Navegando por Autor "Nascimento, Rosana Maria do"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Análise da dispersão de ondas de superficie na Provincia Borborema, Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-08-03) Nascimento, Rosana Maria do; Nascimento, Aderson Farias do; ; http://lattes.cnpq.br/8600906973888297; ; http://lattes.cnpq.br/1317016946565118; Moreira, José Antônio de Morais; ; Soares, José Eduardo Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/3470407274471561A Província Borborema, Nordeste do Brasil, tem sua estrutura interna investigada por diferentes métodos geofísicos: gravimétricos, magnéticos e sísmicos. Adicionalmente, muitos estudos geológicos foram levados a definir domínios estruturais para a província; mas, ainda há muitos aspectos em aberto sobre sua evolução. Neste trabalho, estudamos o comportamento da velocidade da onda S com a profundidade na crosta, usando a característica de dispersão das ondas de superfície. No método Inter-Estação, a dispersão calculada em cada estação, nos ajuda a estimar a espessura média da crosta na região entre as duas estações. As inversões das curvas de dispers~ao s~ao feitas usando a dispersão inter-estação de ondas Rayleigh e Love. Os eventos teless´ısmicos selecionados são principalmente das bordas das placas Sul-Americana e Americana. O período da coleta de dados ocorreu entre 2007 e 2010. Foram usados 7 eventos com magnitudes acima de 5.0 MW e até 40 km de profundidade. A pequena quantidade de dados se justifica pelo fato dos eventos estarem a pelo menos 10_ do caminho de círculo máximo entre as estaçoes. Usamos tamb´em o conhecimento da profundidade da Moho, resultados de Funções do Receptor (Novo Barbosa, 2008) como v´ınculos na inversão. Mesmo usando diferentes parametrizações de modelos para a invers~ao, nossos resultados foram de perfis m´edios de velocidade de onda S muito parecidos. Nos pares de estac¸ ~oes localizados no dom´ınio Ceará Central da Prov´ıncia Borborema, há intervalos de profundidades, para os quais as velocidades de S são muito próximas na região inter-estac¸ ~ao desse dom´ınio. Na maioria dos resultados, as variações da velocidade da onda S no perfil pr´oximas a Moho, dificultam a interpretação dos mesmos a essa profundidade e podem indicar forte variação lateral, coincidindo com a geologia da região, onde existem muitas zonas de cisalhamento. Em particular, o perfil que possui a Bacia Potiguar no percurso inter-estac¸ ~ao, apresenta baixas velocidades na crosta. Integramos esses resultados aos resultados da gravimetria e magnetometria (Oliveira, 2008) e func¸ ~ao do receptor (Novo Barbosa, 2008). Assim, obtivemos os primeiros ind´ıcios sobre o comportamento da velocidade da onda S com a profundidade, na prov´ıncia BorboremaTese Estrutura crustal e mantélica da província Borborema através de funções do receptor e dispersão de ondas superficiais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-01-29) Nascimento, Rosana Maria do; Casas, Jordi Júlia; Nascimento, Aderson Farias do; ; http://lattes.cnpq.br/8600906973888297; ; http://lattes.cnpq.br/0012168139768170; ; http://lattes.cnpq.br/1317016946565118; Bezerra, Francisco Hilário Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Assumpção, Marcelo Sousa de; ; http://lattes.cnpq.br/2833240474723324; Fontes, Sérgio Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/8537150955145617A Província Borborema, localizada no nordeste do Brasil, possui um embasamento de idade Pré-cambriana e um arcabouço tectônico estruturado no Neoproterozóico (740-560 Ma). Após a separação dos continentes Sul-Americano e Africano, durante o Mesozóico formou-se um sistema de riftes no nordeste brasileiro, o qual deu origem às bacias marginais e interiores localizadas na Província. Depois da separação continental, eventos de vulcanismos e epirogenia ocorreram na Província, tais como o soerguimento do Planalto da Borborema e o magmatismo ao longo da linha Macau-Queimadas (AMQ), marcando assim a evolução da Província. As causas do soerguimento do Planalto poderiam estar associadas a um underplating magmático (material máfico preso na base da crosta), talvez relacionado com a geração de plugs continentais jovens (45-7 Ma) ao longo do AMQ devido a um mecanismo de convecção em pequena escala na borda do continente. O objetivo deste trabalho é investigar as causas do soerguimento intra-placa e sua possível relação com o vulcanismo AMQ utilizando sismologia de banda larga, tendo em conta a correlação de nossos resultados com estudos geofísicos e geológicos realizados na Província Borborema. As metodologias de banda larga para investigar a estrutura profunda na Província incluem as funções do receptor e velocidade de dispersão das ondas de superfície. Tanto as funções de receptor quanto a tomografia de dispersão de ondas superficiais são métodos que utilizam eventos telessísmicos e permitem obter estimativas de parâmetros estruturais como espessura crustal, razão Vp/Vs e velocidade de onda S. Os sismogramas utilizados neste trabalho para as funções do receptor foram obtidas de 52 estações localizadas no Nordeste do Brasil: 16 estações de banda larga da rede RSISNE (Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil), 21 estações de período curto da rede INCT-ET (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Estudos Tectônicos) e 6 estações de banda larga. Estes resultados acrescentam significativamente dados anteriores coletados em estações isoladas como a estação RCBR, da rede global GSN, as estações banda v larga CAUB e AGBL do projeto BLSP (Brazilian Lithosphere Seismic Project IAG/USP) e de 6 estações banda larga do projeto Milênio (Estudos geofísicos e tectônicos na Província Borborema - CNPq). Para dispersão de ondas de superfície foram usados sismogramas de 22 estações: 16 estações de banda larga da rede RSISNE, bem como das 6 estações banda larga do projeto Milênio. Neste trabalho foram desenvolvidas: (i) estimativas de espessura crustal e razão Vp/Vs para cada estação usando as funções do receptor, (ii) novas medidas de velocidade de grupo de ondas de superfície, que foram integradas com os percursos usados em uma tomografia da América do Sul, já desenvolvida, para ampliar a resolução no Nordeste Brasileiro e (iii) modelos de velocidades de onda S (1D) para vários locais na Província Borborema usando a inversão simultânea de funções do receptor com velocidades de dispersão. Os resultados descrevem velocidades de onda S para a base da crosta que são consistentes com a presença de uma camada máfica de 5-7.5 km de espessura. Foi observada a camada máfica em apenas uma porção da região do planalto (parte sul) e ausência da mesma na parte norte. Outra observação importante e que corrobora estudos de funções do receptor e refração sísmica são as diferentes espessuras crustais, também dividindo o planalto em uma parte de crosta fina (parte norte) e outra parte de crosta espessa (parte sul). Os modelos existentes para evidenciar a epirogenia não conseguem explicar todas essas observações. Sendo assim, propõe-se que durante a orogenia Brasiliana, uma camada de material máfico pré-existente foi delaminada, total ou parcialmente, da crosta. A delaminação parcial teria acontecido na parte sul do planalto, onde estudos independentes evidenciaram uma reologia mais resistente à deformação. Após isso, durante o Mesozóico e consequente processo de rifteamento houve afinamento da crosta da região costeira e depressão sertaneja, incluindo a parte norte do planalto. Já no Cenozóico, o soerguimento da parte norte do planalto teria ocorrido e o resultado seria uma parte norte sem material máfico na base da crosta e parte sul com camada máfica parcialmente delaminada,mas ambos com topografia elevada até os dias atuais.