Navegando por Autor "Nascimento, Lucas Felipe Moura do"
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TCC Avaliação da pegada hídrica do consumo alimentar e associação com as condições socioeconômicas de pessoas idosas: Estudo Brazuca Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-14) Nascimento, Lucas Felipe Moura do; Lyra, Clélia de Oliveira; Souza, Camila Valdejane Silva de; https://orcid.org/0000-0001-7146-3406; http://lattes.cnpq.br/1069586590831755; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; https://lattes.cnpq.br/0506183562178789; Seabra, Larissa Mont’Alverne Jucá; https://orcid.org/0000-0002-1878-4283; http://lattes.cnpq.br/1066492425111929As mudanças climáticas vêm alterando e ameaçando a vida na terra, e estas possuem relação direta com a produção e consumo de alimentos. Neste sentido, a Pegada Hídrica alimentar se constitui em um indicador para mensurar o impacto do homem em relação ao uso da água na produção de alimentos. Neste contexto, o objetivo deste estudo é avaliar a Pegada Hídrica do consumo alimentar e verificar a associação com condições socioeconômicas entre pessoas idosas de Natal/RN. Trata-se de um estudo transversal, com 187 pessoas idosas participantes do Estudo Brazuca Natal. O consumo alimentar foi avaliado a partir da aplicação de um recordatório de 24h. A PH foi estimada a partir da quantidade de ingrediente/preparação consumida em gramas (g) e o valor de Pegada Hídrica do alimento, conforme valores apresentados na literatura. Para a análise estatística utilizamos os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis para as variáveis quantitativas e o Qui-quadrado de Pearson para as variáveis categóricas. A Pegada Hídrica foi descrita pela mediana tanto litros per capita/dia, quanto por litros totais. As condições socioeconômicas foram analisadas considerando as variáveis: sexo ao nascer (masculino e feminino), faixa etária (60 a 75 anos e >75 anos), zona de moradia (Norte, Sul, Leste e Oeste), renda per capita ( ≤ 1⁄4 de salário mínimo, de 1⁄4 até 1 salário mínimo e > 1 salário mínimo) e acesso à água tratada (acesso diário e acesso não diário). Os resultados demonstraram que os idosos que participaram do estudo, apresentaram mediana de PH = 4725,08 L/per capita/dia, com valores maiores de pegadas hídricas no sexo masculino (5679,38 L/per capita /dia), nos que residiam na Zona Leste (5476,35 L/per capita/dia) e os que possuíam renda maior que um salário mínimo (5476,82 L/per capita /dia). Além disso, os alimentos que mais contribuíram para valores aumentados de PH por grupo foram a “Carne bovina preparada” com 27,33% (40570,33 L), “Suco de fruta” com 13,24 % (19659,32 L), o grupo “outros”, o qual contém 55 alimentos como “Legumes e verduras preparados, salgados, ovos e outros”, com 10,26% (15238,70 L), “Frango preparado” com 7,56 % (11234,15 L), “Frutas” com 5,30% (7875,96 L) e os “Embutidos” com 4,90 % (7285,42 L). Conclui-se que a Pegada Hídrica da população do presente estudo foi superior à encontrada na dieta de brasileiros, influenciada por fatores sociodemográficos. As dietas também contribuíram para as altas PH, com destaque para a alta contribuição atribuída à carne vermelha e ao suco de fruta. Além disso, apesar de as “Bebidas alcoólicas” (3,87%), os “Refrigerantes” (3,20%) e os “Sucos industrializados” (1,26%) terem apresentado uma menor contribuição relativa de PH. A frequência de seu consumo é preocupante, uma vez que está relacionado ao agravamento de doenças crônicas não transmissíveis.