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TCC Livraria Cooperativa Cultural: um lugar de memória diante da desmaterialização do livro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-21) Nascimento, Erika Larissa Guedes do; Dantas, Alexsandro Galeno AraújoAs tecnologias e o acesso à internet causaram diversas transformações, dentre elas na compra e no consumo de livros. É possível adquirir um livro impresso com apenas um clique e sem precisar sair casa. Ou até mesmo ler uma obra pelo celular, ou computador, por causa dos e-books. No entanto, essas facilidades interferiram no comportamento dos leitores brasileiros, impactando diretamente as livrarias físicas. Tendo como base esse cenário, a pesquisa visa responder a seguinte questão: qual é o papel das livrarias físicas na era da tecnologia? Para respondê-la, escolheu-se a Livraria Cooperativa Cultural, localizada no Centro de Convivência Djalma Marinho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Além disso, três pessoas ligadas diretamente à livraria foram entrevistadas, a saber: a presidenta Wani Fernandes; o ex-livreiro José Wilson e o coordenador do clube de leitura Banquete de Livros, Lucas Lopes, também frequentador do espaço livreiro. O objetivo da pesquisa é identificar a sua importância nesse contexto de dominação digital, tendo como especificidades: entender a ligação dos entrevistados com o livro e com a livraria em questão, por meio de suas memórias; e conhecer as suas perspectivas sobre a situação atual do livro impresso e o comércio livreiro. A pesquisa é de abordagem qualitativa e o levantamento bibliográfico se deu por meio de trabalhos acadêmicos. As teorias que embasaram o estudo foram: a Memória Coletiva e Memória Individual (1990), do sociólogo Maurice Halbwachs; Lugar de Memória (1993), do historiador Pierre Nora; e a análise do filósofo Byung-Chul Han a respeito das Não coisas (2022). Como resultado, a livraria se mostrou como um espaço que não se limita à venda de livros. Na verdade, em um mundo de desmaterialização, as livrarias físicas são essenciais para preservar a cultura do livro impresso, democratizar seu acesso e nutrir as comunidades de leitura. O estudo, portanto, defende medidas de proteção para garantir sua sobrevivência e evitar seu rebaixamento à história.