Navegando por Autor "Ojima, Ricardo"
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Dissertação Ação social na concretização das preferências reprodutivas das mulheres unidas do Nordeste e Sudeste brasileiro(2017-08-30) Silva, Wendella Sara Costa da; http://lattes.cnpq.br/2429643882466356; Amaral, Ernesto Friedrich de Lima; http://lattes.cnpq.br/5692303484346023; Ojima, Ricardo; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056No Brasil vivencia-se um contexto de fecundidade abaixo do nível de reposição e nota- se, com isso, que o número considerado ideal de filhos se reduziu para uma quantidade cada vez menor. Portanto, esse projeto de pesquisa apresenta a dinâmica reprodutiva do Nordeste e Sudeste, com base nos seguintes componentes da reprodução humana: preferências reprodutivas, realização do planejamento familiar e uso dos métodos contraceptivos. A investigação será efetuada no universo das mulheres unidas (em união estável ou casamento formal) em idade reprodutiva (15 a 49 anos). Logo, o objetivo do trabalho é, à luz da ação social, observar a utilização do planejamento familiar como um instrumento para a concretização das preferências reprodutivas das mulheres unidas do Nordeste e Sudeste brasileiros, lançando mão das pesquisas de saúde reprodutiva dos anos de 1996 e 2006. A metodologia utilizada consistiu numa análise descritiva dos dados utilizando o modelo estatístico da Regressão Logística. A variável depende usada na análise se refere à concretização e não concretização das mulheres unidas maritalmente, mensurada pela quantidade daquelas que conseguiram alcançar seu número ideal de filhos e aquelas não conseguiram. As variáveis independentes estão relacionadas às características demográficas, educacionais, sociais, culturais, econômicas, de saúde reprodutiva (planejamento familiar e preferência reprodutiva) e relacional (relacionamento da mulher com seu parceiro). Os resultados da análise de regressão, para os dois anos investigados (1996 e 2006), mostram que de uma maneira geral a idade da mulher, o uso de métodos contraceptivos modernos e a esterilização, a acesso às mídias, como televisão e jornais, e a religião exibiram uma importante significância para a concretização reprodutiva. Porém, existem diferenças nos resultados mostrados entre 1996 e 2006. O que chama a atenção nos resultados de 1996 é que tanto para Nordeste quanto para o Sudeste a escolaridade da mulher com 10 a 11 anos de estudo se mostrou significante para realizar o alcance da meta de filhos. Já para o ano de 2006 surgiu um novo fator de grande relevância para essa condição que foi concernente a empregabilidade feminina. As mulheres unidas, em 2006, das duas regiões estudadas que tinham trabalho remunerado extradomiciliar, mostraram maior possibilidade de concretização das preferências reprodutivas em relação as que não trabalhavam. Em suma, para fomentar a discussão se fez uso de um aporte teórico de caráter demográfico e sociológico para argumentar acerca das preferências reprodutivas, do planejamento familiar e do conceito de ação social.Artigo Balanço da migração do e para as metrópoles do Nordeste (Fortaleza, Recife e Salvador)(Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), 2019) Queiroz, Silvana Nunes; Ojima, RicardoO objetivo deste trabalho é analisar e comparar a migração interestadual do e para os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Região Metropolitana do Recife (RMR) e Região Metropolitana de Salvador (RMS), e saber se as causas e os motivos da perda, rotatividade ou retenção/atração migratória, em pleno século XXI, ainda se relacionam com questões de ordem econômica e dinâmica do mercado de trabalho. Os microdados dos Censos Demográficos 2000 e 2010 são a principal fonte de informações. Os resultados mostram mais ‘gaps’ do que semelhanças entre as RMs e entre os seus municípios. As metrópoles (RMR e RMS) e núcleos metropolitanos (Recife e Salvador) com os melhores indicadores socioeconômicos, figuram com as maiores taxas de desemprego, e apresentam os maiores saldos migratórios negativos, sendo áreas de perda populacional. Por sua vez, a metrópole (RMF) e capital/núcleo (Fortaleza) com rendimento menos expressivo, possui a menor taxa de desemprego, são áreas de retenção populacional (1995/2000) e áreas de rotatividade migratória (2005/2010). Portanto, no século XXI, não há uma relação direta entre crescimento econômico, renda e atração de migrantes, mas permanece há relação atração migratória-emprego. Nesse sentido, as migrações estão mais complexas de serem estudadas, necessitando de outros elementos que justificam a retenção, rotatividade ou perda migratória nas RMs em estudo, sendo necessárias outras teorias para explicar tal dinâmicaDissertação Características da mobilidade inter e intramunicipal por motivo de trabalho: evidências para o Brasil(2019-02-21) Silva, João Gomes da; Queiroz, Silvana Nunes de; Ojima, Ricardo; ; ; ; Marandola, Eduardo; ; Campos, Járvis;A mobilidade cotidiana motivada por trabalho é um tipo de deslocamento populacional crescente no mundo e no Brasil. Ademais, essa mobilidade aponta para tendências no que diz respeito à concentração geográfica e mudança no perfil dos inseridos nesses deslocamentos ao longo dos anos. Contudo, as pesquisas no Brasil têm focado mais nos fluxos em áreas metropolitanas do que nas características dos indivíduos que se deslocam cotidianamente por trabalho para fora ou dentro dos territórios municipais. Na busca de compreender as diferenças e semelhanças nos atributos da população envolvida nessa mobilidade, esta dissertação tem como objetivo analisar as características pessoais (demográfica, ocupacional e de rendimento) dos indivíduos que praticam a mobilidade intramunicipal e, notadamente, a intermunicipal, motivada por trabalho, no Brasil, em 2000 e 2010. Para tanto, os microdados dos Censos Demográficos 2000 e 2010 são as principais fontes de informações. O modelo estatístico adotado (regressão logística binária) mostra que o trabalhador intermunicipal, predominante, no ano 2000, são homens com faixa etária de 15 a 24 anos, têm a mesma chance de ser pretos ou pardos, com ensino fundamental completo ou médio incompleto, solteiro, residente em meio urbano da região Sudeste, sobretudo em área metropolitana, empregado com carteira assinada no setor de serviços, e ganha entre 2 e 5 salários mínimos. Por outro lado, os atributos evidenciados para o ano de 2010 mostram algumas mudanças, sendo que os homens continuam maioria, o grupo etário passa a predominar entre 25 a 39 anos, com maior tendência de serem pretos, possuem maior escolarização (nível superior), solteiros, residem na zona urbana da região Nordeste, ao invés do Sudeste, especificamente em áreas não metropolitanas, ocupados com carteira assinada, empregados no setor de serviços, e recebem entre 5 a 10 salários mínimos. Portanto, ao longo dos dois momentos analisados, a característica da população que pratica o deslocamento intermunicipal mudou no que diz respeito à idade, nível de instrução, local onde se pratica a mobilidade/fluxo e o rendimento. Com isso, as evidências encontradas para o Brasil estão em consonância com a literatura internacional, sobretudo, no que se refere ao sexo, nível de instrução, ocupação e os rendimentos. Ademais, os achados dessa dissertação revelam que a mobilidade intermunicipal tem se reconfigurado onde os fluxos apontam expressivo aumento, com destaque para o deslocamento em áreas não metropolitanas, além de mudanças nas características pessoais, daqueles que trabalham em um município diferente do que reside.Dissertação A cidade não para, a cidade só cresce: análise do processo de dispersão urbano e impacto na dinâmica da população(2015-04-14) Monteiro, Felipe Ferreira; Ojima, Ricardo; ; ; Freire, Flavio Henrique Miranda de Araujo; ; D''''antona, Álvaro de Oliveira;As cidades vivem uma constante mutação, passando por transformações que buscam atender e compreender a população residente e seu processo de urbanização Compreender o processo de urbanização vai além do âmbito do crescimento da mancha urbana, abrange compreender como vive a sua população e como é produzido o espaço da cidade. A velocidade de urbanização e o crescimento da população podem ocorrer em diferentes ritmos, levando em muitos casos a formação de cidades com estruturas e formas bem diferentes do que as esperadas, se considerarmos o numero de habitantes e como se distribuem, sendo muito desse fato decorrente das desigualdades na forma de consumir o espaço que impactam diretamente no tamanho das cidades. A dispersão do tecido urbano é um dos reflexos do crescimento da cidade e das formas de consumir o espaço, materializando o descompasso entre o espaço urbano e a população. Essa forma de ocupação da cidade pode ser vista como mais influente, de diferentes maneiras na vida dos usuários do espaço urbano e na própria morfologia urbana. A pesquisa busca avaliar como está caracterizado o processo de dispersão dentro das regiões metropolitanas brasileiras e diante a esses resultados compreender como a estrutura etária da população urbana esta associada as dimensões urbanas e as , de dispersão. ,para tal são propostas medidas para averiguar como se encontra a forma urbana, capturando a condição de dispersão As medidas propostas consideram dimensões espaciais urbanas para as regiões metropolitanas brasileiras, sendo estas medidas: Tamanho, Continuidade, Grau de vizinhança, Proporção de áreas rurais, Densidade Domiciliar, Densidade populacional. Para cada uma dessas medidas foi avaliada sua correlação com a estrutura demográfica de cada região metropolitana estudada, a fim de testar a hipótese de que a forma urbana esta associada a estrutura demográfica de sua população. Os resultados encontrados demonstram a importância de cada uma das medidas propostas, quando aplicado em todas as regiões metropolitanas será possível a análise estatística de correlação com elementos demográficos.Dissertação O contexto demográfico das viúvas da seca no semiárido setentrional da Paraíba (1970-2010)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-06) Silva, Brenda Luíza Patriota Lima e; Ojima, Ricardo; https://orcid.org/0000-0002-7472-4285; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; https://orcid.org/0009-0003-8926-3957; http://lattes.cnpq.br/2910773910437946; Myrrha, Luana Junqueira Dias; https://orcid.org/0000-0001-6767-6775; http://lattes.cnpq.br/9464473185586596; Marandola, Eduardo“Viúvas da seca” é o termo utilizado por Ab’Saber (1999) para caracterizar a população de mulheres viúvas de maridos vivos, deixadas para trás nos fluxos migratórios empreendidos seletivamente por sexo e idade laboral. Tal fenômeno se tornou frequente em toda a região Nordeste, em especial no semiárido setentrional, região das secas mais severas, na qual as políticas públicas para contornar a crise de abastecimento de água se deram de forma fragmentada e emergencial, tornando a economia frágil e incapaz de reter mão de obra no período no qual se inicia a segunda transição demográfica brasileira. Propõe-se descrever o contexto demográfico que ocasionou a ocorrência de mulheres “viúvas da seca” a partir dos dados do Censo Demográfico brasileiro de 1970, acompanhando por meio da série histórica de 1970 a 2010 as evidências que demonstram a superação das vulnerabilidades estabelecidas socialmente por meio das relações de poder e subordinação entre os papéis de gênero, alterando a dinâmica familiar devido ao empoderamento feminino conquistado através de políticas públicas que promoveram a melhoria do capital humano em virtude das mudanças valorativas difundidas durante a segunda transição demográfica (LESTHAEGHE; SURKIN, 1988). Tendo como população de análise aquela entre 15 a 49 anos de idade, por cobrir o período reprodutivo, e coincidir com a idade na qual há maior probabilidade de coabitação consensual, divórcio, filhos e a migração laboral, com maiores fluxos do sexo masculino. Devido à dificuldade em encontrar quesitos sobre a migração comum à toda a série, busca-se inicialmente a utilização da Razão de Feminilidade como proxy à emigração masculina na região do semiárido setentrional nordestino em 1970, composto por 754 municípios. Segundo o Grupo de Foz (2021) variações nesse indicador carecem de maiores explicações para compreensão da composição por sexo da população observada, podendo ser a migração seletiva por sexo uma de suas causas. A Razão de Feminilidade para a região supracitada no referido ano foi categorizada em três níveis, sendo o mais elevado aquele que incluí municípios cuja Razão de Feminilidade fora superior à 130 mulheres para cada grupo de 100 homens, neste grupo encontram-se 26 municípios, dos quais 14 fazem parte da unidade federativa da Paraíba. Logo, a grande expressividade de municípios paraibanos nesse recorte, recai na necessidade de maiores investigações para a compreensão da ocorrência do fenômeno na Paraíba, utilizando o saldo migratório para comprovar que o diferencial da Razão de Feminilidade inicialmente observado se deu pela emigração masculina e não pela imigração feminina para o estado. As análises preliminares reforçam pressupostos como o de Camarano e Abramovay (1999) no qual a masculinidade seria maior em áreas rurais, assim como a Razão de Dependência Jovem seria maior nessas áreas que nas áreas urbanas. Da mesma forma que a transição urbana destacada pelo Grupo de Foz (2021), primeiramente sustentada por Zelinsk (1971) coopera para a redução dos fluxos migratórios a longa distância e maiores fluxos a média e curta distância, com a reurbanização de novos espaços migratórios, ocasionando descentralização produtiva, sobretudo após o ano 2000 com as políticas de interiorização do ensino profissionalizante e superior. Assim como períodos de crise econômica incentivam os fluxos de retorno, conforme Dota e Queiroz (2019) apresentam, os dados encontrados no saldo migratório afirmam a redução da emigração e o aumento da imigração ao longo da série histórica. Posteriormente, as análises da Razão de Feminilidade e como proxy ao Saldo Migratório na unidade federativa da Paraíba e nos municípios selecionados, juntamente com a estrutura etária possibilitam observar os efeitos da queda da fecundidade e envelhecimento da população local, devido às alterações da dinâmica familiar e aos maiores níveis de chefia feminina declarada no estado da Paraíba na série histórica.Tese Desempenho escolar do ensino médio no Brasil: o papel da formação docente e da infraestrutura da escola no contexto regional e estadual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-31) Silva, João Gomes da; Fusco, Wilson; Queiroz, Silvana Nunes de; http://orcid.org/0000-0002-1418-0423; http://lattes.cnpq.br/5785590497886670; http://orcid.org/0000-0002-1892-9278; http://lattes.cnpq.br/2471382573451075; Andrada, Marcos Javier; Aguirre, Moises Alberto Calle; Pereira, Paulo José; Ojima, RicardoO desempenho escolar no contexto da educação brasileira se tornou uma das principais estratégias utilizadas nos debates científicos no sentido de obter diagnósticos a respeito das situações que o sistema educacional enfrenta, mais especificamente sobre a condução das políticas públicas para educação básica, as quais contemplam as séries do ensino médio regular. A literatura nacional debate o desempenho por meio dos resultados de exames nacionais de avaliações. Nesse aspecto, pode-se enfatizar que nos estudos internacionais, o desempenho escolar é diagnosticado como uma ferramenta essencial para tratar do alinhamento das políticas construtivas, porque nos países considerados desenvolvidos eles têm a educação como o principal recurso necessário, em termos do nível de instrução da população, que representa o potencial que a nação dispõe para crescer. A partir da revisão da literatura, não foram diagnosticadas pesquisas que utilizaram o Censo Escolar, com a intensão de detalhar o desempenho escolar através do papel das ações dos docentes e da infraestrutura da escola. Para tanto, o principal objetivo desta tese é analisar o desempenho dos(as) alunos(as) matriculados no ensino médio em função da formação docente adequada e da infraestrutura da escola, no Brasil, Grandes Regiões e estados, entre 2016 e 2017. Para alcançar essa proposta, foram usadas as informações dos Censos Escolares de 2016 e 2017 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Nesse sentido, propõem-se uma metodologia para criar indicadores que dizem respeito aos atributos dos(as) alunos(as) das etapas iniciais do ensino médio regular, formação docente adequada e a infraestrutura da escola, isso figura uma das principais contribuições desta tese. Após ter criado os próprios recursos metodológicos desta pesquisa, as evidências analíticas dos índices apontam para os principais contrastes das regiões e estados. Os resultados apontam que, o Piauí apresentou o pior desempenho do Brasil e do Nordeste no quesito do IDA, enquanto a região Sudeste ficou com o melhor São Paulo. No Centro Oeste, o estado de Mato Grosso se destacou pelo significativo volume de docentes com formação inadequada, enquanto o Distrito Federal foi melhor nessa condição do IFDA. Na região Norte, o Acre figurou como o pior em termos da infraestrutura da escola, enquanto na região Sul, o estado do Rio Grande do Sul sobressai com boa representatividade do IIE. Dessa forma, os índices foram suficientes para confirmar hipóteses a respeito da influência do papel da formação docente e da infraestrutura da escola, apontando para uma relação positiva. Em síntese, percebe-se que os respectivos índices carregam capacidade de oferecer novos procedimentos metodológicos para investigações quantitativas.Dissertação Determinantes climáticos na incidência da diarreia em crianças menores de cinco anos em La Paz - Bolívia(2015-07-07) Mancilla, Maria Soledad Jaimes; Gonzaga, Marcos Roberto; ; ; ; Ojima, Ricardo; ; Cerqueira, Cezar Augusto;O ambiente tem um papel importante no processo saúde-doença, causando impactos de forma direta ou indireta. As diarreias como segunda causa de morte em crianças menores de 5 anos ao nível mundial, não escapam aos impactos ambientais, sendo influenciadas pela variabilidade dos fatores climatológicos que favorecem o aumento de casos por esta patologia. A Bolívia não foge desta realidade por ser um país com os mais elevados indicadores de morbimortalidade no referente às doenças diarreicas em crianças menores de cinco anos, dentro dos países latino-americanos. O presente trabalho tem como objetivo investigar as possíveis associações dos determinantes ambientais físicos como a temperatura, a precipitação e a umidade na ocorrência das diarreias em crianças menores de cinco anos, das regiões Amazônica e Altiplânica de La Paz-Bolívia, no período de 2007 a 2012. A informação para o presente estudo tem três fontes: parâmetros meteorológicos físicos (temperatura, precipitação e umidade), notificações semanais de doenças diarreicas em crianças menores de cinco anos e informações dos CENSOS 2001 e 2012 por municípios. Com a informação configurada por mês, foram obtidas as taxas de incidência diarreica por município e ajustadas pelo método Bayesiano Empírico. Utilizaram-se também diagramas de controle da doença para determinar os níveis endêmicos próprios para La Paz, gráficos de series temporais e correlação simples para observar o grado de dependência da doença com as variáveis climáticas analisadas e análise espacial para localizar a região mais afetada pela doença. Os dados mostraram uma maior incidência diarreica em crianças menores de 1 ano (86,48) em relação às crianças de 1 a 4 anos (34.52), considerando taxas por 1000 crianças segundo o grupo etário. Ambas as taxas são muito elevadas si, são comparadas com as taxas de incidência diarreica dos municípios de La Paz e El Alto (10 diarreias por 1000 crianças). Mediante gráficos de séries de tempo e análise de regressão linear observou-se uma variabilidade da incidência diarreica que pode ser explicada de 35% a 47% pela temperatura média. Os mapas mostraram uma maior incidência na região Amazônica no inverno, com uma forte correlação entre os vizinhos próximos. A utilização da análise espacial mostrou-se útil para o estudo da relação espacial e comportamento da doença diarreica. Abordar essas lacunas é de primordial importância no que se refere às políticas públicas, onde haja a necessidade de intervenção das esferas governamentais, a fim de identificar e minimizar o impacto negativo das alterações climáticas em áreas afetadas, cuja saúde das crianças incorra em risco presente ou futuro.Dissertação Diferenciais de fecundidade e desenvolvimento rural nas microrregiões da região Nordeste em 2010(2019-05-29) Almeida, Ruana Raila de Freitas Araújo; Costa, José Vilton; ; ; Aguirre, Moisés Alberto Calle; ; Ojima, Ricardo; ; Ribeiro, Adriana de Miranda;Esta dissertação buscou analisar os diferenciais de fecundidade rural por níveis de desenvolvimento rural nas microrregiões da região Nordeste no ano de 2010. Especificamente, para quantificar o conceito de desenvolvimento rural, este estudo se baseou nos índices de origem europeia, mais precisamente o Índice de Desenvolvimento Rural da OCDE, já replicado no Brasil para analisar a presença de diferentes níveis de desenvolvimento rural existentes. Para que, a partir da quantificação desses conceitos e do desenvolvimento de um Índice de Desenvolvimento Rural (IDR), por meio da seleção de variáveis populacionais, demográficas, econômicas e de bem-estar social, seja possível analisar o comportamento reprodutivo, expresso pelas taxas de fecundidade, em diferentes níveis de desenvolvimento rural. A base de dados utilizada no estudo foi o Censo Demográfico 2010, e o Censo Demográfico 2000 foi utilizado para composição do cálculo de uma variável do IDR. Os resultados encontrados sugerem que a região Nordeste possui um IDR = 0,39, resultado esse bem distante do ideal, que seria próximo de 1. O que classifica os territórios rurais da região, em média, com baixo desenvolvimento rural. Porém, ao desagregar o IDR por microrregiões, estimou-se que quase 48% da população rural residem em territórios classificados em médio nível de desenvolvimento rural com uma TFT rural igual a 2,85 filhos por mulher. Entre as microrregiões consideradas de baixo desenvolvimento rural, apenas 6,4% apresentavam uma TFT igual ou inferior a 2,1 filhos por mulher, sendo a maior proporção de microrregiões nessas condições as classificadas com alto desenvolvimento rural. O estudo concluiu que 34% das microrregiões estudadas resultaram em uma TFT rural entre 2,11 e 2,60 filhos por mulher, maior proporção encontrada, apresentando ainda uma considerável quantidade de microrregiões com TFT rural acima de 3,1 filhos por mulher (32%).Dissertação Dinâmica migratória e avaliação dos quesitos censitários sobre migrações internas e internacionais em Moçambique: uma análise a partir do censo 2017(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-24) Ibraimo, Mussagy Ismael Savai; Campos, Járvis; Fusco, Wilson; 10239635825; http://lattes.cnpq.br/9521949677900552; http://lattes.cnpq.br/1299900898298994; Ojima, Ricardo; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; D'antona, Álvaro de OliveiraOs movimentos migratórios fazem parte da vida das pessoas, apresentando grande complexidade em suas características, nas técnicas de mensuração, suas causas e efeitos. O censo demográfico constitui a principal fonte de dados sobre os processos migratórios em Moçambique, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos quesitos de mensuração da migração, por meio dos microdados do censo de 2017, com a finalidade de auxiliar na análise de tendências e dinâmicas migratórias, as quais são essenciais para o planejamento de políticas públicas. Foram feitas análises de consistência dos quesitos de mensuração da migração, onde se constatou que apenas o quesito de data fixa apresentou inconsistência nos códigos das unidades geográficas do nível abaixo da província, o que determinou a escolha desta como unidade de análise. Foram aplicadas técnicas diretas de migração para o cálculo das medidas como número de emigrantes, imigrantes, saldos migratórios, taxas líquidas de migração e índice de eficácia migratória, que auxiliaram na análise das tendências e dinâmicas migratórias internas e internacionais. Os resultados obtidos mostraram que o perfil dos migrantes é predominantemente de jovens em idade ativa, sendo solteiros ou em união marital, e apresentando nível baixo a médio de escolaridade. Evidenciou-se uma tendência similar entre as migrações recentes e quinquenais e redução da imigração internacional, associada a questões de insegurança, causadas pelo ressurgimento de conflito político-militar no período de 2013 a 2019 na região Central do país. Em termos de distribuição espacial, verificou-se maior concentração de fluxos migratórios entre províncias de uma mesma região (intra-regional), que pode ser resultante do desenvolvimento registrado localmente em decorrência dos investimentos realizados, com destaque para os megaprojetos na indústria extrativa nas regiões Central e Norte. Deste modo, conclui-se que os fatores socioeconômicos, políticos e desastres naturais (secas, inundações e ciclones), podem estar dentre os que mais influenciaram na dinâmica migratória em Moçambique.Tese A dispersão urbana na “região metropolitana de Natal”: novas espacialidades e velhas contradições(2016-03-31) França, Rosana Silva de; Clementino, Maria do Livramento Miranda; ; http://lattes.cnpq.br/8998937158872406; ; http://lattes.cnpq.br/3526800003949481; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; Ojima, Ricardo; ; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; Limonad, Ester; ; http://lattes.cnpq.br/8933426786889410; Randolph, Rainer; ; http://lattes.cnpq.br/9391282233857282Esta tese tem como objeto de estudo a dispersão urbana no atual contexto, no qual se observam mudanças nos padrões de ocupação dos espaços urbanos que configuram o desenho urbano de modo disperso, fragmentado e policêntrico. Tais mudanças acarretam o aumento do gasto de energia e a necessidade de maior gasto com infraestrutura de acesso para o deslocamento de pessoas e de impactos socioambientais. Foi a partir da observação de tais mudanças na ocupação do território da RMNatal que propusemos a presente pesquisa, que objetiva compreender a produção do espaço urbano na Região Metropolitana de Natal (RMNatal) e as repercussões e/ou alterações provocadas pela ação das políticas públicas e pelo capital privado em seus municípios, constituindo lógicas e padrões de ocupação bastantes distintos - espacial e socialmente, que caracterizam o processo de dispersão urbana. Para tanto, partimos dos estudos teóricos e pesquisas de autores como Limonad (2007), Spósito (2007, 2009), Monte-Mór (2006, 2007), Reis (2006, 2007), Lencione (2010, 2011), Clementino (1995, 2009, 2015), Milton Santos (1996, 2008), Lefebvre (1999, 2001), Clark (1991) entre outros que têm se debruçado na questão da produção e reprodução do espaço urbano e seus desdobramentos socioespaciais em que se destaca a dispersão urbana. Nesse sentido, foram analisadas as questões teóricas que se referem à dispersão urbana, dos modelos teóricos das estruturas das cidades, da metropolização, do processo de urbanização da área de pesquisa e dos principais objetos e ações que marcam as mudanças e a passagem da cidade compacta para a formação de uma região reticular na RMNatal. Os resultados obtidos derivam de em exercício teórico-metodológico utilizando-se de geotecnologias com a espacialização dos dados e informações coletadas ao longo da pesquisa que refletem a dispersão urbana na RMNatal. Foram analisadas as variáveis relacionadas ao uso do solo, a pendularidade, ao meio técnico-cientifico-informacional e aos habitas urbanos que constituem as formas-conteúdos e tornam a RMNatal mais segregada e com tecidos urbanos fragmentados. Tudo isso indica que a dispersão urbana está em formação na RMNatal, acentuando-se os processos de fragmentação e de segregação na RM que carece de maior atenção e planejamento.Tese Efeitos de idade, período e coorte no consumo de energia elétrica dos domicílios brasileiros no século XXI: uma análise sob a perspectiva da relação população-consumo-ambiente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-21) Diógenes, Victor Hugo Dias; Ojima, Ricardo; https://orcid.org/0000-0002-7472-4285; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; https://orcid.org/0000-0002-4010-2699; http://lattes.cnpq.br/9959088565498517; Oliveira, Ana Maria Hermeto Camilo de; Reis, Douglas Sathler dos; Fernandes, Valdir; D'antona, Álvaro de OliveiraO consumo é um dos principais mediadores na relação entre população e ambiente, principalmente em um contexto em que estão associadas uma sociedade de consumo e severos impactos ambientais, como as mudanças climáticas globais. Compreender a dinâmica histórica entre população e consumo em sua plenitude exige a exploração de diversas áreas de conhecimento, notadamente das ciências sociais, pois é necessária a consideração de aspectos sociais, econômicos, históricos, comportamentais, éticos e de valores. Uma forma de captar essa vasta gama de fatores é fazer uma análise de idadeperíodo-coorte (APC). Os efeitos de idade representam as mudanças ao longo do curso de vida das famílias; os efeitos de período estão associados às mudanças devido a acontecimentos específicos ao longo dos anos; e os efeitos de coorte compreendem a ideia de que os diversos contextos socias e econômicos em que a geração foi submetida desde o seu nascimento podem influenciar seus valores e comportamentos. O consumo de energia elétrica dos domicílios, em especial, é uma boa forma de representar o estilo de vida das famílias e a pegada ecológica de uma população. O objetivo principal da pesquisa é identificar e entender os efeitos da idade, do período e da coorte no consumo da energia elétrica domiciliar per capita no Brasil a partir dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF dos 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018. Para a superação do problema de identificação dos coeficientes, foram utilizados modelos de regressão lineares com diferentes formas de restrição e o modelo hierárquico de efeitos mistos com dois níveis. Como resultados, foi verificado um aumento do consumo na medida em que o domicílio é chefiado por pessoas mais velhas e entre os períodos analisados. Já no efeito de coorte, foi verificado que as coortes nascidas após 1960 apresentaram declínio na intensidade de consumo energética em relação às coortes mais antigas. Esses resultados significam impactos distintos das três dimensões temporais e contribuem para o melhor entendimento do comportamento do consumo energético dentro dos domicílios brasileiros e como ele se moldou ao longo do tempo, subsidiando assim as políticas públicas ambientais e de planejamento energético para um melhor direcionamentos de ações e recursos.Dissertação A expansão da educação superior e profissional e seus efeitos na mobilidade espacial no Seridó Potiguar(2019-08-14) Basílio Júnior, Leandro Nazareno; Fusco, Wilson; ; ; Ojima, Ricardo; ; Barbieri, Alisson Flávio;A expansão e a interiorização do ensino superior e técnico de nível médio no Seridó Potiguar foram muito importantes, não somente para a melhoria dos níveis educacionais de sua população, mas também para a mobilidade populacional em seu território, bem como para as trocas populacionais com as demais regiões. Esses fatores contribuíram para novas perspectivas no que tange à migração. A partir de fatores como esses, essa temática tem ganhado importância, sendo necessário um maior número de estudos sobre essa nova realidade. Tendo isso em vista, neste trabalho, buscou-se observar e analisar os fluxos diários de estudantes dos ensinos superior e médio entre 2000 e 2010, bem como os fluxos por motivo de trabalho, durante o mesmo período, com o intuito da análise da forma como os deslocamentos se modificaram. Além disso, realizou-se semelhante investigação para períodos mais recentes (2010 e 2017) relacionados aos fluxos estudantis de nível médio e de docentes que ensinavam no mesmo nível. Nesse processo, o levantamento da evolução dos níveis educacionais da população do Seridó foi imprescindível. Dessa forma, para a realização dessa tarefa, os Censos Demográficos do IBGE (2000 e 2010), os Censos Escolares (2000 a 2017) e Censos da Educação Superior (2000 a 2017) do Inep foram as principais fontes de dados. Como resultado, verificou-se que o número de pessoas que passou a ter acesso ao ensino médio e, sobretudo, ao superior cresceu consideravelmente. Ademais, os deslocamentos diários por motivo de trabalho e estudo também cresceram, tanto em termos absolutos como relativos, no entanto, possuindo diferenças importantes. No que se refere aos fluxos de estudantes, também se destaca uma maior diversidade de origens e destinos verificadas nos resultados. Em suma, os resultados mostram uma evolução na integração dos municípios componentes da região aqui estudada, fator que contribui com a atração de população em idade de estudo referentes aos níveis médio e superior, assim como, de profissionais que atuam em tais níveis educacionais.Tese Fortalecendo raízes: (i)mobilidade populacional e resiliência no semiárido nordestino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-08) Costa, Paulo Victor Maciel da; Ojima, Ricardo; https://orcid.org/0000-0002-7472-4285; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; https://orcid.org/0000-0002-8326-2131; http://lattes.cnpq.br/2076380199549823; Campos, Járvis; Queiroz, Silvana Nunes de; Galizoni, Flávia Maria; Jannuzzi, Paulo de MartinoEmbora o Nordeste seja uma região em que ainda há significativa perda de população, nela também se registra o maior volume de nunca migrantes, especialmente nos municípios do interior. Segundo o Censo Demográfico de 2010, cerca de 10 milhões de pessoas residentes no Semiárido Setentrional, o equivalente a 70,3% da população total, nunca haviam empreendido a migração da ou na região. Isso mostra que a imobilidade no Semiárido é maior do que se imagina, o que pode evidenciar que a capacidade de migrar não está disponível para todos, por exigir um nível mínimo de capital humano, social e físico, como também pode refletir uma estrutura de resiliência desenvolvida no local de nascimento. A primeira explicação tende para a perspectiva de vulnerabilidade de uma população que não migra mesmo estando exposta a riscos, configurando uma “população presa”. A outra, por outro lado, tende para a perspectiva de que outras estratégias de adaptação podem ser mais importantes em relação à migração. Nesse sentido, elementos como complementação da renda da família e segurança hídrica, seja para o consumo ou para a produção, podem desempenhar, conjuntamente, o papel de tornar a população resiliente, principalmente a que reside no campo, onde as condições são mais áridas, não só da perspectiva ambiental, mas também socioeconômica. É primordial para essa resiliência o papel que as instituições e políticas públicas desempenham. A gestão adaptativa por parte destas deve considerar tanto o enfoque social quanto ecológico, aspectos que, no contexto do Semiárido, são identificados no Programa Cisternas, referência mundial como estratégia de adaptação climática, que busca aumentar a segurança hídrica e alimentar, além do baixo impacto ao ecossistema. Diante disso, indaga-se: como a resiliência contribui para a imobilidade no Semiárido Setentrional? Mais especificamente, cabe ainda perguntar: a imobilidade populacional está relacionada ao acesso as cisternas? Questões individuais e familiares, ligadas ao ciclo de vida, e institucionais estão relacionadas a imobilidade do sertanejo? Qual o impacto do Programa Cisternas junto a outros programas sociais na resiliência sertaneja? Além da bibliografia pesquisada, para ajudar a responder tais questões foram adotadas como principais fontes de informação tanto bases de dados de caráter transversal, como os Censos Demográficos (2000 e 2010), quanto longitudinal, como a Coorte dos 100 Milhões de Brasileiros do CIDACS (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde) da Fiocruz Bahia. As referidas perguntas nortearam os ensaios que compõem esta tese e dão sustentação a visão de que o sertão não é só vulnerável, mas também resiliente. Dada a sua vivência e experiência com a lida no sertão “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”, mas segue necessitando de políticas sociais que potencializem sua força, diante de desvantagens sociais que se mantêm, bem como de inseguranças que se tornam pronunciadas com as mudanças climáticas.Dissertação Identificação dos efeitos diretos e indiretos da migração de retorno no Nordeste em 2010(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-21) Vicente, Irina Salene Brandão Barbosa; Fusco, Wilson; Campos, Járvis; https://orcid.org/0000-0002-6404-6783; http://lattes.cnpq.br/9521949677900552; http://lattes.cnpq.br/3297331728557930; Santos, Reinaldo Onofre dos; Ojima, RicardoO objetivo principal deste trabalho é identificar os efeitos diretos e indiretos da migração de retorno na região Nordeste por tipo de retorno, a nível da Região Metropolitana ou Interior, e por categorias de municípios definidas a partir do tamanho da população. Neste trabalho foram definidos três tipos de retorno, o primeiro se refere ao retorno ao município de nascimento, o segundo ao retorno a unidade federativa de nascimento (excluí os retornados ao município de nascimento) e o terceiro é o retorno a região Nordeste, em municípios e unidades federativa diferentes as do nascimento. Além do objetivo principal, serão analisados como os efeitos diretos e indiretos da migração de retorno afeta a dinâmica demográfica, a partir da análise da razão de sexo e da estrutura etária dos efeitos da migração nos recortes espaciais e por tipo de retorno. Esta dissertação contempla 3 capítulos, capítulo 1 será dedicada a revisão da literatura sobre a migração interna no Brasil com foco na migração de e para a região Nordeste, entre o período 1980 a 2010 e, uma breve contextualização da migração de retorno e dos efeitos da migração de retorno; no capítulo 2 serão apresentadas quais dados e metodologia foram utilizados; no capítulo 3 será apresentada uma análise geral sobre os efeitos diretos e indiretos tipo 2 da migração a nível do Nordeste e sobre a importância da migração de retorno no total de imigrantes da década e, serão feitos analises a nível da Região Metropolitana e Interior, e a nível das categorias de municípios, apresentado os diferenciais, idade e relação de parentesco. A partir dos resultados desta dissertação observamos que os retornados corresponderam a 53,38% do total dos imigrantes e os imigrantes não-naturais que acompanharam o seu retorno corresponderam a 18,02%. A maioria dos migrantes retornados fixaram residência nos municípios (67,84%) ou nas unidades federativas de nascimento (26,59%) e os restantes (5,57%) fixaram fora da região de nascimento. Em relação aos recortes espacial, os efeitos diretos e indiretos fixaram em maiores volumes nas Regiões Metropolitanas (acima de 50%), e nos municípios de até 50 mil habitantes, 51,64% para os retornos ao município de nascimento, 40,28% a unidade federativa de nascimento e 40,53% para a região Nordeste.Artigo O impacto da aposentadoria no retorno migratório ao Rio Grande do Norte e ao semiárido potiguar(Informe Gepec, 2015-06) Ojima, Ricardo; Azevedo, Paulo Roberto Medeiros; Oliveira, Herick Cidarta GomesA migração de retorno tem se destacado nos estudos da área por se tornar mais representativo nos últimos anos. O Rio Grande do Norte (RN), como um estado particular no contexto nordestino devido aos seus saldos migratórios positivos, tem cerca de 30% de seus imigrantes como retornados. Assim, com o objetivo de entender alguns processos que estão envolvidos na explicação da migração de retorno para o RN, desenvolveram-se uma análise dos dados sobre migração do Censo Demográfico 2010, valendo-se de um modelo de regressão logística, para avaliar, entre outras, o impacto da seguridade social no retorno migratório. Analisaram-se também os diferenciais relacionados ao destino desse retorno para a região semiárida. Portanto, observou-se que a aposentadoria ou pensão é a variável que melhor explica a migração de retorno no modelo logístico. Confirmando para o RN o que parte da literatura da área destaca como elementos importantes para o retorno migratório.Dissertação Letramento familiar e análise de redes pessoais: pesquisa com população do ensino fundamental(2017-08-18) Carvalho, Gisely Karla de Medeiros; https://orcid.org/0000-0001-6303-2649; http://lattes.cnpq.br/0556869951716866; Ojima, Ricardo; https://orcid.org/0000-0002-7472-4285; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; Oliveira, Maria do Socorro; http://lattes.cnpq.br/2466431637840602; Soares, Weber; http://lattes.cnpq.br/1107370453826724Ressalta a necessidade de compreender demograficamente alguns aspectos que circundam o letramento da população de Ensino Fundamental. O objetivo é identificar de que maneira uma ação comprometida com a análise de redes pessoais contribui para perceber os níveis de capitais cultural e social, responsáveis pelo letramento familiar e consequente sucesso escolar de alunos do Ensino Fundamental. Apresenta as percepções demográficas e a demanda escolar do município de São Gonçalo do Amarante/RN, ambiente de desenvolvimento da pesquisa. Proporciona um respaldo teórico que expõe o letramento com foco nas práticas letradas do contexto familiar e no debate acerca do (in)sucesso escolar; revela o capital cultural e o capital social como propulsores do habitus de estudar; manifesta como as redes pessoais atuam nas ações produzidas pelos atores de determinado grupo. São estudos proeminentes que demostram relevância científica, despertam novas perspectivas e colaboram para reflexões críticas sobre as práticas letradas. A metodologia é delineada por uma pesquisa exploratória de natureza quali-quantitativa que tem como fonte de dados os censos demográficos e escolares, e as informações obtidas junto à comunidade escolar. Dados primários que foram coletados numa turma de 5º Ano do Ensino Fundamental através da aplicação de questionários e matrizes relacionais. Os procedimentos da pesquisa se apoiam na estatística descritiva, na seleção de métricas de redes e na observação direta. Ao averiguar dados sociodemográficos bem como estruturas e composições de redes pessoais, identificou-se que alunos de um mesmo contexto e com características sociais semelhantes possuem singularidades que os diferenciam nas práticas relacionais e interferem no desenvolvimento do letramento familiar. Assim, as restrições e as contribuições para o aprendizado de leitura e escrita e, consequentemente, para o desempenho escolar são motivadas conforme as influências exercidas pelos atores que compõem as redes dos alunos. Considera, ao final, que o desenvolvimento de ações voltadas ao letramento familiar e elaboradas com base na análise de redes pessoais produzem conhecimentos significativos os quais podem transpor as barreiras do insucesso escolar, melhorar os indicadores e ampliar as projeções educacionais.Artigo Migração de retorno para a região do semiárido setentrional brasileiro(Universidade Federal do Ceará, 2019) Oliveira, Herick Cidarta Gomes de; Costa, Jose Vilton; Ojima, RicardoEm um sentido estrito, o migrante de retorno é compreendido pelo indivíduo que deixou sua região de nascimento, residiu por algum momento em uma região diferente e com certo tempo retorna a seu local de origem. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi analisar o processo de migração de retorno nos municípios do Semiárido Setentrional brasileiro (SemiSet), entre os períodos 1995/2000 e 2005/2010 e estimar os fluxos migratórios de retorno na região. Essa região é composta por 755 municípios, localizados acima do rio São Francisco, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Piauí. Utilizou-se os Censos Demográficos de 2000 e 2010, sobre os quais adotou-se o critério “data fixa” para definição dos retornados. Observou-se que em relação à região de origem (residência anterior) dos retornados, no período 1995/2000 predominou o retorno de indivíduos oriundos da região Sudeste do país. No período 2005/2010, inverte-se a posição entre a região Sudeste e Nordeste, com redução de 29% daqueles que se deslocaram do Sudeste e um aumento de 48% entre os retornados do próprio Nordeste.Dissertação Migração de retorno para a região do semiárido setentrional brasileiro: evidências dos períodos 1995/2000 e 2005/2010(2016-02-24) Oliveira, Herick Cidarta Gomes de; Ojima, Ricardo; ; ; ; Fusco, Wilson; ; Queiroz, Silvana Nunes de;Esta dissertação analisa o fenômeno migratório no recorte regional do Semiárido Setentrional Nordestino, em especial o movimento de retorno dos migrantes aos municípios que o compõe. O surgimento das correntes migratórias pode ser compreendido a partir de fatores de mudança e estagnação na região de origem, assim como por fatores de atração nas regiões de destino. A busca por melhores oportunidades de emprego e renda constitui-se como um dos principais motivadores na tomada de decisão dos migrantes para deixar a sua região de nascimento em direção às regiões consideradas polos de atração. No Brasil, a dinâmica migratória acentuou-se no período compreendido entre 1930 e 1970, marcado por um acelerado avanço econômico, dado desigualmente entre as grandes regiões do país. Assim, com a presença de fortes diferencias regionais, apresentou-se um dos maiores fenômenos da dinâmica migratória nacional, destacando-se a saída de inúmeros nordestinos em direção ao Sudeste brasileiro. Neste processo, o estado de São Paulo esteve como o principal destino deste fluxo. A partir da década de 1980, o país, especialmente os grandes centros urbanos, passaram por diversas transformações econômicas, com intensificação de crises de desemprego, descentralização, reestruturação produtiva e aumento da violência, desencadeando nas correntes migratórias novos contornos, destacando-se o retorno de parte dos emigrantes, em direção a região de nascimento. O objetivo desta dissertação é analisar o processo de migração de retorno nos períodos 1995/2000 e 2005/2010 ao Semiárido Setentrional Nordestino, o qual é composto por 755 municípios, localizados acima do rio São Francisco, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Piauí. Este recorte geográfico é caracterizado por uma intensa dinâmica migratória, motivada por menor incidência de chuvas e maior ocorrência de secas que em todo o Nordeste, fato que origina impactos significativos no desenvolvimento econômico da região. Utiliza-se como fonte de dados os Censos Demográficos de 2000 e 2010, onde se encontram diversas variáveis sobre o tema de migração, adotando-se o critério de migrante de data fixa. Foram analisados os fluxos de retornados ao recorte, seu perfil sociodemográfico e a distribuição espacial. Adotou-se o modelo de regressão logistica binária para identificar as caracteristicas sociodemográficas associadas aos retornados. Os principais resultados mostram que se destacaram no período estudado cidades polos de atração (Campina Grande/PB, Juazeiro do Norte/CE e etc). Foi observado a intensificação da dinâmica migratória intrarregional nordestina, pois a principal origem de correntes de retorno foi o próprio Nordeste, superando o Sudeste, nisto destaca-se a participação do Ceará. Por fim, mediante a seletividade do movimento migratório o perfíl do grupo dos retornados foi composto na maioria em idade entre 18 a 34 anos, casados ou solteiros e com maior nível de instrução em relação aos residentes da região.Artigo Migração e (I)mobilidade no nordeste brasileiro: adaptação para quem?(Universidade de Taubaté, 2019) Correia, Isac Alves; Ojima, RicardoO objetivo deste trabalho é comparar as características das pessoas que permanecem no local de origem com as que emigraram dentro e para fora da região Nordeste. A fonte de dados é oriunda do Censo Demográfico 2010. Os principais resultados mostram que a imobilidade está associada à insuficiência de renda e à dependência da atividade agrícola e de programas de transferência de renda. O sexo e a escolaridade também são importantes para explicar a mobilidade, sendo que as mulheres apresentam maior participação nas migrações intrarregionais e os homens nas migrações inter-regionais e os que nunca migraram são menos escolarizados. Os não migrantes, além de serem mais dependentes de atividades agrícolas, apresentam atributos que os tornam menos capazes de mitigar suas vulnerabilidades às secas. Dessa forma, é necessário conceber políticas públicas específicas para que os benefícios do processo migratório sejam ampliados na região e que processos de exclusão não se sobreponham.Dissertação Migração e seletividade na região nordeste: um estudo a partir dos dados do censo demográfico de 2010(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-06-25) Dantas, Ana Raquel Matias; Freire, Flávio Henrique Miranda de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/7623751650258443; ; http://lattes.cnpq.br/4979835552189847; Vidal, Soraia Maria do Socorro Carlos; ; http://lattes.cnpq.br/6734532008785730; Ojima, Ricardo; ; http://lattes.cnpq.br/3111648323926056; Golgher, André Braz; ; http://lattes.cnpq.br/2194200827061280O objetivo desse estudo é analisar o efeito da migração sobre o diferencial de renda entre os imigrantes e não-migrantes nordestinos e, com isso, verificar se os imigrantes compõem ou não um grupo positivamente selecionado. O pressuposto que será testado é o de que a presença desses imigrantes afeta a desigualdade de renda da região receptora, o que pode explicar parte da elevada desigualdade deparada no Nordeste brasileiro. O estudo está baseado na literatura de seletividade migratória introduzida por Roy (1951), Borjas (1987) e Chiswick (1999). Será estimada a equação de salários de Mincer (1974) por meio do Método de Mínimos Quadrados Ordinários, utilizando as informações dos microdados da amostra do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados que correspondem à comparação do perfil socioeconômico, mostraram que os imigrantes são mais qualificados e, em média, mais bem pagos que os não-migrantes. Com a estimação do modelo, verificou-se que, mantendo as demais variáveis constantes, a renda que os imigrantes auferem é 14,43% maior que a dos não-migrantes. Dessa forma, constatou-se existência de seletividade positiva nas migrações dirigidas à região Nordeste