amorim Ribeiro; Fonseca, Jessica Danielle Medeiros da; Gualdi, Lucien PeroniIntrodução: A eletromiografia de superfície (EMGs) é um dos métodos utilizados para avaliar a atividade elétrica muscular de um indivíduo, seja esta durante repouso, atividade funcional ou exercício. A EMGs pode ser utilizada na avaliação de músculos esqueléticos e respiratórios, em indivíduos em diferentes situações de saúde e doença, possibilitando, assim, uma análise entre diferentes dias, indivíduos e tarefas específicas. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva, que é caracterizada por fraqueza muscular generalizada. Uma das principais causa de morte nesses indivíduos é a fraqueza muscular respiratória, e consequentemente, a insuficiência respiratória. A EMGs se torna um importante recurso a ser utilizado no monitoramento dos músculos respiratórios em indivíduos com ELA, possibilitando entender os padrões de recrutamento muscular e as possíveis disfunções musculares presentes nesses sujeitos. O sinal eletromiográfico pode sofrer influência de fatores intrínsecos e extrínsecos. Diante disso, é importante buscar métodos que tenham como objetivo amenizar a interferência desses fatores, tornando o resultado encontrado o mais fidedigno possível. Uma das alternativas utilizadas para tal processo é a normalização. Ainda não há um consenso na literatura sobre a melhor forma de realizar a normalização do sinal eletromiográfico. Esta tese está dividida em dois capítulos que envolvem os resultados da pesquisa em dois artigos científicos. Os objetivos desta tese foram objetivo do artigo 1: comparar diferentes métodos de normalização do sinal da EMGs de músculos respiratórios em indivíduos com ELA e sujeitos saudáveis; objetivo do artigo 2: analisar a atividade elétrica e variáveis de contração e relaxamento dos músculos esternocleidomastóideo e escaleno durante a manobra de pressão inspiratória nasal (SNIP) em indivíduos com ELA e sujeitos saudáveis a partir da eletromiografia de superfície. Metodologia: 1) trata-se de um estudo transversal, com aprovação no comitê de ética Universitário sob parecer de número 3.127.064, em que participaram 67 sujeitos, sendo 50 do grupo saudáveis e 17 grupo ELA. A atividade elétrica dos músculos esternocleidomastoideo (ECOM), escaleno (ESC), diafragma (DIA), parasternal (PS), intercostal externo (IE), obliquo externo (OE) e reto abdominal (RA) foi analisada durante as manobras de pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão nasal inspiratória (SNIP), pressão expiratória máxima (PEmáx) e contração isométrica voluntária máxima do ECOM e ESC (CIVMECOM/ESC) e RA (CIVMRA). As comparações da EMGs foram realizadas levando em consideração a divisão das manobras e dos músculos em inspiratórios e expiratórios. 2) Adicionalmente, durante a manobra de SNIP, foi analisada a atividade elétrica dos músculos ECOM e ESC, bem como as variáveis de tempo de contração (TC), tempo de relaxamento (TR), tempo total (TT) e relação pressão/tempo a partir da EMGs em 24 sujeitos (12 grupo ELA e 12 saudáveis). Resultados: 1) No grupo de saudáveis, os músculos inspiratórios e expiratórios apresentaram uma maior atividade elétrica nas manobras de CIVMECOM/ESC e CIVMRA, respectivamente (p<0.05). Já no grupo ELA, essa atividade foi maior na manobra de SNIP apenas em comparação com a PImáx para os músculos inspiratórios, enquanto que nos músculos expiratórios foi maior na CIVMRA em comparação com a PEmáx (p<0.05). 2) Durante a manobra de SNIP foi observado diferença entre os grupos em relação a atividade elétrica (RMS) do ECOM e ESC, com os sujeitos saudáveis apresentando maiores valores de RMS (p<0.05). Além disso, os indivíduos com ELA apresentaram um maior TC, menor TR e uma diminuição da relação pressão/tempo no músculo ECOM. Conclusão: O método de normalização a partir da CIVM foi aquele em que os músculos respiratórios apresentaram maior atividade elétrica muscular, tanto para o conjunto de manobras consideradas inspiratórias quanto expiratórias em sujeitos saudáveis. Em indivíduos com ELA, a manobra de SNIP parece ser a mais indicada para normalização dos músculos inspiratórios e a CIVM para os músculos expiratórios. Foi observado também que em indivíduos com ELA houve um aumento do TC e diminuição do TR do músculo ECOM, mostrando que a avaliação da EMGs desse músculo pode auxiliar no monitoramento da progressão da doença.Tese Novas metodologias de avaliação e intervenção em pacientes com Esclerose lateral amiotrófica(2018-02-23) Nóbrega, Antonio José Sarmento da; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; ; ; Aliverti, Andrea; ; Dias, Fernando Augusto Lavezzo; ; Nascimento, George Carlos do; ; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas;Introdução: A avaliação e detecção precoce da fraqueza muscular respiratória resultante da esclerose lateral amiotrófica (ELA) têm ganhado mais interesse no campo da pesquisa nas últimas décadas. Com a progressão da doença, a diminuição da força muscular respiratória leva à redução do volume pulmonar e consequente insuficiência ventilatória, fazendo essencial o uso de técnicas de higiene brônquica e a detecção precoce de fraqueza muscular respiratória a fim de monitorar a progressão da doença e antecipar a introdução de intervenções. Objetivos: 1) Estimar a quantidade de compressão de gás (Vcomp) durante a aplicação da técnica de air stacking em sujeitos saudáveis e verificar se as medidas simultâneas de variação de volume da caixa torácica (ΔVCW) e as variações de volume pulmonar (ΔVao), combinado à variação de pressão das vias aéreas (ΔPao) durante a aplicação do air stacking, são capazes de fornecer dados confiáveis acerca dos volumes pulmonares absolutos; 2) Avaliar a assincronia toracoabdominal e a presença de movimento paradoxal em pacientes com ELA e suas relações com o VCW, padrão respiratório e pico de fluxo de tosse; 3) Analisar as taxas de relaxamento e as propriedades de contração dos músculos inspiratórios em pacientes com ELA e comparar com saudáveis pareados. Além disso, os pacientes com ELA foram divididos em três subgrupos a fim de determinar o melhor parâmetro relacionado a fraqueza muscular inspiratória. Materiais e Métodos: 1) Vinte sujeitos saudáveis foram estudados durante um protocolo que incluiu manobras de capacidade vital lenta e aplicação da técnica de air stacking. Vcomp foi calculado através da diferença entre a ΔVao (mensurado através do pneumotacógrafo) e ΔVCW (através da pletismografia optoeletrônica) durante air stacking e a capacidade pulmonar total foi estimada pela aplicação de Lei de Boyle-Mariote; 2) O ângulo de fase (θ) entre a caixa torácica pulmonar (CTp), caixa torácica abdominal (CTa) e o abdome (AB), bem como a porcentagem de tempo inspiratório (IP) em que a CTa e AB se movem em direções opostas, foram quantificados em 12 pacientes com ELA durante respiração espontânea e tosse, usando dados de 12 sujeitos saudáveis pareados como controle; 3) As taxas de relaxamento e as propriedades de contração dos músculos inspiratórios foram extraídas a partir da curva de pressão inspiratória nasal (SNIP), realizada de forma não invasiva em 39 pacientes com ELA e comparada com 39 sujeitos saudáveis pareados. Resultados: 1) Durante air stacking, 0,140±0,050 L de gás foi comprimido com uma ΔPao média de 21,78±6,18 cmH2O. Não foram encontradas diferenças significativas entre a capacidade pulmonar total estimada (−0,03±3,0% de diferença, p=0,6020), capacidade residual funcional estimada (−2,0±12,4% de diferença, p=0,5172), capacidade inspiratória mensurada (1,2±11,2% de diferença, p=0.7627) e valores preditos; 2) Durante a respiração espontânea, um maior θ da CTa e AB (p<0,05), IPRCa (p=0,001) e IPAB (p=0,02) foram encontrados nos pacientes com ELA assim como correlações entre o θ da CTp e AB com capacidade vital forçada (r= –0.773, p<0.01) e capacidade vital (r= –0.663, p<0.05), e entre o θ da CTa e CTp e o pico de fluxo de tosse (r= −0,601, p<0,05). Durante a tosse, correlações entre o θ do AB e CTp e pico de fluxo de tosse (r= −0,590, p<0,05), pico de fluxo expiratório (r= −0,727, p<0,01) e VCW (r= −0,608, p<0,05); assim como entre o θ do CTa e AB e o pico de fluxo de tosse (r= −0,590, p=0,01) e pico de fluxo expiratório (r= −0,713, p=0,01) foram observados. Além disso, uma menor capacidade vital forçada (p<0.05) e maior velocidade de encurtamento tos músculos inspiratórios (p<0.05) foram encontrados no pacientes com movimento paradoxal da caixa torácica; 3) Quando comparado com sujeitos saudáveis, pacientes com ELA exibiram uma menor (p<0,0001) taxa máxima de relaxamento (MRR) e taxa máxima de desenvolvimento de pressão (MRPD), assim como um maior (p<0,0001) tempo de contração, tau (τ) e metade da curva de relaxamento (½RT). Os resultados da curva ROC mostraram que a ½RT (AUC 0,720, p=0,01), capacidade vital forçada (AUC 0,700, p=0,03), τ (AUC 0,824, p<0,0001) e MRPD (AUC 0,721, p=0,01) foram os parâmetros mais sensitivos em detectar uma queda de 3 pontos no subescore respiratório do questionário de capacidade funcional da ELA. Adicionalmente, a MRPD (AUC 0,781, p<0,001), τ (AUC 0,794, p=0,0001) e o pico de pressão gerado durante o teste de SNIP (AUC 0,769, p=0,002) foram os parâmetros capazes de detectar uma queda de 30% da capacidade vital forçada nos pacientes estudados. Conclusões: Durante a aplicação da técnica de air stacking ocorre uma significante compressão de gás e os volumes pulmonares absolutos podem ser estimados através das mensurações simultâneas de ΔVCW, ΔVao e ΔPao. Além disso, a identificação da alteração de parâmetros, como assincronia toracoabdominal e presença de movimento paradoxal entre os compartimentos da parede torácica, τ, MRPD, e ½RT, representam um sinal precoce de fraqueza muscular inspiratória em sujeitos com ELA.Dissertação Teste de elevação do calcanhar bipodal cadenciado externamente: reprodutibilidade e valores de referência em adultos saudáveis(2018-12-10) Pondofe, Karen de Medeiros; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; Nóbrega, Antonio José Sarmento da; ; ; ; Florêncio, Rencio Bento; ; Ribeiro, Tatiana Souza;Introdução. O teste de elevação do calcanhar (TEC) favorece a compreensão das limitações musculotendíneas, das complicações vasculares periféricas e da resistência na contração muscular do tríceps sural. Entretanto, os protocolos descritos na literatura possuem grande variabilidade, divergindo quanto aos parâmetros de cadência e execução, além do déficit de valores de referência na população adulta, o que limita sua utilização e comparação na prática clínica. Dessa forma, a elaboração de um protocolo com cadência externa (TECCE) que intensifique a contração muscular pode ser um instrumento confiável para identificar as limitações funcionais. Objetivos. O presente estudo teve como objetivo principal elaborar um protocolo para aplicação do TECCE com apoio bipodal em adultos saudáveis e demonstrar os valores preditos por idade e sexo, além de avaliar sua confiabilidade intra-avaliador. Secundariamente, determinar os valores de referência do TECCE bipodal e propor equações de predição para essa população. Métodos. O estudo foi caracterizado como observacional e transversal, com adultos saudáveis de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos, com índice de massa corporal (IMC) < 30 Kg/m2 . Os participantes incluídos no estudo foram submetidos a um protocolo com cadência de 60 elevações/minuto, partindo de 10º de dorsoflexão sobre prancha antiderrapante, com avaliação subjetiva de percepção de dor e de esforço pela escala visual analógica (EVA) e Borg, respectivamente. Para a análise de reprodutibilidade do protocolo, utilizamos um intervalo de uma semana entre os testes. A análise das propriedades de medida do teste foi realizada com os dados coletados em um subgrupo da região metropolitana de Natal/RN e, para os valores de referência, a aplicação foi multicêntrica (Natal/RN, Curitiba/PR e Belo Horizonte/MG). Análise estatística. Utilizou-se os testes de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk para normalidade dos dados e o teste de Mann-Whitney e o teste de Kruskall-Wallis com post-hoc de Dunn para comparações entre as variáveis. Para análise de confiabilidade intra-avaliador, o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e Bland-Altman para concordância, além da correlação de Pearson entre os testes. Resultados. De 140 adultos saudáveis avaliados da região metropolitana de Natal/RN, foram analisados 112 (52 homens) voluntários, com idade de 26 (22,2-34,7) anos para homens e 25 (23,2-34) anos para mulheres e IMC < 25,0 Kg/m2 . O teste demonstrou ser de fácil compreensão, seguro e simples para ser realizado na prática clínica. Nos desfechos de desempenho da amostra total, os homens apresentaram um maior desempenho com o número de elevações 52,5 (45-89) versus 47 (41-57) p<0,02, sem alteração no tempo de execução de 53 (45,2-87,2) segundos versus 46 (48-55,1) segundos, p>0,05. Os principais sintomas relatados foram a sensação de queimação (54,5%) e de cansaço (22,3%), com dor e cansaço ao final do teste de intensidade moderada (EVA e Borg, respectivamente). Para análise de reprodutibilidade, 21 adultos realizaram teste-reteste com um CCI de 0,98, de excelente confiabilidade, correlação de r=0,98 e coeficiente de determinação r 2 =0,96 (p<0,0001). O modelo de dispersão de Bland-Altman apresentou um viés de -0,76, com os limites de concordância de 95%. Conclusões. O protocolo de TECCE com apoio bipodal foi considerado um método avaliativo de fácil realização, seguro e simples para a prática clínica, os valores preditos foram determinados para população entre 20-39 anos. Além disso, o teste apresentou uma excelente reprodutibilidade intra-avaliador. Os valores de referência ainda não foram determinados com o total de amostra coletada até o momento.